Volume 2
Capítulo 10: dia de ligilo
Seus olhos não conseguiam desfocar do enorme relógio de pêndulo no meio da sala. Ouvia seu rítmico toque, as pontas do pêndulo parecendo chegar cada vez mais devagar do outro lado. Via os entalhes dourados naquela chapa do tamanho da palma de sua mão, e o quão profundas eram. Notava em detalhes as complexas e densas teias de aranha no fundo da caixa do relógio, se misturando a suas engrenagens e parafusos.
Observava o item em sua totalidade. Dando importância àquilo que não era relevante.
O som de seus pés soam ao longe em sua mente, conforme batiam centenas de vezes mais rápido que aqueles vagarosos estalos do pêndulo. Tudo ao seu redor parecia estar acorrentado por inteiro e tentando se livrar dessas amarras translúcidas, inclusive si mesmo.
Seus devaneios enfraquecem quando diante de seus olhos surge um objeto desbotado e sem foco. Não conseguia dar forma, tamanho, ou função para ele. Continuava a enxergar com nitidez apenas o relógio. Apenas o tempo que parecia não querer passar...
Até que ouviu um estalo.
Piscando várias vezes, Ilja olhou ao redor de si. Viu o olhar dos seus outros dois amigos ali presentes, ambos confusos com a maneira como ele estava se comportando. Também percebeu quão seca estava sua boca, incomodado demais com as coisas ao seu redor, voltou a se esquecer do tempo e do quanto ele passava.
- Está de volta ao chão?- Vincent perguntou, ainda guardando a mão depois dos vários estalos que fez para tirar Ilja daqueles devaneios.
- Eu sai voando?- Com a pergunta idiota de Ilja, Kaesar, sentado do outro lado da pequena mesa onde estavam, começou a rir alto, enquanto o homalupo de pelo branco apenas suspirou. Foi longo e pesado, como se carregasse tantos significados diferentes.
De seu suspiro, seguiu-se o silêncio. Uma incômoda falta do que dizer preenchia aquele espaço. Kaesar enrolava o cabelo de sua juba, ansioso e olhando para o relógio de pêndulo. O mesmo fazia Ilja, mas agora sua mente não mais se distanciava dali.
Vincent, diferente dos outros dois, não olhava para o relógio. Sua ansiedade era clara, já que constantemente roía as unhas até reclamar de tê-las partido demais.
Todos estavam preocupados com a mesma coisa, todos olhavam para a porta de entrada da casa pela qual foram convidados e pensavam…
Quando o Arnok vem…?
- Nada dele ainda?- Ouviram de repente, suas cabeças se virando na direção daquela voz. Viram os redondos chifres de Hiotum e um olhar profundo como um mar enegrecido pela noite.
- Nem sinal…- Disse Ilja, tentando imitar a maneira como Hiotum olhava para a porta. Mas não conseguia, era impossível para ele decifrar a verdadeira vontade por trás dele.
Hiotum ficou parado por alguns instantes, antes que suspirasse. Lentamente se virou e caminhou até a escadaria que levava ao segundo andar de sua casa. Passou pelo gigantesco quadro que decorava a escadaria, uma pintura-retrato com a figura de um homem que os garotos desconheciam. Um fauno como ele, mas de rosto muito mais rígido e severo.
- Se ele aparecer, digam para ele vir ao meu escritório no mesmo instante.- Disse, seus ombros refletindo a severidade que a pintura transpassava. Logo sua figura desapareceu nos corredores do andar superior, e restava apenas o vestígio de onde estava, sendo observado pelos rapazes.
- Acham que ele sabe? - Ilja quebrou o silêncio, sendo também o primeiro a tirar os olhos da direção de onde Hiotum havia partido.
- Que pessoa nessa cidade não sabe? - Vincent perguntou, suas mãos e postura exacerbando ironia. - O arnok chama a atenção só de caminhar pela rua, óbvio que o Hiotum ouviu os boatos.
- Mas qual deles?
-Todos, espero. Aí talvez ele descubra o que fazer com ele.
