Volume 2
Capítulo 2: Areia escarlate
Em fuga do olhar afiado da garota, Edward recuou alguns passos. Ainda notava o estado de completo choque do espírito — um detalhe curioso, considerando como a conversa havia começado.
— Mas que merda é essa? — A moça lentamente levou as mãos à cabeça. — Espera, você realmente me vê? Você realmente me escuta?
— Você já falou isso…
Edward apenas ergueu sutilmente os ombros, gesto suficiente para constranger a mulher. Essa, repentinamente sentiu suas bochechas arderem, motivando a virar de costas.. Perceber o movimento rígido e também o aparente cruzar de braços, motivou o rapaz a continuar com a conversa.
— Bom… eu descobri que consigo ver vocês faz tempo — falou com uma voz calma, longe da ideia de debochar da situação —, ainda é estranho para mim também.
Delicadamente a figura desfez o forte aperto, com uma forte respiração buscou abandonar a vergonha e o choque inicial. Curioso, Edward vagarosamente tentava se aproximar mais uma vez — inclinava parcialmente a procura da feição da jovem. Porém, o andar foi interrompido pelo escutar de um leve sussurro.
— Deveria ter me ocultado melhor, mas como eu iria adivinhar? Tsc…
— Pera…. que?
— Ei! — A garota virou com ainda mais energia, encarando mais uma vez o rosto do visitante indesejado. — Qual é o seu nome?
— Ahn… — Velozmente desviou o olhar para o chão. — Ahn… Edward.
— Desculpe pela forma direta — dizia baixo com certa desvontade de proferir tais palavras — Você realmente nos enxerga?
— Tudo bem… — Encarou mais uma vez o olhar avermelhado, como rubi, da senhorita. Quase hipnotizado, demorou alguns segundos para formular sua resposta. — Sim, vejo vocês, alguns com mais dificuldade, mas venho melhorando. — Novamente coçando a própria nuca, enxergou necessidade de se desculpar. — Foi mal, não queria atrapalhar sua leitura.
Edward percebeu que, para a jovem ler seus tão desejados livros, precisava estar sozinha — ninguém poderia ver um livro flutuando. A compreensão desse detalhe apenas aumentou sua empolgação com a conversa.
— Você pode tocar nos livros, certo? — Sorria de canto imaginando o quanto poderia aprender ali.
— Pode se dizer que tenho uma forte presença espiritual! — Estufou o peito e devolveu com um sorriso ainda maior. — E sim você de fato atrapalhou meus planos, mas encontrei algo bem mais interessante… — Encolheu os lábios, incomodada com as próprias palavras, e rapidamente desconversou —Tá nem tanto assim, eu ia para o último dessa seção no final das contas… mas me diga, como consegue fazer isso?
A mulher, apressada, sentou-se diante do rapaz. O cruzar de pernas e braços deixava claro que aguardava uma resposta. Longe de agir com desfeita, Ed observou os gestos e logo os imitou. O convite para mergulhar na conversa trouxe um gosto doce à sua boca — definitivamente, seu dia seria produtivo.
— Bom, de repente descobri que conseguia fazer isso… Pode parecer ridículo, porém parece que recebi este dom. — Apontou o dedo em direção ao espírito e indagou: — Qual é o seu nome? Eu disse o meu!
— É verdade… — Desarmou os braços. — Pode me chamar de Scarlet! — Percebendo a mão de Ed abaixar retomou com as reflexões. — Isso é muito estranho, durante esses 4 anos nunca vi algo parecido. Quem diria que chegaria por meio de um pirralho que atrapalhou minha leitura. — Gesticulou com a mão direita, formando suaves círculos, enquanto piscava lentamente.
— Muito engraçado… — Desaprovou balançando levemente a cabeça, tentando esconder a vontade de rir. — Então seu hobby é visitar essa biblioteca e ler todos os livros?
— Ninguém fica muito tempo neste andar, apenas você aparentemente… Existem muitos livros aqui, muitos históricos, e em sua maioria são interessantes. Geralmente venho aqui de madrugada, prefiro levar o livro para minha casa.
