Uma Cidade Pacata – O Dia em que o Pesadelo Começou
Capítulo 55: Monstro?
— Agora… Poderiam todos vocês aqui, nesse momento, me explicarem o que diabos aconteceu naquelas mesas?!
O velho homem calvo, já sem muita paciência, elevou seu tom a ponto de fazer os semblantes de todos os demais se distorcerem em agonia.
A veia em sua testa saltou a ponto de quase estourar, pulsante e rítmica com sua irritação.
A cena no refeitório era tudo o que menos precisava após o retorno das aulas.
— Podemos começar por você, senhorita Martinez… Por que raios as suas roupas estão cobertas de sangue?!
— É porque ela é uma louca…! Ela começou a se arranhar no meio de todo mundo, com aquela cara de psicopata no rosto!
— Senhorita Cooper, eu não acho que estou começando pelo seu depoimento aqui…! — gritou o velho diretor em retaliação. — Então, senhorita Martinez… Teria alguma explicação convincente para essa lambança que são as suas roupas agora?
As proporções da situação foram imensas. Ao fim do horário de intervalo, logo ao entrar em sua sala, não houve quem fosse incapaz de perceber o estado deplorável do moletom amarelo de Phoebe.
Logo imaginaram qual seria o motivo por trás de algo tão horrível, e pela primeira vez em sua vida, a pequena garota pôde ver um semblante mínimo de uma culpa nada duradoura no rosto de seus colegas de classe.
Todos sabiam bem do nível de gravidade dessa violência.
— Você me apontou que foram eles que fizeram isso com você, não foi? Que jogaram esse sangue. — O diretor pontuou, relembrando a história que lhe foi contada. — Poderia explicar um pouco melhor como fizeram isso?
— Mentirosa…! Não acredite nela! Ela é uma mentirosa…! — A garota de sobrenome Cooper saltou com sua voz. — A gente não fez nada…! Nada contra ela no intervalo!
Ela e os outros dois rapazes, um de cada lado, foram apontados pela Martinez como os responsáveis por terem, entre aspas, “jogado um copo de sangue de alguma coisa” nela.
Ao receber tão chocante depoimento, o diretor conduziu Phoebe sala por sala, para que apontasse os supostos responsáveis, resultando na presença deles ali.
— Não… — Tímida, a menor de todos falou. — Foram eles… Eles jogaram isso nas minhas roupas… Eu tenho certeza de que foi…
— PARA DE MENTIR…! — Já sem paciência, Cooper mostrou seus dentes. — A GENTE NÃO FEZ ISSO COM ELA! Uma baderneira jogou leite no cabelo dela mais cedo… E agora ela tá culpando a gente por isso! A gente não fez! Acreditem na gente!
— É…! É verdade…! — Enfim, o primeiro dos rapazes decidiu se manifestar. — A gente não fez nada porque tava com medo! Mas… Mas a gente não jogou sangue nas roupas dela! Isso é uma mentira!
Se não fosse impedida pela autoridade do diretor, a garota Cooper daria a si mesma um motivo para ser punida ao socar o rosto de Phoebe e esganá-la por mentir, já que é isso era o que queria fazer.
Contudo, havia mais uma prova, uma da qual Phoebe não poderia se desviar.
— Ela começou a se arranhar sozinha, diretor… Foi uma das coisas mais loucas que eu já vi! Sempre soube que ela parecia ser meio psicopata desde o começo, mas depois daquilo…
Lembrar-se da cena a encheu de um choque frio e súbito, da cabeça aos pés, e pensar nos olhos maníacos de Phoebe conforme se automutilava a fez temer verdadeiramente por sua própria vida.
— O braço esquerdo dela… Ela não tem como possivelmente ter escondido isso… Olhem no braço esquerdo dela…!
Seus apontamentos trêmulos para a pequena menina de cabelos ruivos e cacheados faziam parecer estar prestes a cair.
Seus olhos não mais viam a coisinha pequena e potencialmente tão frágil da mesma maneira. Phoebe era um monstro, e seria desmascarada.
— Manda… Manda ela levantar a manga desse moletom… E vocês vão ver… Vão ver do que eu tô falando e vão entender que eu não tô mentindo sobre ela ser uma absoluta maluca…!
Seria uma prova inegável. O caso estava ganho.
— Senhorita Martinez, por favor levante a manga de seu moletom e mostre os seus dois braços agora mesmo.
A voz pressionadora do diretor fez a já recessiva garotinha torcer seu semblante em ainda mais timidez. Olhar para Phoebe nesse estado gerava pena, a se considerar todo o histórico de bullying que a circundava.
— Uhm… É… Aqui… Só um minuto…
Devagar, puxou sutilmente as mangas de sua roupa, para revelar punhos intactos, sem mesmo uma mísera marca de unha, destruindo o argumento da primeira.
— Impossível…! — Cooper declarou, não acreditando no que via. — Mas… Mas…! Eu…! Eu juro…! Eu juro que estava ali…! Pessoal, vocês…! Digam alguma coisa, seu bando de incompetentes…! Não me deixem aqui falando sozinha…!