- Você fala como se o Arnok fosse uma coisa! - Kaesar interpôs, seus punhos se fechando enquanto trocava olhares afiados contra Vincent. Ele, no entanto, lhe deu o silêncio como resposta.
Seu olhar por um instante não parecia mais estar ali. Suspirou cansado, enquanto se ajeitava na poltrona de couro fino e desbotado pelo uso.
- Sou tão amigo do Arnok quanto vocês. Quero o melhor para ele, e sabem disso…- Começou a dizer, as mãos se cruzando enquanto sua voz ganhava um tom cada vez mais solene. - Mas é fato que o que o Arnok tem feito nas arenas da parte baixa é algo horrendo.
- Não sabemos se é verdade.
- Kaesar! Todo boato tem um pouco de verdade.
- Disseram que ele queimou o braço daquele barman até os ossos!
- Você viu ele fazendo o contrário?! - Vincent retrucou, se levantando da poltrona com força e fazendo ela cair. Kaesar fez o mesmo, e Ilja foi logo depois, tentando intermediar tudo aquilo.
- O Arnok não matou ninguém na arena!
- Sim Kaesar, ele matou! Dezenas de telespectadores viram isso, e você quer persistir no contrário?!
- O Arnok não é assim…- Não parecia acreditar no que dizia. O tom de Kaesar perdia as forças conforme as palavras saíam. Ainda que tentasse, não tinha como dizer que as palavras de Ilja estavam erradas. - Ele não é assim…
- Com a gente não.- Ilja cortou-os, se intrometendo em toda aquela discussão com uma voz serena, mas decisiva no que dizia. - Mas o Vincent tem razão, o Arnok matou pessoas na arena de areia. Humanos e demônios. É chamado de negrume nas partes baixas da cidade. É temido… odiado… muitas coisas...
Parou por um instante, suas palavras sendo absorvidas por ambos os Homalupos diante dele. Tinham olhares pesados, eles três. Não conseguiam evitar essa sensação de impotência perante aqueles boatos, diante toda aquela situação e quando a campainha da casa tocou.
- Ainda assim…- Ilja começou a dizer, seus passos soando como reverberantes trombetas enquanto se aproximava da porta. - Ele tenta melhorar.
Disse isso com um sorriso no rosto para seus dois amigos. Um sorriso caloroso e esperançoso. Ainda olhava para eles dois quando abriu a porta de entrada e se virando para receber Arnok - já aumentando ainda seu sorriso naquele momento -, aquela visão abateu toda sua animosidade.
Ali, parado em frente a porta, estava o que sobrava do Arnok. Sua camisa estava furada e cortada em várias partes. Seu rosto, cheio de pequenos hematomas e um enorme roxo em seu olho esquerdo. Havia queimaduras em suas mãos, estava sujo de areia nos cabelos e Ilja viu, na barra de sua calça, gotas de sangue. O cheiro que sentia fazia pensar que era fresco.
- Perdão o atraso…- Começou a dizer, entrando sem maiores floreios na casa de seu mestre. - Tive um contratempo irremediável.
-Contratempo, é…?- Vincent perguntou, olhando até o último fio de cabelo de Arnok. Viu por entre os frangalhos de roupa, ainda mais hematomas - mais severos que os de seu rosto. E notou que o que havia "rasgado" as roupas não era uma lâmina.
Elas queimaram. Do lado de dentro do tecido, para fora.
- O Hiotum quer falar com você…- Kaesar começou a dizer, seu olhar preocupado repousando no olho roxo de Arnok. - Na sala dele.
O asa negra deu como resposta um olhar de dúvida, misturado ao cansaço de seu rosto. Ele bufou de exaustão ao perceber que não tinha escolha, a não ser ir para o cômodo no andar superior.
- Sabem o porquê pelo menos? - Perguntou, já se afastando do grupo.
- Te dou todos os motivos para ele não reclamar de você, a lista é bem curta.
