Dançando com a Morte Brasileira

Autor(a): Dênis Vanconcelos


Volume 2

Capítulo 48: Herança Lendária

— Tem certeza de que é por aqui? — Nino, todo molenga, seguia Anna, com a cabeça virada para o céu e a boca aberta, resmungando.

— Estamos chegando.

— Você já disse isso umas 127 vezes desde que saímos...

— CLARO, VOCÊ ME PERGUNTA A CADA MINUTO! — Anna estendeu os punhos cerrados para o chão enquanto o olhava com irritação.

Nino a olhou com raiva e soltou uma risada.

— Não é ali atrás?

Anna se virou rapidamente.

— ONDE?!

Ele rolou no chão rindo.

— "Onde?!" — continuou a rir muito da cara dela.

— Por que eu te chamei — murmurou, com uma voz triste.

Mwah-mua-mua-mwah!

Ele a abraçou, colocando o rosto dela em seu peito e dando beijinhos em sua cabeça.

— É só brincadeirinha... — Ele realmente viu algo atrás dessa vez. — É aquilo ali?

— Não vou cair nessa de novo. — A voz dela saiu abafada contra o peito dele.

— Mas eu não estou brincando.

Ela olhou para cima, emburrada, observando o rosto dele.

Sccrrrchh...

Então, ele girou todo o corpo dela, empurrando-a até que ela realmente visse as casinhas.

— É AQUI! — ela saiu correndo, e Nino, que fazia muita força para empurrar, Pah... caiu de cara no chão.

Se levantou, Paf-paf... batendo a poeira da roupa e foi até ela.

— Quanto tempo faz desde que você saiu daqui? As casas estão em ruínas.

Uma vila fantasma, com todos os moradores mortos e as 15 casinhas destruídas e abandonadas. Agora, o local era dominado por insetos e vegetação alta, que se espalhava sem controle.

— Uns 15 anos.

— Você saiu daqui há 15 anos?

— Sim.

— Quantos anos você tem?

— Acho que 20.

— Ah. Vou te denunciar por namorar um menor. — Finalizou com uma risadinha de canto de boca.

— Hãm?

— Esquece... Mas por que quis voltar aqui?

— ...Minha mãe disse que deixaria um presente para mim na nossa casa e, quando eu estivesse mais velha e achasse que era a hora certa, eu deveria vir buscar. Esperava conseguir matar o Primordial Vermelho, e agora que ele está morto, acho que chegou a hora de vir aqui.

— Como ela sabia que... iria morrer?

— Também não entendi por que ela sempre falava como se estivesse prestes a morrer...

— ...E qual dessas casas é a sua?

— Nenhuma. A minha fica mais isolada da vila; os demônios que aqui viviam não gostavam dela porque ela era uma ladra.

"Então esse é o motivo, né sua mula!" — Entendi.

Andaram um pouco, descendo um pequeno morro, até uma casinha com o telhado destruído e a porta quebrada. Em frente à casa, havia um monstro que se assemelhava a um jacaré mutante. Era pequeno, mas seu corpo gosmento brilhava sob a luz, enquanto cuidava da vegetação ao redor da casa de Emília.

Não havia mato alto ali; ele comia as plantas e voltava para o rio próximo, mesmo sendo carnívoro. Durante anos, apenas permaneceu naquele lugar, zelando por ele. Assim que percebeu os dois se aproximando, o monstro se virou e saiu tranquilamente, feliz, pois sabia que seu propósito de agrado havia chegado ao fim.

Nem Anna nem Nino deram atenção ao animal. Ele era estranho e meio feio, mas não era uma ameaça, apenas um ser pacífico. Não havia razão para matá-lo. Após chegarem, entraram e a porta mágica continuava no mesmo lugar.

— Onde você acha que tá?

— Está aqui.

— Aqui onde? — Nino procurou por algo, mas só via coisas velhas e destruídas.

— A porta... Você não a vê?

— Porta? Não.

— Qual a senha? — a porta mágica falou com ela, mas Nino não conseguiu ver nem ouvir.

