Volume 1 – Arco 2
Capítulo 81: Queridinha
Arthur passava pelo corredor da sala dos professores, indo até o escritório de Louis, que ficava no corredor seguinte, mas, ao passar pela porta, viu seu tio agachado no chão, em meio a centenas de papéis espalhados, armários tombados e eletrônicos espalhados por todo lado.
Uma parte o homem já havia conseguido arrumar, mas a bagunça que Alissa criara era simplesmente imensurável.
— T-tio? O que aconteceu aqui? — perguntou em tom baixo, entrando na sala e tentando não pisar em nada.
Louis voltou o olhar para o menino, seu rosto cansado, ostentando olheiras profundas.
— As... as paredes têm ouvidos... Prefiro não pronunciar o nome da tal entidade — murmurou ele, quase tremendo, lançando um olhar perdido para o vazio atrás de Arthur, o que fez o menino também se virar, assustado, esperando ver algo surgindo na porta.
— Gulp...
— Pode me ajudar aqui? Tô aqui já faz um tempo... e acho que só acabo à noite.
— C-claro...
Arthur se agachou ao lado de Louis.
— Junte os eletrônicos. Os papéis pode deixar comigo, porque tem que ler cada um para saber onde colocar... isso demora muito.
— Tudo bem.
O menino se ergueu e, com dificuldade para não pisar em nada, começou a coletar instrumentos iguais, juntando-os em caixas de papelão que Louis havia deixado organizadas para voltar cada coisa ao seu devido lugar.
Enquanto ajudava... Arthur sentia um nó apertado na garganta. E, embora o receio fosse grande, decidiu criar coragem:
— Tio... o que a tia Tété disse pra mim é verdade...? Sobre a morte do meu pai.
Louis parou abruptamente, seu olhar perdido nos papéis, e Arthur percebeu a mudança imediata no clima, ficando um pouco sem jeito:
— D-desc...
— Arthur...
Louis o olhou com seriedade, embora tentasse suavizar a expressão. Seus cabelos longos caíam sobre os ombros, depois que Alissa sumira com o seu elástico no meio daquela bagunça.
— Me dói muito falar sobre isso. Nunca toquei nesse assunto, mesmo que já faça 14 anos. Vou tentar ser breve, porque sei que você merece saber disso. Mas eu preciso saber... o que foi exatamente que ela falou pra você?
— ...Sempre me falou que Alissa não quis salvar o meu pai. Que ele morreu por causa dela. Mas eu perguntei à Alissa hoje, e ela disse que era pra eu perguntar pra você sobre a verdade.
Louis virou um pouco o rosto, seu semblante se destruindo por dentro ao lembrar do irmão. Sua vontade de chorar era imensa, mas se segurava para não passar uma imagem fraca ao filho de Luan.
— Imaginei... Sempre vi suas reações negativas ao ver Alissa. Foi por isso que coloquei você na sala dela, e não deixei Katherine te levar, mesmo depois de te selecionar. Queria que visse que Alissa não era um monstro ou uma pessoa ruim... Ela pode parecer, às vezes... ou muitas vezes... mas... não é. É apenas o jeito dela.
Louis passou o braço pelo nariz, Sniif! fungando forte para recompor o tom.
— Alissa não tem culpa de nada... Quem teria... uma parcela, seria Katherine... Vou explicar pra você, mas desde já quero que me prometa que não vai sentir raiva da sua tia, tratá-la mal ou algo assim... Tudo bem?
Arthur assentiu com a cabeça.
— Prometo.
Louis forçou um sorriso cansado, o rosto e os olhos pesados, antes de prosseguir:
— Nós éramos dez... e íamos nos tornar doze... quando Alissa e Katherine foram enviadas de Brasília para fazer parte da ADEDA. Só que Katherine nunca gostou da Alissa. Sente um ódio estranho por ela... Eu queria que Alissa fizesse parte do Esquadrão Um desde o início, mas quem impediu foi a sua tia.
Arthur absorvia cada palavra, atento.