Ilja e Kaesar não riram das palavras de Vincent, mas Arnok pareceu aliviado quando o fez. Um riso solto, puro. Como se não fizesse aquilo a muito tempo.
- Realmente, não é… -Começou a dizer, suas mãos agarrando o corrimão da escadaria com força. - O que eu faço que não o preocupa?
Deixou o recinto com essas dolorosas palavras. Os amigos o viram atravessar o corredor até a sala de Hiotum e notaram no mesmo instante o quanto a figura de Arnok era diminuta comparada a de seu mestre, ainda que suas asas chamassem quase tanta atenção quanto a enorme pintura. Viram o amigo partir, os ombros baixos e doloridos.
Arnok ouvia o som dos próprios passos no corredor, mas nada mais. Sua mente estava incapaz de processar tantas coisas ao mesmo tempo. A dor que sentia no corpo, junto a felicidade do que havia conquistado a menos de uma hora atrás. O medo de discutir com seu mestre, contrariando a satisfação que sentiu quando se encontrou com Serra uma última vez antes de partir da arena de areia.
Suas memórias também cintilavam em contradições, tendo um perfeito vislumbre de cada golpe que recebeu - e que desferiu - em seus adversários nos últimos meses, mas não se lembrando da última vez que trocou mais do que duas frases com Hiotum. Se odiava por isso, mas também amava a agitação do público quando, em meio a toda aquela areia encharcada de sangue, desferiu o golpe final.
Em meio a aplausos, gritos e assovios, Arnok matou um homem e se vangloriou disso logo depois.
Pensar no que Hiotum poderia dizer sobre isso o amedrontava, não, mais complexo do que isso. Temia o que seu mestre acharia dele depois de tanto tempo.
Não era a primeira vez que se sentia assim, e muito provavelmente não seria a última. Mas ali, naquele momento, se instaurava uma sensação amargamente nostálgica quanto a porta diante dele.
Era uma simples porta, nem velha, nem nova, de um marrom desbotado e maçaneta de latão, ela não tinha nada de incomum. Mas para Arnok, ela crescera.
Para aquele asa negra o corredor pareceu aumentar de tamanho, suas paredes engrossaram e se tornaram pedras lisas e impenetráveis. Se lembrava da porta que levava ao salão do trono na academia, mas aquela enorme porta, tão grossa quanto troncos de madeira, não estava próxima da apreensão que sentia ali. Tamanha sensação pesarosa e esmagadora… nunca sentiu nada assim em sua vida.
Temia uma mera porta, e essa percepção o fez apertar as unhas contra as lisas palmas de sua mão. O que poderia haver de tão ruim atrás dela?
Manchou a maçaneta de sangue quando a girou, e se deparou com o inimaginável.
A escuridão ali dentro lembrava-o do escritório de Serra, mas não existia o luxo que ele possuía. Uma cômoda e uma mesa, de madeira marrom e arranhada nos cantos. Nada mais ali. Tamanho espaço vazio e escurecido, sendo ocupado por farrapos tristes de mobília. Peças sem valor.
Mas ali, na pequena varanda daquele cômodo, estava Hiotum. Os braços postos sobre a mureta, olhando para frente sem ver nada de verdade. Lentamente virou a cabeça, para notar Arnok ao seu lado. Não descansava na mureta, como ele. Era uma pilha de nervos, da cabeça aos pés, com seu olho roxo destacando sua expressão de imenso cansaço.
- O que precisa? - Perguntou, quebrando o intenso silêncio mórbido que havia anteriormente.
Hiotum não respondeu no primeiro momento. Apenas virou a cabeça para onde estava anteriormente, suspirando antes de finalmente dizer alguma coisa.
- Você já tomou decisões mais sensatas que estas, Arnok.
- Então é sobre isso, não é? - Perguntou relutante e suspirando.
- É óbvio que é sobre isso Arnok. Você queimou por capricho a mão de um homem inocente!
- Não foi por capricho, e nada nele era inocente!
- Não mesmo? Então me diga o motivo para ter feito isso? Se em alguma coisa difere de quando atacou os alunos, então é apenas por mero capricho.
