Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 189: Torrando os Ossos Espirituais(2)

Mas o grito de dor que eles esperavam não veio. Eles acabaram de serem feridos por terem a Espada Gigante de Hércules destruída, eles entendiam com memória de curto prazo que não era um ferimento qualquer.

— Lorde...

Alura murmura algo antes de desmaiar. Núbia ruge preocupação de cima da baleia, e os jovens místicos entendem finalmente o que aconteceu.

Mythro usou a conexão cármica que eles tinham e jogou para si mesmo o recuo!

Era o recuo de uma Magia de Guerra, isso não é algo que alguém no segundo reino pudesse segurar.

Finalmente, os olhos de Arkab, Zara e Odyel encontram o jovem Hipernova na distância. Ele está cuspindo sangue em cima de Suife, que luta para não deixá-lo cair.

Seu sangue azul metálico brilhante cai no chão. A baleia ruge, e seus olhos irradiam uma raiva que suportada por sua cultivação, faz todos ficarem imóveis por um segundo.

Mas do nada, algo que talvez todos tivessem esquecido acontece. Os arpões fincam nas feridas!

Yibang e Yabang não desistiram nem por um segundo de sua missão, de trazer a baleia para a terra!

Vendo uma única oportunidade, Núbia corre para Grásio. A serpente parece entender imediatamente o que fazer.

A baleia tem que descer!

Grásio diminui seu tamanho, e pula nas costas de Núbia. Ele desliza até sua cauda, e a Sphynx começa a correr em círculo com toda sua velocidade, aproveitando a força centrifuga, ela da um ultimo giro e atira a Serpente Jade Negra Celeste na distância.

Grásio sobe mais de 24 metros. Sua Aura Primal Mortal estoura, e uma sensação de morte eminente permeia o ar.

Ele cresce exponencialmente, até ficar tão grande quanto os esqueletos das baleias. Descendo girando, sua cauda chicoteia o dorso da baleia.

Ondas de ar se chocam, muitas pontes criadas por Odyel voltam a terra em pedaços. As nuvens no céu se afastam e os esqueletos começam a cair.

Suife corre pelas margens, Grásio precisava morder Mythro para ajustar sua circulação de energia cósmica e vital. Nem mesmo ele com seu coração de rubi, esqueleto de ouro e cultivação de nível cósmico sairia ileso do recuo de uma Magia de Guerra se não fosse tratado logo.

Grásio diminui seu tamanho em segundos, assim como ele cresceu. Ele cai em cima da baleia, e Núbia logo aparece para lhe dar uma carona.

Ela salta da baleia, e pula nos esqueletos até uma ponte de terra sobrevivente. Os arpões a puxam ao chão, e sua colisão cria uma onda de choque que destrói um forte.

Os avestruzes na distância canalizam um último pingo de energia cósmica, antes deles mesmos caírem no chão, cansados.

Núbia, tão veloz quanto o som chega ao lado de Mythro, e Grásio salta dela direto em Suife. As presas da víbora brilham sua energia cósmica escura e mordem o pescoço do jovem Hipernova.

O sangramento começa a melhorar, mas as feridas internas eram profundas. Começando a dar respostas de acordar, eles voltam sua atenção a baleia.

Por ter sido jogada no chão, sua cultivação entra em extrema fúria junto com ela. Seu Semblante Cósmico aparece e sendo ele capaz de voar em baixas altitudes, se joga contra os seres divinos.

Núbia se cobre de fogo branco e se joga contra o Semblante. Grásio cresce e se enrola no Semblante, o apertando e mordendo. Interrompendo que ele  pudesse soltar uma magia!

A baleia começa a se debater na terra, seu corpo, por mais que estivesse ferido e em terra, ainda podia realizar alguns movimentos por ser tão poderoso.

Sua cauda levanta e bate no chão. Os esqueletos que tinham caído no mar, voltam e ameaçam o firmamento.

O canhão em sua testa começa a mudar suas coordenadas e apontam para Suife, que estava com Mythro ferido.

O Cavalo Jade Negra Celeste realmente teme o canhão. Era difícil esquivar dos seus ataques de longe, agora basicamente a queima roupa, como seria possível?

Neste momento, Yibang e Yabang aparecem e usam suas garras para mudar as coordenadas do canhão.

Usando as artes recém aprendidas que eles conseguiram da Montanha do Tigre Branco, energia cósmica se junta em suas penas.

