Volume 2
Capítulo 2: O Cachimbo
O belo nobre, isto é, Jinshi, estava mais ocupado do que Maomao imaginava. Como eunuco, ela supunha que o palácio interno representasse toda a carga de trabalho dele, mas parecia que ele também tinha muitos assuntos no pátio externo.
Naquele momento, Jinshi fazia uma careta diante de alguns papéis. Ele havia indicado que ficaria preso em seu escritório o dia todo, então Maomao não tinha outra opção senão trabalhar ao redor dele enquanto limpava. Ela recolhia papéis descartados em um canto da sala. O papel era de excelente qualidade, mas estava coberto de sugestões terríveis, ideias que haviam ido para o lixo por serem quase inúteis. Por mais insignificantes que fossem os estatutos rabiscados neles, porém, o papel em si não podia ser reutilizado; tinha que ser queimado.
Pense no dinheiro que isso poderia render se eu pudesse vender, Maomao pensou. (Não era exatamente um pensamento nobre.) Ainda assim, repetiu a si mesma que aquele era seu trabalho; ela sabia que tinha que queimar tudo. Havia uma fogueira para lixo em um canto do grande complexo que cercava o escritório de Jinshi, perto dos campos de treinamento militar e de alguns depósitos.
Ah, os militares... Maomao pensou. Honestamente, ela não estava ansiosa para se aproximar deles, mas não tinha escolha. Ela estava apenas se levantando, resignada de que aquele era seu dever, quando sentiu algo pousar sobre seus ombros.
— Está frio. Por favor, vista isto. — Gaoshun, mostrando seu lado atencioso, havia colocado um casaco de algodão em suas costas. Havia uma leve camada de neve no chão, e o vento fazia os galhos secos das árvores balançarem. A sala aquecida, com vários braseiros, fazia esquecer do frio, mas ainda não havia se passado um mês do ano novo. Era a estação mais fria de todas.
— Muito obrigada — disse Maomao, realmente agradecida. (Parecia um desperdício que Gaoshun fosse eunuco!) Aquela camada extra de isolamento faria uma grande diferença. Enquanto passava os braços pelas mangas do algodão cru, percebeu que Jinshi a observava atentamente, praticamente a encarando, na verdade.
Fiz algo errado? Maomao inclinou a cabeça, curiosa, mas então percebeu que não parecia que Jinshi a encarava, e sim Gaoshun. Gaoshun, notando o olhar também, recuou. — Isto é do Mestre Jinshi, devo acrescentar. Eu sou apenas o mensageiro. — Por algum motivo, Gaoshun gesticulava amplamente enquanto falava. Dava para perceber que ele não parecia totalmente convincente.
Ele está sendo repreendido por tomar muita iniciativa? Maomao se perguntou, admirando-se de que ele precisasse de permissão para algo tão simples quanto dar um casaco de algodão a uma criada. Não era fácil ser Gaoshun também.
— É mesmo? — foi tudo o que Maomao disse. Ela se curvou na direção de Jinshi, pegou a cesta de papéis descartados e se dirigiu à fogueira.
Gostaria que você tivesse plantado alguns aqui também, pai, pensou Maomao com um suspiro. O pátio externo era muitas vezes maior que o palácio interno, mas contava com muito menos ervas que pudessem se tornar ingredientes valiosos. Ela só havia conseguido encontrar praticamente nada além de dentes-de-leão e artemísia.
Ainda assim, também havia descoberto alguns lírios-aranha vermelhos. Maomao gostava de comer os bulbos de lírio-aranha vermelhos depois de deixá-los de molho na água. O único problema era que os bulbos eram venenosos, e se o veneno não fosse corretamente extraído primeiro, poderiam causar uma dor de estômago terrível. Mais de uma vez a antiga senhora havia a repreendido por comer coisas assim, mas era da natureza de Maomao, e isso não mudaria.
Acho que isso é o melhor que posso esperar, pensou. A escassez de plantas no inverno tornava difícil encontrar qualquer coisa; mesmo com uma busca cuidadosa, ela não esperava encontrar muito mais do que já tinha. Maomao começou a considerar plantar algumas sementes discretamente.
