Volume 1
Capítulo 4: Caça e caçador
O véu da noite caiu, silenciosa e implacável. Mesmo com as pernas trêmulas e a respiração ofegante, eu tinha que continuar. A escuridão engolia tudo, mas nossos olhos élficos afiados como laminas, transformaram tudo em tons de cinza. Mesmo quando as sombras abraçavam cada ponto dessa floresta, para nos, seria apenas uma sombra passageira.
Após uma caminhada rápida, a paisagem começou a mudar. O terreno ficou mais íngreme, e a vegetação menos densa. Finalmente, começamos a descer.
Com nossos sentidos aguçados, avistamos uma floresta de cor mais forte e escura, do outro lado de um rio, e para meu deleite uma vila. Kron a encarou com brilho nos olhos e Bale mantéu seu olhar reto.
— Podemos ver a vila daqui. — Bale se aproximou da beirada.
— Lugar pequeno… espero que sejam elfos ou halflings. — falei ofegante.
— Por quê? — Kron perguntou me olhando confuso.
— Humanos não são receptivos. — cocei uma cicatriz em meu rosto.
— Você fez isso novamente — Kron falou baixinho.
— Disse algo? — perguntei confuso.
— Vamos seguir, aperte o passo Kenshu. — Bale me encarou antes de voltar a liderar o caminho.
— Então… falta muito para a vila?
— Já teríamos chegado se você não fosse tão lento.
— A noite está tão linda nê? Pena que não podemos ver as estrelas — Kron encarou o céu com um sorriso bobo.
— Apenas uma noite normal. — Bale apertou seu passo e seguiu andando em nossa frente.
— Droga… como… você não se cansa? — examinei Kron de cima a baixo.
— Bem, sempre tínhamos que caminhar muito.
— Talvez eu devesse cortar um pouco do álcool.
(...)
Continuamos a descer, porem o caminho tornou-se cada vez mais acidentado e íngreme, pedras pontiagudas e traiçoeiras estavam espalhadas toda parte. Coloquei meus reflexos à prova, saltando de pedra em pedra e me agarrando nas árvores com minha destreza élfica.
Kron vinha atrás, movendo-se lentamente e com tranquilidade, sem nem suar, descia como estivesse brincando. Bale já havia chegado ao final da descida antes mesmo que eu notasse.
— Esta escondendo alguma magia de teleporte?
— Não — ela falou friamente.
— Nossa, que pedras bonitas! — Kron disse esticando suas mãos para uma pedra.
— Cuidado Kron — falei ainda descendo.
Um barulho inundou minha mente, e rapidamente olhei para trás. Uma das rochas se desprendeu do solo, e com ela, Kron caiu rolando pela descida, envolto por sua capa.
— Bale, venha ajudar! — com uma explosão de adrenalina, tentei pular até Kron.
Saltei de pedra em pedra, tentando alcançá-lo, no entanto, minhas pernas falharam e fraquejaram. Com uma batida, Kron caiu de costas em uma pedra pontiaguda.
Com dificuldade, cheguei até ele. Bale nos encarava com sua expressão neutra. La estava ele, segurando uma pedra em sua mão e me encarando com seus olhos brilhantes.
— Oi Kenshu, o que achou da minha nova pedra?
— Você quebrou umas 3 com as costas!
— Parem de conversar, a vila esta logo adiante. — Bale falou com uma voz calma.
Retornamos à marcha, mantendo um olhar atento para os lugares onde Kron deveria estar ferido, nem mesmo sua capa foi cortada. As perguntas teriam que esperar; a pequena vila estava à nossa frente
(...)
Bale puxou Kron para alguns arbustos, e eu os segui rapidamente, comecei a analisar a cidade, buscando qualquer sinal de armadilha ou vida.
Não havia Ninguém nas ruas de terra batida, nenhum poste de luz ou tochas, o que piorava turo era o silêncio desconfortável da floresta ao nosso redor. Mesmo com nossa afiada visão elfica era impossível enxergar dentro das casas de madeira simples.
