Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BcZeulli


Volume 1 – Arco 2

Capítulo 153: Os primeiros itens do leilão(2)

Saindo da caverna, Mythro encontrou os outros cinco guerreiros que estavam protegendo seu tempo na caverna.

— Jovem sábio!

— Jovem herói!

...

— Oi, o leilão vai começar, estou com pressa, pois devo ver alguém antes. Obrigado por tudo.

Sem parar de cavalgar Mythro deixa os homens para trás. Eles observam seu grupo desaparecer na distância, em meio a floresta.

— Foi uma honra o guardar. Mas se me pedirem para fazer isso de novo, eu não faço.

— Quase morremos apenas da intenção assassina que saia do lugar.

— E aquela magia que causava tristezas? Como se nós tivéssemos perdido tudo o que mais amávamos?

— Mm...

— Mas nada supera a visão dele naquele dia.

— Quando ele estava na sua forma de Deus do fogo e trovão?

— A armadura dourada dele brilhava, mesmo toda a energia negra engolindo toda a visão superficial. Como um farol que não podia ser apagado, mesmo em uma densa névoa.

— Ele é o nosso General mesmo.

Os cinco fazem silêncio brevemente.

— Ele é meio jovem pra ser General, não?

— É uma questão de força, não idade.

— Ele não tem que ser no mínimo um candidato a ancião para ser um General?

— Sim.

O homem que perguntou fica estupefato. Os olhares de adoração não saíram do rosto dessas velhas raposas, mesmo que tenham acabado de sair de suas bocas que Mythro não tinha o que era necessário para ser um General.

Mas então ele para e se lembra da aura de Mythro enquanto ele estava naquele estado negro...

— Ele é o nosso General mesmo.

Todos assentem em uníssono.

**

Chegando em Vila Déka, Mythro coloca Arietem e vai direto até o salão onde o leilão seria promovido. A fila para entrar já estava bem grande. Felizmente os grupos entravam aos montes após um representante dar o documento necessário para seu ingresso.

— Mythro!

— Professor!

Os seis jovens do clã Espada sob o Sol. Maki, Juca, Lenlen, Tobias, Sâmela e Sâmelo.

— Como estão vocês?

— Bem melhores, no dia do ritual tivemos muita energia que não pôde ser digerida na hora... Mas agora, estamos muito próximos do Sr. — Lenlen pula, soltando um Asteroide no ar.

Todos liberam suas auras, eles atualmente tinham pisado no segundo reino, com um Asteroide Perfeito não menos.

— Muito bem, não se apressem e criem todos os asteroides de vocês perfeitos!

— Eu logo alcançarei você, mais quatro asteroides serão nada! — Juca grita, apontando.

Mal sabia ele que Mythro já estava com seu sexto Asteroide feito.

Uma risada atrapalha a conversa deles. É Mirmo Mapok. Ele é acompanhado por seu filho e alguns outros de seu clã.

— Competitividade é bom, mas vamos manter os duelos até a morte bem longe, okay?

— Eu não mataria o Juca, perderíamos um comediante dos bons.

— Ai, seu!

Os outros cinco riem do rosto vermelho de Juca. Mythro alfineta ainda mais:

— Vejo que não foi só sua cultivação que foi promovida, mas sua Aura de Fogo também, Mm, Mm... Parabéns!

— Mythro Zumb’la!

Como fazer piadas não era o perfil do pequeno NOVA, todos acabam achando ainda mais graça, Tobias chega a ajoelhar no chão com a mão na barriga.

Juca puxa uma espada e a preenche de chamas. Ele se coloca em pose de ataque, mas uma nova risada faz a atenção de todos desviar novamente.

Uma bela mulher, de pelo menos 18 anos. Ela segura o braço de um homem que tem a idade de Mirmo Mapok.

— Velho Shun!

— Velho Mapok, vejo que as coisas estão quentes aí?

Juca baixa a espada ao ver a mulher ao lado de Aran Shun. Emilia Shun, filha mais velha do ancião.

Seus olhos não conseguem deixar ela por vários instantes. Maki com certeza ia ser uma mulher tão bela quanto ela, mas ela carecia da maturidade que transpirava de Emilia.

— Jovem sábio, nos encontramos de novo.

— Ancião Shun. Esta deve ser Emilia, correto?

Maki cerra os olhos e olha para outro lado. Lenlen belisca ela, mas a princesinha da Espada sob o Sol a ignora.

Emilia não era boba, e percebe o rosto de Maki virando. “Primeiro amor?”

— Sim, esta é minha filha. Vá dizer oi querida.

Deixando o braço dela livre, velho Shun a deixa ir cumprimentar Mythro enquanto ele se dirige ao lado de Mirmo Mopak.

— Na verdade, estou com o tempo apertado. Aqui, Emilia. Nos vemos lá dentro.

Mythro dá um leque de penas brancas para Emilia, e acenando “tchau” ele passa por diversas pessoas até entrar na visão dos guardas. Eles simplesmente dão um passo para o lado e o deixam entrar.

— Ora, por que todos têm que confirmar serem de seus respectivos clãs, mas esse menino pode entrar assim?

O guardar remove seu elmo e olha fundo nos olhos do ancião à sua frente.

— Ancião, você conhece um outro menino em todo o oeste que é seguido por um cavalo e uma serpente negras como obsidiana, dois avestruzes que provavelmente são os mais belos avestruzes que qualquer um de nós já tenha visto e uma tigre sem pelo domesticado?

