Dominação Ancestral Brasileira

Autor(a): Mateus Lopes Jardim

Revisão: BCzeulli e Heaven


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 109: Escultura guardiã(1)

Mythro inclina seu corpo e move a pena, ela se move flexível como uma pena, mas é forte como uma estocada.

Ele a move de novo e ainda mais veloz que antes, estoca dois lugares diferentes.

— Incrível. Embora pareça fácil de controlar, me custa muita força mental. Fora a energia cósmica para criar isso… Uma pena me custou quase 40% de tudo que tenho. Se eu fizer mais uma, além dela não ter o mesmo balanço, acho que posso acabar me atravessando com ela.

“Pratique diligente e terá um resultado contente.”

— Ou, mamãe diz isso!

“Não poderia usar outras palavras.” — O leão rubro ri na área Shen de Mythro.

Mythro continuou treinando por alguns dias, até que ele tivesse certeza de usar duas penas. Com seu atual nível de cultivação, isso era tudo que ele podia trazer à tona. Na verdade, era tudo o que ele tinha conseguido compreender. Cada pena era como uma lança, e um braço segurando a lança, e ao mesmo tempo os dedos que dobravam a pena.

Tudo isso mantendo uma forte intenção de lança, seu significado, a energia que a envolve e o elemento que a nutre.

Artes de Alcance Cósmico eram definitivamente algo com que pode ser contado para fazer a diferença.

Na próxima vez que ele lutar, usando esta Cauda de Lanças ele poderá suprimir inimigos com muita facilidade.

Os planos de Mythro não pararam em apenas cultivar a sua nova arte, ele continuou refinando a Perdição do Egito e está criando sua própria arte!

Esta arte seria parecida com a Lunificação, seria a “coroa” que ele criou do relâmpago negro que ele separou e refinou.

Mythro permaneceu alimentando energia a este raio e criou runas com características iguais no corpo de Mer. Desta forma, quando ele usasse seu conjunto rúnico, ele poderia colocar essa coroa e criar uma armadura completa feita dessa cópia elétrica da Lunificação.

Ele ainda não deu um nome a isto, ele espera que quando a arte for posta para seu total uso, o nome venha à tona, de forma natural e propícia.

Depois de ter certeza que suas artes estavam seguindo o caminho certo, Mythro parou para dar atenção a outra coisa. Ele ia dar atenção a uma escultura!

Mas não seria qualquer escultura, seria uma escultura guardiã da Gruta do Paraíso. Gornn o deu a ideia, a estrutura seria feita de pedras de Qi, ou pedras cósmicas como chamavam no ventre das fadas.

O número seria bem absurdo para vilas e pequenas cidades, até mesmo para alguns clãs! Mythro gastou toda sua fortuna dos últimos quatro anos e meio arrecadando gradães o suficiente para este momento.

Geralmente pedras Qi são compradas em pequenas quantidades. O preço normal delas no oeste é de 100 mil a cada 10 gramas.

100 gramas sairia por 1 milhão.

1 quilo por 10 milhões!

Após calcular com Gornn, um modelo menor e menos custoso deste guardião, Mythro conseguiu adaptar aos seus recursos alcançáveis 120 quilos de pedras de Qi.

1 bilhão e 200 milhões de gradães foram gastas para alcançar o necessário. Após obter o 1 bilhão do clã anfitrião, Mythro só precisou de mais 200 milhões. Ao longo desses últimos anos, ele acumulou junto com Bijin, Baki e Brosch esse dinheiro.

Ele decidiu não vender Algodão-Nuvem, pois, a entrada disso no mercado vindo de uma vila pequena com certeza atrairia olhares ganancioso, e a proteção do clã anfitrião poderia impedir alguns, mas não todos.

E na verdade, esses 120 quilos foram estocados nas paredes da Gruta do Paraíso, e neste momento, faria um pouco mais de 2 anos que elas estavam sendo batizadas pela energia pura do lugar, para que então elas fossem mais úteis a finalidade que Mythro as queria trazer.

Foi após ter vindo para o oeste que o pequeno NOVA descobriu que existem níveis diferentes para as pedras de Qi.

As pedras que custam 100 mil gradães a cada 10 gramas são as de menor qualidade, elas são chamadas de pedras de 1 estrela.

Havia então as pedras de 2 estrelas, as de 3 e as de 4.

O valor triplicava a cada exemplar!

Cultivar rapidamente, era de fato algo que somente os clãs grandes conseguiam suportar financeiramente. As vilas mal conseguiam se manter com os gradães que elas faziam. Uma vila normal do oeste de fora faria 500 mil gradães por ano, e, utilizava 200 mil para ela mesma, e pagava 300 mil para os clãs e sectos das quais eram subordinadas.

