Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: Heaven


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 203: Porque não se luta contra Mythro(2)

Quando Maro termina sua fusão com a boneca, seu corpo fica mais feminino. Todos seus trajes e corpo se tornam ferro.

Mythro consegue perceber que nesse estado, ele estava tão forte, ou até mais forte que Carlos Tigre.

— Uma das três magias que fizeram a Donzela de Ferro alcançar o topo do leste. Me mostre seu poder!

O jovem Hipernova voa no céu e seu corpo começa a crescer. Pela armadura muito era coberto, mas uma face reptiliana ainda pode ser vista.

Para não cair em desvantagem, a cabeça de crocodilo da Imagem Encarnada da Perdição do Egito não tinha a boca tão longa.

Os braços de Caos não crescem junto com os de Mythro.

Mythro gira a lança no ar e põe uma das pontas da lança bem abaixo de si. Como se ele estivesse com um remo em mãos, ele faz um poderoso corte no ar.

— Ferida das Eras.

Qi dourado explode, e um corte com a imagem de uma enguia vinda direta do Ancestral se aproxima rapidamente de Maro.

— Só isso? Despedace!

Maro invoca três tesouros, todos emanando vibrações de Primeira Terra. Um deles era a boneca que Mythro há pouco já havia embatido.

O segundo era um talismã antigo, que cria uma barreira de energia ao redor da boneca. O último é um caixão com uma face feminina, que expressa terror e dor em seu busto.

Os tesouros sendo invocados chamam a atenção das Sereias nas nuvens. Elas começam a atirar diversos raios.

Desse jeito, primeiro a Ferida das Eras alcança a boneca. Com um soco, ela resiste ao ataque, mas a barreira se torna fina como papel.

O caixão se move em direção à Mythro, mas com a chegada de diversos relâmpagos, o caixão feito de ferro começa a emitir sons estranhos.

Gritos quase inaudíveis estão misturados neles. Com certeza muitas vidas já foram tiradas com este caixão, e com tanto arrependimento e raiva sendo acumulado em seu interior, algo sobrenatural teria nascido.

Claro, que se este poder estivesse sob controle, só deixaria o armamento ainda mais forte.

Infelizmente, relâmpago é o veneno de resquícios anímicos. Por isso o caixão, que embora estivesse sob total controle até então, começa a recuar desobedecendo a Maro.

Mythro libera outro de seus poderes, atrás de si começa a abrir um leque de penas belíssimas.

Era seu Alcance Cósmico, Cauda de Lanças.

Se aproximando ainda mais de Maro, um Ponto Incandescente é liberado e anciões que tentam impedir que o ataque conectasse, acabam sendo jogados brutalmente aos muros, tendo diversos ossos destruídos pelo ataque.

Com certeza alguns morreram. Comerciantes e guardas mais corajosos tentam resgatar os feridos e tirá-los da região.

Cinco Reis batalham contra os Jade Negra Celeste e Núbia. Eles estavam em forma similar a de Maro, mas sem comparação na questão de aumento de força.

A agilidade de Núbia sempre tomava o homem de surpresa, e quando ele achava que iria conseguir feri-la, seu corpo mudava como se ele envelhecesse.

Ao longo da luta, ele sente suas forças vazando. Sua garganta continua cada vez mais, buscando sua saliva, como se ele estivesse depravado de água há dias.

O olhar de Núbia o incomoda mais que tudo. Ele sente que não está mais olhando para um oponente, mas um predador.

Principalmente, visto que no último ataque, a Sphynx não simplesmente rasgou um pouco de sua perna, mas comeu o pedaço.

Um medo esquecido por ele, desde que alcançou o Anima Mea Maximum(4ºReino), começa a se tornar gravado em sua mente.

O Rei da Donzela de Ferro se prepara. Ele puxa uma clava e usando o poder de sua gema, ele faz um ataque que cria uma pequena cratera no chão.

Ao receber o ataque, o corpo de Núbia fica parado. Para um Rei, cruzar a distância de 20 metros que eles estavam, bastava um segundo.

Mas neste ataque, sua habilidade de movimentação parece se tornar deficiente. Seu ataque sai de um enorme pico de força, para a metade.

Os 20 metros que se cruzariam em 1 segundo apenas, se tornam 5. Quando sua clava finalmente chega perto de Núbia, ela cai no chão, e o Rei cai de joelhos, ofegante.

— Que feitiço maldito é esse?

O Rei não consegue levantar sua cabeça. Ele perde a força na coluna e abdômen, e sua cabeça bate no chão.

Tentando sair da posição humilhante, seus braços lutam para se apoiarem no chão, mas não há força neles.

Seus sentidos começam a deixá-lo. Sua visão não consegue mais entender o que é terra ou escuridão.

De repente, ele sente um hálito. De primeira instância, é um cheiro até mesmo agradável. Porém com o tempo, o cheiro de sangue se mistura.

Por uma última vez, ele sente certa força voltar em seu corpo. Levantando seu olhar, ele vê o terror, terror profundo em forma felina.

Núbia e seu Semblante Espiritual estavam sorrindo maniacamente com sangue cobrindo completamente o rosto de Núbia.

Seu semblante tinha uma boca longa e grande, com dentes de diferentes formas. Os olhos vermelhos se empilhavam, e deixavam uma dúvida imortal ao Rei que há pouco já não mais se preocuparia com honra, fama, dinheiro e família...

Quem era o demônio? A Sphynx, ou o Semblante Espiritual?

Sua última visão é das mudanças que ocorreram no Semblante. O corpo feito de energia se tornava branco, e apenas garras e dentes ficam azuis. Na ponta de suas orelhas e cauda, o fogo branco alumia.