- O Ilja também feriu pessoas naquele bar…! - Começou a dizer, os braços expondo sua exacerbada raiva. - Por quê não está dando esse discursinho nele também?!
- O Ilja não quase matou os homens que feriu, diferente do que fez ao dono do bar, e Ilja não é meu discípulo. Mas você é, este discursinho é para você.
- E é só para isso que você serve não é? Apenas discursinhos baratos! - Gritou, as palavras lhe saindo azedas da boca. Percebeu então a maneira como Hiotum estava reagindo, os olhos marejados e uma tristeza aparente demais para ser ignorada.
- É… é verdade. - Disse, abaixando a cabeça para o parapeito da varanda. - Realmente não tenho sido um mestre muito bom… acho que o Serra está compensando isso, não é? - Perguntou, não com raiva, mas sim com uma sinceridade tão autêntica que chegava a dar pena.
- Espera, você sabe?
- Arnok, você toda noite volta ferido de algum lugar, tem tirado dinheiro de algum trabalho incomum e boatos sobre um asa negra nas arenas tem circulado a um bom tempo. Como quer que eu não saiba? Talvez ainda tivesse alguma desculpa para o que com o dono do bar, mas e quanto a eles? As vidas que tirou naquela arena?
As palavras de seu mestre feriam uma parte de Arnok que não gostava de admitir. Deu um passo para trás quando Hiotum se aproximou dele, temendo pelo pior, mas tudo que ele fez foi colocar a mão em seu ombro. Ambos de olhos marejados, discípulo e mestre se encaravam, numa mistura de tristezas e de palavras não ditas.
- Arnok…- Começou a dizer, depois daquele longo momento. - Eu falhei com você.
- Não… isso não é… - Arnok gaguejou, incrédulo com o que havia acabado de ouvir.
- Como mestre, não pude te ensinar o correto. Falhei com você por não torná-lo mais forte… aqui. - Disse, apontando para as têmporas de Arnok. - Fui cego por muito tempo. Mas agora, quero melhorar. Te ajudar.
Ele foi com as mãos até um dos bolsos, puxando um pequeno pacote. O entregou nas mãos de Arnok e as fechou com um cuidado quase parental.
- Um presente para este reinício, certo?
Quando Hiotum soltou a mão de Arnok, ela caiu sem forças, molenga como se não funcionasse mais. Enxergava como discípulo, não mais como asa negra, Hiotum se afastando dele e indo em direção da porta. Seus passos lentos ressoavam pelo cômodo e ele abriu a porta, prestes a sair.
- Vou avisar seus amigos que não está com cabeça para comemorar, e que deviam remarcar para outro momento… - Mais uma vez estava prestes a sair, quando terminou todo o assunto daqueles últimos minutos com uma única frase. - Feliz dia de Ligilo.
Nota do autor.: ligilo na antiga língua dos demônios é uma expressão para ligação. Para laços familiares ou de amizades. Este é um evento importante para asas negras, já que são raras as vezes em que passam mais de um ano em um único local.
A porta bateu e Arnok foi deixado sozinho no cômodo vazio. Olhou com relutância para o pacote em sua mão, sentindo a dor em seu rosto, quando os olhos marejados se tornaram longos filetes de lágrimas.
Olhou para a varanda e para o presente várias vezes, até que se decidiu. Com toda a sua força, jogou o pacote que recebeu de presente pelos ares. Viu ele lentamente sumir de sua vista e afundar nas partes médias da cidade.
Não sou merecedor disso… Pensou. Não sou merecedor dele…
Com esses pensamentos ainda correndo em sua mente, também saiu da sala. Deu de cara com o salão de entrada completamente vazio. Nenhuma alma viva naquele lugar, apenas a pintura e seu olhar de severidade.
Preferia ter recebido aquele olhar de Hiotum, do que aquela expressão de culpa. Não aguentava pensar no que ele havia dito sobre si mesmo. Que havia falhado.
Se falhou, o que eu tenho feito?
