Em Outro Universo Angolana

Autor(a): Tayuri


Volume 2

Capítulo 10: Perdidos Na Casa Do Inimigo

Quando Astrid abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi uma bota, ela estava bem perto de seu rosto, tanto que chutou seu queixo quando aquele que a calçava se moveu. Astrid empurrou a bota para longe e não se conteve ao gritar: JASE!!

— Desculpa, não tive aí. A propósito, onde estamos? 

Jase se apoiou na parede de metal e não tardou a escorregar e voltar para o chão, as pernas longas foram novamente em direção a Astrid, a sola das botas passando de raspão por seu rosto e Astrid mais uma vez gritou o nome do companheiro e empurrou as pernas para longe.

— Desculpe, de novo.

Astrid não o achou muito sincero, mas também não pode continuar irritada quando o outro parecia estar claramente desnorteado. Alguma coisa havia acontecido com eles, algo havia os levado para algum lugar, mais onde?

Astrid olhou ao seu redor, e só havia paredes de metal, era um cubículo pequeno, mas espaçoso o suficiente para eles couberem nele, mesmo que tal ajuntamento a tenha rendido algumas agressões.

Tem isso no centro? Eu nos teletransportei? Mas aquela coisa nos puxou, como eu poderia nos teletransportar? Onde nós estamos? 

Astrid apoiou as costas na parede de metal e sentiu frio, seu corpo se arqueou levemente e ela se afastou, espalmou as mãos no chão e tal como Jase não conseguiu ficar em pé, seus braços por alguma razão estavam fracos e suas pernas ainda mais, ela estava sem força e um sentimento estranho embrulhava seu estômago.

O que há com o meu corpo? 

Se arrastou para trás e mais uma vez sentiu a parede fria.

— O que aconteceu? — perguntou Jase, a voz mais baixa que o normal.

— Não sei — foi tudo que Astrid conseguiu responder antes de fechar os olhos. 

Cinquenta segundos, Astrid contou, antes de abrir os olhos. Levantou uma mão, fechou e quando a abriu sentiu-a mais forte, e assim decidiu mover a outra e também estava melhor e assim muito lentamente, usando a parede como apoio ficou em pé.

— Eu vou ficar aqui mais um pouco — disse Jase, acenando do chão. Tinha as costas apoiadas na parede, as pernas cruzadas e os olhos semi abertos.

— Melhor descansar mais. Seja onde estivermos, não darão por nós enquanto a camera estiver desligada. 

Aiyden apontou para o teto e Astrid viu uma câmera, ela a analisou minuciosamente e não encontrou nenhuma luz que indica-se que pudesse estar ligada e se estivesse então eles já deveriam estar no radar de quem quer que fosse o dono daquele lugar, então de toda forma Astrid tentou relaxar, e um pé foi para frente quando decidiu testar seu corpo mais uma vez. Três passos e ela sentiu-se mais forte, quarto passo e uma parte do cubículo metálico se moveu oferecendo uma passagem.

Não foi realmente pensado. Não realmente coordenado quando seus pés se moveram para o desconhecido. Ela não sairia, ao menos não conscientemente, porém sem ser lhe dado o benefício da dúvida seu corpo foi puxado para trás, caiu sentada e bateu as costas na parede.

Astrid arfou, a mão viajou até a parte de trás da cabeça, pousando no local que latejava. A soldada abriu os olhos já chamando o nome de Jase, as palavras irritadas que não chegavam a ser xingamentos vieram antes de descobrir que quem a derrubou foi Aiyden.

— É perigoso sair assim — se justificou, o corpo se afastando de Astrid. — Não sabemos onde estamos. Pode ser perigoso — acrescentou, as costas bateram na parede. Ele havia chegado ao limite do quanto poderia se afastar de Astrid.

