Volume 2 – Arco 2
Capítulo 33: Diferença de Nível - GÊMEOS da loucura
Agora estava mais do que confirmado: Castor e Pollux eram os responsáveis por causar todo o caos na vila de Delos.
E, em vista disso, os quatro Apóstolos da Classe Prodígio se preparavam em prol de confrontá-los.
Antes que qualquer nova palavra fosse proferida, o filho de Apolo disparou contra o robusto. O punho preparado para o golpe executou um deslocamento rápido, pegando o oponente de súbito.
Esse fingiu que iria recuar. Porém, só moveu o gládio na direção do rosto, o suficiente em prol de defender o poderoso golpe à queima-roupa.
Foi arrastado pelo impacto recebido, mas o corpo em si não moveu um músculo ao sustentar o bloqueio. Nem o sorriso feroz se desfez do rosto escuro.
Gael não ficou para trás. Os lábios voltaram a delinear uma curvatura eufórica, ainda mais tendo o “ataque de aquecimento” defendido sem maiores dificuldades.
Mesmo Elaine, no outro lado, custou a acreditar na cena enquanto observava de canto.
Era a primeira vez em algum tempo que o rapaz não conseguia superar o alvo com seus punhos.
— Você é forte!! — Estreitou as sobrancelhas.
— Vejo que você também. Mas lhe falta experiência.
O branco-azulado encarou-o com desdém, ao relaxar a lâmina de dois gumes ao lado do corpo.
Dessa vez, foi ele que tomou a iniciativa.
Surgiu diante do garoto e, num giro parcial, tentou chutá-lo no abdômen. O dourado juntou os braços, rápido o bastante a fim de defender o contragolpe.
Só não contava com a força estridente do agressor. Sentindo as dores lhe arrepiarem por inteiro, acabou sendo lançado contra a casa em chamas mais próxima.
Essa terminou de colapsar, em virtude da colisão violenta. Toda a madeira dominada pelo fogo caiu, soterrando o garoto em questão de segundos.
Damon acompanhou a sequência veloz movendo nada mais que as esferas noturnas em seus olhos. E eles se arregalaram diante do presente desfecho.
Elaine, no impulso, quis correr até o local. O problema era a presença do outro inimigo, que fechava o caminho em porte de suas duas lâminas curtas.
O ar frio exalava de seu corpo, capaz de sobrepor o calor gerado pelas chamas do incêndio.
O recado estava claro: só poderiam interferir no outro combate, caso passassem por cima dele.
Elevava-se o nível de tensão.
De forma mais concreta, o filho de Zeus mentalizava a ameaça que o musculoso trazia. Juntou os dentes, tentando não perder para a ansiedade.
“É totalmente diferente da sirena”, não resistiu em comparar as circunstâncias.
Mesmo ciente de que não passava de uma primeira impressão, os pontos alarmantes já tinham sido oferecidos.
Perante a estagnação dos mais novos, Castor moveu o dedo indicador contra si próprio, num chamado provocativo.
Embora reconhecesse a afronta reluzir nos globos oculares, o olimpiano sabia que não teria outra escolha.
Resistiu um pouco, a princípio. Respirou fundo, na busca do controle sobre as próprias emoções.
Sequer tinham trocado golpes, mas já sabia.
“Esse é um Apóstolo de Classe Superior”, tratava-se de um nível além do que já tinha enfrentado até aquele exato instante.
Nem se lembrava de quando havia experimentado pressão tão abismal sobre os ombros pela última vez. Só que tinha sido no Olimpo, quando ainda em fase de treinamentos.
Vendo que aquilo não iria ajudar em nada, franziu a testa e entrou em postura — flexionou os joelhos e inclinou o tronco.
No sopro tórrido, lançou-se adiante. Moveu a espada num giro vertical rápido, iniciando a primeira colisão entre os gumes.
Uma onda de choque espalhou-se ao redor deles. A terra estremeceu de leve.
Na sequência, o cacheado manteve o ímpeto e começou a desferir cortes em sequência.
