Volume 1: O Caminhar
Capítulo 11: Ecos na Escuridão
O túnel se estendia aparentemente sem fim, com passagens que se ramificavam como veias. Fungos luminescentes pontilhavam as paredes, emitindo um brilho suave azul-esverdeado que lançava sombras sobre seus rostos. O ar era úmido e carregado, cheirando a terra molhada e musgo. As raízes de árvores retorcidas se entrelaçavam pelo teto, lembrando-os de que o mundo acima ainda existia, indiferente ao seu destino subterrâneo.
Icarus sentia um formigamento desconfortável na base da nuca — o tipo de sensação que te faz querer olhar por cima do ombro, mesmo sabendo que não verá nada além de escuridão. Sua condição de fugitivo tornava cada sombra uma possível ameaça.
E então, havia Lucan. Sempre havia Lucan. Caminhando à frente com uma confiança que não combinava nem um pouco com alguém que supostamente tinha sido capturado recentemente. Algo em seu comportamento despertava suspeitas em Icarus. Por vezes, Lucan o observava com uma atenção estudada, como se buscasse confirmar algo.
Como diabos ele conhecia tão bem esses túneis? Como alguém que diz estar fugindo da morte consegue navegar por essas passagens apertadas como se fossem os corredores de sua própria casa? Havia algo no ar, um cheiro de coisa podre e não era só o mofo — era a sensação de que alguém ali estava mentindo, e talvez esse alguém não estivesse muito longe dele.
Finalmente, não conseguindo mais conter a curiosidade, Icarus quebrou o silêncio.
— Então, o que estava fazendo em Nocturna? — Icarus perguntou, mantendo a voz baixa.
Lucan hesitou, como se decidisse o quanto estava disposto a revelar. Um breve toque no que parecia ser um pendente escondido sob sua camisa, um gesto quase imperceptível. Depois, deu de ombros com estudada casualidade.
— Missão. Procurando por alguém.
— Quem? — Icarus insistiu.
— Minha irmã, Lyria. Ela estava investigando... coisas que não deveria. — Lucan fez uma pausa, os olhos sombreados. — A última mensagem que recebi dela falava de Hécate Karlai.
O nome fez o estômago de Icarus dar um nó, mas ele forçou-se a manter a expressão neutra.
— Hécate? Por quê?
Lucan deu um sorriso curto, como se não tivesse certeza de quanto poderia confiar em Icarus.
— Boa pergunta. — Ele inclinou a cabeça, estudando o rosto do garoto. — Ela disse que ele estava... diferente. Assustado, até. Acha isso possível? O grande Primeiro Messor, o homem que dizem ter matado trezentos Vaikes em uma única noite durante a Guerra da Fronteira, com medo?
Icarus sustentou o olhar por um instante antes de desviar, os olhos fixos no chão. O comentário sobre os Vaikes era preciso demais, como se Lucan conhecesse não apenas as histórias populares, mas os detalhes específicos dos feitos de Hécate.
— Não sei dizer — respondeu lentamente, escolhendo as palavras com cuidado. — Não conheço os Messores pessoalmente. Só o que todos sabem: que são os protetores do Império.
Lucan observou Icarus por mais um segundo, como se tentasse desvendar o que estava por trás daquelas palavras. Havia uma intensidade inquietante em seu olhar.
— Hm. — Lucan resmungou, parecendo satisfeito por enquanto.
Icarus hesitou, sentindo que havia algo suspeito nas perguntas de Lucan sobre Hécate. Decidiu não compartilhar mais nada. Precisava de ajuda para escapar, mas não confiança cega.
— Tudo bem — disse, secando o suor da testa. — Precisamos de um plano. Ficar aqui não é uma opção.
Lucan concordou, assentindo lentamente.
— Você tem razão. O Império está em alerta. Os Messores devem estar mobilizando cada Assassino do Crepúsculo disponível. — Seu conhecimento detalhado dos protocolos imperiais parecia estranhamente específico. — Precisamos encontrar uma maneira de sair daqui sem sermos detectados.