— Ele tem razão — Jase, interviu e Astrid o encarou muito incrédula. — Acho que não estamos no centro. Era o objecto de uma…— pareceu procurar pela palavra certa, os olhos distantes e confusos. — Acho que…era de uma soldada de Turmalina, então…é possível que nós estejamos em…

— Turmalina!!

Um grito escapou primeiro da boca de Jase e em seguida de Astrid e Aiyden, e assim ficaram por alguns segundos até que Logan se tornou visível e Jase que estava perto se arrastou para longe, terminando ao lado de Aiyden, perto o suficiente para se afastar logo em seguida. 

— Desculpem! — O tom de Logan era baixo e seus olhos pareciam cansados.

— Você esteve aí esse tempo todo? — Logan assentiu. — Co…— Aiyden olhou para Jase e depois para Astrid, o quais transmitiam algum tipo de culpa.

— Nós esquecemos você — declarou Jase.

— Certo! Eu também estava segurando a tua mão quando nos teletransportei. Sinto muito!! Nós realmente te esquecemos — Astrid tentou sorrir. — Mas…porque não ficaste visível antes?

Com todos os pares de olhos sobre si, Logan baixou a cabeça.

— Não me sentia bem — foi tudo que respondeu. Astrid se moveu para o lado dele e pousou a mão em suas costas, o olhar mudando de culpado para preocupado.

— Qual é o problema? Está se sentindo melhor? Foste ferido gravemente? 

Quando já ia lançar a mão livre para procurar por algum ferimento grave, Logan moveu a cabeça dando um “não” e assim o silêncio pairou, com Astrid ainda o inspecionando e Jase e Aiyden o encarando quase com a mesma expressão, como se estivessem pensando o mesmo. 

— Irei verificar se o caminho está livre. — Logan se levantou e Astrid foi junto.

— Você não ficará com problemas se ficar invisível de novo?

— Eu vou ficar bem — olhou para Jase que somente lhe ofereceu um aceno com a cabeça e isso pareceu como um sinal verde para Logan ir em frente. 

O soldado ficou invisível.

Astrid se deixou cair sentada e junto de seus companheiros esperou. Aiyden e Jase tinham os braços cruzados enquanto pareciam distantes, pareciam estar pensando em algo, até que por fim a voz de Logan preencheu o espaço e seu corpo se tornou visível. 

Os três soldados ficaram em pé e Astrid percebeu que, o que quer que fosse a coisa que estava deixando seus corpos sem energia havia ido embora, ela estava bem, nada além de seu cansaço e ferimentos anteriores existiam.

— As câmeras nesta sala estão todas desligadas. Não sei se há outras pessoas dentro dos…— Olhou para o cubículo de metal onde estavam, como se procurasse por alguma coisa que Astrid percebeu mais tarde ser o nome daquilo, mas infelizmente ele acabou não encontrando e apenas soltou um: — Dessa coisa — falou em um tom que quase beirava a frustração. — Mas creio que podemos sair ilesos se não fizermos muito barulho. Entretanto lá fora há câmeras, então pensei em irmos pelas condutas.

Aiyden negou.

— Pode ser perigoso. Somos muitos e não sabemos o quão resistente pode ser e tal como no centro podem ter câmeras. — Logan assentiu. — E lá fora, como estão dispostas as câmeras? — Logan piscou e pareceu pensar.

— Bem…Elas…— Ele não parecia ter a resposta ou talvez simplesmente não entendeu a pergunta. 

— A que distância estão uma das outras? — Começou a gesticular. — Estão muito perto? Conseguiste perceber até qual perímetro elas cobrem? 

Aiyden tentou mais uma vez e novamente Logan se perdeu em pensamentos e quando o soldado cogitou abrir a boca, Logan acabou sendo mais rápido.

— Elas não estavam muito próximas uma das outras. Acho…acho que tem lugares que elas não pegam, mas…como vamos passar sem sermos vistos? Eu não posso vos tornar invisível. 

