Volume 1 – Arco 2
Capítulo 131: Nomeação
06:59.
Manhã de sexta-feira. Grande dia em que Arthur e seu esquadrão se tornariam, enfim, oficiais. Arthur acordou rapidamente. Assim que seus olhos se abriram, seu corpo já se erguia, e o rosto se direcionava para o celular no criado-mudo ao seu lado. Era ansiedade para o evento? Não. Era ansiedade por uma notícia de Titá.
Havia uma notificação do governo. Abriu a conversa com expectativa e se decepcionou. Não era um aviso de que Titá enfim estava indo até ele. Era apenas mais uma foto com o seu "melhor amigo", de roupinha, com cara de bobo e linguinha para fora.
— Quando ele vai poder vir? — murmurou cabisbaixo. Desligou a tela e foi se arrumar para a nomeação.
[ Tarde do dia anterior.
Alissa, bem antes de sair com seu esquadrão para a churrascaria, foi até o escritório de Louis, onde o mesmo estava com Katherine, organizando as verbas e todo o dinheiro que iria para as ADEDAs em construção. Chegou de surpresa. Katherine sentiu-se ameaçada, irritada, mas tentou não demonstrar.
— Você tem os nomes e idades. Mande os costureiros criarem os seis sobretudos iguais ao meu para o meu esquadrão — ordenou ela.
— Mas o...
— Não existe "mas". Faça o que ordenei. Espero os sobretudos amanhã na minha mesa antes da nomeação — ordenou e saiu. Louis não contestou. Sabia bem que contestá-la era arriscar a vida em uma morte muito dolorosa. Nem um louco chapado faria isso.
— Quero o do meu esquadrão na cor do nosso — Katherine tentou ordená-lo também.
Louis olhou-a.
— Querida, não posso fazer isso.
Katherine aborreceu-se.
— Mas para ela pode?!
— Amor... não é essa a questão.
— Qual é, então, Louis?! Qual é a questão?! — Chegou próximo de forma agressiva, perdendo a cabeça mais uma vez.
— Amor, seu esquadrão perdeu. Se eu der o sobretudo dourado para eles, a mid...
— Claro... Claro que perdemos, né? Vai me humilhar? Vai dizer que ela é mais forte de novo?! Que é uma professora melhor?
— Minha querida, não é isso! Só não quero ter conflito com a mídia. Ter que explicar o que aconteceu para essa decisão dos sobretudos, só isso. Alissa venceu. Isso não é algo ruim. Eu não ligo. Eu te amo, Katherine. Mas, como ela venceu, ela tem o direito de escolher isso — inventou uma desculpa para não precisar desafiar Alissa ou simplesmente não obedecer.
Tentava manter o rosto acolhedor, simpático. Mas, por dentro, estava quase pedindo que Alissa o matasse, poupando-o de continuar tendo que fingir constantemente ser alguém que não era.
— Vamos fazer o seguinte. Que tal seguirmos a linha dos metais? Nosso sobretudo é dourado. Somos o primeiro esquadrão. O dela é prateado, e ela é do segundo esquadrão. Que tal o seu esquadrão ser bronze? Assim vocês seriam os terceiros, mesmo que com quarto no nome — sugeriu com um sorriso, torcendo para que fosse suficiente, torcendo para que a "mulher" não ficasse agressiva e o agredisse, enquanto ele mais uma vez a abraçaria, esperando que as energias dela se esgotassem...
Mas...
Louis presenciou a cena mais horripilante que já vira, e olha que já viu seu irmão partido em dois, com vísceras, sangue e podridão... do cheiro que subia do sol cozinhando a carcaça sem vida. Katherine mudou sua expressão radicalmente. Saiu da ira para o... amor? Abriu o rosto como se não fosse humana. Parecia uma anomalia. Um fantasma de um pesadelo carniceiro e sombrio.
— Sim! — exclamou ela, alegre... mas Louis quase tremia.
O que era ela? O que era ela? O que se tornou... ela? ]
07:58.
Não havia aula no dia. O evento era às 9h, mas foi dito para que os esquadrões chegassem mais cedo para receber informações de como iria funcionar e como deviam se portar no palco que estaria no campo do Allianz. Mas... quando Arthur chegou, viu Nino, Nina e Nathaly no corredor, andando juntos.
Vul!
Quando uma sombra de 1,85 m passou ao seu lado correndo. Nino viu e saiu correndo enquanto ria, e Thales, irado, o perseguia.
— VOLTA AQUI, SEU COVARDE!
Nino corria enquanto zombava do amigo com a testa ainda marcada, mesmo depois de esfregar com muita força no banheiro com sabão.
"O dia mal começou e já estão assim?" pensou Nina, observando-os correr como duas crianças... percebendo que nem em um dia importante seu irmão conseguia ter responsabilidade.