A porta era inteiramente branca, brilhando intensamente, com uma maçaneta dourada.


[ — E qual a senha, mamãe?

— Quando você estiver em frente a ela... Você saberá. ]


— Lua...

Quando Anna respondeu, a porta branca começou a mudar de cor, passando por tons de azul até que assumiu um azul-escuro profundo. Formava uma lua azul brilhando como nunca no céu da paisagem, embora não houvesse atmosfera, permitindo ver todo o universo e estrelas piscando e se movendo lentamente.

Tlec!

O selo que Emília havia colocado foi retirado, e a porta se abriu com um estalo, fazendo Nino levar um susto abrupto, movendo a cabeça e voltando à mesma posição, igual a um gato assustado.

— Consegue vê-la agora?

— S-sim... — Nino olhou por trás da porta e não havia nada, mas, ao encará-la de frente novamente, lá estava ela, imóvel. — Que brisa...

Eles entraram juntos.

Dentro, era uma sala branca que parecia ser infinita, e realmente era, dependendo de quanto se desejava expandi-la. À direita, ao entrar pela porta, havia pilhas e mais pilhas de ouro, barras de metais preciosos, e joias brilhantes organizadas em pilhas por cores.

Tudo meticulosamente dividido: pilhas para colares, pilhas para anéis, pilhas para lâminas cravejadas—uma pilha para absolutamente tudo o que existia de mais luxuoso que Emília havia visto e roubado para si.

À esquerda, havia diversos manequins com roupas reais e vestidos feitos dos mais puros tecidos já criados pela raça humana. Entre os vários quadros de pinturas à mão, um se destacava: a imagem de uma jovem deslumbrante em um vestido digno da elite, com o nome "Chayssa Dirferu" inscrito na base.

Enquanto os dois observavam aquela abundância de itens caros, um detalhe se destacava no centro daquele lugar: um manequim exibindo um vestido azul-escuro. O Tesouro de Bruxa de Emília que agora pertencia a Anna. 

O vestido era um qipao em um azul-escuro profundo que, à medida que se estendia para cima, gradualmente se transformava em um tom ainda mais escuro, quase preto, lembrando a vastidão do universo com milhares de estrelas.

O Tesouro de Bruxa não possuía a gola alta, apresentando, em vez disso, um decote elegante que acentuava o pescoço e os ombros. A ausência da gola alta permitia que a atenção se voltasse para a fenda alta nas pernas, que revelava sutilmente as pernas ao andar. Aquele universo se movia, e as estrelas que brilhavam eram um reflexo direto do universo.

— Isso tudo era da sua mãe? — Nino olhava ao redor, maravilhado com a quantidade de riqueza.

Quando Anna deu um passo adiante na sala, uma voz ecoou pelo ambiente.

Emília havia deixado uma mensagem gravada para sua filha:

— "Oi, minha filha."

— MÃE?! — Anna gritou, procurando freneticamente pela fonte da voz.

— "Como você está, minha Lua mais linda?"

— Mamãe?! — Anna ficou à beira das lágrimas, com a voz trêmula.

— "Eu deixei essa mensagem para você porque sei que não vou viver muito tempo. Sua... Sua mãe, digamos, que fez muitas besteirinhas, deixou muita gente brava e muita gente está atrás de mim. Mas... Mas isso você já deve saber, né? Já deve ser uma linda moça. Já tem namorado?? Aaaaah... Eu queria tanto poder conversar com você sobre essas coisas, ver você crescendo. Cada dia que passei com você, cada semana e ano, foram tão divertidos... A única coisa que eu queria era ser para você a mãe que eu nunca tive. Mas agora já não tem mais como, né?... Me... Me desculpe por essas poucas palavras..."

A voz de Emília começou a falhar, e o choro ficou evidente no áudio.

— "...Eu nunca fui boa nisso, não sei demonstrar tais coisas... Não sei se fui uma boa mãe, se consegui te dar amor ou carinho como deveria... Eu nunca tive isso."

