Dançando com a Morte Brasileira

Autor(a): Dênis Vanconcelos


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 22: Encontro

Brrrr! Brrrr!

No início da manhã seguinte, quando os primeiros raios de luz cortaram a escuridão da noite, a anomalia foi finalmente descoberta.

A carcaça, arrastada pela correnteza do rio, foi encontrada por fazendeiros mais adiante, que, ao ver o que parecia ser uma monstruosidade sem igual, ficaram paralisados de medo. Imediatamente, ligaram para a ADEDA de São Paulo.

A ligação foi redirecionada automaticamente para o celular de Louis, pois ele não se encontrava na escola naquele início de dia, nem mesmo havia saído da cama.

Louis se mantinha deitado, abraçando Katherine de costas. O calor do seu corpo contra o dela ainda o envolvia em um conforto preguiçoso, até que o som irritante do celular cortou o silêncio da manhã.

— O quê...? — Louis murmurou, sonolento, com o corpo pesado e relutante em sair da cama. Sentindo a temperatura do lado vazio, soltou Katherine, ainda adormecida, sua respiração suave e tranquila.

Ergueu-se com um suspiro, pegou o celular e olhou para o visor.

— DDD 31? — Sentou-se na cama, virando-se de costas para a garota enquanto atendia. — Alô, em que posso ajudar?

— Bom dia, desculpe o horário... é que... encontrei uma anomalia morta, e ela parece ser gigante. A cabeça foi cortada, mas veio com o corpo.

Louis franziu a testa, interrompendo seus próprios pensamentos com uma sensação de déjà vu. Ouviu a voz tremendo do fazendeiro e o desconforto na descrição do que vira.

— Como assim "não veio"? De onde o senhor é?

— Sou de Jequitibá...

"De novo aquelas crianças?" pensou Louis, o desconcerto surgindo em seu peito.

— Minas Gerais. Minha fazenda fica ao noroeste da cidade. Passa um rio aqui na frente, e quando minha filha foi fazer sua corrida matinal, se assustou e voltou gritando pra casa. Peguei minha espingarda e fui olhar. Oia... aquilo parece uma sucuri gigante, gigante mesmo, por isso acho que é uma anomalia, pelo tamanho.

Louis respirou fundo, a inquietação crescendo. Era difícil escapar dessa sensação de conexão estranha. Ao mesmo tempo que queria conseguir convencer Marta a deixar as crianças com ele, sentia o peso de fazê-la chorar anos atrás.

— Acha que morreu há muito tempo?

— Vixe, não sei. Apenas vi de uma distância que achei seguro, mas aquilo está morto, isso eu posso confirmar.

— Entendi. Faça o seguinte: envie uma foto do lugar onde a anomalia está, e também a localização. Enviarei a limpeza e, em alguns minutos, estarei aí para ver eu mesmo do que se trata.

— Sim, senhor.

Louis desligou e largou o celular no criado-mudo. Apoiou o rosto com as mãos, o cansaço se refletindo em sua expressão.

— Hm... — Katherine começou a despertar com o som da conversa, abrindo os olhos lentamente. — O que foi?

Louis retirou as mãos do rosto, mas não se virou para ela de imediato. Manteve os braços apoiados nas pernas, tentando processar tudo o que ouvira.

— Uma denúncia... outra anomalia morta no mesmo lugar onde duas crianças mataram uma Ruína. — Ergueu o olhar, sentindo o peso da situação se intensificando.

Vrr, Vrr!

Sem paciência para fazer uma ligação à limpeza de minas, pegou o celular, que vibrou com uma nova mensagem, e apenas enviou a foto e a localização que o fazendeiro lhe mandou.

Katherine o olhou, preocupada. Ergueu-se um pouco na cama.

— Você vai até lá?

Louis manteve-se olhando para o guarda-roupa na parede à sua frente e respondeu de forma prática:

— Vou tomar um banho primeiro.

Katherine se ajoelhou na cama e, silenciosa, abraçou-o por trás, seus braços envoltos no peitoral, alisando-o. Louis, porém, permaneceu imóvel, quase como se o toque dela fosse inofensivo demais para quebrar seu foco.

Ela, percebendo a frieza dele, sorriu de forma travessa, ainda assim, com um tom suave:

— Fica um pouco comigo antes — pediu de forma dengosa, tentando dominá-lo.

— A noite já não foi o suficiente?

A garota levantou o rosto dele e o virou para si com as mãos, seus olhos brilhando de desejo.

— Por favor... — murmurou, puxando-o para mais perto de si, Mwwwah! e seus lábios se tocaram com suavidade. O beijo foi quase um pedido silencioso, intensificando a pressão que Louis tanto tentava evitar. Katherine o olhou de pertinho, feliz, e avançou novamente.

Mwa! Mwa! Mwah!

Dando vários beijinhos nos lábios do homem que tanto amava. Parou após alguns segundos, mas manteve a testa encostada na dele, os olhos fixos em sua expressão mais vulnerável.