— Astrid irá nos teletransportar. Se soubermos exatamente as áreas seguras, Astrid irá nos teletransportar até lá e assim não sermos vistos.

— Eu?

— Quer que eu faça isso?

— Não. Eu faço!! — respondeu muito rápido. — Estava no automático. Eu…eu posso fazer isso.

— Se…você errar e nos levar para longe daqui também seria ótimo! — Jase disse e Astrid sentiu uma leve picada em algum lugar que pensou ser seu coração ou sua alma.

— Eu…eu já me desculpei.

— Eh, mas isso não vai nos tirar daqui. Não sei se percebeu!

— Não é como se a culpa de estarmos aqui fosse minha e também eu só vim para cá porque tentei te segurar.  

Jase, quase riu.

— Se você não tivesse cometido o erro…isso se realmente foi um erro. 

Seu olhos pareciam desafiar Astrid, quando a soldada rebateu um:

— O que está tentando insinuar?

— Que talvez tenha feito de propósito para não sei…— fingiu pensar. — Ir parar onde estava o teu antigo crush , hum?

— Não seja idiota. — Seu tom era incrédulo, quando seu dedo se levantou apontando para Aiyden. — E eu já disse, que não gosto dele, porquê raios eu gostaria de um idiota sem noção que só… — O dedo baixou e os olhos se foram para o rosto do companheiro. — Não estava falando de você. Estava falando do outro idio… — Jase que antes tinha os olhos faiscando soltou um gargalhada contida. — Eu não…não queria dizer que és um idiota. Eu não te acho um idiota.

— Vou fingir que não. Agora vamos antes que alguém decida ligar as câmeras. 

Jase soltou algo parecido com um ronco e Astrid o fuzilou com o olhar ao mesmo tempo que Aiyden virou para Logan.

— Você irá na frente. Quando encontrares um ponto em que a câmeras não pegam é só ficares visível e Astrid irá nos teletransportar até lá e nós… — Se voltou para Astrid e Jase que ainda brigavam, mesmo que fosse apenas por troca de olhares. — Andaremos de mãos dadas e para não corrermos riscos, ficaremos uns ao lado dos outros, Astrid no meio e…

— Não quero segurar na mão do Jase — falou os olhos fixados em algum ponto qualquer. 

— O mesmo para mim! Não toco nessas tuas mãozinhas nem que me paguem. 

Astrid o encarou, com um careta no rosto e Jase não ficou para trás e lhe mostrou a língua, fazendo Astrid abrir a boca de indignação. Aiyden somente olhou para Logan que o encarou com um sorriso que parecia lhe pedir por paciência. 

.

.

Já fora da sala, uns ao lado dos outros, Astrid aquela que tinha as luzes dos holofotes se encontrava à esquerda, a mão direita entrelaçada à esquerda de Aiyden, enquanto que a direita dele repousava ao seu lado, Jase a havia recusado e decido segurar o tecido do casaco.

— Vamos! — Aiyden anunciou. Todos os pares de olhos em Logan que acenava para eles. 

Astrid os teletransportou e entre quase vários apanhados, os soldados prosseguiram caminho, se esquivando das câmeras e soldados inimigos que para além de ciborgues também havia os normais que Logan decidiu chamá-los de os “não ciborgues”. O caminho continuou até que Logan se tornou visível e anunciou: 

— Não há câmeras aqui. 

Astrid soltou a mão de Aiyden e Jase o tecido do casaco e se afastaram.

— Verificaste todos os lugares nas proximidades? 

— Não todos realmente, mas ao menos neste corredor não há. E também acho que estamos no subsolo ou algo assim — falou os olhos se perdendo no corredor.

— Não era para encontrarmos a saída desse lugar? — Jase olhava para alguns tubos de metal que estavam presos à parede.