— Não, mas!—

— Você já viu um garoto de 12 anos no segundo reino?

— Ora essa, isso não existe!

— Existe! Já está comprovado e possível de ser visto no Mural das Honras. Além disso, todas as tatuagens no corpo dele são outra prova.

O homem acaba ficando quieto. Talvez no oeste profundo, Mythro ainda não fosse tão conhecido. Mas no oeste de fora e meio-oeste seu nome era definitivamente o sol ao meio dia.

— Documentos.

— Aqui...

**

Mythro deixou seus companheiros com a Espada sob o Sol. O grupo era muito espaçoso, um cavalo de 190cm de altura e 260cm de comprimento, dois avestruzes de 200cm de altura e 230cm de comprimento. Grásio conseguia se enrolar em um deles, e Núbia conseguiria subir em um deles e mitigar o custo de espaço para caber no salão, mas ainda assim, eles ocupariam o mesmo que uns 5-10 assentos.

— Suife está ainda mais bonito que antes. Ele realmente parece um cavalo de guerra.

Lenlen toca em Suife, que embora não goste que gente estranha o toque, suporta por serem brevemente conhecidos.

Emilia inspeciona a arma e além de ter uma forte aura de terceira terra, ela não consegue desvendar mais nada.

— Não precisa se preocupar agora. Com certeza ele deve ter feito mais dessas, durante o leilão será explicado como você pode usar.

— Muito bem segundo avô Mapok. Meu segundo tio?

— Mirmo II está trazendo os documentos para nossa entrada. Tivemos um pequeno problema na Casa Maior. O registro do Mythro foi queimado por alguém.

— Queimado? — Shun estava olhando interessadamente para os avestruzes que já estavam com todas suas penas de volta.

— Mm...

— Será que foram...

— Não diga nada. Seja o que for, temos documentos extras.

— Documentos extras são bem caros. Parabéns por sua visão, Mapok.

— Na verdade, Mythro nos alertou anos atrás que era bom termos documentos extras, devemos agradecer a visão dele. Não só foram queimados os documentos deles, mas até mesmo o meu e de Mirmo II, acredita?

— Meu deus, bastardos insanos! — Aran fica nervoso, e uma energia espelhada sai de seu corpo.

— Papai!

A raiva dele era compreensível. O documento de um ancião era caro. Dentro de uns 100 bilhões. Ele trazia diversas seguranças para não poder ser alterado e utilizado contra o oeste.

Anos atrás Mythro entendeu que se isso fosse destruído por alguém traria problemas financeiros sem fim, por isso o clã Espada sob o Sol deu seus pulos para comprar documentos extras. Os originais eram dados sem custo quando alguém alcançava o patamar de ancião, eles permaneceriam na Casa Maior da Vila Déka, onde eram feitos e os extras ele escondeu consigo.

Mapok não tinha conseguido os pagar inteiramente até hoje. Mas neste exato momento, um custo que foi dito por todo o conselho do clã ser uma loucura total e completo, foi colocado a prova. Quem diria?

Além disso ele tinha um outro acordo com a Casa Maior da vila Déka, que se acontecesse algo com os documentos, o preço cairia pela metade, pela incapacidade deles de manter documentos tão importantes e caros a salvo. O peso sobre os ombros de Mapok com certeza voaram como passarinhos ao ninho.

— Pai. Aqui está tudo.

Mirmo II Mapok chega voando dos céus. Ele cumprimenta Emilia e Aran Shun.

— Este é o presente de Mythro?

— Sim, embora eu ainda não saiba como usá-lo.

— Logo saberá.

Emilia ri, e responde a Mirmo II

— Vocês conhecem bem seu artesão convidado.

— Pelo menos, seus maus hábitos conhecemos. — Mirmo Mopak ri com Emilia, que guarda o leque de penas.

A fila começa a andar e eventualmente eles entram no salão. Eles se sentam na parte alta, que era o lugar para os clãs do oeste de fora, a parte mais baixa era para os clãs do meio-oeste.

Eles veem Mythro sentado ao lado de Machist Yulang. Os dois conversam como se fossem da mesma linhagem.

Núbia e os outros ficam perto dos guardas do leilão. Apenas Grásio acaba entrando e então seguindo até o pequeno NOVA. Por ter sua praticidade elástica, ele consegue ficar enrolado no corpo jovem de Mythro sem ocupar muito espaço. Mas no quesito de chamar atenção, ele com certeza já estourou.

Do outro lado Mythro consegue ver as meninas do clã Haokon. Monica olha para ele boquiaberta. Ela devia estar surpresa com sua atual cultivação.

Mais alguns minutos se passam. Os clãs e sectos que foram contra Mythro durante o ritual de fogo encaram ele com nojo e desprezo velados.

— Aquele porco sentou do lado do clã da Lua!

Mariana Drak pragueja ao lado de seu pai.

— Acalme-se. O leilão vai começar, saiba que seu pai não deixará barato.

A menina olha para seu pai levemente assustada com suas palavras. Mas depois seu sorriso é alegre como se o namorado de seus sonhos tivesse a trazido flores.

— Povo do oeste, que o leilão se inicie.

Munica Yulang aparece. Com ela duas mulheres e um homem vem junto, são seus ajudantes.



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