Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Heaven


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 204: Porque não se luta contra Mythro(3)

Os outros dois Reis que Suife enfrenta tremem. Pois agora, somente os dois estão vivos e, com tantos ferimentos, suas chances passaram de 70% de uma morte agonizante para 100% de uma morte rápida e sem sentido.

As auras únicas pertencentes às Três Bestas Ancestrais e a Núbia, que por sua condição única não demonstrava ser mais fraca que as três, nem por um milímetro, impunha pressão em seus corpos e cultivações que revertia suas forças, os enfraquecendo cada segundo mais.

— Tantos irmãos vieram nos ajudar, e ainda assim aqui estamos. Com os pés em nossas covas.

— Muitos clãs e sectos do leste não poderão levantar suas cabeças por pelo menos 20 a 50 anos!

Os Reis comentam, e eles olham para seus próprios membros de clãs e sectos e veem em suas faces o desespero de ver os Ás de suas famílias sendo podados como árvores.

— Não deixarei!

Um dos Reis invoca seu Semblante, e é possível ver seu Semblante chorando lágrimas azuis de energia.

Uma força lateja no Semblante. Era sinais de uma explosão mutilada. Ele ia usar uma técnica proibida que mutilava seu Semblante Espiritual mais a própria explosão de sua própria cultivação.

Este homem pertencia a um clã do Leste Interior, que se chamava Galvanização de Metal Divino.

Esta era uma das técnicas que amedrontava a todos os adversários desse secto, pois ela poderia tornar uma vitória certa em uma perca enorme para os dois lados. Mas em particular, para quem lutasse contra estes doentes da Galvanização de Metal Divino já que qualquer coisa na região de 1km seria estraçalhada pelo minério de quatro estrelas que era explodido junto com o bombardeamento de energia e técnica proibida.

Mas infelizmente, uma certa águia no céu não estava afim de ver isso acontecer.

Yrvik desce dos céus, e se separando de seu Semblante Espiritual, ambos tomam formas de Jade e descendo tão rápido como um corte de energia negro, eles atravessam várias vezes o Rei.

Seu Semblante ainda perdura, mesmo em pedaços e continua sua explosão. Mas Grásio aparece e controla o fluxo de energia, fazendo o homem apenas implodir.

De brinde, ele ainda joga o Semblante para o outro Rei, que é varrido na implosão que destrói tudo ao redor de 100 metros.

Yrvik já tinha sido reconhecido pelos céus, e sua Benção Própria seria: Presságio Divino Tribulação Elusiva Agonia Retribuição Rapina-Luz Condenação

Mythro continuava lutando contra Maro, que já estava no fim de suas cartadas. Seus golpes faltavam força e energia, e seu corpo já ficava cada vez menos metálico.

Luma assiste a tudo sem fazer nada. Desde o começo, suas intenções eram no máximo ter algum tipo de tratado que ainda deixasse o controle sobre as habilidades e dádivas de Mits sob sua autoridade.

Mesmo que a jovem Paschi saísse do Leste, portanto que tudo que ela produzisse ainda representasse o Leste, as perdas seriam mínimas.

Mas Maro fodeu com tudo. Ser casada com Maro já era algo que ela tinha desgosto, já que esta união é, infelizmente, política.

Casamentos políticos não eram tão incomuns, e podiam ser evitados com compensações. Porém, no Leste, a tradição é uma doença forte. Havia rituais no Leste que sacrificavam membros de generais derrotados para reaver sorte na guerra.

Isso era algo abertamente aceito, e, a vítima, ao contrário de algumas culturas, não era mal vista, e sim como se tivesse feito um dever sagrado para não corromper a boa sorte de todos.

Isso implementou uma crença ainda mais forte em todos, por isso, se recusar a ser parte das tradições não era somente mal visto, como também visto como algo que podia impedir a pessoa de alcançar maior status.

E infelizmente, a Matriarca Luma precisava de seus status firmes como uma montanha. Para reger e prosperar seu próprio clã e o Leste.

Ver tantos de seu clã morrendo, apertava seu coração. Mas muitos deles eram Alto Anciões e anciões que apoiavam Maro em um golpe para mudar a soberania do clã.

Maro era irascível e impulsivo. Fazendo as coisas sempre moral, emocional, e tradicionalmente dirigido. Sem pensar nas consequências que seus atos imprudentes e cruéis pudessem arrecadar.

Então, embora o poder da Donzela de Ferro caísse com a ausência destes, seu Status se consolidava, já que o número de Alto Anciões ao seu lado acabou de ficar maior que os de Maro.

Luma finalmente decide interceder. Mas na sua frente, alguém aparece portando um machado de cabo vermelho, uma lâmina colorida e voando em cima de um lótus.

— Mits!

— Luma.

— Garota, saia, ele vai matar Maro!

— Você acha que vai mudar algo? Com os três acompanhantes reunidos ao redor dele, Mythro é invencível. As únicas coisas que poderiam pará-lo agora são escrituras e artefatos primordiais. Seu clã de fato tem um, mas você teria que sacrificar 40 indivíduos da Anima Mea Maximum para ativar.

— Você quer que eu fique parada, olhando!?

— Você já deu meio-passo a soberania certa da Donzela de Ferro. Porque não olha o outro passo a ser dado?

— Mits! Não banque a sonsa, você sabe que se ele morrer aqui, sem nem mesmo uma intervenção, irei ser destronada por provável traição!

— Fique tranquila, eu já pensei nisso. Por isso eu estou aqui. Você pode falar que eu te impedi de se meter na luta.

Luma arregala os olhos com tamanho desaforo. Ela puxa uma boneca metálica de seu saco preto e o poderoso manequim começa a brilhar, se fundindo a ela.