Enquanto voltava do depósito de lixo, Maomao avistou alguém que conhecia. Ele estava perto de uma fileira de depósitos de gesso, a alguma distância do escritório de Jinshi. Era um jovem oficial militar, com um rosto forte e masculino que, ainda assim, demonstrava uma decência evidente, dando-lhe a aparência de um grande cachorro amigável. Ah, sim: Lihaku. A cor de sua faixa era diferente da anterior. Maomao percebeu que ele devia ter subido na hierarquia.
Lihaku conversava com alguns subordinados ao seu lado. Ele está trabalhando duro, pensou Maomao. Sempre que tinha um pequeno intervalo, parecia que Lihaku estava na Casa Verdigris, conversando com as aprendizes durante o chá. É claro que seu verdadeiro objetivo era a amada irmã de Maomao, Pairin, mas chamá-la exigia quase tanto dinheiro quanto um plebeu ganharia em meio ano.
Ai de qualquer homem que tenha provado o néctar do céu; agora busca até mesmo o menor, o mais oculto vislumbre do semblante daquela flor que cresce no alto da montanha.
Talvez Lihaku tenha sentido o olhar piedoso de Maomao sobre ele, pois acenou para ela e veio correndo, saltitando como o grande cão que era. Em vez de cauda, o lenço que prendia seu cabelo esvoaçava atrás dele. — Hoh! Que estranho vê-la fora do palácio interno. Acompanhando sua senhora em um passeio? — Ele claramente não sabia que Maomao havia sido dispensada do antigo serviço. Ela havia retornado ao distrito do prazer apenas por um curto período, então nunca havia encontrado Lihaku ali.
— Não — disse ela. — Não sirvo mais no palácio interno, mas nos aposentos pessoais de uma pessoa em particular. — Seria muito trabalhoso explicar toda a história de sua demissão e recontratação, então resumiu em uma única frase.
— Aposentos pessoais? De quem? Alguém deve ter gostos muito estranhos.
— Sim, estranhos, de fato.
Lihaku não sabia quão insolente estava sendo, mas sua reação era compreensível. A maioria das pessoas não procuraria especificamente uma garota magricela, coberta de sardas, para ser sua assistente pessoal. Na verdade, Maomao não tinha intenção de manter suas sardas, mas Jinshi havia ordenado que ela as conservasse (mesmo sem entender o motivo), e se seu mestre ordenava, ela tinha que obedecer.
Eu simplesmente não sei o que esse homem está tramando. Maomao concluiu, pensando que a lógica dos nobres estava além de seu entendimento.
— Ouvi dizer que algum oficial importante comprou recentemente uma cortesã lá da sua área.
— Parece que sim.
Acho que não posso culpá-lo por isso, pensou Maomao. Quando o contrato de trabalho foi concluído e Maomao foi com Jinshi, suas irmãs animadas a haviam embelezado de todas as maneiras possíveis, encontrando as roupas mais especiais, arrumando seu cabelo e cobrindo-a de maquiagem, até que parecia qualquer coisa, menos uma simples criada a caminho de um serviço comum. Ela se lembrou de seu pai, por algum motivo, assistindo à sua partida como se observasse um bezerro sair do seu celeiro.
Entrar no palácio parecendo uma cortesã toda arrumada já era ruim o suficiente, mas a presença de Jinshi atraía ainda mais atenção, e Maomao percebeu que havia um número desconfortável de olhos sobre eles. Ela se trocou assim que pôde, mas sem dúvida várias pessoas a haviam visto antes. Ainda assim, ficou surpresa de que Lihaku pudesse falar dela, para ela, sem ter ideia. Mas, ela supôs, o que mais se poderia esperar de um idiota?
— Se me permite dizer, parece que você está no meio de algo. Tem mesmo tempo para falar comigo?
— Oh, ahem... Heh...