— Não conte isso a ela, por favor. Mas Katherine tem... um problema. Uma doença. Um transtorno, não sei. Um... um complexo em se sentir inútil, que eu tento ajudar desde sempre. E com Alissa entrando no esquadrão, ela acreditava que, de fato, seria isso... que perderia o seu valor. Katherine não é forte, mas não tem como dizer que não é poderosa. Só que... Alissa... é a Alissa. Entende...? Ninguém chega perto do que ela é, e isso deixa sua tia insegura até hoje.
— ...
— Éramos dez, viramos onze, e depois voltamos a ser dez com a saída da Mirlim para o Esquadrão Dois, onde se tornou a supervisora da Alissa. Hum... não sei se Mirlim aparece nas gravações que te dei. — Louis abriu um sorriso sincero, lembrando do passado. — Da gente brincando, zoando... Luan... Luan assustando a Sabrina com sapos de água. Alan colocando baldes com água na porta pra cair em cima do Eduardo...
Louis sacudiu a cabeça, notando que estava se perdendo nas memórias.
— Bem... Se ela aparece, provavelmente apareceu dormindo. Se você viu uma menina de cabelo preto, sem sobretudo, com um pirulito na boca, dormindo, essa é a Mirlim.
— Acho que não vi, não.
— Normal, vivia dormindo na sala dos professores. Mas enfim... Katherine nunca quis Alissa junto, e até no dia da... da morte do meu irmão, ela não queria que Alissa fosse, por dizer que já era suficiente ter apenas ela lá. Mas... não foi. Não sei o que aconteceu, se o sinal estava ruim ou sem cobertura, mas a foto que ele mandou pra mim ir demorou mais de um minuto para chegar, e nesse tempo... seu pai já estava morto.
— Sniiff...
Arthur passou o braço pelo nariz; o ambiente estava um pouco empoeirado por causa da bagunça.
— Alissa não tem culpa de nada. No mesmo momento que encontraram a Calamidade e me avisaram, Alissa estava em Guarulhos enfrentando outras três Calamidades que mataram vários exterminadores não oficiais... Não tinha como ela saber. Não tinha como. Quando ela chegou na ADEDA, apenas me viu chorando de longe, enquanto centenas de alunos e professores viravam as costas com medo de continuar servindo à instituição. Por isso que, mesmo sendo crianças, vocês precisam assinar um contrato para entrar hoje em dia.
— ...Uhum.
— Eu, particularmente, acredito que, se sua tia não tivesse impedido Alissa de entrar, seu pai estaria aqui hoje... Não sei... sei lá. Ela lá mataria a anomalia sem dificuldades e nos daria tempo para que eu os teletransportasse para Guarulhos, para matar as outras três. Mas isso fica no "e se"... Como eu disse, não culpe sua tia. Não sinta raiva da Alissa, da Katherine ou... sei lá, de mim. Culpe a anomalia que tirou Luan de nós. Mas, por favor, por favor mesmo: não trate a tia Tété de forma diferente.
Louis desviou o olhar, pensativo, seu semblante distante.
— Ela já sofre muito com a própria mente... Eu queria conseguir dizer a ela para se tratar, irmos a um psiquiatra ou algo assim. Mas tenho medo. Tem coisas que não quero que aconteçam de novo...
Voltou o olhar, tímido, com um sorriso cansado para Arthur.
— Você ainda é jovem... ainda não entende a dificuldade de ser um adulto.
— Eu quero ser como o papai...
— Rum... — Louis soltou um risinho tímido. — Você é a cara dele. Se veste como ele também.
Tap, tap, tap...
Passos rápidos e estressados ecoaram pelo corredor, se aproximando da porta.
Louis desviou o olhar de Arthur, voltando a organizar as coisas, e o menino entendeu o gesto.
Katherine chegou instantes depois, com sua feição visivelmente irritada.
— Por que não me atende?! — exclamou, tentando suavizar o nervosismo ao ver Arthur presente.
Louis se virou para ela e tirou o celular do bolso.
— ...Descarregou. Não vi que estava sem carga. Desculpa, meu amor.
Katherine recebeu as palavras com a alma. O estresse sumiu como o perigo de uma bomba ao cortar o fio certo. Seu semblante retornou ao submisso e calmo de sempre perante ao homem que dizia ser só dela.
— Perdi a hora arrumando a sala. Devia ter ido te avisar.
