Volume 1: Caçadores – Arco 2: Súdito Fiel
Capítulo 13: Indecifrável
Akiris
Luz, aquela que sempre tudo iluminaria, tornando o desconhecido sabido outra vez. Entretanto, somente ao conseguir o saber, a miséria eu presenciaria novamente.
Eu sabia que não seria fácil, Dominus nunca me entregaria a resposta para minha maior pergunta tão facilmente... “Não mate os meus caçadores”, foi seu único pedido.
Era impossível não perceber, ele sabia muito bem a resposta que eu buscava, evidentemente desejava que eu soubesse que ele já fazia ideia.
“Nunca houveram outros Dominus”, caso aquele estrume estivesse mesmo correto, então o lorde dos caçadores sempre possuíu uma forma de se manter vivo, mas como?
Em meio aos meus pensamentos imersos, Karlamitas puxou com força a ponta de meu cabelo:
— Acorda pra vida!
De frente para mim havia um homem, um balconista de uma loja de artefatos e itens arcanicos.
Ele era um homem de idade avançada, cabelo curto e grisalho, olhos enrugados e pele clara. Um roxo tom claro eram as cores de suas roupas.
Seus olhos Genasis amarelos eram extremamente cansados, nitidamente em seu rosto olheiras totalmente escuras.
— A carta, por favor.
— Carta?
A exaustão era tão enorme que não conseguia imaginar sobre o que ele poderia estar falando, pois bem, comecei a checar os bolsos de minha jaqueta.
Em um, uma pedra de adamantium entregada por Dominus, meu relógio real e outro falso recheado de pedras valiosas.
No outro bolso, onde estava a localização da loja, senti um pequeno envelope.
— Aqui está.
O homem lia a carta enquanto eu observava sua loja, aparentava ter de tudo, livros, joias, pergaminhos e até mesmo tipos de objetos que nunca tivesse me deparado antes.
Mas uma parte havia me chamado atenção, existia um tipo de gaveta na parte superior da parede, ela estava gravada com um símbolo de proteção como aqueles para curral de cavalos.
Dentro, existiam diversos frascos transparentes com rótulos em seu exterior, difícil de ler pelo fato de o nome inteiro não aparecer.
Mas seu conteúdo era um pouco mais visível, uma espécie de líquido viscoso, cada um com a mesma cor de um dos quatro Elementos.
— Estão aqui.
O dono colocou uma grande caixa de madeira sobre o imenso balcão que nos separava. Em um momento ele checava a carta, no outro vasculhava a caixa.
— Tudo certo.
Aquela caixa trazida pelo Genasis ressoava arcanismo, os objetos que ali havia eram de alto calibre.
O primeiro objeto retirado por aquele homem foi uma esfera brilhante que abrigava em seu interior um plasma amarelado, totalmente viscoso e manipulável, seu líquido se remexia pela esfera causando uma sensação de falso movimento.
— Essa esfera de energia tem a capacidade de tornar aquele que a esmagar com as mãos, intangível por um curto tempo.
Objeto seguinte era uma coroa, uma coroa de cor verde e rodeada de espinhos, era possível enxergar pequenas runas gravadas por toda a sua superfície.
— A coroa de Essência permite o usuário se comunicar com qualquer ser vivo ou não vivo que possua Essência, sua outra principal característica é refletir qualquer mal infligido a quem o infligiu.
O Genasis com sua explicação paralisada puxou um pergaminho já aberto de seu bolso e pairou seu olhar sobre ele.
— Claro, um detalhe importante, cada cinco minutos com a coroa em sua cabeça é equivalente a perda de cinco possíveis anos de sua vida.
Logo após a coroa ser colocada na mesa o Genasis retirou o próximo objeto.
Um pote verde escuro fechado onde seu interior era completamente vazio. As correntes em sua volta que o mantinham trancafiado com toda certeza chamavam atenção.
— Pote Predador, bebendo do conteúdo do pote o indivíduo recebe força descomunal, tem suas feridas cicatrizadas e seu afínuo estabelecido. Porém, é tomado por uma fúria incontrolável até a perda de sua consciência. — mais uma vez ele vasculhou o pergaminho.
