Volume 4
Capítulo 100: Quem mandou você sair da cama?
— Eu estava passando e ele olhou para mim, então o matei — respondeu normalmente, desviando os olhos enquanto tentava se lembrar dos detalhes.
As garotas a olhavam, surpresas e confusas.
— Você mata as pessoas que olham para você? — perguntou Caroline.
— Em minha defesa, aquilo não era uma pessoa.
— Bem, você tem um ponto. Mas e quando quase me matou?
— QUASE O QUÊ?! — Caroline olhou para sua irmã, indignada.
— Foi autodefesa! — Anna fechou os olhos e ergueu um dedo, mantendo uma careta brincalhona.
— Ah, deixa pra lá. Consegue nos teletransportar até lá?
— Claro.
— Você tá bem mesmo, né? — perguntou Nina com um tom cheio de carinho, mas com uma leve preocupação escondida.
Nathaly piscou, surpresa com a pergunta, mas rapidamente sorriu de maneira brincalhona, buscando aliviar a tensão.
— Sim! Relaxa, moça, ainda quero o meu pedido de casamento. — Sua voz saiu leve, e o sorriso radiante iluminou seu rosto.
O comentário arrancou de Nina uma risada inesperada e suave, quebrando o peso que carregava no peito. Vendo a alegria estampada no rosto de Nathaly, Nina permitiu-se relaxar, mesmo que por um breve momento.
— Boba... — murmurou Nathaly, com um sorriso sincero.
Satisfeita com a reação de sua grande menina, riu também, cheia de felicidade, enquanto o toque de Nina ainda permanecia quente contra sua pele. Porém, por trás do sorriso, guardava um pensamento:
"Não quero ver aquele seu rosto cheio de lágrimas de novo..." Continuava muito preocupada com o estado emocional de Nina.
Enquanto isso, Clarah já estava abaixada, seus dedos traçando símbolos complexos no chão arenoso. Concentração profunda marcava seu semblante enquanto desenhava um círculo mágico, claramente diferente dos que elas haviam visto antes.
O breve momento de ternura entre Nina e Nathaly terminou quando ambas, junto com Anna e Caroline, se aproximaram de Clarah, suas atenções voltando ao que realmente importava. O clima descontraído deu lugar à seriedade.
— Podem fazer os círculos em volta deste — instruiu Clarah, a voz firme, enquanto gesticulava para as outras.
— Ok.
— Tá.
Com movimentos rápidos e precisos, Nina e Nathaly começaram a desenhar os círculos adicionais ao redor, suas memórias guiando cada detalhe para que não houvesse erros.
Clarah observava com atenção, seus olhos atentos à precisão dos traços. Quando terminaram, Clarah entrou no centro do círculo principal, respirou fundo e começou a formar selos de mão em uma sequência fluida.
As gravuras no chão responderam imediatamente, quatro das oito inscrições no círculo central se ativando em magia de luz.
— Preciso do elemento fogo para iniciar o ritual, junto com todas, para gerar um poder forte e contínuo que sustente o círculo até eu descobrir uma forma de quebrar esse pacto.
Nathaly não hesitou. Passou para dentro do círculo com um passo firme, e o brilho das linhas aumentou. As chamas sagradas começaram a fluir com naturalidade, espalhando-se pelas inscrições. Doze dos vinte e quatro símbolos ao redor se ativaram em chamas rubras, dançando como fogo vivo.
Anna, com o rosto desinteressado, observou a movimentação por alguns instantes. Então, deu um passo para frente e encostou o pé no círculo.
VRRRRRRUUUUUUU!!
A reação foi instantânea. O chão tremeu, e uma explosão monumental ergueu um feixe de energia incandescente que rasgou o céu. O impacto foi tão forte que as nuvens ao redor foram sugadas, começando a orbitar em torno do feixe ciano em um turbilhão frenético.
O céu foi redesenhado pelo poder, criando um espetáculo visível de qualquer ponto dos três principais continentes. A explosão provocou uma reação em cadeia que se espalhou pelo continente Central, afastando as nuvens daquela região com uma força absurda.