— N-não, tudo bem... — Olhou para Arthur. — Bom dia, Arthur — cumprimentou o sobrinho de longe, com um gesto e um sorriso doce.
Arthur respondeu com um gesto de cabeça e um sorriso pequeno.
— Quer ajuda, meu bem? — perguntou ela, voltando-se para Louis.
— Claro — respondeu ele, sorrindo. — Pode cuidar das coisas sobre as mesas, para não precisar se abaixar com essa saia curta.
A preocupação ressoou com um tom de ciúmes em alguém vê-la daquela forma, e isso deixou Katherine ouriçada... feliz. A exterminadora lançou olhares maliciosos e sorrisos sutis enquanto organizava os materiais com movimentos sedutores, ainda que discretos o bastante para que Arthur não percebesse nada. Louis, porém, notava claramente o que ela queria para mais tarde.
A jovem desviou o olhar, voltando a focar no que fazia, mas uma pergunta escapou:
— Estavam em silêncio esse tempo todo?
— Não...
Katherine olhou para Louis, e Arthur também se virou para o tio. O que encontrou foi um olhar sereno e gentil.
— Tava comentando com Arthur...
"Ele vai contar?!" pensou Arthur, apreensivo.
— ...o como ele é bom de bola. — Voltou o rosto para a moça. — Já viu ele jogando futebol? Quando imbui a bola com água, nem o goleiro erguendo uma parede de pedra impede meu meninão de fazer um golaço! — exclamou animado.
Embora fosse uma pequena mentira, o orgulho na voz de Louis era genuíno.
Katherine abriu um sorriso, encantada.
— É mesmo? Os meninos da minha turma comentaram algo assim mesmo, que jogavam bola com ele. Mas não sabia que era tão bom.
Arthur colocou a mão atrás da cabeça, envergonhado.
— Uso para treinar meu controle com a magia, é divertido.
— Parabéns!
Louis viu a menina inocente por trás de todo o lado estranho de Katherine. Com um sorriso tímido e cansado, desviou o olhar, voltando à separação dos papéis. Mas... decidiu fazer uma pergunta no meio do processo:
— Os e-mails acabaram?
— Ainda não. Vim porque recebi um mais importante, da secretaria do presidente.
Louis olhou para ela com uma expressão um pouco mais séria, mas já tinha ideia do que era.
— O que estava escrito?
— Um aviso. Estão exigindo que a filial da Bahia envie um aluno pra cá, se quiserem continuar funcionando. Só estão dando gastos com comida, água, infraestrutura, sem voltarem nenhum benefício ou prova de que os trabalhos estão sendo efetivos por lá. Durante anos, tiveram uma isenção, já que, como aqui, eram crianças pequenas. Mas agora exigem resultados... uma prova, um aluno classe A, pelo menos, sendo mandado para cá.
— Entendi.
— O que devo responder, senhor?
— Nada.
— Nada?! — Katherine não entendeu.
— Nada... deixa isso pra lá. Depois vejo o que faço. Esse aviso chega desde janeiro... Mas não estou afim de contestar a Mirlim agora... Quando não tiver mais como enrolar, mando algo pra ela... ou peço à Alissa, que vai ser mais tranquilo, eu acho.
— Não quer que eu fale com ela? Não precisa pedir à Alissa.
Arthur percebeu um leve incômodo no tom dela ao ouvir o nome de Alissa.
— É que, sendo a Alissa, a Mirlim pode não achar que veio de mim, entende? Se for você, ela vai arrumar alguma forma de tentar me matar por entrar em contato com ela.
"Matar?!" Arthur arregalou os olhos com medo.
— Eu vou estar do lado, né!? — Sua voz exalava medo e insegurança.
Louis percebeu e voltou o olhar para Arthur.
— Arthur, pode ir aproveitar o intervalo. Feche a porta quando sair, tá?
— Uhum...
Arthur assentiu, se afastou e saiu, fechando a porta como foi pedido.
Louis se ergueu, sua presença mudando instantaneamente, olhando-a de cima, caminhando até Katherine com uma intensidade que a fez estremecer.
Seu olhar, possessivo e predatório, encontrou o dela, e antes que a jovem pudesse reagir, sentiu suas costas sendo empurradas suavemente contra a mesa, o ambiente ficando apenas deles.
