Volume 2 – Arco 2
Capítulo 25: Templo de Astéria 2 [caminho EsPiNhOSo]
No instante que a entrada do templo foi acessada, o ambiente alterou-se nas minúcias.
Uma energia moderadamente densa entranhou-se pelos caminhos que conduziam àquele lugar. Seus resquícios puderam, de tal forma, alcançar o aposento derradeiro.
Ao experimentar o novo peso dominar o ar, a jovem virou o rosto assustada.
Varreu a câmara pouco espaçosa com os olhos estremecidos. Movimentos delicados que faziam as mechas de seu ondulado cabelo ruivo-alaranjado balançar na mesma direção.
Ajoelhada, detrás de grades brancas com leves tons de azul, respirou fundo em prol de livrar-se da ansiedade que começava a aflorar.
O absoluto silêncio levou-a a fechar as vistas. Cruzou ambas as mãos. Entrelaçadas pelos dedos, posicionou-as um pouco abaixo do queixo.
O conhecimento acerca daquela sensação, responsável por lhe despertar calafrios na espinha, a induziu a proteger o próprio coração.
— Ó, deuses vetustos. Respondam à minha prece — entoou.
Os globos voltaram a se abrir, devagar. E com eles, um cintilar único surgiu, iluminando a região obscura em seu redor.
Mantendo a prece, ergueu a cabeça. O brilho encontrou-se com a forma de uma grande árvore esculpida na região superior da parede, acima de uma porta.
De repente, um sorriso fraco surgiu no rosto. O temor esvaneceu por meio de um suspiro cheio.
Restara, todavia, uma ligeira ansiedade. Essa iria governá-la até que aquele tormento encontrasse o fim.
Não muito tempo após entrarem no Templo de Astéria, os apóstolos se depararam com os primeiros obstáculos.
Já de cara, armadilhas.
Manchas de sangue se espalhavam por solo e paredes nos corredores. Mortais já tinham passado por ali, pensaram todos.
Foi quando lâminas giratórias surgiram dos exatos pontos sujos. Formavam espirais cortantes em altíssima velocidade, rotacionadas em direções aleatórias.
E não era apenas isso.
Seres estranhos surgiam através de aberturas e vórtices escuros nascidos do vazio.
Os corpos possuíam restos de carne pútrida em diferentes locais da estatura frágil. Suas armaduras ofereciam maior resistência em comparação aos skeletós enfrentados na vila.
Mas igual a eles, não possuíam consciência. Por isso, atacavam de forma desvairada e randômica, utilizando de lâminas enferrujadas nos tentos.
Os quatro, além de lidar com as criaturas, se empenhavam a fim de não serem atingidos pelas hélices cortantes.
Dito isso, seguiam com lentidão.
— Esses monstros são osso duro de roer!!
Gael, recuperado pela iluminação abrangente, liderava o caminho. Desferia socos e jogando diversos contra as lâminas. Uma boa opção que o permitia evitar algum descuido.
Não bastasse isso, abria caminho a favor dos que vinham em seu encalço.
Com sua espada, Damon vinha em seguida. Ele também jogava os inimigos nas hélices, mas percebia alguns detalhes a cada golpe.
“A carne deles é difícil de cortar...”
Surpreso, porém, não perdeu o controle. Fez alguns testes até encontrar a exata noção de força necessária para impor o corte e afligi-los.
Nesse ínterim, o cabelo dançou.
O corpo se moveu no puro instinto, inclinando o tronco inteiro na vertente do plano. As lâminas passaram rente ao seu rosto, arrancando alguns fios no processo.
“Não posso parar”, estalou a língua ao se recompor para cortar mais um morto-vivo ao meio, da cabeça à virilha.
O novo espaço lhe permitiu recuperar o fôlego, antes de regressar ao prosseguimento.
Em sua retaguarda vinha Lilith, sem transformar o punhal. O tamanho diminuto a ajudava a executar movimentos mais rápidos, sem ter algum imbróglio com as armadilhas extensivas.
Tendo uma quantidade menor de inimigos graças aos dois dianteiros, fazia o básico e se livrava deles com facilidade.