Mas um grito de socorro a faz travar no meio do processo.

— Luma, me ajude, rápido!

— Maro!

A Matriarca para a fusão e, jogando uma bola de ferro que expande e engloba Mits, ela voa na direção do grito.

O consorte da Matriarca voa em sua direção com uma adaga afundada em seu peito. Luma se assusta e usa uma técnica que acelera seu voo.

Uma explosão soa, e Mits sai da sua prisão. Seus cabelos eram como arco-íris, porém majoritariamente rosas, como se o rosa fosse o padrão de fundo e as outras cores simplesmente estivessem ali para acompanhar a bela cor suave e penetrante.

Seu cabelo era longo, mais longo que o de Mythro. Mas estava todo trançado em grossas tranças que alcançaram seus tornozelos.

A parte rente ao crânio não tinha tranças, era liso. A partir da altura da orelha, onde havia duas tranças circulares unidas a um par de mechas que começavam as longas tranças.

Seus írises rosas emanavam uma violência e raiva que faziam seus admiradores confundirem sua cor com vermelho.

Seus lábios não eram nem grandes, nem pequenos. Dependendo de sua expressão eles morfavam, acompanhando sua disposição fantástica de enaltecer sua herança de sangue.

Seus lábios rosados, acompanhados dos claros dentes, e as asas torcidas de seus narizes devido a expressão irada de quem ia destruir os próprios céus davam a ela um charme conflitante.

Estonteante, e puta. Muito, muito puta.

— VOCÊ ME PRENDEU NAQUELA COISA QUE VOCÊ TREINAVA O LARS!?

Mits levanta seu machado e o lança. Luma sente a própria pressão do vento lhe arrastar e invoca a boneca de ferro para tomar o golpe por ela.

A boneca se rodeia em uma barreira, mas mesmo com a proteção, é jogada longe pelo machado, que antes de cair no chão, volta às mãos de Mits.

— GARUDA, PORRA!

Algo se aproxima do longe. Um ser metálico e alado, com feição rapina, e corpo humanóide. Seu corpo era cinza metálico, seus punhos possuíam unhas negras alongadas, e pulseiras douradas.

Sua cabeça, embora recorda-se aves de rapina, era alongada e mais lembrava uma máscara. Seu bico não era tão curvado, e era vermelho. O que combinava com a plumagem metálica de sua cabeça.

Na sua cabeça havia um elmo pequeno e longo que não parecia oferecer muita proteção, mas dava toques estéticos perfeitos. Suas pernas tinham os joelhos para trás, o que mais lembrava seres licantropos liberando seus Corpus Fons.

Na sua cintura, uma saia vermelha com diversas runas e diferentes lâminas de machados com cores diferentes. Eram 7 ao todo, cada uma emanando Qis de diferentes atributos.

— Srta, poderia me invocar mais educadamente? — Uma voz feminina ecoa de “Garuda”.

— SE VOCÊ NÃO VIRAR ARMADURA NOS PRÓXIMOS TRÊS SEGUNDOS EU VOU AMASSAR VOCÊ.

— Cruzes!

Garuda, assustada, começa a se desmembrar e suas partes voam e começam a tomar camada de defesas no corpo da irritadin— de Mits.

Mits bate as asas de sua armadura, e investe de ombro em Luma. A matriarca se prepara para o impacto invocando um escudo que é rapidamente alimentado de energia.

— Como se isso pudesse te proteger! — O machado fala!

Mythro assiste a tudo parado. Maro já estava morto, com Hemera no peito dele, a qualquer momento ele incendiaria em fogo branco.

Mas o que realmente o assusta, é o machado de Mits. Desde o primeiro momento, ele e Gornn já reconheceram a arma em suas mãos.

“Puta que pariu, Mutima é louca, louca!”

— Um Guará-Escarlate? Um Garuda? Gornn exaltado?

Núbia do lado, achando a situação um tanto cômica, solta guinchos que fazem som de “graarr grarr”.

Mythro entendendo que ela não fazia ideia do que passava, lança uma mensagem cósmica para ela.

Seu conteúdo: 

— Bobinha, Garuda é uma armadura divina que geralmente está sob o controle de Vishnu, porque para trazê-la à existência é preciso que um ser de cultivação Divina leia e siga os rituais e hinos do Rigueveda e sacrifique parte de sua cultivação. Não suficiente, a origem desse ser deve ser do mesmo quadrante do qual o Rigueveda nasceu, se não, a constituição divina impede a construção divina de Garuda de vir a ser. Rigueveda é o livro primordial dos hinos hindus, e um tesouro de igual calibre a Roda do Dharma. Muitas maravilhas hindus estão escondidas lá. Existe a Armadura Divina de Gauro, Simha, Mayura entre outras. A mais poderosa delas é a Garuda, tanto que, de todas as armaduras, somente a de Garuda é ornada por um da tríade Trimúrti. Quanto a ser Vishnu que a orna, é porque ela tem que viajar mais que os outros, já que ela é a melhor em manter as oscilações cósmicas na baía.

(Notas do autor: Oscilações Cósmicas são explosões que ocorrem quando grandes massas colidem, e explodem, arrastando uma destruição que toma proporções muito grandes, afetando o tempo, espaço e memória. Isso pode varrer muitos planetas, por isso um quadrante sem deuses geralmente não é tão próspero quanto os que tem, pois essas Oscilações podem acabar com dezenas de milhares de anos de um mundo de cultivação. Geralmente alguns imperadores desses quadrantes contratam deuses para ajudas emergenciais, mas o preço disso é alto, muito, muito alto. Existem menores escalas que podem ser lidadas até mesmo por Reis-Céu, até Reis-Terra, mas não são mais chamados de Oscilações Cósmicas, e sim de Turbulência Espacial.)



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