Clarah, no centro, congelou. Seus olhos, arregalados, ficaram fixos no feixe que as envolvia. Mal conseguia respirar.
— A-acho que já é o suficiente! — Sua voz saiu trêmula enquanto forçava um sorriso nervoso.
Nina e Caroline, com expressões tão espantadas quanto a dela, ergueram as mãos devagar e deram dois joinhas sincronizados, suas bocas abrindo em um "uau" silencioso.
A dias de distância...
Jonas e Liza, ainda desfrutando de sua tranquila viagem de volta, não perceberam o que se aproximava. Não perceberam a tempo... quando o mundo mudou.
VRRRRRRUUUUUUU!!
A reação em cadeia alcançou a atmosfera ao redor, e Warp perdeu equilíbrio por um instante, forçando os dois a segurarem firme. As árvores abaixo se curvaram diante de uma força quase divina. Jonas e Liza foram arremessados do dorso do Rei, mas Warp, rápido e ágil, mergulhou para pegá-los antes que caíssem.
No ar, Liza lutava para estabilizar-se. Um objeto caiu de sua cintura, e ela, com reflexos apurados, esticou a mão e conseguiu agarrar a pistola artesanal antes que desaparecesse no vazio.
— Tá tudo bem?! — perguntou Jonas, a preocupação transbordando enquanto ajustava a força do aperto na coxa de Liza, atrás de si, com a mão direita, para mantê-la segura. Com a mão esquerda, segurava Warp com mais firmeza, para evitar que caíssem.
— Sim. Consegui segurar essa coisa — respondeu, olhando para a pistola pirata, feita de madeira e ferro, em sua mão antes de prendê-la novamente à sua cintura. Não sabiam o que era, mas decidiram descobrir levando-a para Alberg.
— O que foi aquilo?! — perguntou, preocupado, ainda segurando firmemente sua mulher.
Ambos se olharam, e a preocupação que sentiam começou a substituir a tranquilidade que marcava o início da viagem. Não precisaram de palavras para entender: era hora de voltar. Seus olhares, em sintonia, diziam tudo.
— Segure firme em mim.
Jonas deu uma última apertada na coxa e se voltou para frente, segurando firmemente Warp, enquanto Liza envolvia com força os braços ao redor do peitoral de seu homem.
— Vamos — murmurou, apoiando o rosto de lado no corpo que a acalmava.
— Warp... Já sabe, né? — perguntou em tom brincalhão, seus olhos confiantes fixos no grande feixe, a dias de distância, cruzando os céus.
— KRAAAAAAH!!
Warp gritou, e com um único impulso, FUUUUUSSHH!! lançou-se aos céus em um rasante que fazia o vento uivar ao seu redor, alcançando a velocidade máxima que Jonas conseguia suportar. Resultado dos treinos diários que realizavam na adolescência, onde sempre perdia para Liza em resistência aérea.
A onda de energia que varreu o continente causou uma reação caótica e imprevista. Como uma tempestade imensa, tocou cada canto do mundo, espalhando caos por onde passava, com tsunamis atingindo as costas dos continentes vizinhos ao Central.
Monstros, criaturas selvagens e até os animais mais comuns, instintivamente, foram lançados aos ares, sendo incapazes de se segurar com a força do feixe mágico. Alguns caíram, mortos ou gravemente feridos, enquanto outros, confusos e em pânico, se transformaram em caçadores vorazes, devorando até seus predadores em uma mudança brutal de papéis na cadeia alimentar.
O caos se espalhou, mas foi de forma invisível para muitos. A onda cortou os céus, atingindo até os países mais isolados e, por isso, a presença das Bruxas não foi uma exceção.
Algumas conhecidas, que guardavam segredos e vidas à parte, sentiram o tremor, mas mantiveram-se em silêncio. Entre essas, passavam por países que, até então, se viam como refúgios longe dos problemas do mundo exterior.