— Vou olhar a vila, Kron fique aqui — disse Bale antes que eu pudesse sequer pensar.
— Esp… — minhas palavras foram abafadas
— Só 1 minuto, Bale — Kron falou, esgueirando-se até uma árvore.
Com um puxar, ele retirou um pedaço da casca da árvore, coberta por musgo, e a esfregou contra o peito de Bale. Enquanto Espalhava o musgo, ele sussurrou palavras estranhas, semelhantes ao antigo idioma élfico.
— mae natur yn ei guddio [Passos sem Pegadas]. — a medida que as palavras saiam dos seus lábios, uma névoa envolveu Bale e se dissipou logo em seguida.
— Ótimo, voltarei logo. — Bale sumiu cidade adentro.
— Cuidado, acho que ouvi algo nas árvores — Kron encarou uma árvore a distância por alguns minutos.
— Impulsiva — sussurrei para mim mesmo.
(...)
Me sentei recostado em uma árvore, arranhando sua madeira e aguardando por gritos ou o retorno seguro da elfa, o que acontecesse primeiro. Observando Kron, mantive um olhar inquisitivo.
— Então, Algo nas árvores?
— Não… Acho que foi só minha imaginação. — Kron apertou os olhos para a árvore.
— Certo certo. Você usou magia do sonho, não é? — perguntei, curioso.
— Sonho? Você se refere ao dom da lua?
— Exato. Quais magias conhece? Quanto do sonho ainda consegue queimar? Possui alguma maldição que o debilita? — perguntei, parando de arranhar a árvore e começando a mexer minha perna loucamente.
— Ahhhhh! Calma! Por favor! Pode falar mais devagar? — falou Kron com os olhos rodando em confusão.
— Desculpe. Certo certo, vamos por partes, qual a cor do seu sonho?
— As cores influenciam em algo?
— Espere. Você não aprendeu o básico? Até os piores sabem sobre as cores.
— Aprendi só um pouco com a minha mãe… Além das coisas que sabia desde novo — Kron juntou as mãos e encarou o chão.
— Entendi. — diminui meu tom e forcei um leve sorriso — Acho que agora não é hora de perguntas difíceis. Mas me diga, quanto do seu sonho ainda pode queimar e quais magias pode usar?
Kron separou as mãos e pensou por um momento.
— Queimar? — perguntou em confusão.
— Ah… sabe? A sensação de usar uma magia entende?
— Bem… eu devo conseguir queimar o suficiente para três, se me forçar bastante talvez quatro. — Kron disse evitando me encarar. — Minha mãe sempre me disse para não usar magias que machucam.
Contando com a magia que ele usou recentemente, seriam cinco no total, isso se não usou outras antes de me encontrar, Incrível…
— Certo, certo. Isso deve servir por enquanto. — dei uma leve batida em seu ombro. — Vamos tentar economizar um pouco, então não se force muito.
— E a cor do meu é verde — Kron falou desenhando na terra.
Tudo ficou mais interessante, faziam seculos que eu não encontrava um queimador de sonho verde. A própria natureza brutal e caótico do mundo deveria os ter eliminado ou dificultado que apareçam. Sekushi… vocês seriam bons amigos
(...)
O silêncio voltou a preencher o ambiente, profundo e perturbador. Essa maldita quietude se tornou tamanha que conseguia ouvir o pulsar do meu coração, ao menos isso significa que ele continuava funcionando.
— Ei, Kron, Você não acha que ela está demorando demais? — mordi a língua.
— Mal se passaram alguns minutos. — Kron respondeu ainda desenhando na terra.
— Assim, ela não me pareceu muito preparada para um confronto… sabe de uma coisa? Chega, vou à vila — disse, batendo minhas pernas no chão várias vezes.
— Ah! Não precisa se preocupar — ele falou agarrando meu braço — Se tiver algum inimigo ali, estragará estragar a furtividade do Bale. Acredita em mim, ele não se meteria em qualquer combate sem motivo.