A mente de muitos na região simplesmente quebra. A estética maníaca que se exibia era mais do que suas cabeças podiam entender, mais que suas cosmicidades podiam suportar.

Alguns desmaiam, outros correm e os mais fracos morrem. Eles jamais comprenderiam o porquê de suas partidas, mas o divino comemorava a cruel e derradeira fome.

Após finalmente ser reconhecida pelos céus, Núbia colocaria em ação a sua Benção Própria. Que seria: Concessora Clemente Penúria Divina Guardiã Facínora Potestade Jurada Inescapável

Agora ela precisava apenas de um lugar seguro e repleto de energia e poderia começar a escrever as runas e palavras em seu Semblante.

**

Grásio mudava de tamanho e lançava chamas negras repletas de raios. Os ataques mágicos jogados contra ele eram majoritariamente negados por sua natureza única de absorver energia.

Claro que havia um limite, mas para a magia fraca de reis com coroas hereditárias, redirecionar os ataques sem se machucar era algo possível.

Devido ao seu tamanho chamar mais atenção, neste momento ele lutava contra dois Reis.

Sua cauda possuía uma arma-como-agulha. Que nem a de Núbia. Seus ataques rápidos e fortes dilaceram pouco a pouco os Reis.

Todos os reis estavam sobre os efeitos dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Agora que a Sphynx já matou um, os outros começam a sentir os efeitos sendo multiplicados em cima deles.

Principalmente agora que Núbia teve uma promoção de força em seu Semblante Espiritual.

Jogando um dos Reis revestido em ferro para o chão, Grásio usa uma grande quantidade de energia espiritual e invoca seu Semblante Espiritual.

O Semblante sibila, e rapidamente se enrola no homem caído. Com um aperto sufocador, o rosto do Rei começa a ficar roxo.

O outro Rei vendo seu aliado prestes a morrer, invoca dois arpões que cintilam com energia.

O corpo físico de Grásio se afina e alonga. Sua cauda como um chicote, penetra na mão do homem com sua agulha letal na ponta.

Dando uma volta no pulso do homem com sua cauda, Grásio puxa o homem para si e o morde no pescoço.

Suas presas começam a rasgar sua carne. Parecia que a Serpente Jade Negra queria arrancar a cabeça do Rei do Leste por completo.

Mas algo mais amedrontador se desdobra: O Semblante Espiritual do homem começa a ser puxado para fora à força!

Sem reações ou expressões, já que era um Semblante Espiritual que ainda não foi despertado espiritualmente. O Semblante é removido com os gritos de dor e angústia do Rei.

O Semblante Espiritual de Grásio depois de enfraquecer o corpo o suficiente, também morde no pescoço e puxa o Semblante Espiritual do outro Rei.

Semblante e corpo físico jogam os Semblantes uns contra os outros. Eles se chocam no ar, e causam reverberações de energia.

Largando os corpos físicos dos Reis de lado, Grásio se une em corpo e cultivação. Seu tamanho cresce. Com um abraço mortal nos Semblantes, e fincando suas presas em um deles, sons de ossos quebrados soam.

Grásio estava quebrando os Ossos Espirituais dos Semblantes. Não somente isso, estava alterando completamente o fluxo de energia de um dos Semblantes e logo ele explodiria!

Isso se torna possível também devido a seu reconhecimento celeste. Como um ser de Ancestralidade extrema, seu ser também já deseja uma poderosa Benção Própria, que seria: Emboscador Soturno Ceifador Divinal Reitor Enérgico Cálice Fogo-Fátuo

Suife por sua vez, lutava contra outros três reis. Seu Semblante já tinha sido invocado, e sendo reconhecido pelos céus, uma nova transformação acontece em seus poderes.

No ar, o Semblante relincha, invocando tremores às nuvens negras nos céus. Ele se aproveita de um Rei caído que não pode revidar temporariamente para eliminá-lo.

O Semblante começa a irradiar sua energia em forma de um clarão negro devorador, na sua frente, um bastão começa a se formar, com a arma crescendo logo se avista que não era um bastão, mas na verdade o cabo do tridente.

Por final, as três setas-chifres do Semblante se separam de sua cabeça e munem o cabo, açoitando a terra e aos mortais e cultivadores igualmente em medo.

O tridente de energia aponta para o rei caído que, mesmo podendo fugir enquanto ele se materializava, não o faz, por medo e incompreensão aos eventos que se manifestavam em sua frente.

Na verdade, mesmo que ele corresse, logo o tridente o empalaria. Como assim o faz, rasgando o peito do homem, e prendendo seu corpo ao chão.

A manifestação deste tridente era parte da cosmicidade de Suife, e fazia parte de sua Benção Própria, mas não poderia ser chamada assim, já que não é algo feito ou requisitado por ele mesmo.

Este tridente produzido por seu Semblante pode se fundir ao tridente gerado em seu próprio corpo, para criar algo com ainda mais poder.

Sendo reconhecido pelos céus, agora Suife poderia conjurar suas 9 palavras, com exceção de uma que já lhe era dádiva dos céus.

“Armígero”.

O Cavalo Jade Negra Celeste é a guerra do Apocalipse, e sua natureza o tornava o armígero do Apocalipse também.

A sobreposição dos significados elevavam Suife em um patamar tão alto na cosmicidade que ele estava apenas abaixo de Mythro e Mits.

Sua Benção Própria seria a: Arauto Armígero Imperioso Devir Inevitável Incipiente Desolador Fere Luz



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