As mãos firmes de Louis deslizaram pela cintura dela, prendendo-a no lugar enquanto a boca roçava lentamente pelo pescoço exposto, arrancando arrepios.
— Arf...
Katherine arfou baixinho, sentindo o calor queimar sua pele.
A mão esquerda do homem deu um tempo no passeio pela cintura e subiu, imponente, bruta, se envolvendo no pescoço da menina, que o olhou quase implorando por um tapa. Seus olhos fixos nos dela, vendo os lábios fechados... relutantes, abrindo-se minimamente, permitindo um ponto para o calor do corpo escapar.
A menina não desviava o olhar dos seus olhos. Vendo-o olhá-la como um pedaço de carne, um objeto que seria usado sem pena. Sua mão a enforcava com garra, mas os olhos não mentiam; o brilho era intenso e genuíno demais para que aquilo fosse algo ruim.
— Você vai estar do meu lado durante todos os dias da minha vida, meu bem. Mwah!
Afrouxou o aperto, bem levemente, para não matá-la sem ar, durante o beijo lento. Sua língua não entrou, e seu rosto se afastou em um momento quente, deixando-a trêmula, sem saída... Mas Katherine... não queria uma.
Seu corpo inteiro preparado e submisso.
— Antes de arrumarmos isso... Vou deixar suas pernas tremendo.
Soltou o pescoço, a menina respirando mais forte discretamente, mas ainda muito sensualmente. O olhar desejando-o mais que viver. Louis afundou as mãos na cinturinha definida da garota, e ergueu-a em seguida.
A saia se amarrotava indecentemente sob o largo quadril erguido.
Pah!
A colocou com brutalidade sobre uma mesa, ficando entre as pernas da garota, prendendo-a firmemente, olhando-a como se fosse sua presa. Deslizou as mãos pelas curvas das pernas, pressionando-se contra a cintura dela, de um modo provocativo... mas sem pressa.
Katherine, de olhos semicerrados, soltava suspiros que ficavam presos na garganta, tentando se conter enquanto seu corpo ansiava por mais. Sua calcinha úmida à mostra, sentindo o relar do pênis preso dentro da calça social do seu macho.
Louis curvou o corpo, suas firmes mãos agora se divertiam na cintura, conduzindo seus movimentos com autoridade, enquanto ela se apoiava sobre os papéis na mesa com as pernas ligeiramente afastadas, completamente entregue.
— Você vai jorrar nesses papéis... Mwah! Vai gritar em silêncio... Mwah! — Seus lábios se mantinham próximos. A cada frase, Louis a beijava, deixando-a cada vez mais molhada. — Vai me obedecerrr... — falou de forma arrastada, seu hálito impecável e seu suspiro batendo nos lábios molhados da menina, lhe esperando para ser usada.
A saia, com as pernas cada vez mais abertas, se dobrava ainda mais, deixando suas magníficas curvas em exposição, o brilho da iluminação dando ainda mais luz para sua pele branca.
— ...E se fizer direitinho... Papai vai te fuder a noite todinha, minha queridinha... Mwah!
Louis a beijou mais uma vez, antes de empurrá-la com força para trás, Paffshchhsh... fazendo-a espalhar os papéis que apoiavam suas costas sobre o chão novamente. Deitada, sentia ele entre suas pernas. Seu corpo inteiramente liberado, seus gestos calculados para dar-lhe tesão.
Uma dança sensual deitada, seu rosto sapeca... levada.
Louis se ajoelhou em frente, descendo a calcinha vermelha e rendada pelas coxas e indo de boca sem medo algum. Mua-Muahmmnhumn... Katherine reagiu instantaneamente, tentando não gemer para que ninguém visse a travessura em ambiente de trabalho...
Mas Arthur não tinha ido embora.
De uma frestinha única em meio a toda a persiana, o menino viu o seu tio fazendo um oral na sua tia pela janela. Seu rosto queimava de vergonha, mas assistir àquilo lhe trazia uma sensação gostosa.
"Ser adulto deve ser legal..." Ainda olhava, mas então se tocou e se afastou balançando a cabeça. "Isso é errado!" Mas olhando para os lados... "Não tem ninguém vendo..." Voltou a espionar o ato.
