Epopeia do Fim Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 10 – Arco 6

Capítulo 185: Fronteira Final

O caminho pelo início do Templo dos Destinos começou a ser desbravado.

Chloe, Julie e Irene ultrapassaram os primeiros desafios impostos pela “última fortaleza” antes da chegada definitiva às Moiras.

O templo era bem diferente dos demais conhecidos, possuindo áreas mais abertas do que fechadas, além de outras várias intercaladas nas passagens.

Tiveram a oportunidade de visitar dois jardins, algumas câmaras cheias de armadilhas e outros pátios repletos de alusões materiais às donas do local.

A ausência de ossadas mortais mostrava a baixíssima quantidade de vezes em que algum ser teria conseguido sequer chegar àquele desafio.

De fato, as palavras de Láquesis não tinham sido só para as assustar; e isso já era o imaginado pelas jovens atenienses.

Ensandecida no desejo de descobrir os mistérios que pairavam sobre aquela ilha e sobre a história geral que os envolvia, Chloe liderou a corrida final sem parar um segundo.

Nem o leve retorno do cansaço rápido por causa do ar rarefeito foi suficiente para a impedir de manter o passo apertado.

Nem os Legeonnarios fortificados, espectros ágeis e ciclopes armados; todos monstros já conhecidos que continuavam a importuná-las, tampouco causaram problema ao avanço delas.

Dessa vez, ainda vinham acompanhados por uma criatura rara: lembrava um pouco a harpia que ambas tinham enfrentado no Deserto da Perdição.

Esses eram mais difíceis de serem atingidos pelas flechas da arqueira, portanto cabia às combatentes de curta e média distância se livrarem delas.

Fora essa surpresa, nada de inédito ocorria.

Julie dava cabo dos monstros padrões, enquanto Irene afastava as hordas ao utilizar o cajado de madeira com flores, podendo esmagar alguns crânios no processo.

Desacostumada a ter essa sensação corrente pelas mãos, ela se assustava a cada golpe certeiro nos mortos-vivos e esqueletos.

Depois de passar as lâminas gêmeas pelo pescoço dos ciclopes, a lanceira terminou de fazer a limpa no pátio encíclico que se conectava a dois corredores, um para cada lado.

“Este lugar é imenso”, pensou ao encarar a distância para a grande torre negra, cada vez mais próxima. “Devemos nos resguardar ao máximo, embora seja complexo.”

Afinal, apesar da manutenção dos “padrões” pouco complicados na configuração dos monstros, o surgimento deles se tornara mais intenso.

De fato, uma prova de resistência elevada ao máximo para o encontro definitivo.

Depois de conseguir um tempo raro desde a entrada na região interior do palácio, deu atenção àquela proximidade com a morada das donas do Destino.

Já podia se ver debaixo das nuvens negras responsáveis por a circundar, onde, em regiões espalhadas pela extensão, buracos se abriam para que canos de luz atravessassem.

Um deles, por coincidência — ou não —, iluminava aquele recinto. Foi desse jeito que percebeu o teor dourado delas.

Finalizado o breve descanso, as irmãs averiguaram as estruturas nos arredores; havia diversos pilares de pedra na composição do átrio.

Ambas as portas para as passagens interiores se apresentavam bloqueadas. E nem eram portas; notaram serem paredes que possuíam uma gravura em cada superfície.

A da esquerda tinha uma enorme tesoura, enquanto a da direita tinha uma espécie de lâmina erguida no meão de vários fios.

Essa foi a leitura da purpúrea, que, após isso, verificou o traçado daquelas duas sequências.

— Ambos os rumos findam no mesmo âmbito — mussitou para si mesma, mas pôde ser ouvida pelas acompanhantes. — Quiçá seja um desafio de seleção. Embora, de certo, haverá obstáculos intrincados independentemente de nossa escolha.

“Questionamento: Consegue utilizar a Psicometria, minha irmã?”, a voz de Julie percorreu a mente da semelhante.

Ela a encarou de perfil, um pouco surpresa com a pergunta, visto que não era de seu feitio.