Voltei a me sentar e respirei fundo.
— Certo, certo. Talvez tenha razão. Esperarei mais alguns minutos. Talvez seja até melhor; sair as cegas em lugares desconhecidos sempre foi complicado de lidar.
— Bem, estou sempre em lugares desconhecidos. Tenho viajado com o Bale por um bom tempo, e acho que isso é uma oportunidade — Kron falou com um meio sorriso.
— Interessante. Kron, me diga, o que te trouxe aqui? Não me parece que está tentando entrar para a tal Ordem, nem parece ser do tipo mercenário. Além disso, é novo demais! Principalmente para um elfo como seus pais te permitiram sair assim? E a sua pele…
— Ahhh! Prefiro não falar dessas coisas… — Kron se encolheu no chão.
Fiquei paralisado, o encarando, pensando por onde começar. Não conseguiria aguentar fazer com que outra pessoa bondosa me odiasse.
— Me desculpa, eu… Eu exagerei. — falei, tentando forçar um sorriso.
Kron continuo encolhido, sem demonstrar nada.
Os próximos minutos foram seguidos pelo silêncio lascivo e ensurdecedor da floresta. Com o tempo me encontrei perdido em meus pensamentos, porém algo quebrou esse silêncio: um grito.
(...)
Um rugido bestial veio logo em seguida. Kron se levantou e pude ver algumas lagrimas escorrendo em seu rosto.
Sem tempo a perder, começamos a correr em direção ao vilarejo. Agora finalmente pude notar os detalhes desse lugar: pegadas fundas na terra seca, marcas de garras e sangue nas paredes. Ao longe, Bale brandia sua espada contra uma criança.
— BALE! — Kron gritou, ficando paralisado por um instante.
— Ah! Kron! Não chega perto… Foge daqui agora! — disse Bale encarando a criança firmemente.
— VoCê É a MiNhA mAmÃe? — a criança se contorceu enquanto uma voz distorcida saia de sua boca.
Bale recuou com passos leves, mantendo seus olhos fixos na criança, uma risada macabra encheu a noite silenciosa, o chão se rachou e dele uma enorme criatura emergiu, rivalizando com a altura das casas. A criança, presa na cauda da aberração, foi jogada para o lado.
Meu coração começou a martelar contra meu peito. Cocei a cicatriz no meu braço esquerdo, minha maldição ardeu. Avistei uma aberração… um Pesadelo.
Seus olhos emitiam um brilho vermelho, iluminando sua máscara, a luz avermelhada iluminava a noite densa. Seu pescoço era protegido por diversas lâminas de um tom branco, similar a ossos; suas costas eram revestidas por placas ósseas, com costelas saltadas e afiadas como lanças.
Uma cauda vermelha de escorpião balançava hipnoticamente na noite, camuflada pela noite. Seu olhar morto fez com que eu desse alguns passos para trás.
(...)
O Pesadelo avançou em passos lentos e pesados, pedaços de carne e um líquido escuro caiam da sua boca a medida que um sorriso macabro e cheio de dentes tortos se formava em seu rosto.
— Kron! Saia daqui! — disse Bale com uma voz firme.
Comecei a andar recuar lentamente, meu coração martelava constantemente, quase saltando para fora.
— Bale! Eu não vou recuar! — Kron retrucou, me devolvendo a consciência.
As palavras de Kron sopraram como uma brisa revigorando, mordi minha linguá e me coloquei em guarda.
— Certo certo. Sobrou para mim limpar sua bagunça — Falei com as mãos tremulas.
O pesadelo parou em frente a Bale, e ambos se encararam, seu peito estufado e os pelos arrepiados o fizeram parecer ainda mais colossal. Porem ele continuo firme. Após a troca de olhares, o Pesadelo golpeou com sua garra, cortando o ar com um zunindo. Com uma destreza sobrenatural Bale saltou para trás, porem um pequeno corte sangrava em sua testa.
A criatura retornou a nos encarar, sua postura erguida e confiante, juntamente a seu sorriso quase humano o tornaram ainda mais macabro.