Quando a reação alcançou o País dos Elfos, "algo peculiar" aconteceu: a energia se dissipou imediatamente antes de cruzar suas fronteiras. Os Elfos, com sua conexão profunda e quase divina com a natureza, estavam em completa harmonia com o mundo. Não sentiam os distúrbios externos, e a vida continuava sem interrupções. Para eles, o mundo permanecia intocado e a paz reinava.
Em uma residência extremamente isolada, Freyen, com uma expressão melancólica, permanecia em lágrimas, abraçando seu travesseiro de exatos 2,10 metros, com os braços e pernas firmemente envoltos nele, cercada de servos submissos.
As figuras que a rodeavam estavam imersas em um silêncio pesado, ajoelhados em submissão extrema, criando poeira enquanto se mantinham imóveis.
Freyen murmurou, com voz suave, enquanto sentia no fundo de sua alma o que acontecia além de seus domínios.
— Então... o início do fim chegou ao fim?
Suas palavras ecoaram na sala, mas ninguém respondeu. Os servos, com rostos abatidos, continuaram a ajoelhar-se, sem ação, sem vontade.
Da mesma forma, no País dos Anões, Urça não permitiu que a sensação avassaladora de poder e presságio causassem estranheza nas raças que habitavam seu território.
Antes mesmo da explosão no ar desencadear a reação em cadeia, já acomodada com indiferença em uma almofada, mantinha os olhos fixos no brilho hipnótico do Tesouro da Bruxa.
Observava o Primordial do Sol em tempo real, vendo-o caminhar irado pelos corredores do palácio, sem sequer imaginar que sua vida era monitorada.
Ao seu lado, um anão de cabelos e barbas que competiam em brilho com o próprio Tesouro, permanecia inquieto, seu corpo rígido em desconforto, enquanto uma onda de vergonha quase o paralisava por estar ali, em um encontro com sua Bruxa.
— M-minha, rainha... O que está acontecendo? — Sua voz tremia ligeiramente, um reflexo da ansiedade crescente.
Urça virou-se lentamente para ele, seu olhar calmo, mas com uma suavidade que escondia a tempestade que se formava em seu interior. Sua voz saiu doce, mas a informação que transmitia era aterrorizante:
— Nosso futuro está sendo escrito... A Morte, se retornar, trará o fim. Sua sede de vingança não deixará sequer um resquício de vida, consumindo todos os Deuses, suas criações... inclusive nós. Mas se Preto falhar... o mundo sucumbirá igualmente.
Orne, ao ouvir as palavras de Urça, sentiu como se o ar tivesse se tornado espesso, como se cada sílaba fosse uma sentença. Seus olhos não saíam dela, uma mistura de temor profundo e uma admiração para com sua Rainha quase palpável.
— Se me disse isso... — engasgou, incapaz de completar a frase. Seu olhar se perdeu na beleza dela, mesmo sabendo que o mundo estava literalmente em uma linha tênue entre a vida e a morte, uma valsa suave, onde sua parceira era, literalmente, a Morte.
Urça permaneceu em silêncio, sem palavras, e antes que ele pudesse concluir o pensamento que se dissipava em sua mente, seus olhares se fixaram novamente no Tesouro. Algo no ar parecia tenso, vibrante, como se o próprio tempo estivesse suspenso.
A mão de Urça, quase que sem querer, se moveu em direção à dele. O toque foi suave, mas carregado de uma urgência quase insuportável. Seus dedos se entrelaçaram, sentindo a pele quente, os pelos finos nos pelos grossos que se arrepiaram, e o calor que emanava do corpo do amado era adorável.
Tão próximos agora, seus corpos quase se tocando, prestes a se fundir, em um momento que prometia mudar tudo — uma decisão que, naquele breve instante, poderia definir o destino de ambos.
Enquanto isso, a reação chegou no País dos Híbridos, e Dênis, em sua torre, se via bem ocupado no momento. Mesmo que tivesse prestado atenção ao que acontecia, não teria impedido a reação de entrar — não era algo letal. A força da dimensão havia diminuído drasticamente a reação, mas as nuvens foram levemente afastadas no céu, sentindo a mudança.