Com esses pensamentos, Arnok caminhou. Pelas frias ruelas da cidade alta, tropeçou nos ladrilhos da rua várias vezes, chegara no dormitório da academia com uma força de vontade que não sabia ter e precisou dela para subir até seu quarto. Um quarto novo que recebeu quando se formou no terceiro ano. Não era luxuoso, mas agora lhe sobrava espaço na cama e tinha espaço para uma cômoda com espelho.
Viu tudo isso com certo pesar. A cama que a várias noites não encostava a cabeça, o piso que rangia ao tentar aguentar o peso de Arnok e seu próprio reflexo.
Se viu no espelho por um longo momento, sequer percebendo quando arrancou os frangalhos que chamava de camisa. Ali via em detalhes seus ferimentos.
Tocava nos hematomas e estalava a língua de dor logo em seguida, respirava com certa dificuldade e só agora notava o quanto seu olho roxo parecia pesar. Ainda assim. Ainda que estivesse cansado e moribundo, precisava fazer uma coisa.
Abriu a gaveta da cômoda e puxou de lá uma pequena faca, afiada o bastante, talvez, apenas para cortar queijo. Com ela, ele arranhou uma linha reta na cômoda, ao lado de uma que já havia desenhado. Esta estava ao lado de outra… e mais uma, e uma quinta à sua direita. E uma sétima acima dessa. E uma décima quinta no canto mais distante da primeira. Dezenas de riscos, todos feitos com profundidade na madeira velha daquela cômoda.
- Mais um…- Disse, olhando para o reflexo no espelho. Olhando e tentando dar um significado maior àquilo.
- Está tudo bem… não é? - Viu o sorriso forçado que fez, seu reflexo o mostrou e o quão doloroso era.
Estalando com força o próprio indicador. Por muito pouco não havia quebrado.
Atualizações do autor.:
Rapaz, capítulozinho tenso viu.
Foi tenso de escrevê-lo também. Na verdade, estamos entrando talvez na parte mais tensa do volume até os capítulos finais.
E se você estiver lendo isto na data de lançamento, percebeu que a lancei numa data errada. O motivo disso é simples, atrasamos tanto a revisão, quanto a ilustração e a escrita deste capítulo em si. Esse atraso se deveu a muitas coisas de minha parte, e peço perdão por isso.
Mas, não foram motivos ruins. Tirei o pó de muitas coisas que tinha em mente quanto a DAH, e decidi por elas em prática.
A primeira delas, é um projeto em larga escala. Um bestiário.
Nos quase 50 capítulos de DAH já houve o aparecimento de algumas criaturas. Umas apenas por nome, como o Leocero que é citado nos primeiros capítulos desse volume, ou os corvos de asas duplas, o pet não convencional que Lira carrega.
Então, começarei esse projeto e lançarei a maior parte das páginas no meu patreon (trabalhando em lançar uma página no padrim também, mas o site é chato de configurar.) Mas, para dar a vocês um gosto de como tudo isto vai ficar. Darei a vocês a primeira página ilustrada…
As artes serão feitas pelo @renatoramos_ink (ou renas), um projeto que o cara curtiu muito de trabalhar.
A segunda notícia, é um nascimento.
Hoje é oficial. O discord de DAH ta quase finalizado com o ajuste apenas dos bots e logo vocês terão um espaço para discutir sobre a obra e para ver as notificações dos lançamentos (quem é apoiador tem vantagem!). Eis o Link
Dito tudo isto, já quero deixar avisado que provavelmente não conseguirei lançar capítulos no natal e ano novo. Vou ficar com minha família nestas datas, longe do computador para lançar os capítulos. Mas talvez eu tente lançar antes (pelo dia 20) ou depois (pelo dia 10 de janeiro).
E para finalizar, obrigado a você leitor por estar aqui. Estamos quase nos 100 favoritos aqui no site e muito em breve bateremos 35k de views, se já não batemos. Vocês não sabem o quão feliz eu fico com tudo isto. Obrigado, de verdade.
Dito tudo isso, até mais ver.
Libereco.