— Mas as fronteiras são fortemente vigiadas. E como fugitivo, não vai ser fácil passar. — Icarus passou a mão pelo cabelo, desalinhando os fios negros que começavam a mostrar sujeira da fuga. — Além disso, estamos no centro do império; para onde iríamos?
Lucan sorriu de lado, um brilho astuto nos olhos.
— Tenho alguns contatos que podem nos ajudar. Vamos atravessar as cidades de Sombriath e Narathia para chegar até Velaris Noctem.
Icarus ergueu uma sobrancelha.
— Velaris Noctem? A cidade portuária mais movimentada do Império? Como pretendemos passar despercebidos por lá?
Lucan piscou para ele.
— Vai ter que confiar em mim, garoto. A viagem é de dez dias até lá; teremos tempo para nos preparar.
Icarus suspirou, sentindo o peso da exaustão.
— Certo.
Enquanto avançavam, chegaram a uma bifurcação estreita, quase imperceptível à primeira vista, escondida atrás de raízes espessas. Lucan parou, examinando a passagem com um olhar atento antes de acenar para que Icarus o seguisse.
— Por aqui, garoto. Já estamos longe o suficiente do palácio. — disse Lucan, sua voz baixa, quase um sussurro.
Icarus estreitou os olhos, tentando entender como Lucan sabia dessa passagem quase que invisível. Sem mais perguntas, ele seguiu o homem, se esgueirando pela fenda apertada. O ar parecia ainda mais denso aqui, e o cheiro de umidade era quase sufocante.
Após alguns segundos rastejando pela passagem estreita, finalmente emergiram em uma pequena câmara que se abria em uma curva. Icarus notou algo incomum — um pequeno espaço no canto, com restos de uma fogueira apagada, ainda cheirando a cinzas recentes. Havia também marcas nas paredes — símbolos que não reconhecia, mas que Lucan pareceu verificar com um olhar rápido.
— O que é isso...? — perguntou Icarus, olhando ao redor com curiosidade.
— O último lugar que me reuni com a minha equipe antes de ser capturado. — Houve um momento em que Lucan pareceu calcular quanto revelar. — Vamos descansar um pouco, estamos andando há horas.
Lucan levantou-se, remexendo em sua mochila até encontrar um cobertor velho.
— Tome. Não é muito, mas ajuda a afastar o frio.
— E você? — perguntou Icarus, hesitante.
— Estou acostumado. Pode ficar com ele.
Icarus aceitou o cobertor com gratidão.
— Obrigado.
Enquanto se deitava sobre o chão duro, puxando o cobertor em volta de si, não pôde deixar de pensar em tudo o que havia acontecido. Sua vida havia virado de cabeça para baixo em tão pouco tempo. Há apenas alguns dias, ele vivia no palácio como filho de um nobre, mesmo que negligenciado. Agora era um fugitivo, caçado por sua própria espécie, carregando o peso de uma identidade que nunca soube que tinha.
O sono o envolveu rapidamente, mas não trouxe descanso. Sonhos confusos o atormentavam. Novamente, ele estava naquele vazio escuro, mas desta vez a figura à sua frente era mais clara. Uma mulher de cabelos longos, esvoaçantes, e olhos verdes brilhantes como os dele. Ela usava um vestido simples, e em seu pulso havia uma marca curiosa, sutilmente familiar.
— Icarus... — a voz dela ecoou suavemente, como uma melodia distante.
Ele sentiu um calor familiar ao ouvi-la.
— Quem é você? — perguntou, avançando hesitante. — Outra pessoa?
Ela sorriu gentilmente, estendendo a mão.
— Sou alguém que sempre esteve com você. — A névoa ao redor começou a formar imagens fragmentadas: um jardim sob a luz do luar, risos abafados, um choro de criança. — Você precisa despertar, está em perigo.
— Despertar? Perigo?
Ela deu um passo à frente, seus olhos verdes brilhando com intensidade.