— Espera… — Enrugou a testa e com um olhar de canto questionou: — Você sai daqui levando um livro? Você tem uma casa? — Ed, incapaz de se segurar, começou a gargalhar mais alto do que deveria. — Imagina ver um livro flutuando e andando. Está sendo muito inconsequente, ou estou louco? — Devagar, esfregou os olhos com os punhos na tentativa de parar de rir.
Scarlet fechava por completo o rosto. Os lábios comprimidos e levemente erguidos denunciavam sua desaprovação. O pequeno escárnio resultou em uma resposta seca.
— Olha, estou aqui faz 4 anos e até hoje nunca me pegaram. Eu não sou burra, antes de fazer alguma coisa sempre analiso o ambiente. Todos os pontos cegos das câmeras, todas as rotinas dos guardas e na rua tudo fica ainda mais fácil. E sim eu moro em uma casa, com minha querida amiga.
— 4 anos… é muita coisa! — Percebendo a serenidade da garota, sentiu a necessidade de mudar sua postura. — Ainda bem que você se cuida, se descobrirem um espírito aqui… você sabe… Talvez o melhor era ler aqui mesmo durante a madrugada, não? E… — Engoliu seco com receio da reação do outro lado. — Me desculpe, longe de mim querer ser rude… Tu disse que morava com alguém, ela está viva?
O rosto amoleceu ao perceber a mudança no tom de quem julgou como pirralho. Levantou levemente o pulso e prosseguiu.
— Primeiro… — Levantou um dedo. — A visão continua a mesma depois de morta, então ligar as luzes aqui poderia complicar muito. Segundo… — Erguia o dedo médio. — Sim, moro com minha amiga e ainda bem que ela está viva. Me nego vê-la morrendo tão cedo… Terceiro… — Agora foi a vez do anular. — Seria muito difícil de me exorcizar, eu sei me cuidar. — Empinava sutilmente o nariz ao passo que recolhia o punho.
As surpresas continuavam, o que acarretava em mais uma pergunta indelicada do jovem.
— Você de fato está assombrando alguém durante 4 anos?
— Ei! — Levantou-se em fúria, com os punhos cerrados, seguiu em direção a Edward — Quem é você pra deduzir o que estou ou não fazendo?
A rápida aproximação desestabilizou os movimentos do rapaz, que, ainda sentado, tentou apenas se afastar, deslizando para trás. Antes que a situação piorasse, conseguiu expressar seu arrependimento.
— Perdão, novamente fui insensível… — Esticou um dos braços em busca de apaziguar os movimentos do espírito. — É diferente sua história…
Ver o garoto encolher preencheu seu peito de culpa. Tinha razão ao defender a si mesma, mas reconhecia que havia perdido a compostura. Virou-se de costas e retomou a posição anterior.
— Poderia ter te explicado melhor. — Já sentada, abaixava o rosto em direção ao chão. — Eu consigo controlar minha presença espiritual… posso tocar nas coisas, mas também consigo simplesmente atravessar tudo. Sendo assim, me controlo para minha amiga não ver e não ouvir nada que parta de mim… — Dizer em voz alta suas experiências retomava o calor em seu rosto. Aliviada por fugir do contato visual com Edward, tentava amenizar dizendo: — Nunca perturbo ela… apenas me sinto mais segura ali.
Edward percebera o quanto se intrometeu em assuntos fora de sua propriedade. Em um instante, viu-se entrelaçado em tramas maiores do que ele mesmo. Ainda assim, lembrou-se do quanto tudo aquilo o fascinava — a experiência de anos de um espírito era de extremo valor.
— Sinceramente peço desculpas… — Acomodou-se mais uma vez. — Você parece ser uma boa pessoa. Apenas fiquei confuso, é difícil digerir a ideia de ver espíritos vivendo por tanto tempo aqui…
— Edward, tá tudo bem… Sinceramente, ainda estou me acostumando com a ideia de viver tanto tempo aqui… Pelo menos consegui aprender muitas coisas e ainda li mais de 10 mil livros…
Levantou o rosto, exibindo um lado mais descontraído entre leves risadas. Scarlet foi tomada por um frescor que há muito perdera — diante dela, formava-se um ambiente propício para discutir suas inseguranças. Confiante para desabafar, mas receosa em encarar o rapaz, simplesmente se jogou para trás. Agora deitada, com as mãos servindo de apoio, decidiu dar voz a seus anseios.