Um dos subordinados de Lihaku se aproximava para checá-lo. Inicialmente, parecia feliz ao ver uma mulher; um homem com salário pobre como o dele provavelmente sofria de falta da presença feminina. Mas ao ver Maomao, sua decepção foi evidente. Ela estava acostumada a essa reação, mas também mostrava parte do que tornava o superior, superior e o subordinado... nem tanto.
— Houve um incêndio — disse Lihaku, indicando com o polegar os depósitos. — Não foi grande coisa. Não são incomuns nesta época do ano. — Ainda assim, ele precisava investigar a causa, que era o que estava fazendo.
Causa desconhecida, é? Maomao pensou. Agora que tinha ouvido a história, ela teria se intrometido mesmo se alguém tivesse pedido para não o fazer. Maomao deslizou entre os dois e se dirigiu ao pequeno prédio.
— Ei, melhor manter distância! — gritou Lihaku.
— Entendi — disse Maomao, examinando o prédio e tudo ao redor. Havia fuligem em uma das paredes de gesso rachadas. Parecia que tiveram sorte de o fogo não ter se espalhado para os outros depósitos.
Hmm. Se foi apenas um pequeno incêndio, então há várias coisas estranhas nisso. Por que Lihaku veio lidar pessoalmente se era algo tão comum? Certamente poderia ter ordenado a algum subordinado. Além disso, o prédio parecia substancialmente danificado. Mais como os efeitos de uma explosão do que de um fogo breve. Talvez alguém tenha se ferido. Devem suspeitar de incêndio criminoso, concluiu Maomao. Seria uma coisa queimar um depósito aleatório, mas nos terrenos do palácio? Isso já era diferente.
O país de Maomao era em grande parte pacífico, mas isso não significava que ninguém tivesse queixas contra o governo. Tribos bárbaras ocasionalmente realizavam ataques, e secas e fomes às vezes ocorriam. As relações com outros estados eram geralmente cordiais, mas não havia garantias de que permaneceriam assim. E devia haver habitantes nos estados vassalos do país que estavam insatisfeitos com sua condição.
Acima de tudo, a prática do antigo imperador de realizar “caçadas” anuais por mulheres deixou as vilas agrícolas com sério déficit de futuras esposas. Faziam apenas cinco anos que Sua Majestade Anterior havia partido deste mundo, e muitos ainda se lembravam bem de seu reinado. Quanto a eventos mais recentes, a escravidão havia sido abolida com a ascensão do imperador atual, privando alguns comerciantes de sua fonte de renda.
— Ei, o que você pensa que está fazendo? Eu disse para ficar atrás. — Lihaku agarrou o ombro de Maomao, com um tom severo.
— Oh, só estava curiosa sobre algo... — Maomao espiou por uma janela quebrada. Então escapou habilmente do aperto de Lihaku e entrou no prédio. Havia lojas queimadas por toda parte. Pelas batatas espalhadas pelo chão, concluiu que aquele depósito servia para guardar alimentos. Que pena, pensou, as batatas passaram do ponto de cozimento e agora estão completamente queimadas.
Procurando algo mais que pudesse ter caído, Maomao encontrou um tipo de bastão. Ao tocá-lo, este virou cinza, deixando apenas a ponta trabalhada. É marfim? Perguntou-se. Parecia um cachimbo. Ela limpou a ponta decorativa e examinou.
— Escute, não pode simplesmente ficar vagando por aqui — disse Lihaku, finalmente começando a se irritar (compreensivelmente). Mas quando Maomao se envolvia em um problema, não conseguia deixar de lado. Cruzou os braços, tentando organizar as peças em sua mente. Uma explosão, um depósito cheio de alimentos e um cachimbo no chão.
— Me ouviu?
— Ouvi.
Sim, ela ouviu Lihaku; apenas não estava prestando atenção. Maomao sabia que era um mau hábito. Saiu do depósito, dirigindo-se ao outro, onde os mantimentos salvos do incêndio haviam sido transferidos.
— Este depósito tem os mesmos tipos de coisas que o que pegou fogo? — perguntou Maomao ao soldado de menor patente.