O choro dela se intensificou, e suas palavras começaram a sair mais rápido.

— "Eu... Eu não sei como fazer isso, mas Anna... Do fundo da minha alma. Eu te amo muito, minha pequena lua... Você é a coisinha mais preciosa de todo o tesouro da mamãe... O tesouro que agora é seu... Sei que não sou eu aí do seu lado, sei que errei várias e várias vezes, sei que acabei sendo egoísta e te deixei sozinha... Mas, Anna... Perdoe a mamãe..."

O áudio encerrou-se com o som do choro.

Anna estava de costas para Nino, a cabeça abaixada e os braços estendidos à sua frente, com as mãos fechadas, apertadas como se tentasse segurar o que restava de sua força. Seu corpo tremia, não conseguindo conter a dor interna, embora se esforçasse ao máximo para manter a imagem da mulher forte, que nunca cedia.

"Por que não deixou eu lutar essa guerra com você?!" "POR QUE... POR QUE DEIXOU DE USAR A ROUPA QUE SEMPRE ME DIZIA?!" "POR QUE DECIDIU FAZER TUDO ISSO SOZINHA, PORRA?!"

Nino observou em silêncio, sentindo o peso de sua angústia, e se aproximou lentamente, quebrando a distância entre eles. Sem dizer uma palavra inicialmente, a abraçou por trás, seus braços envolvendo-a como um abrigo seguro. Naquele instante, Anna sentiu que não era mais Emília que cuidava dela, e sim o homem que ela escolheu para compartilhar toda a sua vida.

O toque quente foi seguido por um sussurro suave e firme em seus ouvidos:

— Ei... Relaxa. Eu estou aqui, com você.

Aquilo era tudo o que ela precisava ouvir naquele momento. Anna não conseguiu mais segurar as lágrimas que a engoliam por dentro. Elas escorriam pelo rosto, quentes e abundantes. Paf... Desabou nos braços de Nino, seus ombros se sacudindo com cada soluço, com cada choro libertador que ela não podia mais impedir.

Nino, sentando-se no chão com ela, a abraçou com força, tentando transmitir toda a segurança que ela precisava. Com a mão delicadamente acariciando sua cabeça, ele a deixou chorar sem pressa, sem palavras — apenas presente, dando-lhe a liberdade de liberar tudo o que tinha guardado por tanto tempo. Enquanto ela chorava, ele sentia a dor que ela tentava esconder, compartilhando com ela esse momento de vulnerabilidade profunda.

"Por quê?... Por que escolheu deixar o seu passado se com isso me deixaria sozinha em seu futuro...?"


Após alguns minutos de choro, Anna, ainda abraçada a Nino, apertou-o com mais força. Ele a olhou, vendo a garota forte que sempre conheceu, agora escondida atrás de uma máscara de medo e vulnerabilidade, com um rosto suave e fofo.

— Ninguém consegue ser forte o tempo todo, né? — Nino disse, com um tom suave e um olhar gentil.

Anna surgiu de pé de repente, com uma expressão séria e um olhar penetrante.

— Para com isso.

Nino, ainda com o braço estendido no ar, olhou para ela surpreso, sem entender

— Garota... Você é normal?

— Mais do que você.

— Ahãm... — Nino sorriu de canto e se levantou, alongando o braço que havia abraçado por tanto tempo.

Anna caminhou até o Tesouro de Bruxa, e ao lado do vestido havia um bilhete.

Leu em voz alta:

— "Roupa da mamãe, quando ela era a mais temida do continente. Espero que goste de sua herança. Assinado: Mamãe Emília."

Anna fez uma expressão de surpresa e choque, completamente paralisada.

"Ela nunca havia me falado seu nome."

Distraída com a descoberta do nome de sua mãe, Anna não percebeu o vestido voando do manequim em sua direção. O Tesouro de Bruxa substituiu suas roupas, e ao olhar para baixo, viu a sombra de Nino e o encontrou parado ao lado dela, com a boca entreaberta e os olhos arregalados.

— E-e-está maravilhosa.