— Eu adoraria. Todavia, me tomaria demasiada quantidade de energia. — Levou a palma a deslizar sobre o aspecto liso da parede. — Nenhum mortal sequer alcançou esta região. Pelo menos nenhum vestígio de que algo semelhante ocorreu nos foi revelado. Portanto, seria necessário regressar anos na averiguação, até uma época na qual os respectivos deuses pisaram neste templo. Ou até além disto, para o caso dos titãs.

Irene acompanhava as explicações complicadas da apóstola com as sobrancelhas retraídas.

Tentava não piscar ao máximo, a fim de entender o significado daquelas palavras.

— Outro imbróglio concerne ao fato de que este templo poderia ter sido modificado. Afinal, sua existência data de tempos vetustos... — Caminhou até a beirada do átrio, de olho na torre que perfurava o céu. — Toda e qualquer análise baseada no passado seria arriscada. É de suma importância que poupemos o máximo de Energia Vital, tanto quanto a energia física, à medida que investigamos as maneiras de alcançar as Moiras...

“Resposta: Entendido, minha irmã”, satisfeita com o esclarecimento completo partido de sua simples pergunta, a alva voltou a conferir as estruturas daquele piso.

— Recomendo, igualmente, a economia de vossa Telepatia, Julie.

Passou a mão sobre a balaustrada. Notou ser composta por aquele mesmo metal desconhecido, de teor escuro, que refletia nenhuma luz vinda da abertura no céu.

“Certamente há uma chave”, continuou a verificar as minúcias das decorações, a maioria delas banhada em dourado. “Na pior das hipóteses, deveríamos escolher e destruir...”

Interrompeu a linha de pensamento ao encontrar uma ranhura estranha na sucessão final da barra do guarda-corpo.

Os olhos se afunilaram naquilo e, sem ter algo a perder, empurrou a palma sobre a estrutura, que afundou.

Sua atenção foi redirecionada quando escutou o barulho da porta que, ao estremecer a região, foi puxada para o alto, liberando a passagem da gravura dos fios.

— Que prático. — Quase soltou uma risada de ironia. — Podemos acessar através deste convite...

No caso, interrompeu abruptamente a própria fala.

Tanto ela quanto a irmã identificaram a influência vital estrondosa crescer para o outro lado, no corredor ainda bloqueado.

Essa se aproximou em uma velocidade assombrosa, até poder ser sentida também por Irene.

— Atenção!! — gritou a lanceira, que se jogou à esquerda.

Julie abraçou a pacifista e se lançou ao outro lado, instante exato que a parede fechada foi detonada por uma pancada violenta até se tornar escombros.

A corrente de vento tórrida veio junto com a balbúrdia e dominou a região inteira, levantando fumaça por todos os lados e rachando o solo do pátio em diversas vertentes.

Quando o primeiro e maior impacto cessou, Irene abriu os olhos com lentidão, ainda amparada pela postura já altiva de Julie.

— Hein...!? — Engoliu em seco ao conferir a devastação pelo terreno.

A arqueira, por sua vez, rangeu os dentes numa rara expressão de angústia.

Correu com os olhos pelo recinto coberto pela camada acinzentada de poeira, então ativou a Bênção de supetão, fazendo cada íris cintilar em meio ao espaço turvo.

Logo encontrou a presença de sua irmã, ausente no átrio.

Chloe fora empurrada pelo ataque violento, arrastada pelo plano até colidir com o parapeito que se partiu em pedaços.

Caiu no precipício gigantesco, mas conseguiu se safar ao retirar rapidamente o encaixe central do cabo da lança dupla e fincar uma das lâminas na parede rochosa.

Pendurada naquele único sustentáculo, sentiu um corte superficial atingir a testa, o suficiente para fazer um filete de sangue escorrer pelo centro do rosto.

“Foi por pouco”, resmungou consigo, dobrando as sobrancelhas com vigor.

Sentia a gravidade agir contra si, ainda com um peso extra na perna direita, mas mantinha todas as forças compenetradas em segurar-se na barra da arma.