Fracassou.
Não conseguiu alcançar o amigo, mas sua namorada o socorreu. Usou magia de vento, um tanto quentinha, e conseguiu derreter a tinta. Olhou com um olhar cerrado para o fim do corredor; Nino o olhava fazendo uma careta.
Seu olhar dizia: "você vai pagar". Mas o olhar besta de Nino respondia: "vou nada".
Chegou o grande momento.
O palco era bonito, alto. Telões para que todos pudessem assistir com conforto. Câmeras e mais câmeras dos jornalistas do dia anterior se encontravam e disputavam espaço mais uma vez. Fotos e mais fotos eram tiradas dos gêmeos, aguardando o chamado.
Louis, com um terno elegante. Cabelo solto nas costas e ombros, alguns fios brancos. Nem era velhice, era estresse. O silêncio de respeito estalava na plateia. O microfone foi até sua boca para sua voz ecoar pelos ouvidos das pessoas:
— Hoje é um dia muito feliz para o Brasil. Dois novos esquadrões nasceram aqui. Dois grupos de heróis que protegerão nossa nação — terminou, fechando os olhos e abrindo os braços.
Clap! Clap! Clap!
Não foi necessário pedir. Os aplausos vieram junto de gritos eufóricos de pessoas felizes de todos os lados. O microfone foi arrastado pelo ar lentamente. Quanto mais se aproximava dos lábios tranquilos do rosto sedoso, o som diminuía, até que o silêncio voltou, e Louis continuou:
— Para começarmos, eu gostaria de convidar a professora Alissa para se juntar a mim no palco, junto do equipamento que será entregue ao Terceiro Esquadrão Oficial — chamou-a com tranquilidade.
Clap! Clap! Clap!
Todos aplaudiram. Até mesmo Katherine, mas suas palmas nem efetuavam sons. Somente sua garganta, em um grunhido que tentava reprimir.
Alissa subiu no palco com a caixa de armas flutuando atrás dela. Posicionou-se ao lado de Louis, cerca de 30 centímetros à direita do homem. Louis olhou para os alunos escolhidos por ela, na área reservada da arquibancada, e chamou:
— Agora, por favor, pode subir nosso novo esquadrão.
Todos se ergueram e foram caminhando com tranquilidade e união, assim como foram instruídos pelo próprio diretor. Também, na sequência exigida: Nino sendo o primeiro, Nina a segunda, Samanta a terceira, Nathaly a quarta, Thales o quinto e Arthur sendo o sexto a subir.
Entretanto, quando Nino pisou na escada, ouviu um murmúrio de Thales:
— Isso, primeiro as damas — e deu uma risadinha interna.
— Haha, mister piadocas — respondeu Nino sem mover ou abrir a boca, assim como Thales, tentando esconder aquilo das câmeras os seguindo.
Um a um, os novos Exterminadores Oficiais subiram enquanto Alissa entregava os equipamentos e colocava o sobretudo em suas costas.
— Nosso terceiro esquadrão é formado por: Nino, Nina, Samanta, Nathaly, Thales e Arthur.
Clap! Clap! Clap!
Aplausos de pé vieram de imediato. Mas, dentre todas as pessoas aplaudindo, duas garotas que foram rejeitadas na sala de Katherine cochichavam entre si:
— Aquele garoto é tão bonito — comentou uma delas, com um olhar fofo, olhando para Nino.
— Pede o número dele depois.
Olhou para a amiga, assustada com a sugestão.
— Ele deve ter namorada — argumentou.
— Só vai saber se tentar — retrucou instantaneamente.
— ...Não quero levar um fora — murmurou, voltando o olhar para frente.
— Nem tentou e já está desistindo? — provocou, com um sorrisinho que a amiga viu ao olhá-la de novo.
— ...Tá, tá, depois eu pergunto a ele — respondeu e fez biquinho.
— Assim é melhor — sorriu, já imaginando o fora que a menina ia levar.
O terceiro esquadrão, junto com Alissa, desceu do palco.
— Continuando... Eu gostaria de convidar o meu amor, e também professora do nosso próximo esquadrão, K...
Clap! Clap! Clap!
Louis foi cortado por aplausos e reações fofas da plateia. Katherine corou com a homenagem surpresa. Abaixou o rosto, tentando portar-se como uma mulher forte e durona. O silêncio voltou, e Louis continuou:
— Por gentileza, professora Katherine, pode subir com os equipamentos oficiais dos integrantes do seu esquadrão.
Clap! Clap!
Houve palmas, mas bem menos em comparação a quando Alissa foi chamada.