Anna ficou um pouco envergonhada com o elogio, mas logo desfilou até ele, enquanto Nino a fitava fixamente. Quando chegou, envolveu o pescoço dele com seus braços, oferecendo-lhe um abraço carregado de desejo.

— É?

Nino a abraçou de volta, deslizando a mão direita pelas suas curvas, passando pela nádega com um aperto firme, e logo segurou sua coxa, levantando-a até ficar ao lado de seu corpo, colado ao dela, deixando a fenda do vestido revelar sua pele clara.

— É!

— Repete — ela sussurrou, aproximando seus lábios.

— Você está maravilhosa! — Nino disse, Mwwaah! antes de beijá-la suavemente.

Depois de alguns segundos de toques e beijos, eles se separaram, respirando pesadamente, com as bocas ainda próximas. Nino abaixou a perna dobrada de Anna, mantendo o olhar fixo no dela.

— E como vamos levar tudo isso?

— Sua mãe não te ensinou como fazer essa porta cabulosa?

— Ela não queria que eu olhasse o livro dela.

— Hããmm... Eu posso levar no meu sangue.

Nino usou sangue para engolir todos os itens da sala, armazenando-os em uma bolsa colossal que segurou nas costas.

— Pronto!

— Tá... Mas como vamos passar pela porta?

Olhou para a porta mágica.

— É uma porta mágica, ela que aguente.

Nino correu em direção à porta, tentando atravessá-la, mas foi imediatamente cuspido para fora, Pah... PRIINCHCSCSCH!! caindo com a bolsa colossal sobre ele, sacudindo todo o tesouro.

Anna saiu tranquilamente e ajudou a levantar a bolsa.

— Tudo certo aí?

Ele se levantou instantaneamente, ajustando a bolsa nas costas.

— Estou. Deu certo o plano.

— Não foi bem um plano, né? Quer ajuda aí?

Nino olhou para ela com um sorriso.

— Relaxa. Vambora.

Começaram a caminhar de volta. Nino pensou em se teletransportar usando o poder de Louis, mas o receio ainda o dominava. Temia que Morte o puxasse para o Quarto Branco, matando-o ou impondo alguma punição por interpretar seu teletransporte como uma tentativa de escapar do mundo.

Seguiram em silêncio, apenas na companhia um do outro, enquanto a brisa suave acariciava seus cabelos. Suas mãos se tocaram casualmente, e, quando Nino olhou para ela, Mwaah! compartilharam um breve selinho carregado de carinho. Porém, Anna deixou sua língua explorar o beijo, e Nino, surpreendido, colocou a mão em seu pescoço, afastando-a levemente.

— Garota... Continua assim e eu te levo ali pro meio do mato.

Anna soltou uma risada travessa, seus olhos brilhando enquanto o encarava com um sorriso provocante. 

Nino abriu um sorriso safado e a puxou, Mwaah! dando-lhe mais um selinho intenso e quente, que rapidamente se transformou em um beijo profundo. Sua mão soltou o pescoço e desceu para apertar firmemente a bunda, enquanto se devoravam em excitação, com suas línguas dançando em perfeita sincronia, acompanhadas pelos dedos que a pressionavam com desejo. No entanto, ele parou de repente, interrompendo o momento. Punindo-a a apenas ficar molhadinha em todo o caminho de volta para casa.

Tendo saído no início da manhã, eles retornaram enquanto a noite começava a cair. Quando Nina sentiu a presença de Nino, correu para fora de casa, com Nathaly a seguindo de perto. De longe, puderam vê-los claramente, especialmente pela bolsa preta, que se destacava no ombro de Nino, parecendo um pequeno planeta.

Nina apressou o passo e foi direto até seu irmão.

— Você poderia avisar quando for sair, né, seu imbecil! — reclamou, claramente irritada.

— Não enche.

— Se você não se preocupa comigo, ok, mas eu me preocupo com você, idiota.

Nino olhou para ela com um sorriso sarcástico.

— Também te amo.

Ele a abraçou com um braço, apertando-a contra seu corpo.