No entanto, a presença e o poder emanando com o rastro eram impossíveis de ignorar. Ao perceber aquela energia avassaladora, Dênis saltou até a janela de seu quarto, sem sequer se lembrar de que não precisava tocá-la.
Ao abrir a janela, viu seus próprios braços e um olhar de estranheza tomou seu rosto ao perceber que não havia usado magia. A surpresa logo se transformou em incredulidade.
Com o torso nu e a calça um tanto desleixada, seu corpo forte e seu braço esquelético brilhavam com o suor, enquanto o brilho da magia, a quilômetros de distância, se refletia em seu tórax definido.
Seu cabelo caía desordenadamente sobre a testa, enquanto suas orelhas felpudas, eretas, curiosas e agitadas, não paravam de se mover, mas não se importava; sua atenção ficou totalmente voltada para o poder que vinha de longe.
— Que poder é esse?! Um Deus está no nosso mundo?! — exclamou, perplexo, seus olhos fixos no feixe brilhante que cortava o céu em direção ao norte.
Antes que pudesse processar mais, duas mãos delicadas o envolveram por trás, tocando seu tórax com uma suavidade quase ameaçadora. Os dedos de Maya alisaram seu peito, sua respiração se tornando sedutora enquanto sentia a pele úmida de seu dono.
— A única Deusa que você deve obedecer sou eu neste exato momento — disse ela, com a voz carregada de provocação, enquanto seus dedos deslizavam sobre o corpo suado de Dênis.
A Bruxa Híbrida sorriu com um toque de malícia.
— Quem mandou você sair da cama? — Dênis virou-se abruptamente, agarrando seu pescoço com muita força, pressionando suas guelras com a mão direita, envolvendo-a em um aperto possessivo.
Ela sorriu docemente, seus olhos fixos nos dele, mas ele não estava em clima de brincadeiras. O reflexo de seu próprio olhar refletia em seus olhos enquanto ela tentava resistir.
— Hein? Quem mandou você sair? — murmurou com um tom ameaçador, seu corpo agora pressionado contra o dela.
— Desc...
Pá!
Retirou a mão do pescoço e deu um tapa nela, ainda com o olhar feroz. Logo, a agarrou de novo.
— Mandei se desculpar? — A raiva e a brutalidade em sua voz deixaram claro que não aceitaria respostas evasivas.
Ela riu, sem poder evitar o sorriso malicioso.
— O que eu sou? — perguntou de forma desafiadora, olhando diretamente para os olhos dela.
— Meu dono.
Pá!
— Fala direito. O que eu sou?! — gritou, a voz cheia de irritação, enquanto a segurava com força pelo pescoço.
Com uma risada sapeca, que mal conseguia ser contida, voltou o olhar brilhante para quem a dominava.
— Meu... meu dono! — respondeu, com um sorriso travesso, e antes que pudesse se defender, Pahff... Dênis a empurrou para trás com uma força bruta.
A queda na cama foi rápida, e logo surgiu sobre ela, a intensidade de sua presença imponente e quente, sua pele ainda úmida de desejo. As mãos, com os dedos afundando nas coxas dela, Swiiissh... puxaram-na para mais perto, queria possuí-la por completo.
Maya, com o olhar fixo no dele, começou a remover as escamas de suas partes mais íntimas, que se assemelhavam a um biquíni.
O olhou com uma intensidade que transbordava desejo, seus olhos fixos em cada movimento dele enquanto Dênis a observava de cima, com olhos raivosos, segurando seu pescoço com garra, travando seu corpo aberto e vulnerável para ele. Maya sentia uma obsessão crescente tomando conta de seu corpo, submissa ao toque implacável do seu macho.
A forma como o via, como ele a dominava, despertava nela uma mistura de necessidade e entrega, uma urgência que a consumia, deixando-a completamente vulnerável ao que ele provocava.
O olhava com uma submissão silenciosa, mas clara — estava pronta para ser tomada por ele, toda molhadinha, sem reservas. Não era apenas o corpo que se entregava, mas sua alma, de maneira irrevogável, Dênis tinha o direito sobre cada parte dela.