Castor defendia todos, sem nem suar. Mesmo que o rapaz fosse aumentando a velocidade a cada novo ataque, rebatia com simplicidade, por vezes o retirando da postura preferida.
Tais recuos forçados tiravam qualquer possibilidade de reação do Classe Prodígio, nunca o permitindo aumentar a frequência de incisões.
A dura diferença de nível já estava explícita ali.
Experiente, o veterano se sobressaia sem nenhum esforço, apenas utilizando o choque entre as armas a seu favor.
Os deslocamentos, para o porte robusto dele, eram ágeis até demais. Graças a isso, vez ou outra desviava e obrigava o rapaz a recomeçar as tentativas, o provocando ao chamá-lo da mesma maneira.
O jovem deus, entretanto, não mordeu a isca.
Usou aquele pequeno espaço em prol de arranjar tempo:
— Por que raptaram a Helena e atacaram a vila? O que vocês querem com isso?
Apesar da tentativa de o distrair com as perguntas, isso só serviu para fazê-lo elevar a ferocidade na faceta.
Dessa vez, foi o robusto que atacou. Surgiu à frente do jovem que, no susto, tentou cortá-lo. O homem girou e usou o cotovelo para acertar suas costas.
Sentindo a dor incômoda, Damon desmontou no solo. Os joelhos tocaram a terra, as mãos alavancaram o torso a fim de não sucumbir por completo.
“Que força!”, de vistas esgazeadas, chegou a tossir ao experimentar uma pancada tão intensa.
E isso nem era o pior. Se quisesse, o Classe Superior poderia ter o atingido com o gládio.
Tal fato trouxe seu rosto incrédulo à direção do contentado adversário, que o encarava absoluto do alto.
— Esse é o preço por se enfiarem onde não são chamados — respondeu, enfim utilizando a lâmina para perfurar o braço vulnerável do jovem.
Mesmo ao arregalar os olhos, ele nem pôde ver. Apenas experimentou a dor lancinante se espalhar pelo membro ferido.
— Ugh! — Não resistiu em grunhir, ao final.
— Estamos escolhendo um caminho melhor. Apenas isso...
— Caminho?...
— Foi o que eu disse.
Recuou o braço, tirando a extremidade perfurante do membro do garoto.
Mesmo debilitado, o olimpiano tentou contra-atacar, porém só serviu para afastar o musculoso.
Ele, outra vez distante, encarou com afinco os pontos dourados em meio ao líquido rubro sobre o releixo. Depois, sacudiu-o no intuito de livrar-se daqueles resquícios.
Ainda agachado, o filho de Zeus já começava a pensar numa abordagem diferenciada, enquanto ainda suportava a agonia sobre o braço esquerdo. Precisava, ao menos, igualar o confronto.
O cenário parecia alcançar um contexto desfavorável e, caso permanecesse assim, a derrota se tornaria irreversível.
Virou o rosto com cuidado. A visão encontrou as companheiras pressionadas por Pollux.
O homem de aparência frágil tinha ainda mais agilidade em comparação ao irmão. Assim, era bem-sucedido em atacar as duas simultaneamente.
Sem contar o fato de que ambas não logravam de nenhum equilíbrio, fosse em equipe ou no individual.
Elaine ainda tinha dificuldades para manter alguma firmeza na postura. Não fazia nada além de se defender como podia com sua lâmina.
“Que arma estranha...”, percebia o ruivo-alaranjado, de olho na transparência da chapa frontal.
Isso não mudou seu comportamento. Girou as duas facas, as apanhando no sentindo contrário, para realizar um ataque vindo de baixo.
Cruzou os braços num xis e os abriu, atingindo a defesa da garota. Ela caiu de traseiro ao ser empurrada pela investida. A brecha se abriu.
O franzino se levantou, pronto para desferir o golpe derradeiro. Porém, Lilith entrou em sua frente ao cortar com a foice, na direção de seu pescoço.
O obrigando a recuar num salto rápido, se posicionou à frente da caída e gritou:
— Levante-se!
Tirou proveito do tamanho da arma, em prol de manter o inimigo afastado.