— Chega.

Nino deu uma risadinha e se afastou um pouco.

— Muito chata, credo.

Se encararam por alguns segundos, com um olhar que misturava carinho e um toque de medo.

— ...Se cuida, ok?

— ...Pode deixar.

Nino apoiou a bolsa no chão e deu um abraço apertado em sua irmã, que retribuiu com a mesma força.

Nathaly, que observava a cena, olhou para Anna.

— Que roupa linda!

— Era da minha mãe — disse, olhando-se.

— O que é esse planeta que está com vocês? — Nathaly perguntou, olhando para a bolsa.

— Herança que minha mãe deixou para mim.

— Hã? — murmurou Nina, depois de parar de abraçar Nino.

Crrrrronmn!

Nino fez uma cratera no chão e colocou a bolsa, e então retirou seu sangue, PRIINCHCSCSCH! revelando um mar de ouro, joias e objetos preciosos.

— Caceta, você é rica, mulher! — exclamou Nina, impressionada.

— Anna. Sua mãe era a quarta bruxa? — perguntou Nathaly, com curiosidade.

— Quarta bruxa...? Minha mãe era uma ladra, não uma bruxa.

"Ela talvez não saiba." — O cartaz estava certo, então.

— Que cartaz? — perguntou Nina.

— A mãe de Anna tem uma recompensa de 500 mil moedas de ouro pela sua captura, as lendas diziam que ela roubou mais que o dobro disso. Olhando esse tesouro, eu vejo que é verdade.

— Dahora! — Nino fez um joinha para Anna.

Em um manequim sem roupa, Anna o envolveu com magia de água e o direcionou para casa, posicionando-o em seu quarto.

Após ver isso, Nino cobriu o tesouro com magia de pedra, isolando-o completamente para evitar danos.

— Depois a gente arruma um lugar melhor para guardar isso. Por enquanto, isso deve servir... — Nino bocejou. — Tô com sono. E você, Nathaly, vai voltar pro reino?

— Amanhã cedo eu vou, tenho que ver o que tá rolando com aquela igreja.

— Vou com você. — Nina segurou a mão de Nathaly.

— Tá bom. — As duas se encararam apaixonadamente.

Nino olhou para aquilo com uma careta estranha de nojinho.

— Bom... Tô indo dormir. Até depois.

— Vaaai te fude — respondeu Nina, interrompendo o grude por alguns instantes apenas para encher o saco do irmão.

Nino a encarou com desdém.

— Menina chata...

Viraram-se e foram embora.

Ao chegarem em casa, subiram diretamente as escadas. Anna entrou no quarto e viu o manequim no canto. Nino se sentou na cama, observando-a, enquanto ela se despiu, fazendo a roupa voar e se posicionar no objeto.

Vendo-a apenas com uma pequena calcinha e um sutiã, mesclando azul-claro com detalhes em preto, para agradá-lo com o preto, não entendeu o motivo de tirar aquela roupa. Anna caminhou até ele, tocando o peitoral com suavidade, Paff... o empurrou e o montou, rebolando, Swish-swish... esfregando-se nele, mantendo o olhar nos olhos.

Nino desfez as roupas de sangue, e ela também, revelando os seios e já preparada para ser fodida. Sentada sobre a extensão do pau, deixando-o molhado com a excitação que não foi embora, colocou a mão para baixo e se ergueu, encaixando, Squeeeeezeee... Hmnmnnm... Floop-floop... Nino apenas apoiou as mãos nas coxas e a deixou trabalhar.

— Não gostou da roupa?

Floop-floop...

— Ela é linda, mas não quero usá-la no dia a dia. Deixar para momentos especiais. Minha mãe a usava em seu passado lendário, seria um desrespeito usá-la para andar pela casa diariamente.

Floop-floop...

— Esse momento não é especial?

Anna soltou uma leve risadinha, dando uma pequena rebolada, descendo.

Ploff-Plooff...

— Você entendeu.

— Aaaah, por favor. Só uma vez.

Hum-hum, nananão.

Floop-floop...