— Às vezes pensava que os deuses tinham desistido de mim… será que até eles desconhecem o que fazer comigo? Já se passou mais um ano… — Suspirou profundamente. — Quando morri esperava encontrar qualquer coisa, menos tudo isso. Uma curiosidade me rodeou, e assim quis correr atrás de descobrir todos os segredos da vida.
— Então, eles sabem o que fazer contigo?
— Me indaga o fato de mesmo você nos enxergando ser tão bobinho. A quanto tempo você sabe de seu dom? Sério que nunca fez uma pesquisa a fundo?
— Faz um ano que descobri esse dom e já descobri muitas coisas sim!
— Ah é? Então qual a razão de existirem espíritos como eu?
— Hm… — Levou a mão ao queixo, no mesmo instante que sentiu um frio percorrer sua espinha. — Perguntou justo isso… Talvez eu desconheça a resposta… — O garoto encolhia, todavia buscava se defender.. — Inclusive, nenhum espírito que conversei soube me responder isso… Portanto, é difícil acreditar em suas próximas palavras!
— Realmente é complicado descobrir a razão… ainda mais por ser algo tão óbvio e natural. Em algum momento você vai precisar confiar em alguém e sério que você duvidaria de uma pessoa tão maravilhosa como eu? — Ainda deitada, retirou sua almofada improvisada e apontou com as duas mãos para o próprio rosto.
Cheia de trejeitos, Scarlet brincava mais uma vez com Ed, algo que o mesmo gostava. Pela primeira vez conversava com um espírito de forma tão natural, soou orgânico apenas apreciar o momento.
— Haha você é engraçada, lembra um amigo meu… — O menino ria de forma espontânea e leve, por um instante esquecia da tensão que sentia alguns momentos atrás. — Fiquei sem saída, aparentemente preciso confiar em ti!
— Você é ainda mais engraçado. — Refazia o apoio para a cabeça. — Sabe, por acaso você já chegou a ver um espírito partindo?
— Sim, já presenciei.
— Por acaso você soube quais foram os últimos desejos dessa pessoa e principalmente se eles foram correspondidos?
Recordava da conversa com sua mãe, cada gesto, cada palavra. Afinal de contas, reviveu aquele momento quase todos os dias. Quanto aos desejos, o menino só conseguiu pensar em uma possível resposta.
— Essa pessoa aparentava ter poucos desejos. Parecia que havia colocado um acima de qualquer outra coisa… Mas sim, foi possível a realização do mesmo.
— Está bem aí sua resposta! — disse no mesmo segundo que erguia a postura. Encarou as pupilas castanhas de Edward ostentando o maior de seus sorrisos.
As palavras de Scarlet levaram o garoto a refletir. Ele entrelaçou os dedos e os levou até a boca. O silêncio durou pouco; a ansiedade da garota por uma resposta logo o rompeu.
— Entendeu né? Ou preciso explicar mais mastigadinho?
— Quer dizer que vocês estão aqui pois desejam algo que ainda precisa ser realizado?
— Exato! — Estalava os dedos e brevemente apontava para o garoto. — Basicamente vivemos em torno de nossos desejos. Se realizarmos todos eles estaremos aptos para partir, obviamente sem escolher o destino. Porém–
— Somos humanos… Sonhos e desejos, nem todos podem ser realizados. E como saber se um novo desejo não surgirá antes de minha partida?
— Essa é a lógica… Algumas pessoas até acham que os que ficam aqui são os rejeitados ou aqueles que se mataram, todavia isto parece errado. Temos ambições, temos conflitos, talvez sim tenhamos desejos simples e desesperados que podem ser resolvidos de maneira rápida. Contudo, quanto mais tempo passamos por aqui, mais fácil criarmos o que chamo de sub desejos, logo nossa partida se estende e muito. Isso pode ser algo péssimo tanto para nós quanto para vocês, precisamos evitar ficar tanto tempo procurando por coisas que sequer podemos alcançar. Pode ser perigoso, podemos atrapalhar… Talvez um espírito bom se molda a ter desejos perversos e absurdos, e com toda certeza ele irá correr atrás disso.