Passou-se uns segundos, até que ela tentou, mais uma vez, atingi-lo. O ágil inclinou o torso na direção da terra, então pegou impulso com as pernas e esgueirou-se abaixo da cintura dela.
A ruiva xingou por dentro, pois não tinha o espaço necessário para trazer a foice de volta. Precisou usar toda a destreza a fim de mover-se à esquerda, não impedindo o corte duplo do inimigo.
Criou-se um rasgo na capa em volta do braço destro, por onde subiu um corte raso. Muito rápido para pensar, sentiu a coxa do mesmo lado ser perfurada, essa lacerada com profundidade.
Ela soltou um gemido de dor entre os dentes unidos, ao que Pollux rapidamente retirou o gume da carne e viu a lâmina longa se aproximar de seu rosto.
Precisou saltar por cima dela, sentindo as costas serem esfoladas. Recuou de novo, vendo o problema que aquela arma longa trazia a seu estilo de batalha.
Entretanto, antes de fazer algo a mais...
“Arte do Submundo, Quarta Morte”, a apóstola bateu a extremidade inferior da foice na terra.
Parte reunida da Energia Vital se espalhou da arma ao solo, fazendo-o tremer abaixo das solas do rapaz. A temperatura cresceu de súbito.
Sua reação instantânea foi erguer as sobrancelhas ao limite.
“Pilares do Inferno!”
O gêiser de chamas escarlates subiu.
O ruivo-alaranjado conseguiu pular no último instante, mas ainda teve o pé canhoto torrado pelas labaredas.
Estalou a língua em virtude da dor e ardência, notando as queimaduras consideráveis que tinha adquirido. Teve de pousar só com o membro contrário, se equilibrando como podia.
— Fui pego de novo — lamentou ao olhar para o pilar de fogo, que se esvaiu depois. — Não podemos subestimar vocês, de verdade.
— Você está bem!?
Preocupada, Helena tentou se aproximar da ctónica.
Essa esticou o braço, impedindo que ela ultrapassasse sua retaguarda.
— Sim, não é nada... continue aí.
Apesar do timbre embargada de dor, a jovem mulher atendeu o pedido e recuou alguns passos.
“Eles nem começaram a lutar a sério. Isso é um problema, não é?...”, pensava, enervada. “Não posso falhar. Não posso falhar!”
Já não podia mais controlar a tremulação sobre as pernas. Uma gota de suor vertia pela lateral do rosto contorcido.
À medida que o impasse crescia, os estalos das chamas tomavam conta do pátio.
Damon se levantou e buscou um novo enfrentamento.
Castor sequer utilizava seus poderes verdadeiros e, mesmo assim, o filho de Zeus continuava incapaz de atingi-lo.
Considerou abrir os trabalhos com a Energia Vital de antemão, algo que não estava em seus planos.
“Se continuar nesse ritmo não vai dar”, amaldiçoava, aflito, enquanto encarava o olhar afiado do robusto. “Que se dane!”
Ao invés de abraçar a desconfiança na vitória, desistiu da abordagem inicial que nunca surtia efeito.
Manteve-se numa postura fixa, a empunhadura da espada voltada a seu abdômen. Reuniu bastante energia, banhando a chapa metálica com a Autoridade Elementar do Relâmpago.
Raios cerúleos estalavam intensos em volta da lâmina. Toda a composição do armamento logo foi preenchida.
Por um instante, o moreno experimentou um atiço lhe preencher. Aquele poder era o que ele desejava ver desde o início. Só havia essa maneira de renovar seu interesse.
Então, fez o impensável: abriu os braços, sem oferecer cautela alguma ao garoto.
Desafiado de maneira tão esdrúxula, ele cuspiu:
— Não me subestime, seu merda... — O olhar furioso travou a mira no torso do oponente. — Arte do Relâmpago, Primeira Centelha... Espada Relâmpago!
Através de uma celeridade surreal, Damon executou a investida elétrica. Um rastro iluminado se formou no espaço atravessado em milissegundos.