— Por favorrrr... Só hoje. Deixa eu te chupar usando ela...

Anna ponderou o que escutou e mordeu o lábio inferior, sentando com mais pressão.

Plop!-Plop!

— Só hoje... Uma gozadinha só... Meto minha linguinha na sua bu...

Anna curvou-se, beijando-o, e a roupa voou do manequim. Ela se ergueu e o vestido pousou, passando por sua cabeça e escondendo seu corpo, apenas deixando as coxas e pernas expostas pelas fendas. Nino travou o olhar aberto em admiração mais uma vez.

Shluurrrpblolob...

Anna se levantou, vendo o pau duro como rocha, sem nem ter se movido ao ser liberado do espacinho úmido e apertado.

— Vai fazer aquilo lá, né? — questionou, olhando-o com um olhar fofo e de desejo.

Nino apenas balançou a cabeça em concordância, quase babando.

Anna se sentou na beira da cama, Nino se ajoelhou em sua frente, segurou suas coxas e passou a cabeça por baixo do vestido, encontrando a oitava maravilha que, neste mundo, se tornou a primeira. Mwah!-Mwah! Com dois beijos iniciais, apenas para marcar território, Nino enfiou sua língua e a expandiu dentro dela.

— Ahhmnmnmnmm...

Anna não se conteve, Pahf... caiu para trás, revirando o rosto e apertando os lençóis em delírio, sentindo-o lamber tudo que podia dentro de sua bucetinha extremamente molhada, se contraindo em piscadas enforicas de êxtase.

Nino continuou fazendo-a delirar, Fwap-fapfapfap-fwap! ao som dos gemidos, com a mão direita se masturbava, enquanto com a outra segurava firme a coxa esquerda. Anna o travou em suas pernas, envolvendo-o sem conseguir controlar seu prazer. Nino não enxergava nada, mas não precisava. Mwah!-Gurp-lick... Dar prazer à sua mulher era o que ele queria e só iria sair dali com ela louca.

— Ohh.... aihhmnnmn...

Anna continuava a gemer, mas seus gemidos eram baixos, quase sussurros em suas respirações ofegantes e trêmulas, deixando o momento apenas como uma promessa de segredo entre os dois. Sssliieck-glsssiirp... Nino continuava fazendo-a se revirar como maluca, até que não aguentou mais.

Squiiirrtt!

Gozou e não soltou Nino; ele apenas tentou engolir todo o amor dela.

Slurp-Glup-Gurp-GlubGlub!...

— A-ah-hrrff-aaimmn... Q-que delícia... — murmurou entre suspiros pesados, enquanto mantinha os olhos fechados e Nino sob posse de suas pernas.

Logo o soltou, e Nino se levantou com a boca molhada, o queixo pingando e um sorriso safado. Passou a mão no rosto e se secou com uma leve liberação de chamas escuras. Vendo-a deitada olhando-o, Nino subiu na cama por cima de sua mulher, apoiou os dois punhos fechados entre ela e se aproximou do rosto.

— Tá comendo muita carne, vou te entupir de doce pra sair docinho na próxima.

Anna sorriu, rindo com uma risada travessa, e Nino desceu, Mwaaah! a beijando, antes de se levantar e aproveitar o tempo que tinha para fodê-la com aquela roupa. Plak-Plak! Nino ficou de pé, entre as pernas caídas fora da cama, e bateu seu pau na bucetinha sob o vestido.

Anna levantou as pernas em resposta e ele as segurou e abriu, erguendo o vestido e liberando sua propriedade. Shluurrrpplap-plap! Penetrou, enfiando tudo, e começou a se movimentar. Pondo as pernas em seus ombros, se curvou subindo nela, fodendo-a olho no olho, lábio por lábio, risinho por risinho, Mwwwaaahh! 

Plap!-Plap!-Plap!

— Hmmn-Hmnn-Mnmn...

A cada batida, a sincronia dos gemidos abafados pelo beijo saía.

Plap!-Plap!-Plap!