— Kron, recue e permita que lidemos com esse monstro — falei queimando lentamente minha reserva de sonho.
— Certo! — Kron correu alguns passos para longe do perigo.
— O que aconteceu com sua furtividade?
— Um pequeno tropeço — Bale disse com sua voz firme, e avançou para cima do Pesadelo.
— Ei! Coisa feia! Farei você voltar para o buraco nojento de onde você saiu. — Falei enquanto meus olhos se inundavam de escuridão — VEM ME PEGAR!!! [Shadow blade] — queimei meu pouco sonho, formando uma fumaça negra ao meu redor, e em piscar de olhos ela se juntou em uma espada em minha mão.
— Vou fazer meu máximo para ajudar vocês — disse Kron.
Não sabia que essas coisas podiam ser tão grandes. Minhas pernas tremem, porem preciso permanecer vivo. Quanto mais velho, mais experiente se fica em não morrer.
— Proteja o Kron! — disse Bale arremessando algumas pedras no Pesadelo.
A espada longa chocou-se contra as garras da aberração, o barulho de aço sendo arranhando preencheu a noite silenciosa. Com sua postura soberba, o Pesadelo se ergueu nas duas patas traseiras, colocando Bale de joelhos usando de força bruta e seu tamanho.
— Rastline te zaprejo! [Constrição] — Kron gritou e várias vinhas espinhosas abraçaram a criatura.
— MaMÃe IsSo MaChUcA aaaaAA!!
— Essa coisa acabou de gritar? — exclamou Kron.
⎯- Não temos tempo! — gritou Bale se levantando com dificuldade.
⎯- Certo. Continuem firmes! Vamos cercar ela! — berrei, correndo para me colocar atrás dela.
Usando uma boa estratégia de pinça poderemos derrubar esse monstro sem muitos problemas.
⎯- cuidado! — gritou Kron.
Com minha lâmina em mãos, corri pára as costas do Pesadelo, porém, algo surgiu em meu ponto cego. Sangue quente escorria em meu ombro. Camuflada pela noite, a grande cauda de escorpião havia se enfiado em meu ombro.
⎯- Droga! No seja tolo! — Bale tentava se recompor.
— Tem mais pesadelos vindo por trás — gritou Kron
Em nossas costas seis Pesadelos humanoides, com o corpo completamente escuro e com garras ósseas em suas mãos.
— Rastline te zaprejo! [Constrição] — novamente diversas vinhas brotaram e prendendo os 6 Pesadelos humanoides.
Me forcei a levantar, contudo, minhas pernas não paravam de tremer. Minha visão estava ficando turva, meus pensamentos são interrompidos por uma poderosa chicotada de ferrão em meu rosto.
— Ah! Seu Pesadelo de merda! Vou acabar com você! — falei com minha voz cansada.
Um forte estalo se misturou aos gritos da noite noite, as vinhas se romperam. A criatura avançou bruscamente em direção a Kron. Bale saltou no rosto do Pesadelo, mesmo sendo cortado ele cravou sua espada entre as diversas lâminas de seu pescoço.
— Bale! — Kron correu em direção a Bale, com um brilho verde em sua mão.
— Não! — tentei correr na direção dos dois.
Algo segurou minha perna, um pesadelo humanoide andando em quatro patas, com um corpo inteiramente escuro e uma máscara vermelha cheia de dente afiados.
— Droga, eu não tenho tempo para isso.
Segurei minha espada com firmeza, e chutei a máscara do Pesadelo o afastando, mirei minha lâmina em seu pescoço, porém a tontura me fez cravar suas costas. O mundo todo estremeceu quando a criatura avançou.
Cai ao chão, o Pesadelo abriu a boca buscando meu pescoço, empurrei a máscara com meu braço esquerdo, mesmo ardendo e latejada de dor, não era hora de ceder. Concentrando meu sonho, invoquei lâmina em minha mão, teleportando-a e atravessando o cranio do Pesadelo.