O jovem ficou imerso em cada letra dita por Scarlet, evitava até mesmo piscar, seu mundo parecia ganhar desconhecidos tons.
— Caralho… No fim das contas, nossa humanidade sempre prevalece
Edward compreendia mais a situação das pessoas mortas, provavelmente muitos desconheciam sobre a própria natureza. Imaginou como se sentiria caso morresse no dia seguinte, apenas conseguiu chegar a conclusão óbvia de que sua mente entraria em combustão.
— Uma pergunta Scarlet, é bem difícil pensarmos em poucas coisas… —
— Pelo que sei, são válidos desejos fortes. Como você vai diferenciar isto consigo mesmo já é outra questão.
— Ok, faz mais sentido…
Um forte estalo ecoou na cabeça de Edward. Sentiu o nervosismo embrulhar seu estômago, contudo, preocupado com a vida da companheira de conversa, precisava esclarecer sua dúvida.
— Desculpe… por que ainda está aqui?
— Ah… —Com as mãos apoiadas no chão, começou a traçar círculos imaginários com o indicador da mão direita. Agora com a voz mais serena e aveludada, prolongou a resposta. — Falo a verdade quando aponto que quero aprender tudo sobre essa vida. No momento em que morri, tudo mudou… Em vida, havia tentado de tudo… Fora inesperado o que encontrei no fim… — Leves tremores percorriam todos os músculos de Scarlet. — Imagina, se eu aprender sobre tudo isso e poder ajudar os outros? Eu finalmente estaria encontrando sentido em minha vida, mesmo no pós morte… que irônico…
Scarlet afastava a vontade de chorar com o florescer de frágeis risadas, insuficientes para afastar a melancolia de sua fala.
— Confesso que tem sido difícil, esse mundo dos mortos é feroz… Me entristece pensar que só depois de morta que de fato comecei a achar algum rumo em minha vida… Gostaria de voltar no tempo… — Respirou fundo, parecia desmoronar a qualquer momento. — Tenho muito medo de realizar meus desejos… e se me rejeitarem no melhor lugar?
A tristeza tomou conta do rosto da garota, e Edward percebeu que era a primeira vez que a via assim. A angústia apertou seu peito—ele precisava agir. Seguiu o som alto do próprio coração. Sentiu-se crescer, mais do que fisicamente possível, e respondeu com energia.
— Agora você é que está sendo a boba aqui! Sério que preciso mastigar para finalmente entender? Se estava procurando alguma forma de ajudar as pessoas, você já encontrou tudo isso!
— Ah agora tá todo se achando né? – Scarlet ficou de pé, imitando a postura do rapaz, e exibiu uma drástica mudança de expressão.
— Bom, você me disse coisas que eu jamais iria descobrir sozinho. — A vergonha avermelhou suas bochechas, apesar disso continuou certo com as palavras. — Isso além de ajudar todos, também ilumina um rumo em minha vida. Ainda preciso trazer sentido para esse “dom”, conhecer melhor o mundo em minha volta com certeza vai me ajudar!
— Ah e ainda tem mais!! — Com o nariz novamente empinado, retomava toda a freneticidade. — Mais cedo disse algo que acho—
— Sobre ocultar sua presença?
— Então, existem espíritos com fraca, média e forte presença e –
— Sim, eu sei que alguns espíritos com maior presença conseguem transitar entre os níveis anteriores.
— Exatamente!! Os de fraca presença não conseguem ser ouvidos e vistos, nem sequer conseguem tocar em objetos. Muitas vezes os de média presença podem ser vistos como vultos e sim podem ser ouvidos… — Parecia faltar ar em meio às palavras.
— Scarlet eu meio que já sei sobre isso… — Interrompia como um banho de água gelado em toda
— Proibido interromper a sua professora! — Nem mesmo ela se aguentava e tirava uma leve gargalhada.
Edward riu e decidiu ouvir com bastante atenção os detalhes já conhecidos. Vislumbrar a empolgação de Scarlet, e principalmente conhecer novas coisas, transformava este momento em algo único.
— Já os com forte presença espiritual tudo se intensifica e principalmente, preparado?
— Diga de uma vez!