Diante da habilidade poderosa, Castor resolveu contra golpear com seu gládio que se tornou avermelhado; o desceu num lanho vertical.
Num piscar, os dois se encontraram e, após outro, ultrapassaram-se um ao lado do outro.
O olimpiano brecou o avanço na retaguarda do musculoso, que nem se mexeu durante o embate chamativo.
A energia fulminante foi finalizada por um poderoso estampido, que obrigou os moradores delianos a tamparem os ouvidos.
Porém...
“Como?...”, o abismo foi estabelecido no coração do cacheado, ao sentir, com certo atraso, o corte profundo se abrir sobre o ombro dominante.
Gotas de sangue saltaram ao ar. O resto escorreu por toda a extensão do braço caucasiano, tornando-o majoritariamente avermelhado.
A agonia levou um dos joelhos a caírem sobre a terra, outra vez. Agora, havia também o peso do fracasso.
— Foi um ótimo ataque. Não esperava que já estivesse utilizando essa autoridade, uma das mais complicadas de se dominar... — Castor se virou, com um sorriso depravado. — Mas, olha só... Como eu disse, ainda te falta experiência. Vocês realmente são prodígios, mas não sabem como se portar em uma batalha contra um adversário mais forte!
“Merda!”, o jovem, ao escutar o sermão do apóstolo veterano, apertou o punho livre contra o amontoado de terra.
O fato de ter sido exposto à incompetência o levou a estremecer um sorriso de escárnio.
Aquilo não era tudo que tinha a oferecer. Sabia disso. Entretanto, de alguma forma, enxergava-se incapaz de ir além. Como se fosse bloqueado pelo inimigo, indiretamente.
Ele o tinha controlado em suas palmas desde o princípio.
“É um nível diferente”, aceitou a distância entre os dois.
Mas aquilo não podia ser o bastante para fazê-lo desistir.
O filho de Zeus ignorou os percalços e voltou a se erguer. Se corrupiou lentamente. Os olhos azuis cravaram os castanhos do robusto, feliz por vê-lo se debater no campo de batalha.
Tal comoção frente a seu esforço o fez abrir os braços, soltando um elogio:
— Realmente você é filho do Rei dos Deuses. Mas antes de continuarmos, deixe-me repetir sua pergunta. — Fez uma pausa, prendeu a atenção do rapaz e pegou ar para seguir: — Qual seu objetivo?
— Hã?... — Uma interrogação nasceu no semblante do olimpiano.
— Por que você luta? — Estreitou os olhos e o julgamento.
“Você é um dos filhos do Rei dos Deuses, certamente não precisaria fazer o que está fazendo”, o complemento foi mantido em sua cabeça.
Tomado por uma seriedade inédita, o Classe Superior dirigiu toda a carga daquelas palavras aos ombros do ferido.
Recebendo-as com alguma surpresa, ele não soube o que dizer a princípio. As vistas desceram até encontrar seus pés.
Mesmo a segunda batalha ocorrida a alguns metros paralisou diante do diálogo principal. As garotas encaravam o aliado, ao que o franzino fitava o irmão gêmeo à espera da resposta.
Ao tempo que podia recuperar o fôlego e estabilizar o incômodo dos ferimentos, uma torrente de incerteza dominou o âmago do espadachim.
Por fim, o rosto se inclinou na direção do céu.
“Talvez eu não saiba”, confirmou consigo. “Nunca tive nada além de...”, remeteu aos flashes borrados sobre o plano esbranquiçado.
Além da figura indefinida que surgia em seus sonhos, no fim, o resumo lhe conduzia à imagem responsável por confortar seu coração. Não importava quando, como ou onde...
Se tratava de sua irmãzinha.
Por algum motivo além do laço sanguíneo, ela o fazia receber um calor que sempre esquecia.
Calor esse vindo de uma chama enterrada em seu âmago.
Um dever inconsciente, concebido por sensações que nunca foi capaz de compreender.
Ao encarar Castor mais uma vez, o fez perceber a diferença de firmeza em seu olhar. A ansiedade tinha esvanecido; a face plácida corroborava no controle emocional.