— Só um pouquinho... — sussurrou, com um sorriso malicioso no rosto.

Louis, vendo-se preso mais uma vez em suas garras, apenas a olhava, sem saber se deveria responder.

— Hum...? — A exterminadora abraçou seu pescoço, o sorriso mais evidente agora.

— Não vou ficar muito tempo lá. Vou apenas dar uma olhada. Conferir se a limpeza começou o trabalho e depois volto aqui para lhe buscar pra escola.

Katherine fez um beicinho.

— Mas eu não quero que você vá...

Louis, tentando evitar o desconforto das palavras e do nojo que sentia de si a cada noite que passava, conseguiu pensar em uma saída:

— Quer ir comigo até lá? — sugeriu, a ideia escapando sem aviso.

Katherine, surpresa, sorriu de imediato.

— Um encontro?! — Seus olhos brilharam.

Louis hesitou por um segundo, mas a resposta foi firme:

— ...Sim.

— Quero! — A menina o soltou, pulando de felicidade.

— Ok. Vou tomar meu banho.

O exterminador se levantou, indo até a porta quando um pedido quebrou sua saída da realidade momentânea:

— Posso tomar com você? — Com um brilho nos olhos, em pé na cama, o olhava de forma sapeca.

Louis parou por um instante.

"Não." — Sim.

O pensamento de recusar foi instintivo, mas sabia que não poderia vocalizá-lo.

Katherine, com um sorriso travesso, saiu da cama e correu até seu armário, com a mente ainda nublada pelos desejos que a tomavam. Sempre admirou Louis, mas havia algo em como ele se vestia, algo quase magnético. Vê-lo em traje social sempre a deixava em estado de contemplação.

O cinto que ele usava, a maneira como se ajustava a roupa de forma tão natural, a fazia imaginar como seria ser punida por ele, deitada em seu colo, recebendo tapas, sem pudor. Cada movimento de Louis, desde o jeito como desabotoava a blusa até a maneira como ajustava o cabelo preso, era irresistivelmente sexy aos seus olhos.

Ver o "seu" homem se arrumando daquele jeito, o olhar sério enquanto a observava, a fazia perder qualquer controle sobre si mesma. Sua vontade se esvaía diante de sua presença, apenas desejando ceder àquele corpo definido e às mãos fortes.

Não podia evitar sua excitação. Por isso, passou a usar roupas mais provocantes, como uma saia de escritório preta, muito curta, e uma blusa comprida branca social, com botões abertos que a deixavam ainda mais exposta. Sempre em uma tentativa de atiçá-lo, de despertar algo nele.

Louis não perdeu tempo e entrou no box.

Shuaasshshshsh...

A água quente do chuveiro se misturava com o vapor, criando uma névoa densa no ambiente. Imerso em seus próprios pensamentos, não queria distrações, mas não conseguia afastar a ideia de Katherine de sua mente.

Katherine entrou no banheiro, agora em pé ao lado do box, retirou seu short e regata pretos de dormir. Seu olhar, antes brincalhão, se tornou mais sério. Havia uma intenção clara em seus olhos agora. Sabia o que queria, e sabia que ele não poderia recusar.

Ao abrir a porta do box e entrar, a proximidade deles fez a tensão no ar ficar palpável. Louis, ainda de costas, permaneceu focado, rapidamente se ensaboando, tentando ignorar a presença dela, apenas queria sair de lá o mais rápido possível.

— Posso ajudar você?

— O quê?

— Esfregar você.

Louis a olhou, vendo-a com um estranho sorriso no rosto. Tentou entender o que ela queria dizer com aquilo, tinha quase certeza de que não era banho. O tom dela, suave e insinuante, o deixou um pouco desconcertado, mas não conseguia negar a tensão que crescia entre eles.

Virou-se de volta antes de responder, enquanto tomava toda a água do chuveiro para si:

— ...Aham.

Katherine se aproximou mais, suas mãos molhadas tocando suas costas com uma delicadeza que contrastava com a intensidade do momento. Mas não havia sabão.

Louis sentiu os seios dela pressionando contra suas costas e, Katherine, sem hesitar, o envolveu em um abraço, os dedos descendo acariciando levemente a pele, até que foi de encontro com o pênis flácido, estimulando-o sem tempo para perder.

— O que você está fazendo?! — Louis se virou ligeiramente, tentando afastá-la, mas a proximidade dela só aumentava.

Katharine soltou uma risada baixa, divertida, e reclamou em sussurro com a voz cheia de malícia:

— O quê?

Louis respirou fundo, tentando manter o foco.

— Precisamos ir resolver o que eu disse. Não temos tempo para isso!

Katharine deu um sorriso travesso, provocante, e inclinou a cabeça, olhando-o de baixo para cima.

— Mas... — deixou a pergunta pairar. — Por que ficou duro então? — Seu olhar desafiador se encontrou com o dele, e a garota não escondeu o prazer de ver a reação de Louis.