Por fim, Elaine ainda demonstrava alguma hesitação. Sem ainda apanhar sua lâmina, desviava das sobras putrefatas que vinham dos companheiros adiante e empurrava os que tentavam espernear.
Acompanhada de soslaio pela filha de Hades, confirmava as boas habilidades corpóreas ao se safar das enrascadas com graciosidade.
Tudo começou a desandar, todavia, quando a sandália agarrou em uma lacuna do piso, levando-a de encontro a ele.
O ruído da queda puxou a atenção do trio. Por pura sorte, a apóstola não tinha sido atingida pelas hélices.
Mas um dos mortos-vivos veio em sua direção, no intuito de se aproveitar do baque da garota.
Foi tudo rápido demais. Ela travou por completo, incapaz de responder.
O mais rápido que podia, Damon concentrou a Energia Vital. A lâmina de sua espada envolveu-se em raios cerúleos. Então, numa reação efusiva, arremessou-a com toda força contra o zumbi.
A arma, após girar no ar, atingiu o crânio da criatura e a eletrocutou no fim, para garantir sua “morte”.
Na sequência, o rapaz surgiu à frente da descendente lunar num piscar. A encarou de cima; por um átimo, ela pôde ver suas esferas oculares perderem um brilho singular.
Sem dizer nada a priori, puxou a empunhadura de volta. Girou e sacudiu o releixo contra o vento. Assim, outros quatro podres nos arredores foram atingidos pela corrente de ar e lançados contra as lâminas.
Boquiaberta, a filha de Ártemis acompanhou o aliado estender a mão livre até ela.
— Levanta.
De volta à realidade com o chamado, ela assentiu e, envergonhada, murmurou:
— Desculpa...
Novamente de pé, voltaram a ficar em guarda. A maioria dos inimigos no estreito espaço já tinham sido derrotados.
Com isso, retornaram à dupla adiantada, avançando rumo ao final do corredor.
Sem paradas para descanso, saíram do primeiro desafio e se depararam com diversas passagens claustrofóbicas, recheadas de viradas.
Permaneceram naquele sentido por delongados minutos. O espaço não lhes oferecia saída alguma. E, de alguma forma, eles retornavam várias vezes até o acesso ao corredor anterior.
— Droga, estamos andando em círculos!? — Lilith vociferou com irritação.
— Mais uma armadilha...
Damon entrefechou as vistas ao analisar as paredes do labirinto. Não restavam indícios de qualquer acesso. Tampouco de prováveis ciladas como as da sala inicial.
Por ser um local mais escuro, o filho de Apolo tornou-se inutilizável pela metade. E sua companheira tratava de ampará-lo.
Dito isso, o cacheado buscou encontrar a solução da atribulação por conta.
Conforme o tempo avançava e nada vinha a sua benesse, se encheu de vontade de destruir qualquer área das paredes e abrir o caminho.
Ao se aproximar de uma delas, acabou percebendo um detalhe perdido pelas voltas intermináveis. Os narizes corroboraram a estranha sensação gélida que tinha experimentado no começo.
Utilizou os ossos do dorso da mão para dar duas batidas fracas numa parede. O som estranho o confirmou, pela segunda repetição, a natureza daquela estrutura.
“É gelo”, mais de perto, podia ver a fina camada de ar frio se misturando à penumbra intensa do ambiente.
— Achou algo!? — Gael se achegou, tentando parecer forte.
O filho de Zeus o encarou e, sem pestanejar, recuou dois passos.
— Fique à vontade.
Apresentando o alvo ao parcialmente debilitado, ofereceu a reta livre de sua presença.
Um sorriso trêmulo surgiu no rosto do dourado.
Bateu os punhos cerrados, em prol de recobrar alguma parcela de equilíbrio. Quando todos estavam afastados, girou o braço dominante, num rápido aquecimento.
Ajeitou a postura e buscou o mínimo de concentração para, num só avanço, golpear a blindagem congelada. Depois de segundos de esforço, as rachaduras surgiram, até que fosse destruída por inteiro.
A próxima passagem foi revelada.