Eles saltam batendo as asas e lâminas de Qi de vento começam a cutucar o canhão. O canhão era um item do terceiro reino, mas depois de mil anos ele não tinha tanto vigor. Seus materiais eram excepcionais, mas o Ventre das Fadas corroía tudo muito mais rápido.

Fora que, ele não era para ser usado desta forma. A água fervente o quebrava cada vez mais rápido.

Por isso, embaixo da barragem de ataques, ele começa a quebrar. Rachaduras percorrem todo o seu cano, e água fervente sai de lá, caindo em cima das feridas da baleia.

Sem seu Semblante unido a si, a quantidade de energia que ela conseguia canalizar diminuía. Logo, a água fervente caiu na sua pele desprotegida cozinhando sua carne.

Os gritos loucos da baleia tremem o ar. O sangue que vazava de sua carne finalmente chega há níveis alarmantes.

Os esqueletos subiam e caiam da água. Eles foram refinados por ela e serviam como armamentos rúnicos.

Mas seu controle sobre eles neste momento era muito pequeno. Desde que ela gastou seu Sangue Espiritual, ela não conseguiu se recuperar fisicamente ou cosmicamente. Ela estava completamente exaurida, e depois de perder tanto sangue a sua contagem de vida estava ticando.

Arkab e Zara protegendo os dois místicos que apagaram olham a luta. Infelizmente eles não conseguiriam se juntar a uma luta desse tamanho machucados e sem acesso a 100% de suas cultivações.

— Ela logo morrerá, seu Semblante está se tornando ilusório... O que é aquilo vindo da margem? — O Camilitiafso caçula observa algo vindo pelo Mar da Baleia.

— O quê, Ark? — Zara desliza seus olhos por diversos segundos pelo mar antes de ver realmente algo ficando cada vez maior...

— Aquilo é um... pote?

— Pote? Um pote?

Zara se assusta, e se levantando, corre na direção da luta.

— Zara, o que você está fazendo?

— É o Vaso!

O Vaso Colhedor da Morte, o item supremo do Plano Aquático. Era sabido que a baleia tinha usado o vaso para cruzar rapidamente os reinos.

— Sra Núbia o vaso, o vaso!

Arriscando sua vida, Zara faz de tudo para avisar alguém da vinda do vaso. Infelizmente, no calor da luta, eles demoram para conseguir entender ela.

O Semblante se vira para Zara e uma bola de fogo é usada para que ela não se aproximasse mais.

Grásio aparece na frente da bola e absorve a energia. Ele conseguia absorver energia e devolvê-la, mas em limitados montes.

Somente agora essa tática se tornou viável, antes, isso iria quebrar todos os seus ossos. Mesmo que Jade Negro Celeste fosse conhecido por ser um resistente mineral, quase indestrutível, a cultivação dele ainda estava baixa.

A bola de fogo é devolvida. Núbia conseguindo um tempo para respirar, percebe que uma energia enorme está cruzando o mar.

Seus olhos dourados se viram para encontrar o vaso, basicamente do lado deles!

Ele se vira, e começa a derramar forças no Semblante. Um sorriso maligno se mostra no Semblante Espiritual da baleia, e ele salta para trás caindo de volta a baleia, que lutava contra os avestruzes.

A baleia solta seu poderoso grito. A sua energia volta rapidamente, mas com seu corpo tão ferido, absorver demais só iria trazer malefícios.

Entendendo isso ela mesma, ela vira o vaso na direção deles e energia como um furacão irrompe do vaso. Varrendo o sol e as estrelas!

Quando tudo parecia estar perdido. Alguém aparece na frente dos avestruzes... Mythro!

— Você vai nos matar com energia pura? Que chato, tem a porra de um arfoziano aqui!

A boca do jovem Hipernova se abre, seu blazar aparece na sua frente e toda a energia cósmica que é lançada nele começa a ser absorvida.

Mas quem poderia absorver tanta energia assim? A baleia estava pulando os reinos como se fosse um expert renascido.

O blazar continua expandindo e engolindo toda a energia, mas diversas rachaduras começam a aparecer no corpo de Mythro.

Essas rachaduras não eram físicas, e sim espirituais. Seu Semblante Espiritual estava quase sendo destruído para poder impedir esse ataque.

Os arfozianos tinham uma quantidade de energia muito maior do que as outras raças divinas, então na questão de poder “guardar” energia, eles não tinham iguais em todo o universo.

Mas ainda assim existiam limites. A baleia não só engoliu o poder cósmico de seus pais, mas também de todos os seres vivos no mar.

Quanta energia cósmica deveria estar guardada ali?



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