— O pote predador só pode ser aberto por seu dono e tem como conteúdo o seu próprio sangue armazenado.
Rapidamente ele se voltou para a caixa outra vez, o item naquele momento em amostra era um par de soqueiras.
Luvas médias avermelhadas com desenhos finos pulsantes em preto e dourado por todo o seu exterior.
— As manoplas da calamidade, essas pequenas luvas se tornam grandes manoplas quando utilizadas pelo seu portador, seus golpes são absurdamente poderosos e causam danos massivos em Caos. Entretanto, cada golpe realizado é como um arcanismo lançado.
Ainda com os olhos fixados nas luvas, enxerguei de relance o item posterior, uma seringa com um líquido verde azulado e raízes se revirando por de volta da parte externa do frasco.
— A injeção identidade permite que o indivíduo que injete seu conteúdo se transforme na pessoa cujo sangue foi extraído com a seringa, mas, todos os seus arcanismos são completamente desligados até a transformação se encerrar.
Uma seda obviamente cara era o material principal usado naquela peça de roupa.
Nas mãos do Genasis havia um manto branco com desenhos semelhantes a ondas pretas em seu posterior que percorriam por suas laterais, e algumas grandes runas de cor dourado escuro na parte central de suas costas.
— Esse manto guardião protege seu usuário de qualquer ataque físico, necessita ter afinidade com Energia e... dela gostar de você.
Uma grande luz por um instante alvejou meu rosto, um lampião era o próximo objeto.
Esbanjando uma forte luz amarelada que realçava seu corpo fino circular de cor dourado escuro, em seus extremos superiores, duas pequenas esferas brilhando levemente em azul.
— Carregando seu arcanismo no lampião, ele emite uma forte luz que permite o usuário enxergar tudo ao alcance da iluminação do lampião, não importando o que tenhas no caminho.
De todos até aquele momento, por hora ele era o menor de todos. Um par de anéis foram retirados da caixa.
Suas cores eram azuis cinzentas com um realce de uma linha dourada que percorria no centro dos anéis de uma ponta a outra, seu último detalhe era uma runa branca gravada em seus corpos.
— Anéis Telepáticos, ligam duas pessoas em uma ligação mental, não existe distância máxima de alcance. Caso um dos indivíduos perca a razão de alguma forma, seus pensamentos serão repassados involuntariamente.
Um peitoral foi o mais recente retirado da caixa de madeira.
Aquele peitoral lembrava levemente as luvas graças aos seus desenhos finos verde escuro percorrendo por todo seu exterior, embora sua cor principal fosse vermelho escuro.
Mas ele não era uma armadura, na verdade, aparentava ser incrivelmente frágil e fino para se usar como proteção.
— Peitoral Perpétuo, força o seu dono a não cair, enquanto sua cabeça não for cortada, seu coração parar ou o peitoral for arrancado, ele continuará avançando.
Talvez de todos os objetos até o momento, aquele que foi retirado fosse o mais simples de todos, mas ao mesmo tempo, o mais importante. Um pergaminho comum amarrado com uma raiz preta.
— O pergaminho da pertinência, ele é capaz de recuperar o seu afínuo e toda a sua vitalidade por cerca de um minuto.
Perto do fim da caixa, outro objeto nos foi apresentado.
Um crânio muito escuro, quase preto por completo. Como era de conhecimento comum, um crânio não possuía olhos, mas aquele crânio obscuro obtinha.
Seus olhos eram azuis escuros com um realce de uma neblina negra saindo de seu interior, não importava para onde você fosse, ele sempre estaria observando.
— Crânio da perdição, em troca de sua visão o usuário pode acertar um ataque arcanico em qualquer lugar ou pessoa que já tenha visto antes, quanto mais forte o ataque e mais distante o lugar, maior a chance de perder a visão permanentemente.
Mas de todos os objetos o melhor havia sido deixado para o final, um par de correntes pequenas foi retirado da caixa de madeira.
As correntes tinham também uma cor azul cinzenta, seu aço exalava um ar húmido de seu corpo enquanto ela por inteira se remoldava em minha frente.