— Hahaha! Se essa era a armadilha, vão precisar fazer mais para nos parar! — gritou, animado.
— Sério isso?... — Lilith amaldiçoou o construtor daquele labirinto. — Coo você descobriu essa camada de gelo?
— Ha! Se isso é uma armadilha, então vão precisar fazer mais para nos parar! — ele gritou animado.
— Na maioria das vezes, gelo não tem cheiro. Mas tinha alguma coisa a mais nisso... — Pisou nas partições congeladas, que desapareciam aos poucos.
“Tinha o mesmo cheiro”, lembrou-se de quando experimentou o odor peculiar, antes da descida ao subterrâneo, e no acesso ao templo.
A filha de Hades se uniu a ele, tomada por dubiedade com a testa enrugada. No entanto, antes que pudesse perguntar algo.
— Esplêndido, companheiros!! Sigamos em fren...!!
Quando deu o primeiro passo, interrompeu-se junto à própria fala. E trouxe, assim, o foco dos demais a sua posição.
“Escuro”, todos pensaram juntos, defronte à câmara absolutamente cercada pelo breu.
O filho de Apolo tremeu dos pés à cabeça diante da súbita ausência de luz. Teve que ser, mais uma vez, suportado pela parceira.
A ruiva sequer esperou por novas ordens. Antecipou-se aos três e usufruiu da visão noturna, deixando que os olhos rubis se tornassem seus faróis.
Mas nem isso tirou Damon das divagações. Àquela altura, os restos congelados já tinham sumido. E não por conta de derretimento, o que seria natural.
— Damon — chamou a ctónica, enfim o trazendo de volta à realidade. — Mais armadilhas ali na frente.
Guiou os demais ao ponto específico, onde podiam ver luzes escarlates que ora surgiam por determinadas áreas e ora voltavam a se apagar.
Sendo a única apta a enxergar naquele cenário, Lilith sentiu o peso recair em seus ombros. Seria ela a peça crucial para que todos pudessem superar o novo desafio.
Fracas correntes tórridas os alcançavam. O cheiro de queimado sobrepôs o aroma misterioso de antes, unindo-se a uma terceira e inédita fragrância.
Essa era familiar ao olimpiano. E ratificou a experiência do princípio do santuário, lhe dando certeza de que a desaparecida se encontrava naquele lugar.
— São mecanismos que soltam jatos de fogo. — Afunilou os olhos, obtendo mais detalhes. — Estão girando... São três girando de lado e quatro do alto.
O filho de Zeus não disse nada após receber a explicação da parceira. Ainda era dominado por pormenores desconfortáveis, de pé desde a chegada na ilha.
Ainda tentava pensar em quem iria capturar Helena e por qual motivo o faria.
Tentava criar uma cena não presenciada na cabeça, baseado nas poucas informações recebidas pelos mortais de mais cedo.
Um turbilhão de pensamentos o fazia quase ranger os dentes...
— Damon!?...
O novo chamado, mais efusivo, de Lilith, o pegou de sobressalto.
— Hm? Que foi?
Com os olhos brilhantes dela tão perto, mal conseguiu se afastar.
— Por que ficou tão quieto de repente? Por acaso ‘tá pensando em alguma coisa?
A despeito do tom preocupado da garota, abaixou o rosto e balançou a cabeça para os lados.
— Não era nada demais.
Mais uma vez, optava por guardar as confusões mentais ao invés de contá-las à aliada. Ainda tratava as possibilidades com devida cautela, portanto preferia não espalhar algo alarmante aos demais.
Em sua concepção, caso o fizesse, tinha chances de piorar a situação de algum modo.
Embora todos já desconfiassem daquele cenário, preferia se favorecer da mesma busca incessante que eles tinham por respostas ainda não descobertas.
Assim, as chances de alcançarem o escopo só tendia a crescer.
— Vamos continuar. Você lidera o caminho.
Autenticou a liderança da ctónica, que sem ter nada a dizer, assentiu com a cabeça.
Saber que Helena estava, de fato, ali, já servia. De certo, as respostas para as demais lacunas viriam quando ela fosse alcançada, onde quer que estivesse.