O monstro se desintegrou em cinzas, levantei com o mundo ainda tremendo ao meu redor. Porem eu apenas consigo cair de joelhos poucos segundos depois. Tudo ficou tremulo e distorcido.
(...)
— Vai Bale! Com isso você vai ficar forte igual um urso — disse Kron saltando em Bale — smo kot živali, medvedja oblika [Aprimorar Habilidade] — Um brilho verde tomou conta da noite.
De repente, parecia que as roupas de Bale estavam apertadas, seus músculos se expandiram, e pelos cresceram em seu rosto.
Kron rugiu; aumentando de tamanho, ganhando pelos e garras, se transformando em um urso negro. Quase minusculo comparado ao Monstro.
O Pesadelo tombou, Bale ergueu sua espada e a cravou bem no rosto, contudo a máscara óssea apenas rachou levemente. Com um sacudir brutal, ambos foram jogados ao chão.
— Kron! Ataque pelo lado e tome cuidado com o ferrão! — disse Bale se levantando.
O urso-Kron correu para as costas da criatura, abocanhando sua cauda em um salto poderoso. O monstro se ergueu novamente, fechando sua boca na espada de Bale.
Com uma forte chicotada de cauda, o Pesadelo arremessou Kron em uma das casas próximas. Os enormes músculos de Bale evaporaram rapidamente, e com um olhar penetrante, a criatura balançou a boca ferozmente ate que Bale cedesse, o jogando em outra casa e quebrando uma das paredes.
— Não! — me coloquei a rastejar em desespero.
Bale se ergueu da pilha de escombros, seu sobretudo agora parecia extremamente largo. O sangue escorria da cabeça. Ele fixou seu olhar em sua espada, e com um fechar de mandíbulas o Pesadelo a estilhaçou.
O monstro avançou em um passo lento e calmo, trazendo som a noite silencioso. Os olhos de Bale se encontraram com o olhar vermelho e brilhante. Suas pernas falharam, e ele caiu ajoelhado. Seus lábios se mexiam tentando juntar forças para um grito desesperado.
— MaMãE HaHaHaHa!!!!!
Uma gargalhada macabra preencheu o ar, porém, um rugido de urso roubou toda a atenção. Kron maior do que antes, saltou nas costelas da criatura, desferindo uma sequência de patadas e mordidas. O monstro rugiu de dor e raiva, se remexendo bruscamente.
— Kro… Corre… — Bale falou baixinho, antes de perder a consciência.
Uma briga bestial começou entre as duas bestas: uma forte patada arrancou Kron das costelas do Pesadelo, ambos se ergueram em suas patas traseiras; iniciando uma série de arranhões e mordidas. O urso foi quase esmagado pela força bruta do Pesadelo.
O conflito entre Urso-Kron e a criatura persistia, ambos de pé, como uma violenta dança de arranhões e mordidas, arrancando sangue do urso e cortavam alguns pedaços da carne obscura do Pesadelo.
Os rugidos brutais ecoavam, preenchendo o ar com um som de fúria incontrolável. No entanto, as patas do Urso-Kron tremiam, o momento do fim se aproximava.
O urso negro investiu furioso e com movimentos incertos, O pesadelo rodou com pura bestialidade, chicoteando as pernas, tremulas do Urso-Kron. Sem perder tempo, a criatura saltou sobre o Urso, caindo e o esmagando, lentamente Kron retornou a sua forma normal, caído nas garras da criatura.
(...)
Os olhos vermelhos e brilhantes se fixaram em min, o Pesadelo me encarou como desdem. Seus olhos vidrados em min. Não havia como fugir… Deus lua… por favor… socorro. Em minha mente rezei inutilmente
— Duraram mais do que imaginei — uma voz veio da escuridão.
Minha visão começou a escurecer, tudo gradativamente desapareceu. Algo espreitava nas trevas, uma silhueta negra, com dois olhos brilhantes, usando um suéter laranja e uma calça cinza.
Isso é… um Pesadelo?