Nino se afastou um pouco e posicionou os lábios ao lado direito da cabeça dela, dando-lhe um murmuro baixinho, soltando-o como um sopro malicioso:

— Escolhe o lugar...

Anna abriu um sorriso.

Plap!-Plap!-Plap!

— Quer muito ver minhas coxas brilhando com seu leite, né?

Nino sorriu e riu nos ouvidos dela.

— Tá sabendo demais...

Anna riu novamente.

— Senta e dá a patinha pra sua dona.

Au, au!

Nino se levantou, Shluurrrblop... tirando de dentro e se sentou apoiado na cabeceira. Anna caminhou sobre a cama até ele e sentou em seu colo, com as costas sentindo o peitoral dele queimando de tesão. Suas coxas envolveram o pau duraço, Frush!-Frush!-Thrust… e ela começou a se mover, Fwwap!-Fwwap! masturbando-o também com as mãos.

— A-ah… hm-mm... isso... isso...

Anna sorriu escutando as respirações e gemidinhos, pousando com ar quente em sua orelha. Nino, com os olhos fechados apenas sentindo, apalpou os seios sob o vestido e continuou sentindo-a trabalhar. 

Frush!-Frush!

Não demorou muito, seu pau pulsou e ele apenas aceitou, deixando tudo sair, apertando os seios.

Sploooooorrrttt!

Sujando as coxas dela, enquanto ele tremia e ela não parava, Frush!-Thrust-Plosht-Ploosh… Nino se esvaziou, e o tremor do momento passou. Haff... H-a-rrff... Abrindo os olhos, vendo a sujeira que fez, também viu sua piroca flácida caída de lado entre as coxas fechadas. 

Anna as abriu, Plap-plap! e as bateu duas vezes, fazendo fios de sêmen se formar, deixando suas coxas brilhando com o banho que receberam. Nino soltou os seios e apertou as coxas, alisando e espalhando o brilho. Com os dedos sujos, levou-os até a boca dela, e ela abriu, limpando-os, indo com a cabeça para frente e para trás, Sssliieck-slick! brincando e dando-lhe uma visão estimulante.

Após a pequena brincadeira de provocação, Anna ergueu o rosto, olhando-o.

— Pronto, como prometido. — O vestido saiu do corpo dela e voltou ao manequim.

— Aaaaaah...

Anna riu.

— Ah, nada. Se se comportar, eu penso em usá-lo outra vez um dia. Mwaah!... Vamos dormir... Esse dia foi bem cheio. Depois brincamos sem pressa, tá? Mua! Boa noite, amor. Mwah!

— Boa noite — Nino a respondeu, e Anna moveu o dedo, apagando as lamparinas.

Se deitou e Nino se deitou, abraçando-a, puxando-a para si de conchinha com firmeza.

Assim que Anna apoiou a cabeça e sentiu o conforto dele a abraçando, dormiu, despreocupada com qualquer coisa. Sem a tensão de ser atacada a qualquer momento, caso não estivesse sempre atenta. O conforto foi o mesmo conforto que sentia quando Emília a abraçava à noite para dormir.

Nino não conseguia dormir tão rapidamente assim, então ficou aproveitando o momento, apenas escutando as respirações calmas pós um round prazeroso. Mal sabia ele que aproveitar aquele momento e não apenas tentar dormir custaria uma madrugada inteira.

No quarto ao lado, naquela noite, Nathaly e Nina subiram após o jantar, entretanto não foram dormir. No primeiro gemido, que parecia estar ligado a uma caixa de som no último volume, Nino percebeu a merda começando. Nathaly deixou de ser discreta depois que de fato os encontros secretos acabaram e o namoro se oficializou; com isso, gemia feito louca, sem se importar com mais nada.

A madrugada passou beeeeem lentamente.

As duas estavam intensas naquela noite, e Nino, após a primeira hora seguida de gritos, ficou com os olhos arregalados, não conseguindo nem piscar. Ele só queria dormir, mas os gemidos de Nathaly soavam como uma cena de tortura, uma onde ele não conseguia sentir prazer pelo sofrimento.