Confiante no olfato aguçado, prosseguiu no rastro do aroma atrativo. O coração chegava a palpitar mais rápido, só de imaginar que não estava tão distante assim.
Tinha cruzado um limiar considerado intransponível há ínfimas horas.
Determinados, os quatro ultrapassaram as armadilhas de fogo, graças aos comandos precisos de sua guia conveniente.
Encontraram o novo corredor, ainda ausente de iluminação, obrigando a ruiva a prosseguir no comando da travessia.
Assim evitaram novos empecilhos durante as sequências, a exemplo das escadarias espirais, lanças vindas de todos os lados e até uma rocha gigante que os obrigou a correr o mais rápido que podiam.
Passados alguns minutos exclusivos para recuperarem o fôlego, reencontraram um trecho retilíneo. E aparentemente calmo.
Gael, também recomposto da nictofobia, foi o primeiro a irromper pela passagem. Com a luminosidade bem estabelecida por aquela parte, abriu os braços e bradou com euforia:
— Glória à luz!!!
Ele não tinha percebido por ter erguido a cabeça junto, mas os demais que vieram em sua cola puderam ver o novo desafio.
No fim, também precisaram levantar o rosto, à medida que analisavam o corpo da criatura gigantesca no outro lado do espaçoso salão.
O grandão carregava uma clava robusta na mão esquerda. Possuía diversas feridas abertas no torso e em algumas regiões do braço, além de um corte profundo na vista esquerda.
Sangue seco o preenchia dos pés à cabeça.
“Isso parece recente”, pensou o filho de Zeus, analisando o aroma ainda presente do líquido em seus machucados.
— Um guardião. Era óbvio — murmurou Lilith, impaciente.
Ele moveu-se com um pesado passo à frente, logo após reconhecer a influência do gripo invasor.
O deslocamento simples estremeceu a câmara inteira. Chacoalhou os lustres no teto, de onde vinha a forte fonte luminosa do lugar.
— A gente ‘tá mais perto. — Damon retirou a espada da bainha de couro.
Sem prestar esclarecimentos quanto a colocação repentina, se preparou para o segundo passo realizado pelo gigante. Ele inclinou o tronco à frente e abriu a boca, de onde um rugido agressivo foi entoado.
Então, partiu na vertente do quarteto, acelerando os passos pesados. A magnitude de tremores no ambiente cresceu, quase jogando os jovens para o alto.
Próxima à entrada, Lilith relaxou os braços e se preparou a fim de apanhar o punhal na cintura. Já sabia como as coisas seguiriam a partir daquele momento.
Sua parte tinha sido finalizada com sucesso.
Era vez de eles brilharem.
Ao seu lado, Elaine, depois de quase cair várias vezes, restringiu-se a observar as costas dos garotos que, num piscar, tomaram a iniciativa.
Mais rápidos que qualquer pensamento, Damon e Gael investiram em contrapartida ao inimigo. E tal ação o fez erguer o porrete numa resposta imediata, pronto para esmagar os insetos em seu caminho.
Ou tentar.
Célere como um raio, o filho de Zeus desapareceu e surgiu no flanco esquerdo do monstro. Com algum atraso, o de Apolo adiantou-se pelo direito.
Dessa vez, ambos condensaram as próprias Energias Vitais, transmitindo-as às armas empunhadas.
— Vamos acabar com isso de uma vez.
— De acordo!!
A espada do primeiro envolveu-se em Autoridade Elementar do Relâmpago mais uma vez. Os raios cerúleos estalavam impetuosos no ar.
Do outro lado, as luvas vestidas pelos punhos do solar se tornaram aglomerados de chamas intensivas, tingidas de uma tonalidade branco-dourada.
Tais proliferações espalharam uma corrente de calor pelo âmbito fechado.
Pego de surpresa, o gigante freou o avanço. Prejudicado por conta do campo de visão limitado, ofereceu espaço para que o olimpiano lhe atingisse sem muito esforço.
O gume rasgou seu calcanhar, o fazendo soltar um grunhido de dor. Demorou um pouco, contudo o joelho sucumbiu ao plano, o tombando de lado.