A intensidade do seu olhar transmitia a necessidade de ser possuída, absorvida de uma forma que nenhum outro homem poderia entender. O queria com a urgência de quem não sabia mais viver sem essa conexão crua.
Era o primeiro a lhe mostrar esse tipo de acasalamento, e ela sentia em cada fibra do seu ser que aquilo era inevitável. Não havia medo, apenas o desejo de ser dele, sem resistência.
PAAH!
O som das janelas se fechando atrás deles selou o ambiente, isolando-os novamente. A calça de Dênis desceu rapidamente até seus tornozelos, ShluurrrpPláp... e os sons de seus corpos se unindo ecoaram pelo abatedouro.
Pláp!-Pláp!
Seus corpos se moviam juntos, em perfeita sintonia, os seios de Maya levemente protegidos por escamas, balançavam suavemente ao ritmo das batidas. Dênis, já conhecendo os gestos e os desejos de sua namorada, se curvou em direção ao pescoço, seus lábios tocando a pele sensível ao lado das guelras, Sluurrp! chupando-a com uma intensidade que a fazia arquear o corpo, sem forças para resistir.
— An... Ah... Nm...
Pláp!-Pláp!
Maya, um peixinho colocado em um aquário, com os braços erguidos no lençol, já familiarizado com a nova moça, se entregava sem hesitar. Suas pernas abertas para seu pescador, Pláp!-Pláp! que a fodia sem pena, seu corpo contorcendo-se levemente enquanto seu rosto se distorcia em vergonha.
Levantava a cabeça, emitindo gemidos baixos, quase inaudíveis, sem saber como aquilo soava, com receio de ser mais alta do que deveria. O calor da vergonha tomava conta dela, mas algo mais forte a fazia não recuar.
Pláp!-Pláp!
Dênis continuava o trabalho bruto, suas mãos explorando o corpo dela com um domínio claro e impiedoso. Agora, com os dedos apertando um de seus seios, a possuía de um modo que só ele sabia fazer, e Maya se entregava inteiramente àquele domínio, sem luta, sem mais espaço para indecisões.
Pláp!-Pláp!
— Ah! Ah... Anm...
Enquanto isso, Nino permanecia no desfiladeiro desértico, adotando a mesma postura que seu pai costumava ter: sentado sobre a espada, um pé apoiado firmemente no cabo, a outra perna relaxada ao lado da lâmina, parecendo uma extensão dele próprio.
Esperava por alguém. Então, de repente, sentiu uma onda de poder esmagadora, seguida por um som ensurdecedor que cortou o vento com a força de uma tempestade.
VRRRRRRUUUUUUU!!
O grito da reação em cadeia rasgou o ar, levantando uma onda colossal de areia que engoliu o horizonte, apagando as nuvens e agitando suas roupas e cabelo com violência. A terra tremeu sob sua lâmina, acreditava que até o próprio mundo estivesse sendo alterado.
"Que porra é essa?"
Olhou para a origem do poder, seus olhos estreitando-se diante de um feixe ciano cortando os céus com uma intensidade que parecia infinita. Ao redor dele, nuvens se formaram, girando com uma força rotacional sobrenatural, enquanto a magia no ar criava um funil distorcido, quase como um vórtice consumindo tudo ao seu redor.
A areia levantada dificultava um pouco sua visão, mas aquilo era inconfundível.
— Anna? — murmurou, a inquietação em sua voz clara como o vento que batia contra sua pele.
Mas, antes que pudesse terminar o pensamento, uma nova presença surgiu diante dele.
Com a nuvem de poeira começando a se dissipar, uma silhueta maior que a sua começou a tomar forma, desafiando a perspectiva.
Quando finalmente a poeira se assentou, a viu com clareza — era o Primordial do Sol, parado a poucos metros dele, envolto em chamas arco-íris que se contorciam e dançavam ao redor de seu corpo. Um poder primitivo, vivo, Primordial... e... indomável?