— Corrente Regente, uma corrente de Espírito que pode ser manipulada a vontade do usuário, seja a tornando maior, mais rígida, frouxa, dentre outras. Caso sua mente seja fraca demais, ela governará seu corpo.
Aquele Genasis alinhou todos os objetos em nossa frente, puxou o pergaminho que com ele estava e o colocou sobre a bancada.
— “Levem o que precisarem”, foi o que Dominus pediu para repassar a vocês.
Logo ele se virou e partiu para a porta que estava escondida pelo local em que ele permanecia parado.
Com todo o tempo do mundo e ao mesmo tempo, sem tempo algum, precisávamos decidir como separaríamos os objetos mais úteis.
Correr o risco de desestabilizar o afínuo de alguém por carregar muitos itens arcanicos era arriscado demais.
Pensativo, aproximei-me do manto e do peitoral. Não conseguia imaginar como poderiam serem mais bem utilizados para nós a não ser permanecerem com o Wally.
— Aqui Wally.
O garoto aflito em minha frente segurou os itens enquanto eu me afastava em direção as correntes de Espírito.
— Akiris, não acho que o peitoral possa ser uma boa escolha. — Davie o retirando da mão do Wally compartilhou sua perspectiva. — Por mais que mantenha o Wally de pé, ele pode ficar ferido demais para ser curado.
De fato era um argumento plausível, existia uma chance onde caso Wally estivesse a beira da morte o amuleto não seguraria Aska... ou que o fedelho assustado passasse o bastão.
O garoto pegou o peitoral e o colocou de volta no balcão, em seguida vestiu o manto branco que eu havia entregado.
Observando aquela corrente se remodelando sem parar, um embrulho no estômago surgiu de repente, não gostava nem sequer de olhar para aquele Elemento.
Estiquei meus braços em sua direção e peguei as correntes regentes. Segurando-as em minhas mãos, as correntes pararão de se remodelar.
Com uma tremenda dor surgindo em minha cabeça elas começavam a percorrer meus braços em direção ao meu cotovelo, quando já haviam chegado na metade do meu antebraço... a dor desapareceu.
— Tudo bem, nanico? — um cochicho da Karlamitas.
— O que foi?
— Os seus ouvidos.
Checando seu aviso, encontrei um líquido pegajoso escorrendo pela minha pele, uma cor claramente familiar e corpo viscoso, um pouco de sangue.
— Estou bem. — afirmei limpando a sujeira.
Olhando para frente encontrei uma das cenas mais insensatas que eu já tinha visto em toda a minha vida, Davie estava entregando as manoplas da calamidade para o Wally.
Por um segundo quase levantei minha voz para o questionar, mas naquele instante, uma pequena possibilidade brotou em minha mente.
Se o Wally sentisse que não precisaria nunca do poder do Aska, então, ele também nunca o chamaria.
Retirando as correntes de minhas mãos elas também soltaram do meu antebraço, portanto, as coloquei penduradas em minha calça.
Aproximando-me do pote predador eu o lancei na direção de Soltrone que o pegou sem grandes dificuldades.
— Acho que vou ficar com o lampião. — Davie informou com ele já em sua mão.
— Melhor andar também com a esfera.
— Aaah aquele que deixa a pessoa intangível? — embora tivesse perguntado, ao mesmo tempo ele se apossou da esfera.
— Tudo bem eu ficar com esse? — Karlamitas levantou para cima o peitoral.
Sem nem ao menos receber uma resposta ela já havia se virado e começado ao colocar por de baixo de sua armadura.
— Por precaução, vou guardar o pergaminho da pertinência.
Com o pergaminho nas mãos de Davie ele já possuía três itens arcanicos, deixar outro com ele não seria uma ideia sensata.
Havia nos restado a seringa da identidade, crânio da perdição, os anéis telepáticos e a coroa.
Os anéis e a seringa eram muito mais úteis que os outros dois.
— Davie, deixe a esfera com Soltrone e fique com a seringa.
— Para que levaríamos a seringa?
— Nosso atual objetivo não é caçar monstros, estamos caçando pessoas.