— Estamos no reino de Turmalina, não creio que ir para o lado de fora seja melhor do que estar aqui dentro. Nossa melhor forma de sair daqui é encontrando alguma das naves deles, e se essa for a base dos veículos então devemos poder encontrar algum dos armazéns e pegar uma nave ou alguma outra coisa. E se não for…então…nossa única forma é…

Seus olhos encaravam Astrid, porém ele não conseguiu continuar e foi Jase que tomou a frente: — Com o poder da Astrid. 

— Eeeehhh. Sobre isso — Astrid passou a coçar a parte de trás da orelha e procurou olhar para qualquer coisa que não fosse os olhos de algum deles. — Não sei se realmente poderei nos levar de volta. E que…Bem…estamos muito longe. Não sei se consigo…

— Você consegue. É só…tentar!

Astrid olhou para baixo, a mão coçando a cabeça. 

— Eu não…

 Jase rapidamente viajou de onde estava e segurou-a pelos ombros.

— Você…— Umedeceu os lábios. — Você teletransportou Aiyslnn da fronteira até ao centro e eu! você conseguiu me tirar de Turmalina para o centro. É só fazer de novo.

— Mas…você estava morrendo e…Aiyslnn já estava morta. 

— Eh, mas de toda forma você conseguiu. Você só precisa fazê-lo, não porque alguém está morrendo e sim porque quer. 

— Já tentei — respirou muito fundo. — Antes de sairmos da sala quando demos as mãos e toquei no ombro de Logan eu havia tentado. Eu não consigo ir para muito longe. Não quando quero.

— Mas…

— Deixa ela — Aiyden tinha os olhos em seus arredores, enquanto os outros tinham os olhos nele. — Nem nós acreditamos que… — Seus olhos caíram em Astrid. — Nem nós cremos que ela pode fazer isso. Vocês vieram até mim por um erro, acredita mesmo que ela pode nos levar por pura força de vontade? 

Jase não respondeu e Aiyden voltou a olhar para qualquer ponto que não fosse o rosto de Astrid. 

— Não é estranho? 

— O que?! — Logan perguntou.

— Não haver câmeras aqui. Há em praticamente todo lado, mas não há nenhuma neste corredor. 

— Acabou o dinheiro? 

— Areia. 

Aiyden se abaixou e estendeu a mão para tocar em um monte de areia, porém Astrid segurou seu pulso.

— Pode ser uma armadilha. 

— Acho que é só areia.

— Há mais areia aqui — Logan anunciou, com um dos dedos apontando para um pequeno monte de areia.

— Também há aqui — avisou Jase e Astrid e Aiyden se entreolharam. Os dois se colocaram em pé ao mesmo tempo e avançaram em direção aos outros e juntos seguiram caminho.

Astrid estava caminhando na frente, ao lado de Logan quando perguntou:

— É normal um lugar como este ter montes de areia? 

— Não parece ser um lugar realmente apropriado para isso — Aiyden respondeu, os olhos atentos como se esperasse por algo.

— Ei! — Jase soltou, Aiyden que estava ao seu lado lhe dispensou um olhar. — Posso te perguntar algo? — Seus olhos estavam em qualquer lugar, mas não em Aiyden.

—...Claro!

Astrid que tinha os olhos e os ouvidos atentos em Aiyden e Jase, se virou para frente quando Logan a chamou, ele avisou de outro montinho de areia que encontrou e assim eles seguiram mais para frente.

— E se… — Astrid começou. — Alguém transformou as câmeras em areia?!

Logan parou e Astrid também. Olhando um para o outro até que Logan ficou invisível.

— Logan!?

Passos pesados soaram pelos corredores e em menos de alguns segundos Astrid e seus companheiros se viram encurralados por soldados Turmalianos.

Astrid ouviu Jase xingar um pouco ao longe. Soldados inimigos levantaram suas armas e antes de tiros choverem, Astrid sentiu um forte aperto em seu pulso, recuou dois passos e se teletransportou.

Astrid foi ao chão e Logan caiu ao seu lado.