Tentou se aproximar em um abraço, mas Louis apertou os braços dela, tentando manter algum controle, mas sua respiração já começava a se acelerar.

— É involuntário. — Sua voz ficou mais firme, mas sabia que não podia esconder a tensão crescente.

A jovem riu, o som baixo e cheio de intenções.

— Você não pode ir assim até lá... — Se aproximou ainda mais, o tom suave agora tingido de desejo. Não importava o aperto nos braços, conseguia ganhar o espaço que queria. — Vou ajudar você.

Louis sentiu o impacto das palavras, mas ainda tentou resistir, embora soubesse que o desejo começava a tomar conta dele de forma incontrolável.

— Nã...

Mas Katherine não o deixou nem começar sua nova negação. O sorriso no rosto da jovem era puro prazer.

— O tempo... depende de você. — O movimento de seus lábios balançavam como uma dança sensual, roçando em murmúrios destruidores, nos ouvidos de Louis, a voz embriagada pela provocação. — Quanto tempo irá levar até gozar na minha boca?

As palavras tiveram o mesmo efeito que um interruptor com uma lâmpada, e Louis não pôde mais esconder o desejo evidente. Seu pau pulsou, e ele fechou os olhos, a luta interna ainda presente, mas agora havia algo a mais, sua resistência se esvaindo rapidamente.

Ahmn... — Katherine gemeu sensualmente. — Bate ele no meu rosto, papai... Vamos fazer rapidinho, não negue sua menininha. Você me deseja, não é? — Olhava-o nos olhos, embora Louis os mantivesse fechados em busca de uma âncora para se manter firme, excitando-o até ter o que queria.

Louis a soltou de forma abrupta.

Ao abrir os olhos, viu o olhar ardente que se fixou nele. Tentou resistir, mas o desejo era claro, e ele não podia mais esconder, a partir do momento que teve sua ereção. Seu pau, duro, apontava para ela, e Louis se rendeu, sabendo que a menina venceu.

— Assim que eu acabar, vamos sair.

A exterminadora deu uma risadinha, divertida com a reação dele.

— Tá bom, papai! — disse com um tom quase infantil, seu sorriso malicioso.

Katharine ajoelhou-se com graça diante de Louis, seus olhos fixos nos dele, com um brilho travesso que dizia mais do que qualquer palavra. Suas mãos deslizaram devagar, explorando com uma firmeza que equilibrava provocação e controle.

Ssssuaahhshs...

O som da água que escorria nas costas dele era um contraste suave ao calor que crescia entre os dois.

Segurou bem firme no mastro, apontado para seu rosto, com ambas as mãos, envolvendo-o em uma massagem caaallma... Estimulando-o na velocidade que bem entendia. Se divertia, suas mãos iam e voltavam, sem sincronia, apenas notando as pequenas contrações visíveis nas pernas que mais pareciam pilares firmes e imponentes diante de si.

Ajoelhada, com a bunda encostada na água do piso...

— Aaaaaaah...

Colocou a língua de fora, Faaap-Faaap! estimulando-o agora de forma sincronizada.

Olhava-o nos olhos, mesmo com a boca aberta, seu rosto demonstrava seu sorriso de malícia. Deixava a cabeça encostar em sua língua, sentindo também o calor que a esperava dentro da sua boquinha.

— Anda logo com isso. — Louis tentou soar impaciente, mas sua voz vacilava, traindo a tensão que tomava conta dele.

A garota riu suavemente, inclinando a cabeça para o lado, pensando em seu próximo movimento.

— Hihi, calma... Está muito apressado... — O sorriso de Katharine era provocante, um misto de diversão e desafio. Seus movimentos eram calculados, Fap-fap-fap... alternando entre lentidão e ritmo crescente, brincava com o tempo. Apenas queria fazê-lo delirar, e escutar o leve bufar ao gozar.

Sem desviar o olhar, decidiu brincar um pouco mais antes de começar.

"Vai ver só!"

Deixou seus lábios roçarem levemente a pele dele, criando um arrepio que o desarmou ainda mais.

Rff... — Louis suspirou com a sensação, e isso foi como jogar gasolina em fogo para Katherine.

A proximidade era insuportável e, ao mesmo tempo, irresistível. Seus gestos eram lentos, estudados, alternando entre toques leves, Mwa! Mwah! beijinhos, Tud-tud! e pressionados.

Sslissk!

A ponta da língua surgiu brevemente, traçando pequenos círculos na cabeça enquanto o olhava nos olhos, queria testar a paciência daquele homem.

Louis inclinou a cabeça para trás, os olhos se fechando por instinto, enquanto tentava controlar a respiração.

— Katharine... — sussurrou, como uma advertência que nem ele acreditava.

— AaahGlub!

Com sua boca queimando, e sua língua babando abundantemente, Katherine envolveu a cabecinha, brincando lentamente. Iiiiindo e voltaaaaando, protegida da água, caindo nas costas de Louis. Já ele, tentava controlar o fluxo de pensamentos que se embaralhavam em sua mente.



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