— Eles estão mentindo para você, Icarus. Nem tudo está perdido. Seu pai—
Antes que pudesse obter uma resposta completa, uma luz intensa o cegou, e ele acordou ofegante. Seu coração batia descompassado. Olhou ao redor, confuso, as palavras dela ainda ecoando em sua mente. "Seu pai... o que ela ia dizer sobre meu pai?"
A fogueira havia se apagado, e Lucan não estava à vista.
— Lucan? — chamou em um sussurro, sentindo uma inquietação crescer dentro de si.
Sem resposta. Levantou-se lentamente, os sentidos alertas. O ar estava mais frio, e o silêncio era quase opressor. Lá fora, em Nocturna, devia ser o ápice da noite, quando mesmo os noturnos preferiam a segurança de suas casas.
De repente, sentiu algo frio pressionando contra seu pescoço. Um arrepio percorreu sua espinha. Seus olhos se arregalaram ao perceber que uma lâmina estava encostada em sua pele. Virou ligeiramente a cabeça e viu um Assassino do Crepúsculo, o olhar vazio fixo nele. O manto negro do homem se mesclava com as sombras, tornando-o quase invisível, e no cinto, o emblema imperial reluzia sutilmente.
— Fique quieto — sussurrou o assassino, sua voz fria como gelo. — Não estou autorizado a matá-lo... ainda.
O coração de Icarus disparou. O medo percorria cada fibra de seu ser. Com o canto dos olhos, percebeu que Lucan estava de pé a alguns metros, as mãos erguidas em sinal de rendição. Um segundo assassino mantinha uma espada apontada para ele.
— Não faça movimentos bruscos — alertou o segundo assassino, a lâmina brilhando à luz fraca.
Lucan, ao contrário de Icarus, não parecia suar um pingo sequer. Seus olhos estreitaram, avaliando o ambiente como um jogador que só tinha cartas ruins na mão, mas ainda estava disposto a blefar. Havia algo em sua postura que sugeria treinamento militar — o peso equilibrado entre os pés, a tensão controlada nos ombros.
— Não precisamos transformar isso em um banho de sangue — disse ele, sua voz baixa, controlada, mas com um toque de urgência. — Podemos resolver isso... de forma pacífica.
O assassino que segurava a espada estreitou os olhos por trás do capuz.
— Silêncio. Vocês foram longe demais.
Icarus sentia o suor frio escorrer pela testa. Sua mente corria, tentando encontrar uma saída.
"Não posso ser capturado novamente. Não agora."
De repente, um som sutil de algo cortando o ar foi ouvido. Antes que qualquer um pudesse reagir, uma adaga surgiu das sombras, cravando-se na cabeça do assassino que apontava a espada para Lucan. O homem caiu no chão sem emitir um som, o capuz deslizando para revelar olhos vidrados.
Lucan não perdeu tempo. Em um movimento rápido como uma cobra, ele puxou uma adaga escondida na manga e a lançou diretamente na garganta do segundo assassino. O homem gorgolejou, os olhos arregalados, o sangue jorrando quente sobre os dedos de Icarus. O corpo desabou sobre ele, pesado e moribundo.
Ofegante, Icarus empurrou o cadáver para o lado, os dedos trêmulos enquanto tentava limpar o sangue que agora cobria seu rosto. O ar estava carregado com o cheiro metálico e quente que sempre vinha depois da matança. Seu coração martelava nas costelas como se quisesse escapar dali mais do que ele mesmo.
— Boa pontaria, Liam — disse Lucan, enquanto a figura sombria emergia da escuridão.
Era um homem de estatura média, com cabelos negros curtos e olhos cinzentos que pareciam enxergar tudo. Seu rosto anguloso era marcado por uma cicatriz que atravessava a sobrancelha esquerda. Um brinco de prata na orelha direita brilhava sutilmente. Sua expressão era fria, como se tivesse acabado de exterminar duas moscas ao invés de dois homens.
Liam lançou um olhar penetrante para Lucan.