O problema estava no ponto de perfuração, que soltava migalhas de terra aos poucos. Era um claro sinal de que não suportaria a carga sobre a lâmina por muito tempo.

Só havia um problema ainda maior naquela ocasião...

Julie e Irene se aproximaram da beirada do auditório e encontraram a purpúrea a alguns metros abaixo.

Tomada por uma dose repentina de alívio, a alva respirou fundo. Contudo, a feição permaneceu contorcida em aflição quando, a exemplo da semelhante, percebeu o verdadeiro perigo.

Estava mais abaixo.

Por exalar a mesma energia sanguinária de antes, logo souberam que aquele era o causador da detonação de abalo por parte considerável do átrio no templo.

“Isto é repugnante!”, a lanceira encarou por cima do ombro, desvendando a causa para a carga sobre a perna destra.

O sorriso rasgando o rosto do garoto mostrou-se tão assustador quanto a energia em ebulição dentro de si.

Agarrado no tornozelo da apóstola, também estava entre a vida e a morte, pendurado acima do abismo.

Na outra mão, a conexão da corrente com a estrela da manhã pendia na direção da queda, criando ainda mais peso.

— É o Keithito! — Irene esgazeou as vistas.

As duas já sabiam muito bem quem era.

O algoz do Deserto da Perdição apertou com força o tornozelo da apóstola, que quase piscou um dos olhos por conta da dor.

Se permanecesse daquela forma, teria os ossos quebrados sem dó. No entanto, uma flecha desceu rapidamente e lhe atingiu o ombro erguido.

Aquilo não pareceu o incomodar, mas o impacto o fez quase soltar a perna da garota.

Uma segunda flecha lhe perfurou o dorso do palmo, de novo quase o fazendo largar de vez; sustentou-se no limite ao apanhar, com os dedos, as tiras da sandália amarradas à perna dela.

Em proveito à situação, Chloe puxou a outra parte da lança e voltou a conectar os cabos.

Ao fazer isso, utilizou o bastão unido a fim de segurar com as duas mãos e empurrar-se adiante.

Depois de retornar, repetiu a movimentação até ganhar impulso suficiente para se livrar da pegada do rapaz.

Observou-o cair rumo ao desconhecido, sem deixar de mostrar o sorriso impetuoso. Assim, completou o giro na lança e levou o corpo a saltar ao alto.

Puxou a arma que quase se desprendia da parede e ajeitou o corpo no intuito de esticar o braço.

A mão de Julie a pegou, firme e forte.

Quando a puxou de volta para o átrio, soltou outro suspiro de alívio que acabou passando despercebido pela lanceira.

Isso pois tudo ocorreu rápido demais; a esfera metálica recheada de espinhos ascendeu rente ao rosto das garotas, trazendo consigo os elos metálicos conectados.

Ao cair detrás de um pedaço da coluna de pedra resistente, interrompeu a queda do garoto, que pisou na parede.

Seguro enquanto agarrado nas correntes, conectou os pés à superfície rochosa e começou a correr para subir de novo.

No fim do trajeto, puxou-se com tanta força que pôde saltar os últimos metros, ressurgindo perante as adversárias.

— Que surpresa te ver aqui, sua fracote!!

Ele passou por cima delas e aterrissou no outro lado, obrigando-as a se virarem em sua direção, já em guarda.

Irene, sabendo que aquilo era direcionado a si, rebateu sem se amedrontar:

— Irene não deseja lutar! — Enquanto isso, ele terminou de puxar as correntes que traziam a esfera metálica. — Irene se uniu a vocês porque queria encontrar uma maneira de descobrir onde a mãezinha foi. Irene deixou claro que nunca concordou com o desejo de vocês!

— Ah, eu não sou burro, desgraça! Eu já sabia que isso iria acontecer. — Ergueu o queixo, trazendo um ar mais maligno ao olhar. — Eu falei pra’quele maldito do Arlen te deixar naquelas montanhas, porque era a única que não guardava rancor algum dos imundos dos deuses. Tentei me livrar de você no começo da ilha, mas não esperava que conseguiria chegar tão longe.