Tudo isso para exprimir a única resposta que podia oferecer naquele espaço:
— Pra seguir em frente.
O robusto torceu uma das sobrancelhas, percebendo certa falta de convicção vinda daquelas palavras.
Das garotas, Lilith foi a que mais demonstrou algo ao escutar, separando os lábios em alguns centímetros.
Apesar de ter seguido o coração, Damon experimentou um estranho desconforto que logo se tornou uma pontada dolorida nas têmporas.
O espiar permaneceu tênue, conforme encarava a palma estremecida. O sangue a escorrer do ombro ferido já preenchia as linhas caucasianas, envoltas em calos.
Ainda confuso, foi induzido a completar:
— Ainda tem muita coisa que sinto que não posso deixar de lado. Seja meus companheiros... minha irmã... ou eu mesmo.
Ele ignorou a reação soturna de Castor.
Restava algo, também sabia muito bem disso. Só não conseguia encontrar o caminho certo, a fim de concluir o discurso.
Nada além do crepitar das chamas se proliferou pelo silêncio carregado.
O ambiente permaneceu assim, até o branco-azulado estalar o pescoço e arquear o tronco. A mão destra cobriu seu rosto, escondendo os lábios contorcidos.
— Entendo. Que resposta chata. — Bateu palma duas vezes, de forma irônica. — Mas obrigado. Com isso, tomei minha decisão. Até pensei em deixá-los vivos, mas será impossível que se unam a nós nessas condições. Então...
Rodopiou a lâmina sobre a mão dominante e, por fim, deixou sua influência vital tomar forma.
O filho de Zeus prontamente entrou em guarda com sua espada. O sorriso cruel estampado no rosto do inimigo não o amedrontou.
Era o anúncio de que a verdadeira batalha seria iniciada. E se ele já tinha perdido o aquecimento, agora deveria dar tudo de si para conquistar algo positivo no que vinha à vera.
— Pollux. Vamos fazer isso.
— Sim, irmão — respondeu o franzino, repetindo as ações do irmão perante as adversárias.
Lilith e Elaine retomaram os preparativos. Também pressionadas pela superioridade do adversário, se recusavam a jogar a toalha.
Helena, protegida pelas duas, cruzou as mãos e fechou as vistas. Sem ter o que fazer para ajudar, tentou, ao menos, orar em prol da vitória de seus salvadores.
“Eles não podem mais ser parados”, já aceitava o fato de que seus irmãos tinham abandonado tudo. “Por favor...!”
O clímax do confronto na vila de Delos percorria suas variantes mais delicadas.
“Se acalme”, Damon buscava comedir a respiração arfante. “Posso igualar no esforço. Vou derrotar ele com certeza...”
No instante que os combatentes se prepararam para iniciar a nova fase do conflito, um barulho explosivo nasceu da retaguarda do musculoso.
A Energia Vital surgiu num fluxo retumbante, tão tórrido quanto a manifestação das chamas sobre o círculo de residências.
Castor virou o rosto de supetão, mas o efeito surpresa, que falhou no primeiro ataque, dessa vez o agarrou.
Ou melhor, o atacou.
Com as chamas douradas vibrando no punho direito, o sorridente atravessou todo o campo.
As divagações de Damon foram levadas pelo brilho fulminante que retomou seu lugar na batalha.
Quando o branco-azulado procurou alguma defesa...
— Arte do Sol, Primeiro Esplendor!! — A energia explodiu no exato momento em que o filho de Apolo desferiu o soco. — Punhos Solares!!
O punho envolto no fogo solar esmagou a maçã do rosto do inimigo, queimando pele e carne sem dó, além de fraturar os ossos.
Ao pisar com o pé de apoio na terra, empurrou-se a elevar o dobro de potência no membro, para terminar lançando o homem pesado a metros de distância.
— Isso é... esplêndido!!
Mostrando os dentes afiados, Gael revidou com gosto.
A primeira grande reviravolta da batalha em Delos vinha do renascimento da luz.
Como o próprio Sol cobrindo a noite do desespero.
Agradecimentos:
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