— Se eu não tivesse chegado, vocês estariam mortos — retrucou em um tom seco, a voz rouca como se raramente a usasse.
Lucan deu de ombros, uma sombra de seu antigo sorriso de volta aos lábios.
— Confesso que estava começando a ficar preocupado.
Liam ergueu uma sobrancelha, claramente cético. Seus olhos desviaram para Icarus, estudando-o com intensidade crescente.
— Quem é esse garoto? — perguntou, apontando com o queixo para Icarus. Havia uma nota de suspeita em sua voz. — Não é o mesmo que os guardas estão procurando, é?
Lucan deu de ombros.
— Meu salvador na prisão.
Icarus sentiu o olhar afiado de Liam sobre si, como se pudesse enxergar através dele.
— Levante-se. Não podemos ficar aqui — ordenou Liam, sua voz cortando o ar como uma lâmina. — O Conselho Imperial convocou uma reunião emergencial. Estão furiosos com o sumiço de um prisioneiro importante. — Seus olhos não deixavam o rosto de Icarus enquanto falava. — O Imperador está supostamente doente desde ontem, mas dizem que é uma desculpa. Alguns sussurram que ele está planejando algo.
Lucan estendeu a mão para Icarus.
— Vamos, precisamos nos mover.
Ainda atordoado, Icarus aceitou a ajuda, levantando-se com dificuldade. Seu corpo tremia levemente, mas tentou se recompor.
Eles desmontaram o acampamento rapidamente, apagando qualquer vestígio de sua presença. Enquanto caminhavam pelos túneis, o silêncio era interrompido apenas pelo som de seus passos apressados.
Lucan quebrou o silêncio que pairava como uma lâmina sobre eles.
— Pensei que tivesse nos deixado pra trás, Liam.
Liam parou, virou-se devagar, e deu a Lucan aquele olhar de predador que faria um homem sensato sair correndo.
— Horas, Lucan. Passei horas naquela merda de palácio, rondando como um rato à procura de um buraco. Os guardas estavam agitados como se o próprio Imperador fosse aparecer. Imaginei que tivesse fugido. E, veja só, eu estava certo.
Lucan ergueu uma sobrancelha, fingindo não se importar, mas seus olhos traíam um lampejo de preocupação.
— Jhangal te deu o mapa, então?
Liam riu, uma risada seca que ecoou pelos corredores sombrios.
— Sim, cheguei tranquilamente até aqui. Tem mais, ouvi dois dos cães de Plastissax falando. Parece que o próprio Messor em pessoa ordenou a caçada por você. — Liam inclinou a cabeça para o lado, os olhos fixos em Icarus como um lobo espreitando um cervo. — Mas a prioridade é um garoto da família Karlai. Um garoto que, curiosamente, se parece muito com você. Então, vai me dizer o que está acontecendo, ou preciso arrancar a verdade de você?
Icarus sentiu o coração bater tão rápido que parecia que ia sair pela boca. A menção do nome "Karlai" destruiu qualquer esperança de manter sua identidade em segredo.
Liam não deu tempo para uma desculpa. Um soco rápido e certeiro no estômago de Icarus, que se dobrou como um saco de farinha, gemendo. E antes que o garoto pudesse recuperar o fôlego, um segundo golpe em seu rosto o mandou para o chão, o gosto amargo de sangue enchendo sua boca.
— Liam, chega! — Lucan deu um passo à frente, mas Liam o ignorou.
Liam agarrou Icarus pela gola, levantando-o do chão com um único braço, empurrando-o contra a parede. A voz dele era um sussurro gelado que cortava mais do que a lâmina em sua cintura.
— Chega de rodeios, moleque. Quem é você, de verdade?
O silêncio pesou como uma lápide sobre eles. Icarus mal conseguia respirar, o medo o apertando como uma mão invisível em sua garganta. Se dissesse a verdade... poderia ser o fim. Mas se mentisse de novo, sabia que o próximo golpe de Liam não seria só para machucar.