Isso quando não tinham más colheitas e tinham que implorar por recursos a esses sectos, que cobravam taxas superfaturadas pela ajuda de seus experts.

Quando Mythro ficou sabendo disso tudo, ele reuniu os Senhores de cada Vila ao redor da vila Chamto e passou a eles maneiras mais eficazes de plantio e de evitar pragas.

Na vila Chamto ele foi ainda mais além e tirou terra da própria Gruta do Paraíso e misturou a deles.

A cada 3 meses um representante dos clãs e sectos iriam ver como estavam as coisas nas vilas subordinadas, e mediriam qual seria a proporção de pagamento, se aumentaria, ou se permaneceria a mesma.

Geralmente, o aumento era só anual, pois com o crescimento de população, com certeza o crescimento de poder econômico. Mas claro, esse crescimento beneficiava apenas os clãs e sectos, que cobravam ainda mais taxas dessas vilas!

Mythro fez um acordo com o clã Espada Sob o Sol para que não fosse mais necessário representantes irem verificar como estava tudo na vila Chamto, isso o deu a oportunidade de investir pesado na educação marcial dos mais jovens, criar novas facilidades e melhorar, até mesmo as armas deles.

A cada 4 armas que Mythro criou nesses últimos anos, pelos menos uma ia para Chamto. E ainda mais próximo da vila, havia Bijin! A cada 10 armas que ela criava, 6 eram da vila.

A vila Chamto tem até mesmo aceitado refugiados de guerra, de vilas que foram destruídas por ataques do norte.

Neste momento, sua população cresceu de 10 mil habitantes, última contagem feita a 5 anos atrás, para a atual de 30 mil habitantes.

Uma vila do meio-oeste tem uma população de 150 a 200 mil habitantes, em média, enquanto uma vila do oeste de fora com 20 mil habitantes já era considerada uma vila muita grande, e que devia pagar pelos menos 1 milhão de gradães por ano. As taxas de uma vila do meio-oeste chegavam a ser nas dezenas de milhões.

Infelizmente, esconder a quantidade de habitantes era impossível, todo cidadão tinha que ter um documento de identificação registrado na Casa Maior da vila, e também no livro do clã ou secto da qual essa vila era subordinada, assim ela seria protegida pelas leis do oeste. Caso a pessoa não tivesse esse registro, seria considerada desgarrada, e tudo poderia ser feito a essa pessoa sem interferimento da lei.

Isso iria além como também, se um dia fosse aberta uma competição, por essa pessoa não ser reconhecida por um dos vassalos do clã anfitrião, ela não poderia participar, e ficaria por fora de possíveis recompensas de contribuição.

Enfim, ser cidadão de uma vila possuía muitas desvantagens e obstáculos. Mythro prometeu que os removeria, porque ele possuía uma dívida com a vila Chamto, e com a família Urto.

Invocando as vespas-abelhas com um assobio, Mythro vai até uma parede coberta com mel completamente congelado. Este mel era mais duro do que qualquer ferro mortal. Ele faz alguns selos de mão e toca no mel. Uma runa aparece e pulsa em um certo ritmo.

— Ulam(Despedace)

O mel congelado começa a rachar e ruir. As vespas-abelhas se movem rapidamente e vão pegando o que cai, para não amassar as flores logo abaixo.

Mythro começa a ajudar elas, logo, Núbia, Grásio e Suife aparecem para também evitar que alguma flor seja prejudicada.

Todos que vivem na gruta queriam que sua harmonia e paz permanecessem eternas. Mythro uma vez colocou uma lei neste lugar, uma lei que nem mesmo ele sabia que foi decretada por sua vontade.

Ele proibiu a devoração neste lugar, e permitiu apenas a harmonia.

Mais tarde, Gornn explicou a ele o que tinha sido concebido por meio de sua vontade. Infelizmente, para Mythro, proibir a devoração era algo que não poderia ser feito.

Se um dia ele fosse atacado neste lugar e precisasse devorar energia, a própria gruta o atacaria.

O sol desceria para incinera-lo, as vespas-abelhas o ferroariam, a runa do relâmpago o puniria, a runa de água o sufocaria. Enfim, a gruta lutaria conforme a lei da qual ela se submeteu a obedecer!

Então, por meios de rituais, Mythro criou um pergaminho feito de pele de carneiro da Montanha do Paraíso e ressignificou a lei.

Foram criadas duas:

Deverá haver paz e harmonia em toda a Gruta do Paraíso;

Tudo pode ser tocado, tomado e consumido, com algumas exceções.

Essas exceções seriam as coisas mais raras na gruta, como por exemplo o ferro, o ferro daqui não poderia ser levado por outros que não fossem Mythro, ou então apenas quem ele permitisse.



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