A caixa era pesada, e Katherine tinha dificuldades para empurrá-la até lá. Alissa então decidiu "ajudar". Ergueu-a com magia e a colocou sobre o palco. Katherine olhou de canto, na direção da prima, vendo-a com um sorriso provocante, de olhos fechados, em sua direção.
"Inconveniente! Não pedi sua ajuda!"
Da mesma forma que para o terceiro esquadrão, Katherine entregou as armas oficiais a cada membro do quarto esquadrão que subia ao palco, assim como vestia-os com os sobretudos de cor bronze.
— Nosso quarto esquadrão é formado por: Vinícius, Pedro, Paulo, Manoela, Marcelo e Helena... — Houve silêncio... — Uma salva de palmas!
Clap! Clap! Clap!
Todos na plateia aplaudiram, mas não de pé.
Os integrantes sentiram uma espécie de menosprezo, e, dentre eles, Vinícius pensou:
"Vou mostrar a todos que estão errados sobre mim..."
Para os esquadrões, as aulas haviam acabado. Agora eram reuniões quase sempre diárias, bem rapidinhas. Às vezes para explicar algumas coisas novas da organização, outras para distribuir trabalho. Nem sempre uma anomalia surgia fazendo merda ou destruindo algo.
Às vezes coisas sumiam. Pessoas desapareciam depois de saírem para pescar ou acampar, e isso se enquadrava com os trabalhos de um exterminador, mesmo que, inicialmente, ficasse com a polícia até ter certeza de que era algo relacionado a uma anomalia.
Alissa e Katherine se tornaram oficialmente as responsáveis e supervisoras de seus esquadrões. A entrega de relatórios — por parte dos seus subordinados — podia ser feita através de escrita, tanto uma mensagem explicando como foi executada a missão, quanto falando diretamente para que elas redigissem e enviassem para o governo.
Mas, ainda assim, não recebiam diretamente as missões. Alissa não queria ficar recebendo ligação de gente aleatória toda hora em seu celular. Logo, Louis continuaria recebendo tudo e, agora, repassaria para que os novos esquadrões resolvessem... e foi o que fez ainda no mesmo dia.
Depois que o evento foi encerrado, deu entrevistas, assim como Alissa e Katherine, falando de seus esquadrões e do que a população brasileira podia esperar deles. Mas, quando saíram de lá, Louis entrou em seu escritório para continuar seu trabalho, quando recebeu uma ligação de um número não registrado.
Era um pedido de ajuda. Na rua da moradora que ligou, uma infestação de anomalias havia surgido. Louis não perdeu tempo. Encerrou a ligação após pegar as informações necessárias e ligou para Alissa.
Vrrr...
Alissa olhou para o celular que vibrava ao seu lado, na mesinha de vidro. Estava lendo um livro tranquilamente em sua poltrona, quando leu o nome no aparelho e sua expressão mudou para uma tediosa.
Atendeu:
— O que foi? — perguntou sem paciência.
— Oi, é o Louis.
— Eu sei, tem seu nome aqui. O que foi?
Louis encarou a parede com um olhar desolado por três segundos antes de voltar a falar:
— Algumas anomalias estão destruindo prédios e carros aqui do lado, em Pompeia. Provavelmente Massacre 1 ou 2. Na R. Diana, com cruzamento para R. Tavares Bastos e Gastão Mesquita, próximo de uma escola estadual. Pensei em passar a missão para você, para que seus alunos já comecem a se acostumar com ordens do nada, sabe?
— Ah, entendi. Vou passar pra eles.
Alissa desligou... Louis olhou para o aparelho.
"Nem um tch...?"
— Tava falando com quem?
Ouviu um rugido vindo da porta e olhou na direção.
— Passei uma missão para o terceiro esquadrão.
— Por que para eles e não para o meu?! E precisa ligar para ela para passar a missão?! — Katherine ficou emburrada.
— É mais rápido e fácil falar por ligação. Não passei para o seu por conta da derrota. A prioridade é pelo mérito do terceiro esquadrão; eles venceram e é bom que já comecem a ganhar experiência como profissionais.
— Ah... Eles venceram, né?
PAH
Katherine saiu da sala e bateu a porta.
— Katherine! — Louis a chamou, mas ela não voltou, e ele foi atrás dela.
Alissa passou o GPS do local da missão no grupo do terceiro esquadrão. Quando Nina tocou os olhos no nome da rua, balbuciando para Nino, os dois saíram na frente, guiando o esquadrão pelas ruas, correndo com os sobretudos dançando ferozmente ao vento.
Chegando ao local, encontraram várias anomalias que se pareciam com pombos gigantes, completamente verdes, com o bico enrugado. Esses pombos cagavam ácido em carros, prédios e até no asfalto, criando buracos e causando muitos estragos.
— A Nina vem comigo, e vocês ficam com essas... essas rolinhas imaturas dos postes — ordenou, com um tom de desprezo, vendo as anomalias voadoras.