— Eu... eu sou Icarus Karlai — arfou, os olhos arregalados de terror, o sangue escorrendo pelo canto da boca. — Filho de Hécate.
Por um instante, Liam congelou, como se tivesse levado um tapa na cara. Então seus lábios se curvaram num sorriso que não tinha nada de amigável.
— Filho do Messor Hécate? — Ele olhou para Lucan, um olhar que poderia cortar aço. — E você sabia disso, Lucan? Sabia que estava escondendo o filho do homem mais caçado pelo Conselho?
Lucan manteve a expressão neutra, mas o ar parecia vibrar com a tensão entre eles.
— Suspeitei desde que o encontrei. Suas feições são muito parecidas com as de Hécate. Mas é só um garoto, Liam.
"Ele suspeitava? Desde quando?" A sensação de vulnerabilidade cresceu em Icarus. Quantas outras pessoas olhavam para seu rosto e viam seu pai?
— Garoto? — A risada de Liam era afiada como um punhal. — Plastissax vai arrancar nossas cabeças, enfiar num pike e depois fazer um discurso sobre lealdade enquanto as moscas comem nossos olhos. — Ele largou Icarus como se fosse lixo. — Quer saber? A gente devia quebrar as pernas do moleque e deixá-lo aqui, para os assassinos acharem. Talvez nos comprem algum tempo.
Lucan se aproximou, os ombros tensos, mas a voz baixa como se tentasse domar uma fera.
— Você não vai fazer isso, Liam.
— E por que diabos não? — Liam cruzou os braços, os olhos faiscando de raiva contida. — Cada passo que damos com ele só nos afunda mais. E o pior é que você sabe disso, Lucan. Plastissax já deve estar nos farejando como um cão atrás de um osso fresco. — Ele se virou para Icarus, que tentava se levantar, trêmulo. — Cada minuto com ele nos aproxima da forca. E você, Lucan, está mesmo disposto a arriscar nossas vidas por um moleque condenado?
Lucan não recuou nem um milímetro.
— Se tivesse te deixado apodrecer naquela masmorra quando te encontrei, onde você estaria agora, Liam?
Liam ficou em silêncio por um segundo, a mandíbula travada. Uma nuvem de algo indecifrável passou por seus olhos — raiva, culpa, talvez até um pouco de medo. Então ele cuspiu no chão, dando um passo para trás.
— Tudo bem. Mas se ele nos foder — apontou para Icarus, com o dedo tremendo de raiva — eu mesmo vou acabar com ele. E você pode apostar sua vida nisso, Lucan.
Lucan apenas assentiu, sabendo que não havia mais nada a dizer.
Icarus, ofegante no chão, se forçou a ficar de pé. O mundo girava levemente. Lucan estendeu a mão para ele.
— Vamos sair daqui garoto, antes que a sorte decida que já tivemos o suficiente por hoje.
Liam se virou, já caminhando pelo túnel escuro, mas não sem lançar um último olhar gelado por cima do ombro.
— Não me faça me arrepender disso, garoto. Porque, se você nos condenar... não haverá um lugar neste Império onde você possa se esconder.
Sentindo medo, Icarus decidiu ficar em silêncio. Continuaram pelos túneis, a escuridão os envolvendo à medida que se afastavam do coração da cidade.
Conforme caminhavam, sons abafados começaram a filtrar de cima — vozes distantes, risadas, o tilintar de passos. Era um lembrete de que o mundo continuava acima deles.
— Estamos quase lá.
Os ruídos desapareceram quando chegaram a uma seção mais ampla do túnel, onde uma escada de ferro enferrujada levava a uma portinhola de madeira.
Liam subiu primeiro. Lucan fez um gesto para que Icarus o seguisse.
— Fique atento.
No topo, Liam empurrou a portinhola com cautela. Assim que o fez, deparou-se com uma flecha apontada diretamente para seu rosto. Uma jovem de olhos ferozes mantinha o arco firme.
— Não se mova.
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