— Sim, acho que sim. As coisas mais antigas ficam mais ao fundo, aparentemente.
Maomao bateu em um saco de pano bem fechado, levantando uma nuvem de pó branco. Farinha de trigo, presumiu.
— Posso ficar com isto? — perguntou, apontando para uma caixa de madeira sem uso. Era bem construída, com encaixes precisos, provavelmente para guardar frutas ou algo parecido.
— Sim, acho que pode. Mas o que vai fazer com isso? — Lihaku a encarou, sem entender.
— Explico depois. Ah, e vou levar isto também. — Maomao pegou uma tábua de madeira que serviria como tampa da caixa. Agora tinha tudo o que precisava. — Tem martelo e serrote por aí? E pregos, vou precisar de pregos.
— O que exatamente planeja fazer?
— Apenas um pequeno experimento.
— Experimento? — Lihaku parecia confuso, mas a curiosidade falou mais alto. Ele cooperaria, ainda que a contragosto. Seu subordinado olhava para Maomao como quem dizia: Quem essa garota pensa que é? Mas ao ver o superior cedendo, não teve escolha senão providenciar o que ela pediu.
Com os suprimentos fornecidos, Maomao começou a organizar diligentemente os materiais. Com o serrote, fez um buraco na tábua e depois a fixou sobre a caixa vazia com o martelo.
— Que estranho. Parece que você já fez isso antes — disse Lihaku, observando-a com interesse, como um cão diante de um brinquedo novo.
— Cresci sem muito dinheiro, então aprendi a fazer o que não tinha.
Seu pai também havia construído uma série de coisas curiosas. Seu pai adotivo, que havia estudado no oeste em sua juventude, recorreu a essas memórias antigas para criar ferramentas e engenhocas que ninguém jamais tinha visto neste país.
— Pronto, acabei — disse Maomao após alguns minutos. — Só falta um pouco disto. — Pegou um pouco de farinha dos armazéns e colocou na caixa. — Você não teria um acendedor de fogo à mão, por acaso?
Um subordinado de Lihaku se ofereceu para trazer um. Enquanto isso, Maomao pegou um balde de água no poço. Lihaku, ainda totalmente confuso, sentou-se sobre a caixa, com o queixo nas mãos.
— Muito obrigada — disse Maomao, acenando para o subordinado, que voltou com um pedaço de corda em chamas.
O ajudante podia fazer caretas à vontade, mas sua curiosidade sobre o que Maomao faria o mantinha atento; ele agachou a uma distância segura. Maomao posicionou-se diante da caixa com o pavio, mas por algum motivo, Lihaku estava bem ali ao lado dela.
Ela fixou o olhar nele. — Mestre Lihaku, isto é perigoso. Posso pedir que se afaste?
— Perigoso, ah! Se uma jovem como você pode fazer, certamente um guerreiro como eu não corre risco algum.
Ele claramente queria se mostrar orgulhoso e valente, então Maomao desistiu da discussão. Algumas pessoas aprendem apenas com a experiência.
— Muito bem — disse ela. — Mas há risco envolvido, então, por favor, tenha cautela. Esteja pronto para fugir imediatamente.
— Fugir? De quê?
Maomao ignorou o olhar incrédulo de Lihaku, puxando a manga do subordinado agachado e aconselhando-o a se proteger atrás do depósito. Quando tudo estava pronto, Maomao lançou a corda em chamas na caixa. Então cobriu a cabeça e correu.
Lihaku apenas a observava perplexo.
Eu avisei! Eu avisei...
Um segundo depois, o fogo irrompeu da caixa, queimando vorazmente.
— Ahh! — Lihaku desviou da coluna de chamas por centímetros. Ou quase todo ele; seu cabelo pegou na borda do incêndio. — Apagueee! — gritou, em pânico. Maomao pegou o balde de água que havia preparado e jogou sobre ele. O fogo apagou, restando apenas fumaça e cheiro de cabelo queimado.