— Sim, líder! — todos gritaram, exceto Nina, que o olhava com desdém.
Vul!
Os irmãos saltaram na parede de um prédio e subiram rapidamente em 90°. Shk-Shk! atacando as anomalias que voavam próximo às janelas e sobre todos os edifícios que viram.
Crunch-Crunch
Nino saltava de telhado em telhado, derrubando os corpos divididos dos pombos gigantes com um corte em cada, enquanto Nina apontava sua mão direita como uma arminha: Pop-Pop! e disparava uma magia de vento que explodia cada um como se fossem balões de hélio.
Enquanto isso, Arthur e Thales enfrentavam os pombos que voavam mais baixo.
— Prlulululrurrr — grunhiu uma das criaturas, virando o popotão grandão lá do céu para Thales. BrrrrLust! Soltou um peido violento e cagou ácido na direção do baiano, mas Arthur agiu rápido, manipulando o líquido com sua magia, Blash! e fazendo-o retornar para o próprio pombo.
A força do ácido contra as asas da anomalia fez com que ela perdesse a estabilidade, ficando pesada demais, PAH! e caísse no chão.
Crunch!
Nathaly aproveitou a oportunidade e finalizou a anomalia com sua espada, limpando a área, rasgando uma a uma daquelas criaturas que olhavam com cara de trouxa na direção da menina, esperando para serem atropeladas... mas não por um carro, e sim pela sua lâmina alemã.
Embora as anomalias fossem bem fracas, eram numerosas, o que fez com que gastassem alguns minutinhos caçando pelo bairro por mais algumas que poderiam estar escondidas em algum canto.
Após eliminarem todas, voltaram para a escola e relataram a missão para Alissa em seu escritório:
— Aí o Nino pulou em uma delas voando, dando um abraço, e ela ficou toda perdida, sacudindo ele no ar — comentou Arthur.
Todos começaram a rir.
— Cara... eu queria ter descido com ela no chão, mas ela não parava de sacudir.
— Tudo correu bem. Que bom. Mas fizeram errado. Lembrem-se de sempre comunicar a Limpeza para buscar as carcaças depois do extermínio — alertou.
Arthur arregalou os olhos, colocando a mão no rosto.
— Esqueci totalmente — comentou ele.
— Vou ligar para eles antes de redigir o relatório da missão. Mas, para comemorar, vou levá-los a um rodízio de pizza muito bom à noite.
— Vai querer disputar de novo? — perguntou Nino, com um olhar desafiador.
— Claro, só estava brincando ontem — respondeu Alissa com um sorriso soberbo.
— Tô dentro! — exclamou Nina, fechando os punhos como se fosse entrar em uma briga.
— Eu tô é fora — respondeu Thales.
— Não vai não? — perguntou Nino, curioso.
— Eu vou, mas não vou disputar. Vocês comem igual uns malucos, credo...
Antes do horário marcado com Alissa chegar, Nina mandou uma mensagem privada para a professora, perguntando algo que a incomodava:
— Por que colocou o irresponsável do meu irmão como líder do esquadrão?
A resposta veio e era bem óbvia:
— "Para que crie responsabilidade."
Nina ficou com o rosto travado... em silêncio, mas respondeu:
— ...Faz sentido.
A noite chegou... Thales, Samanta, Nathaly e Arthur quase caídos no chão, sem espaço para mais nada em suas barrigas... enquanto Alissa, Nina e Nino mandavam tudo para dentro instantaneamente quando chegavam. Alissa estava deixando que tivesse jogo. Se quisesse, os dois nem conseguiriam ver uma pizza sequer.
O caos do dia passado retornou no novo estabelecimento. Garçons e funcionários corriam para todos os lados, desesperados para trazer mais e mais comida. Os pratos já formavam montanhas mais uma vez. Os três seres insaciáveis, se pudessem, comiam até mesmo as cerâmicas coloridas dos recipientes.
Um dos funcionários da cozinha, ao perceber o caos instalado, decidiu espiar a cena no salão inteiramente reservado e ficou paralisado.
— O que foi? — perguntou seu colega, ao ver o desespero no rosto do funcionário.
— El... eles... eles de novo! — exclamou o funcionário, com um olhar aterrorizado.
— O quê?! — preocupado, questionou.
— Saí do meu antigo emprego porque esses adolescentes causaram um prejuízo enorme na churrascaria onde eu trabalhava. O chefe precisou desligar alguns funcionários, e eu fui mandado embora. — Pah... Caiu de joelhos no chão. — Meu Deus, não me faça ser demitido de novo, por favor!
Seu colega de trabalho olhou para ele ajoelhado e apenas balançou a cabeça negativamente, murmurando:
— Dramático.
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