Além de rasgar metade do tendão e tirar o equilíbrio da criatura, os raios invadiram a corrente sanguínea e se espalharam por toda a perna.
Ao vê-lo incapaz de se mover, Gael aproveitou a abertura e executou um salto poderoso, com destino à altura de seu rosto.
Sem delongas, concretizou um soco fortíssimo na lateral de sua face, esmagando os ossos que preenchiam a área zigomática. E não fosse o bastante, o fogo em seus punhos ainda queimou a pele já maltratada do adversário.
Tamanho ímpeto fora imposto no golpe, que o respectivo foi alçado do chão e jogado contra a parede mais próxima.
“Que força”, incrédula, Lilith nem percebeu os lábios separados. Enfim começava a se arrepender por ter duvidado dele, na iminência de ter causado todo o singelo atrito na viagem à ilha.
Elaine permaneceu quieta, com as duas mãos cruzadas sobre o peito.
— Foi mesmo de uma vez... — Damon murmurou impressionado perante a verdadeira força do aliado.
Precisou desviar com um salto rápido, em prol de evitar a colisão sequencial. Então, observou o retorno do dourado à superfície.
Ele respirou triunfante, ao passo que as chamas se extinguiam de cada mão. E as luvas alvas permaneciam intactas, sem sinal algum de avaria.
No fim, escombros resultantes do choque com a camada de gesso caíram por cima da criatura desacordada.
De repente, o clima naquele interior retornou ao normal. A presa estava combatida; bastante sangue escorria da mandíbula descolada.
Quando a filha de Hades olhou para a de Ártemis, notou sua expressão cabisbaixa. Os olhos estavam miúdos, quase com os cílios entrando em contato.
— Você ‘tá bem? — Sua indagação a pegou de supetão. — Parece desanimada...
Passado o sobressalto pela questão inesperada, a menina de cabelo amarrado num laço sobre a nuca desviou o olhar da companheira de caudas gêmeas.
Mesmo com alguma confiança conquistada acerca dos contatos com os novos aliados, ainda sentia bastantes dificuldades em sustentar algo muito direto.
Recheada de dubiedade, a ruiva inclinou a cabeça, na tentativa de recuperar a linha de visão da tímida. Ela, entretanto, fechou os olhos marrons e forçou um sorriso.
— Não é... nada demais...
Diante da resposta ambígua, Lilith não deixou de encará-la. Podia ver o quão inautêntico aquilo tinha sido, embora não tivesse nenhum meio de roubar dela a verdade.
No entremeio desse pensamento, os garotos regressaram à entrada. O caminho do tal guardião estava aberto. Desprovidos de qualquer contratempo, poderiam dar prosseguimento à longa jornada no templo.
Sem contar no novo relaxamento obtido pela dupla encarregada de derrubar o obstáculo.
— Isso foi esplêndido!! A gente precisava extravasar um pouco depois de tudo que passamos, né!!?
O solar encarou o cacheado, que apenas assentiu com a cabeça conforme massageava o pescoço.
— Só pra confirmar. Você matou? — A ctónica apontou com o indicador à criatura desfalecida.
— Não faço ideia!! — Apoiou os punhos na cintura. — Tive cuidado o suficiente para remediar minha força, pois só queria deixar ele dormindo!!
— Nem sei por que perguntei — resmungou, porém, sorriu com escárnio.
Poupando palavras, Damon encarou o gigante uma última vez antes de tomar o rumo da porta a seguir. E, claro, os companheiros lhe seguiram.
O aroma-guia crescia a cada avanço, tornando-se uma constante cada vez mais certeira para o filho de Zeus.
Já podia conceber a máxima proximidade com o objetivo. E isso o fez acreditar, com quase cem porcento de certeza, que acessaria a sala derradeira naquele momento.
No entanto, assim que abriu a nova passagem...
“Só pode ser brincadeira.”
O recinto oculto revelou a inédita armadilha.
Ainda faltava chão para que chegassem ao resgate da jovem deusa desaparecida.
E faltava no sentido literal da palavra...
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