— Eu disse para você correr. — Maomao olhou para Lihaku como se quisesse perguntar se ele agora compreendia o perigo. Enquanto Lihaku permanecia ali, com o nariz escorrendo, seu subordinado rapidamente jogou sobre ele uma pelagem de animal. O homem parecia querer comentar alguma coisa, mas não conseguiu se decidir.
— Talvez você pudesse ter a gentileza de pedir ao vigia do depósito que se abstenha de fumar enquanto estiver de serviço. — A avaliação de Maomao sobre a causa do incêndio era, na verdade, apenas especulação, mas ela se sentiu segura tratando-a como fato.
— Certo... — respondeu Lihaku, aliviado. Ele estava pálido como um fantasma. Por mais forte que fosse, pegaria um resfriado se não se aquecesse logo. Deveria estar correndo de volta para suas dependências para acender um fogo, mas, em vez disso, permanecia olhando fixamente para Maomao. — Mas o que foi aquilo, afinal? — ela quase podia ver o ponto de interrogação sobre sua cabeça. Seus subordinados pareciam igualmente perplexos.
— Aqui está seu culpado. — Maomao pegou um punhado de farinha de trigo. Uma rajada de vento levantou o pó branco e espalhou-o pelo ar. — A farinha de trigo e a de trigo sarraceno são altamente inflamáveis. Podem se incendiar se houver quantidade suficiente no ar.
A farinha havia explodido: era simples assim. Qualquer um podia entender, uma vez que soubesse o que acontecera. Lihaku simplesmente não tinha considerado a possibilidade.
Poucas, ou quase nenhuma, coisa no mundo era realmente inexplicável; o que uma pessoa considerava além da explicação refletia apenas os limites de seu próprio conhecimento.
— Estou impressionado que você saiba disso — disse Lihaku.
— Ah, eu costumava fazer isso com bastante frequência.
— Costumava fazer o quê? — Lihaku e seu subordinado se entreolharam, confusos mais uma vez. Justo: eles jamais precisaram trabalhar em um espaço apertado cheio de farinha. Maomao, por outro lado, aprendeu a ter cuidado depois de ter sido lançada para trás, para fora do cômodo que estava usando na Casa Verdigris.
Pensei que a velha me mataria naquele dia. Apenas lembrar disso a fazia arrepiar. Ela achava que acabaria pendurada de cabeça para baixo no andar mais alto do bordel.
— Por favor, cuide-se para não pegar um resfriado, senhor. Mas, se pegar, recomendo os remédios de um homem chamado Luomen, no distrito do prazer. É bastante eficaz.
Não posso esquecer de fazer propaganda. Lihaku poderia comprar o remédio de seu pai em uma das visitas a Pairin. O velho de Maomao era tão péssimo vendedor quanto brilhante farmacêutico, então se ela não fizesse pelo menos isso, ele talvez não conseguisse nem se sustentar.
Demorou mais do que eu pretendia. Maomao pegou a cesta de papéis descartados e se dirigiu novamente ao depósito de lixo. Ficava ali perto; ela iria apressar o atendente e sair de lá. Ops, pensou, parece que acabei levando uma lembrança sem querer.
Percebeu que o objeto que havia pegado antes ainda estava preso à gola de seu robe: o cachimbo. Era por isso que ela havia sugerido avisar o vigia sobre o fumo. A ponta que segurava estava um pouco chamuscada, mas claramente era de boa fabricação, uma peça bem mais refinada do que se esperaria que estivesse nas mãos de um simples guardião de depósito.
Podia ser importante para ele, pensou. Um pequeno polimento e um novo cano, e estaria como novo. Ouviu-se que houve feridos, mas nenhum morto na explosão, o que significava que o dono do cachimbo provavelmente estava se recuperando em algum lugar. Talvez não quisesse mais o objeto, muitas lembranças ruins, mas, no mínimo, o cachimbo poderia ser vendido por um preço razoável.
Por ora, Maomao guardou a peça de marfim manchada de fuligem no topo de seu robe.
Vou ter que trabalhar até tarde hoje, pensou, enquanto entregava o lixo ao atendente do depósito.
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