— Bom, às vezes um espírito com bastante presença pode literalmente se disfarçar de alguém vivo, as diferenças chegam ser quase nulas.
A expressão de Ed descontraída foi quebrada completamente, uma novidade interessante brilhou ainda mais seus olhos.
— Isso é sério?
— Sim, já vi um enganando duas pessoas! Como queria ter tanta força assim… preciso encontrar uma forma de aumentar minha presença espiritual.
— Vou precisar aprender a distinguir isso!
— Sabia que ficaria surpreso. — Orgulhosa, mais uma vez apertou a cintura.
— Muito obrigado por toda a conversa. Quem iria imaginar que uma vinda aleatória na biblioteca seria tão boa assim!
— Estou tão surpresa quanto você….
— Com seus conhecimentos e com meu dom, existe a possibilidade de conseguirmos fazer a diferença. Ajudar alguém que esteja perdido… Scarlet seja minha professora durante toda essa minha caminhada!
O calor do momento soltava as mais sinceras palavras do garoto. Encarou em Scarlet uma possibilidade de ser alguém melhor. Porém, o silêncio presente durante constrangedores segundos fez pensar o quão tais palavras soaram vergonhosas.
— Puf. — Soltou uma alta risada, que provavelmente pôde ser escutado por parcela da biblioteca. — Isso não foi uma cantada né? “Ai Scarlet me ensine durante toda minha vida” — Abria um largo sorriso enquanto simulava alguém se confessando.
— É claro que não! Vamos nos ajudar… falo sério! — O garoto tentava dar a volta por cima mesmo envergonhado.
— É que assim, eu morri quando tinha 19… você faz as contas ai—
— Me escuta, eu não falei nesse sentido sua idiota — dizia em um tom bem humorado, no final das contas havia sido engraçado.
— Eu sei seu imbecil. Então… está certo, eu te ajudo!
Estendia a mão esperando a resposta do jovem para confirmar o “contrato”. Edward apertava e podia sentir a mão de Scarlet, experimentava que finalmente havia dado um grande passo em sua jornada. Apenas neste instante reparou nos detalhes da tatuagem na mão da mulher. Linhas pretas, sem qualquer padrão, pintavam sua pele clara, entrelaçando-se entre os dedos. No centro do punho, uma grande mancha preta marcava o ponto de origem das ramificações, que de forma grosseira tentavam camuflar uma cicatriz profunda.
Logo após o firme aperto de mãos, Scarlet recuou e abriu levemente o sobretudo. Com um olhar afiado, ele reparou no delicado body branco que ela usava, nos óculos escuros presos à cintura e, acima de tudo, no amuleto que tirou do bolso interno do casaco. Era uma ampulheta marrom com detalhes dourados, que chamou ainda mais sua atenção por um detalhe surpreendente: independentemente do movimento, a areia dentro dela permanecia congelada no meio de uma queda
— Que ironia... justamente no dia em que morri, esqueci de tirar este amuleto da sorte… Sabe, sempre senti que o meu tempo havia parado. E agora, esse objeto sempre vai me amedrontar… Depois de tudo que aconteceu, de fato meu relógio parou. No entanto, estranhamente percebi que estava em busca de fazer o meu mundo voltar a girar. E bom, hoje com certeza me mostrou que estou no rumo certo. Edward vou te ajudar ao máximo, obrigado ter ignorado as minhas palavras rudes no início desta conversa.
Nota do autor
Primeiramente, peço desculpas pelo atraso de 1 semana para o lançamento do segundo volume. O atraso ocorreu por alguns problemas pessoais em torno do artista que faz parte do projeto da novel, o Gizada, e pela minha vontade de começar a posta da melhor forma possível (sempre no mesmo dia e no mesmo horário). Dito isso, os capítulos continurão sendo lançados de forma quinzenal mas agora nas quartas-feiras!
O volume 2 "Entre desejos e traumas" será crucial para o dsenrolar da obra. Aguardem uma montanha russa de acontecimentos e o surgimento de diversos novsos personagens e conceitos. Particularmente, tenho um carinho bem grande com essa etapa de "Edward The Guide", espero que essa paixão possa alcançar vocês.
Obrigado pelo apoio de sempre, continuem acessando, comentando e consumindo a obra!
~ Gusty
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