— Logan! — Chamou, o sacudiu e seu companheiro abriu os olhos, o rosto muito pálido e os olhos encarando apenas o teto enquanto seu corpo tremia levemente. — Logan!! — O sacudiu mais uma vez e abruptamente ele se arrastou para longe dela, batendo as costas na parede. 

Astrid cogitou em se aproximar, no entanto Logan levantou uma mão e ela parou onde estava.

— Fique aí — pediu — Preciso respirar. Eu…— Seu peito subia e descia, de forma descompassada. — Vou ficar bem. Me dê só alguns segundos. 

Ouviu-se o barulho de botas, conversas e alarmes soaram. 

— Fica aqui! — Astrid pediu e a passos lentos caminhou pelo pequeno corredor e perto do cruzamento, se colou a parede e colocou a cabeça para fora e a distância viu, os soldados que haviam os interceptado, conversando e se dividindo, mas não haviam sinais de Jase ou Aiyden. 

A soldada respirou muito fundo e quando um dos soldados olhou para trás, ela se escondeu rapidamente e correu para Logan. 

— Precisamos sair daqui agora. Pode andar?

— Jase? — Usando a parede como apoio se levantou. — O que aconteceu com o Jase e o Aiyden? 

— Não sei — Passou a mão pelo rosto, mas parou quando ouviu passos. — Precisamos ir. — Segurou a mão de Logan e o puxou para o corredor à esquerda. — Eles não estavam com os soldados. Não…não sei se foram capturados ou…Vamos nos esconder e…

O corpo de Astrid travou e o de Logan seguiu no ritmo, o corredor onde só o som de seus passos eram ouvidos foi preenchido com um novo som, como de algo ruindo. 

Ruindo.

Astrid olhou para o chão. 

— Logan. Olha! 

Logan olhou para baixo, os olhos assistindo o chão sendo desenhado com várias linhas, formando pequenas rachaduras, as quais subiam as paredes e alcançavam o teto, fazendo as luzes piscares era como assistir o prelúdio de um desmoronamento.

— Corre!!

Logan não esperou Astrid se mover e a puxou. Os dois soldados correram pelo chão que começava a se partir, a linhas finas se transformaram em grossas rachaduras que pareciam como espinhos no caminho, sempre posicionados nos lugares onde eles facilmente tropeçariam. Eles pulavam, se esquivam, mas o chão continuava demorando e se quebrando.

— Segura forte!! — falou Astrid, apertou a mão de Logan com força e os teletransportou para o final do corredor, para onde pensou ser terra firme, mas assim que seus pés tocaram o chão ele ruiu. 

Astrid e Logan caírem. A queda durou alguns instantes até chegarem ao chão.

Se sentindo tonta e com as costas ardendo, Astrid passou a tatear o chão enquanto tentava recuperar todos os sentidos e tudo que suas mãos tocaram foi areia.

— Você está bem?

Logan ajudou Astrid a ficar em pé, segurou em seus ombros com força quando Astrid tencionou ir mais do que devia para o lado. 

— Tudo bem? Pode ficar em pé? — perguntou, as mãos ainda segurando os ombros de Astrid. 

— Estou bem! — disse, porém Logan não largou seus ombros. — Onde estamos? — olhou para cima e viu uma cratera no que deveria ser o corredor anteriormente. Olhou para baixo e viu somente areia. — Porque areia? De onde…

— Por que te mandaram para cá? Qual é a missão?

Logan soltou os ombros de Astrid e os dois olharam para frente, para o menino de cabelos prateados que flutuava parecendo um fantasma em suas roupas brancas.

— Quem você veio matar? — perguntou o menino, girando uma adaga na mão direita.

Astrid deu um passo para trás, segurando o braço de Logan quando sentiu as forças irem embora. 

— Você está com medo? — apontou a adaga para Astrid. — Eu ainda nem comecei.

 

 



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