Volume 1
Capítulo 33: Confissão
CC hesitou por apenas um instante antes de guardar sua pistola e se aproximar da porta codificada com seu laptop em mãos. Com habilidade, ela abriu a tampa da fechadura para revelar a placa de circuito no interior. Após alguns ajustes precisos, conectou os fios e começou a digitar comandos no laptop. Cerca de dez minutos se passaram…
Bip bip!
Um som suave sinalizou que a luz do painel tinha mudado de vermelho para verde, e a porta pesada de aço se abriu lentamente.
CC se levantou e fez um gesto em direção à porta agora entreaberta. — Está aberta. Vá você na frente.
— Você primeiro — Lin Xian insistiu educadamente, consciente de que entrar primeiro poderia significar cair em uma armadilha.
— Não, você. O seu papel é mais importante — rebateu CC, indicando para ele avançar.
— Não, não! — Lin Xian fez um gesto displicente com a mão. — Sua habilidade é essencial aqui. Você deve ir na frente.
— Você não é o desesperado por dinheiro? Vai lá, pegue o que precisa.
— Damas primeiro, sempre.
— Receio não conseguir carregar as barras de ouro.
— Então comece pelas barras de ouro mais leves.
— Nesse caso, acho melhor encontrar uma bolsa para carregar mais.
— Agora que você falou nisso, deixei minha bolsa no carro também. Que descuido.
— Se você realmente precisa do dinheiro, não devia ser tão modesto.
— Na verdade, nem é tão urgente assim.
— …
— …
Eles ficaram se encarando, nenhum dos dois dispostos a dar o primeiro passo. Lin Xian ficou com receio de que CC pudesse atirar nele, e CC desconfiava igualmente da pontaria impressionante do Lin Xian. Ainda assim, ambos sabiam que o depósito estava vazio; não tinha nenhum dinheiro ali.
— Vamos parar com a encenação. Que tal uma sessão de confissões? — disse Lin Xian, rompendo o impasse com a verdade. — Eu não sou o Rosto de Gato Grande.
CC deu uma risadinha suave. — Você achou que estava enganando alguém? Sem arma, sem C4 e dirigindo feito um novato... está óbvio que você não dirige aquele carro com frequência. Nunca vi o Rosto de Gato Grande pessoalmente, mas já conversamos online. Eu sei que você não é ele. Então, quem é você?
CC cruzou os braços, analisando Lin Xian através da máscara do Ultraman. — Você parece completamente amador. Um universitário brincando de roubo a banco. Mas sua mira… é acima do normal. Só conheço uma outra pessoa que atira como você.
— Ah, é? Outro especialista? — Lin Xian girou sua arma nos dedos. — Gostaria de conhecê-lo algum dia.
O silêncio tomou conta do ambiente, quebrado apenas pelo som metálico da arma girando entre os dedos do Lin Xian.
— Que tal trabalharmos juntos? — sugeriu ele.
— Em quê?
Lin Xian apontou para a porta codificada semiaberta. — Eu sei que você veio abrir um cofre específico, aquele com o nome Lin Xian.
— Você sabe demais. Por que não me diz o que tem dentro?
— Se eu soubesse, não estaria aqui. Eu não sei o que tem dentro, mas sei a combinação — confessou Lin Xian. Já tinham ido longe demais para manter segredos. Além disso, ele achou a CC bastante comunicativa, considerando seus encontros anteriores.
— Quais são suas condições? Não vai me dar a senha de graça, vai?
— Só tenho uma condição — disse Lin Xian, com a máscara do Gato Rhine ainda no rosto, encarando o Ultraman à sua frente. — Nós dois tiramos as máscaras para que possamos ver o rosto do outro com clareza.
— Quer dizer que, se eu tirar a máscara, você me dá o código?
— Exatamente.
CC deu uma risada curta. — Isso parece um péssimo negócio. Nós dois nos desmascaramos, eu pego a senha… e o que você ganha?
— Confiança mútua — Lin Xian mentiu com naturalidade, incapaz de revelar seus motivos verdadeiros.
— Fechado.
CC se virou e empurrou a porta, abrindo por completo antes de entrar. Parou diante do cofre com o nome “Lin Xian” e viu o cadeado mecânico de oito dígitos. Largou o laptop no chão e balançou a cabeça. — É uma fechadura mecânica. Tem certeza de que sabe a combinação? Esse cofre parece coisa de museu.
Lin Xian assentiu com convicção. — Não vamos perder tempo.
Ele removeu o elástico da cabeça e tirou a máscara pequena do Gato Rhine. Encarando a CC com a máscara do Ultraman, perguntou: — Meu rosto te parece familiar?
CC negou com a cabeça, impassível. — Deveria?
Lin Xian decidiu não insistir. Estava claro que CC já o tinha visto antes, mas estava fingindo não reconhecer.
— Sua vez — ele disse.
CC olhou ao redor do depósito e não viu nenhuma câmera. Guardou a arma e levou as mãos atrás da cabeça, puxando o elástico da máscara. A máscara deslizou, revelando um rosto jovem emoldurado por uma franja castanho-escura. As sobrancelhas bem desenhadas e os olhos vivos davam a ela um ar frio, porém cheio de vida, acentuado por uma pinta pequena sob o olho esquerdo.
Seu rosto sem maquiagem exibia um nariz empinado, lábios levemente entreabertos e uma beleza natural surpreendente. Parecia mais jovem do que Lin Xian esperava; talvez ainda estivesse no ensino médio.
Agora, completamente sem máscara, a resposta que Lin Xian buscava estava bem diante dele.
Quem é ela?
Lin Xian encarou CC, atordoado. Esperava um rosto conhecido, algo que desmentisse suas suspeitas. Mas… ele não a reconhecia.
Ainda assim, sua voz lhe era familiar. Como isso era possível?
— Ei, vai ficar parado aí? — CC franziu a testa, impaciente. — Agora diga a combinação do cofre.
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