Ao receber aquelas palavras, o choque tomou conta da menina, que arregalou os olhos.

— Você... queria...?

— Essa ilha é irritante. Tudo é irritante! — Puxou o restante das correntes, a tilintarem solitárias pelo ar. — Mas se serve de consolo, eu ‘tô nem aí pro desejo deles, também!! Eu... só quero destruir tudo! Seja os deuses ou essas mulheres do Destino, ou até mesmo o grupinho trevoso!!

— Por quê?... — A voz soou estremecida, quase afônica. — Por que quer tanto isso, Keithito?...

— Preciso de algum motivo especial? — Bufou, cheio de jocosidade. — Eu só quero, é simples! No fim, vai de encontro com a satisfação que a mãe desse moleque busca, mas é só um detalhe!

“Vossas palavras são deveras desconexas”, Chloe analisava as nuances nas frases compostas pelo esverdeado.

Ao mesmo tempo, mantinha a guarda elevada com a lança de dupla-lâmina. Julie fazia o mesmo com seu arco celeste.

— Ela é bem ambiciosa, admito. Gosto disso nela, então resolvi seguir seus planos até esse ponto! Com isso, vou poder destruir tudo que eu quiser, até que não sobrar nada!! Além delas, é claro... — Abriu os braços, emocionado. — Desde que eu possa satisfazer essa minha sede, nada mais importa. Que se foda o amargor que vocês têm com os deuses! Todos vão ser destruídos por minhas mãos!

Irene nem percebeu como estava boquiaberta ao escutar tamanha maldade naquelas palavras.

Por mais que a maioria dos Imperadores das Trevas desejasse justiça contra os deuses, ainda que por meios nada aprazíveis, nenhum deles carregava aquele teor nocivo.

— Me empolguei até demais agora... — Mostrou o outro extremo dos elos, onde havia a empunhadura de um pequeno punhal. — Venham!! Vamos terminar o que começamos, vocês três!! Serão as primeiras que vou...!! Ugh!!

Todo o discurso desapareceu quando, de repente, o garoto soltou um resmungo de agonia.

Apertou o olho esquerdo, cuja tonalidade era diferente do globo alaranjado no outro lado.

A estranha reação foi contemplada pelas garotas inertes.

Ele cambaleou, sofrendo da impactante pressão de uma enxaqueca poderosa, a ponto de quase cair de volta à beirada do pátio.

Gemeu entre os dentes, à medida que inclinou o corpo para frente, na busca por suportar as “batidas” vindas do interior.

— Fica quieto... de uma vez!! Desgraçado!!!!

O esbravejo de Keith foi acompanhado por uma explosão de energia densa, espalhando a aura nefasta por todo o auditório.

Irene apertou o cajado contra o próprio peito, quase incapaz de respirar normalmente. Abriu a boca a fim de sugar qualquer porção de oxigênio presente, mas falhava em fazê-lo.

Jamais tinha experimentado algo semelhante na vida.

Era algo que ia além de sua capacidade em aguentar as próprias estribeiras.

 Mesmo as filhas de Atena se espantaram, cada uma em sua respectiva forma de demonstrar através do semblante.

Já tinham se deparado com a mesma densidade sórdida em formato vital numa oportunidade anterior.

“É idêntico. Não há dúvidas”, Chloe levou o braço canhoto à frente do rosto, protegendo as vistas da corrente de ar agressiva no momento da manifestação.

Nem precisaram trocar olhares a fim de confirmar uma com a outra. Se tratava da mesma influência sombria liberada pela filha mais nova de Hades.

Ante a anomalia vital e emocional do oponente, duas possibilidades surgiram.

A primeira passava pela definição de conhecimento daquela reação anômala, onde podiam, enfim, cravar sobre o que se tratava aquela camada repulsiva.

A segunda, por óbvio, seria a de aproveitar o momento para o derrotar sem dificuldades.

Só que, antes de escolherem esse caminho, o rosto risonho do garoto subiu em sua direção.