Louis parou o oral... descendo as pernas de Katherine, deslizando suavemente com suas mãos rígidas, suas veias pulsando. A moça se sentou na mesa, Mwah! ...Mwah!-Mua! sendo recebida com três beijos quentes e lentos, no tempo que abraçava o pescoço do homem.
Louis a agarrou pela cintura, colocando-a em pé no chão.
Virou-a com autoridade em suas mãos, e a dobrou sobre a mesa, de quatro, de forma rude, desleixada... uma forma que atiçava ainda mais a menina. Com um sorriso no rosto, Katherine sentiu a mão dele empurrando sua cabeça para a mesa... Deixando-a presa, à mercê do que o homem quisesse fazer com o seu corpo.
Louis abaixou um pouco as calças, revelando seu pênis ereto.
Segurou-o com a mão direita, chegando na portaria, Fricks-frcs! pedindo permissão com duas pinceladas precisas. A permissão veio: um tremelique, uma vibração no quadril e no joelho. Shurrrp!-Plap!-Plap! enfiou com jeito, sua mão na cintura dela, firmando cada penetrada profunda.
Katherine ria enquanto era fodida, ao som das batidas, das gotas pingando da vagina... Arthur via o que era a vida: uma mulher com a calcinha abaixada no meio das coxas, de quatro, sendo fodida.
A roupa de escritório, a saia um pouco erguida, o salto alto no limite, as pernas longas, retas, com as curvas se movendo no impacto de cada batida, a bunda empinada, gritando por mais pica, deixava sua fantasia criada ainda mais imersiva.
"O do meu tio é bem maior que o meu..."
— Arthur?
Um jovem que entrava no corredor o chamou.
Era aluno de Katherine, mas, naquele dia, a professora não realizou sua aula, para ajudar Louis no escritório, que estava sobrecarregado de e-mails para responder. Entretanto, a escola era aberta para sair a qualquer hora, e da mesma forma que podia sair... podia entrar.
Alguns alunos estavam jogando bola no Allianz, usando o campo inteiro ou metade, caso uma turma dos alunos mais novos estivesse usando para treinar. Naquele momento, um menino tinha ido ao banheiro e, quando viu Arthur, decidiu chamá-lo para ir jogar... péssimo momento.
Arthur se virou um pouco assustado, ainda excitado pela cena que vira e da fantasia que idealizava, mas conseguia disfarçar bem; não havia relevo visível na calça social, diferente do que vira em seu tio.
— Oi? — respondeu, sem gaguejar, apenas saindo discretamente da frente da fresta da janela, como se nada tivesse acontecido.
— Tá... ocupado? — perguntou o garoto, casual.
— Nada, quê foi? — Arthur respondeu, tentando soar o mais normal possível.
— Tô com os moleques no campo, quer jogar umas partidas? Tá faltando um... Os moleques de dez são horríveis demais.
Arthur riu da expressão indignada do colega, e o menino soltou uma leve risada junto.
— Bora lá, então.
— Bora.
Os dois saíram numa corridinha despreocupada, rindo entre si, embora, no fundo, Arthur ainda quisesse continuar assistindo o outro jogo... a goleada excitante acontecendo dentro daquela sala.
Do outro lado da escola, os gêmeos e Nathaly haviam acabado de tomar o café da manhã. Saíam da área externa, andando tranquilamente. Nino, como sempre, mantinha as mãos nos bolsos e o olhar entediado; desta vez, era Nina quem ocupava o meio do trio.
Alegre em mais um dia ao lado dos dois, Nathaly perguntou, animada e sorridente:
— O que vamos fazer hoje?!
Nino, que só queria ficar em paz — e, de preferência, sozinho —, mal abriu a boca para pronunciar o tão esperado "Nada", quando Nina, rápida como sempre, agarrou os dois pelo pescoço, juntando seus três rostos.
Com a mão esquerda, estendeu-a para frente. Suas bochechas unidas, seu sorriso combinando com o da amiga. Nino se estressou em mais um dia, mas não contestou além de fechar a cara quando sua irmã exclamou:
— Um MONTÃO de coisas!
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