Seu semblante mudou por completo em um instante.
Evidentemente agoniado Davie caminhou até Soltrone e o entregou a esfera em sua mão, logo depois, apossou-se da seringa.
Apenas restava os anéis telepáticos para decidir os seus portadores, naquela situação talvez o melhor fosse ficar de olho no Wally, mas eu ainda não sabia quem era a presa atual e nem muito menos seu paradeiro...
Pegando os anéis, ainda em dúvida de minha escolha, caminhei em direção ao outro usuário que a teria em seus dedos.
— Karla, me dá sua mão — a chamei com o anel sobre a minha palma.
— O que?! Aqui?! Agora?!! — Karlamitas gritava tão alto que parecia que meus ouvidos voltariam a sangrar.
— São os anéis telepáticos, sua animal!
— ... Ah...
Com Karla pegando um dos anéis comecei a checar se realmente ela não havia conseguido estourar nenhum de meus ouvidos.
Ela se aproximou de mim mais uma vez e inclinou seu corpo para baixo, com seus longos cabelos escarlates tocando meu rosto ouvi seu sussurro:
— Certeza que quer deixar aquelas manoplas com o lunático?
— Lembra do que o Aska fez em você com apenas um golpe? As manoplas não farão diferença.
— Que saco! — ela se afastou bruscamente realizando sua birra.
Tinha um fraco pressentimento que sua preocupação real não era com Aska e sim com o fato de o portador das manoplas não ser ela.
O Genasis retornava, com ele estava mais um pergaminho, mas claramente diferente. Em seu exterior havia um símbolo dos caçadores.
— Aqui estão as instruções do paradeiro do Sally. — informou com sua mão estendida para mim.
Pegando o pergaminho sentia sua áspides, embora talvez não fosse algo com tamanha relevância eu ainda não poderia deixar um detalhe como aquele passar batido.
Contando o ponto inicial disso tudo como Bahamut, estavámos nessa empreitada há menos de seis dias, então como aquele pergaminho já poderia estar velho? Nem mesmo sua tinta era recente.
Em seu conteúdo uma letra que nunca tinha presenciado antes entre qualquer nobre de Valíria:
“Seu alvo é Sally, um caçador agora independente. Por mais que ele não esteja mais sobre minha jurisdição, suas realizações são notórias demais para o exilar. Por mais que um diálogo não seja fácil você está livre para conversar ou lutar se desejar, embora valioso, ninguém é insubstituível. Mas, já lhe adianto, tome-lhe cuidado, com toda certeza o Sally, não é um sujeito fraco.”
Embaixo de seu grande aviso, coordenadas para o paradeiro do nosso mais novo alvo.
Junto a elas algumas características do homem chamado Sally, Genasis de olhos amarelos, magro, alto, cabelos loiros longos, óculos quadrados e uma espécie de “marca”.
— Vamos, temos tudo o que precisamos.
Com todos subindo na carruagem expliquei a Davie o caminho para nossa próxima parada.
Quanto mais percorríamos a estrada, mais minha mente me agonizava, aquele pergaminho com o grande símbolo dos caçadores era estranho e suspeito demais.
Seu conteúdo também me enchia de dúvidas, Dominus gastou nosso pacto com um único pedido, não matar caçadores, e então diz que Sally não está sobre sua jurisdição?
Mas ainda não fazia sentido, com tamanha força que o permitia cuidar diariamente de assuntos presencialmente por todos os reinos onde os caçadores pudessem agir, por qual motivo deixaria um peão tão útil agindo por conta própria?
Não adiantava quantas questões eu fizesse, Dominus simplesmente continuava indecifrável para mim.
— Chegamos.
Com o aviso de Davie finalmente passo a prestar atenção no ambiente.
Obviamente não poderia ser a capital, pouquíssimos soldados e menções a família real de Zarpids, mas ainda assim o lugar era extremamente aconchegante.
Ruas completamente limpas, cores vibrantes puxadas para o roxo, casas, lojas e tabernas todas com acabamentos impecáveis.
Mas como o esperado, em muitos estabelecimentos perfeitos para os Omnidianos era possível enxergar apenas e somente eles, Nullus, limpando, construindo, cozinhando, pintando...