Enquanto ele tentava dormir na base do ódio, desacreditado de que Anna não acordou com o barulho, do outro lado da parede, Nathaly cavalgava em Nina como se sua vida dependesse da potência da sua sentada, enquanto Nina chupava os seios dela, que balançavam perto de seu rosto.

Na manhã seguinte, todos acordaram com os primeiros raios de sol. Nino, ainda tonto, acordou com Anna balançando-o para irem comer. Assim que se levantou, ela os limpou com uma bolha de água e desceram com suas roupas de sangue normais.

Anna mantinha um semblante tranquilo. Nino, por sua vez, foi cambaleando pelos corredores, não por cansaço de ficar acordado, mas pelos gemidos da madrugada inteira que o assombraram ainda pela manhã.

Uma porta se abriu no corredor atrás. Clarah também acordou. Com um semblante tranquilo, saiu da porta com um pequeno sorriso. Anna não olhou, mas sabia que aquele sorriso não era de fato real.

Clarah, embora chorasse lembrando de Minty — afinal, fazia um dia desde a morte —, ainda assim controlava perfeitamente suas emoções quando precisava, e, mantendo sua mente tranquila, conseguia lembrar de Minty não com arrependimento, mas com um sentimento bom por tê-lo conhecido e passado um tempo de sua vida ao seu lado, mesmo como amigo.

Mas reprimia isso, e Anna sabia. Sabia que, naquele momento, ela não queria estar com aquele sorriso no rosto. Sendo descendente da linhagem Branca e Rosa, a rosa mostrava sua verdadeira natureza em pequenos detalhes, assim como Emília avisou Anna sobre os demônios do sentimento.

Chegaram à mesa e esperaram o café da manhã, que já iria começar a ser servido. Anna, no meio, de frente para a descida da escada; Nino, à sua direita, e Clarah, à esquerda.

Não demorou muito para Nina e Nathaly saírem do quarto e também descerem. Sentaram-se à direita de Nino, e ele virou lentamente a cabeça na direção delas.

— Estavam fodendo com um caval... — Anna colocou a mão sobre a boca dele.

Anna segurou a risada, mas Clarah não conseguiu e deixou escapar, e todos riram, inclusive a empregada.

Nina e Nathaly ficaram vermelhas de vergonha.

BAM!

Nina deu um soco na cara de Nino, que o arremessou contra a parede.

BUM!

Caiu, com os olhos girando e babando.

— Cura!... Cura! É, não sei fazer não. — Clarah tentou fazer a magia de cura que Anna usava, mas falhou e deu um joinha para Nino, que começou a se levantar.

Ele voltou e se sentou, com um sorriso travesso.

— Eu acho que eu tenho um irmão homem... — zoou, olhando de canto para Nina.

— Ela é mais macho que você — Nathaly respondeu.

POW!

Nino voou contra a parede novamente, caindo tonto e babando como se tivesse levado um tiro com a resposta de Nathaly.

"Cura!... Cura!... É, também não foi mentalmente." pensou, estendendo as mãos novamente para ele.

A empregada apareceu rindo e enchendo a mesa com comidas variadas que havia preparado. O olhar de todos brilhou e começaram a atacar, juntamente com ela, enquanto riam e se divertiam naquele novo dia.

Após um tempo, chegou a hora de se despedir. Nina e Nathaly já haviam acenado para todos os humanos e demônios que acordaram e saíram de suas casas no dia. Do lado de fora da casa de Anna, se reuniram mais uma vez, e Nina olhou diretamente para o irmão, com um olhar de desdém.

— Até mais... babaca.

— Some logo, infeliz.

Mostrou a língua, e ela respondeu com um dedo do meio. Os dois deram um sorrisinho de canto, e logo Nina saiu correndo, seguindo Nathaly em direção a Alberg.

Nathaly sorria, dando o seu máximo para ficar à frente, enquanto Nina fingia, com um leve sorriso, ser mais lenta, para não humilhá-la ao desaparecer literalmente na sua frente.



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