Elas hesitaram no instante derradeiro. Ainda assim, avançaram um passo de cada vez, postando-se diante da amedrontada.

— Fique aí!! — Os gritos continuaram a piorar, guturais. — Um derrotado... inútil como você... não tem o direito... de me sobrepujar!!!

Os dentes caninos se tornaram afiados. A esclera do olho livre começou a ser dominada por uma tonalidade negra.

A explosão vital ganhou outra camada, essa superior a primeira. A onda de choque avassaladora colidiu com as garotas, que precisaram se empenhar a fim de manter-se erguidas.

Em meio àquele acúmulo de poeira, Chloe disparou:

— Necessitamos de uma área abrangente! — Deu a volta à direita e correu. — Vamos!

Julie acompanhou-a, puxando a paralisada Irene pelo braço; só então a pálida voltou a respirar, puxando uma lufada de ar para o peito dolorido.

As três saíram do auditório em destruição para o corredor da porta que tinham aberto há pouco.

A passagem estreita, iluminada por pedras douradas cintilantes, indicaram o único trajeto sem retorno para o trio.

O ritmo acelerado as permitiu fugir do perigoso estado de colapso mental do garoto.

Irene, ainda abalada, encarou por cima do ombro. Os impactos da energia descontrolada ainda as alcançavam por meio de tremores medianos.

“Observação: Quando fomos surpreendidas, pude enxergar um pátio superior no final do corredor”, Julie foi rápida ao elucidar. “Opinião: Aquele não aparenta ser o verdadeiro.”

A mensagem transmitida à mente das duas as trouxe maior espanto.

Chloe, diferente da antiga aliada do imperador, arriou as sobrancelhas, pensativa sobre o que aquilo poderia significar.

Uma terceira explosão vital ocorreu na área anterior, cortando a divagação da ateniense.

Puderam ver a estrela da manhã viajar alucinada por toda a sequência de curva ascendente, iniciando uma perseguição ao trio.

“Aviso: A saída não se encontra distante”, a telepata foi rápida em afirmar, dobrando a celeridade nas passadas.

Chloe estalou a língua, enquanto Irene deu tudo de si para continuar em frente sem ser tocada pela esfera de espinhos.

 “Está rápida demais!”, a lanceira rangeu os dentes e deu a volta no trajeto, sabendo que seria impossível escapar da bola metálica.

Antes de a arqueira ou a pacifista falarem algo, ela girou a lança dupla no entorno do próprio corpo e a posicionou na altura do tórax, recebendo o ataque.

Cuspiu bastante saliva ao ser pressionada para trás, incrédula só de imaginar a força imposta pelo portador ao lançá-la daquela maneira.

De todo modo, sustentou a defesa enquanto sofria alguns cortes dos espinhos mais próximos no abdômen.

Pôde reduzir a impetuosidade do disparo, permitindo que sua irmã e a menina se afastassem na corrida.

Com segundos de diferença, conseguiram chegar no pátio maior. A purpúrea aproveitou o impacto a fim de saltar para trás e foi a última a ultrapassar o arco.

Sentiu dores na região atingida, assim como nos braços. Por pouco os bastões conectados tinham sido partidos.

Aos poucos, a esfera parou depois de tombar no chão e se arrastar por mais alguns metros.

Reagrupadas, as garotas observaram a saída do corredor, preparadas para o que viesse.

— Estou bem — murmurou para as duas, já anulando uma possível preocupação por parte delas.

Mesmo se fosse o caso, sequer teriam tempo para isso.

A energia violenta do inimigo voltou a estremecê-las, atravessando todo o corredor até tomar conta do pátio aberto de forma gradativa.

Logo a silhueta dele surgiu pela reta final do trajeto fechado.

— Volte... a dormir...! Até que eu destrua tudo!!...

Seus olhos já estavam totalmente tomados pelas trevas, sobrando apenas a íris alaranjada no centro.

Opa, tudo bem? Muito obrigado por ler mais um capítulo de Epopeia do Fim, espero que ainda esteja curtindo a leitura e a história! 

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