— Akiris! — minha alheação foi destruída com o chamar de Davie.
— Vamos nos separar.
O pergaminho apenas nos guiava para aquela região, ele não nos informava mais nada de relevante.
Baseado no local onde estávamos, nenhum estabelecimento com ênfase em armas, acreditava que Sally estivesse realizando atualmente uma pesquisa.
— Karla, Davie e Wally. Vocês procurem em qualquer lugar que aparente ter muitos livros ou pergaminhos.
— Por que você sempre me passa os trabalhos mais chatos hein?!
— Eu e Soltrone vamos vasculhar os arredores aqui fora.
— Para de me ignorar!
— Caso o encontrem nos contatem pela telepatia do anel. — terminei entregando o pergaminho ao Davie e me virando para outra direção.
Soltrone levantou voo, os três saíram na direção oposta e eu comecei a caminhar rumo a fora.
Toda aquela visão revirava meu estômago, era revoltante. Tanto luxo, tanta mordomia, tamanha soberba. Eles riam sobre os custos dos Nullus do lado de fora.
Por mais que aquela fosse a realidade em basicamente todos os reinos de Valíria, aquele pequeno detalhe de Zarpids me incomodava.
Por que os Nullus pareciam tão acomodados com a situação? E o que era aquilo em seus olhos?
Lá se iriam mais duas questões para a minha grandiosa coleção.
Durante minha caminhada, os olhares de cada súdito de Zarpids cada vez mais se fixavam em mim, algo comum em qualquer reino que eu andasse.
As roupas de Dracaries lhe passavam uma falsa sensação de “Posse de outra pessoa”, digno de risadas.
Com meu péssimo passeio pelas estradas de Zarpids, um formigamento começava a tomar minha mente.
— Nanico. — ouvia uma voz dentro da minha cabeça.
— O que houve?
— O que é um marcado?
Um marcado... aquilo me soava familiar de alguma forma.
Lembrava do pergaminho citar uma marca como uma das características do Genasis Sally.
— O verdinho parece bem preocupado sobre o tal marcado.
— Onde vocês estão agora?
— Parece uma biblioteca, tem vários livros aqui e algumas pessoas lendo em algumas mesas espalhadas.
— Uma biblioteca? Aqui?! Para qualquer pessoa?!
— Sim, nem mesmo nós fomos jogados pra fora.
— Certo, continuem o procurando.
Um mau pressentimento. Marcado... Davie preocupado... Dominus disse que ele ainda era valioso... recebi diversas informações, porém uma mais rasa que a anterior.
Em algum momento enquanto mais uma vez me perdia em pensamentos, parei no meio de uma espécie de praça, sentei-me e continuei preso mentalmente.
O que um caçador curandeiro poderia estar receoso com um título como “marcado”?...
Baseando-me também na possibilidade de Karla estar correta, eu sabia que ele era valioso e temível, duas denominações que não era comum uma mesma pessoa possuir.
O que só me levava a crer em uma única possibilidade, Sally era um homem não só escolhido a dedo por Dominus, mas também cuidado, ensinado e treinado pelo mesmo.
Com tamanho conhecimento, inteligência tática e arsenal arcanico, seus métodos também deveriam gerar frutos muito mais lapidados que os meus Cris e Clewdal.
Agora a única coisa que me faltava era uma ideia de confirmação visual no Sally, o que seria exatamente a tal marca?
— Karla, você descobriu alguma coisa?
Perante o meu chamado, um silêncio perturbador ressoava com a ventania que batia naquela praça.
— Karla?...
Alguma coisa estava estranha, nem mesmo suas piores piadas seriam feitas em um momento daqueles...
Talvez eles tivessem se encontrado... mas o anel não possuía alcance máximo e sendo um item arcanico de Espírito, nada poderia o intercept...
Anéis Telepáticos, não poderiam ser interceptados, não obtinham nenhuma distância máxima, e seus pensamentos seriam repassados involuntariamente em caso de qualquer tipo de perda de razão, mas... e se um dos portadores...
— Não, não, não, não, não, mas que merda!
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