Mas não os impactava o seu pedido, dado que nenhum dos rapazes sequer sabia como minimamente reagir diante do que viam.
Nos pulsos de Phoebe, nada além da pele intacta, brilhando em seu tom de róseo-avermelhado. Desde o princípio, seria inviável para qualquer pessoa imaginar que se faria ferimentos tão profundos por conta própria.
— Hmm? O que esperava que eu encontrasse nos pulsos da senhorita Martinez, senhorita Cooper? Não acha que, desta vez, foi um pouco longe demais ao tentar criar uma história tão impensada e cheia de furos para fazer má imagem de uma pessoa tão inocente?!
— Por favor…! Acredita em mim…! Eu não sei o que ela fez, mas…!
— Já basta! — final, pronunciou cada fonema com cuidado, mirando um olhar gelado nos três. — Acham que eu não sei o que estão tramando? Ou qual é a realidade da senhorita Phoebe Martinez aqui, nessa escola que administro?!
Sentou-se de volta em sua cadeira. Ao lado esquerdo imediato dele, sobre a mesa, via-se a pequena placa de madeira com o nome Eastwood e o cargo de “Diretor da Escola” escrito abaixo.
O homem bufou, assumindo o máximo de seriedade para si mesmo. Por um momento, tentou sugar todo o ar ambiente em uma baforada.
— Não importa o que se faça, vocês nunca param! Violência física, calúnia, roubo de objetos, dano ao que pertence aos demais estudantes… E agora isso! Jogam sangue em um colega e depois criam uma história sobre ela ter feito isso para si mesma?! Que tipo de escola vocês imaginam que essa é?! E onde sequer conseguiram sangue em primeiro lugar?!
Nenhuma de suas tentativas de acalmar os próprios nervos funcionou, e permanecia tentando arduamente, batendo com o pé no chão de madeira rústica.
— Mas eu já tolerei essa realidade por tempo demais… E eu sinceramente esperava que nada comparável àquilo que se deu no ano passado fosse ocorrer de novo…! A morte daquela menina era para ser a última vez!
— Mas senhor Eastwood, nós não…!
— NÃO CONTINUEM MENTINDO SOBRE ISSO! — exclamou, fardo. — Vocês três serão imediatamente expulsos da escola! Que isso fique gravado nos seus históricos para o restante inteiro de suas vidas, para que aprendam a nunca mais fazerem questão de começarem algo do tipo em outro lugar…!
Não podiam acreditar no que ouviam. Era a verdade e apenas a mais absoluta faceta dela.
Não deveria existir um modo para isso estar acontecendo. Phoebe se machucou e sangrou, sorrindo como uma louca, eles sabiam disso.
Um pequeno riso refletiu em seus olhos escuros quando olhou de canto para a “vítima” de tudo. Ela estava zombando de seus esforços e seu desespero.
— Essa psicopata…!
Ela se agraciava em seu sofrimento ao mesmo tempo que posava como a coitadinha da história. Não tinha como dizer o contrário, depois do sorriso de canto entre as mechas cobrindo sua face.
— Senhorita Cooper, sabe que não está ajudando a sua própria situação, não é? — Eastwood, sem mais vontade de se irritar, friamente elevou a sobrancelha. — Vai continuar com isso?
Ali, de novo. Outro pequeno sorriso, o exibível de sua satisfação com a injustiça cometida.
— EU NÃO VOU FICAR AQUI MAIS NEM UM SEGUNDO…!
Não se importou com os chamados ou o aumento do desgosto de Eastwood; Amanda Cooper só queria ir para casa e se livrar de estar perto de alguém tão doentio.
Então, ela correu o máximo quanto pôde, com lágrimas nos olhos e as dores no coração, todos somados à inquietude que veio ao presenciar o sorriso tão macabro, embora pequeno.
Só havia um lugar no mundo para o qual poderia escapar.
[...]
— Aquela maldita…! Aquela desgraçada maldita…! Arrombada fodida!
A adolescente um pouco acima do peso reclamava ao vento na velha ponte sobre o grande rio Attwood. Diante da grande mentira criada por Phoebe, sua frustração crescia incomparável.
— O diretor me deu um sermão em cima de uma coisa que eu não fiz… E eu tive que ficar na porra da detenção por mais quarenta minutos depois do fim do dia…! Tudo por causa daquela fodida do cacete!
Para combinar com a já anunciada tragédia, Eastwood fez questão de deixar sua mãe saber de tudo. Dado isso, nem mesmo seu lar seria uma escapatória das injustiças que recaíram sobre seus ombros.
— Aquela mentirosa filha da puta… Eu tenho… Eu tenho vontade de esganar ela…!
Sabia que seu tempo seria curto. Já era um tanto tarde e o caminho da ponte já se fazia escuro o suficiente.
Além disso, por se tratar de uma estrada afastada e marginal, não havia iluminação pública.
Os barulhos da água logo abaixo eram violentos, graças às chuvas que ampliaram seu volume. Ao longe, as árvores se tornavam mais sombrias, e o céu, aos poucos, mudava para tons mais escuros.
Algumas luzes alaranjadas já posavam à distância. Quisesse ou não, deveria voltar para casa. Seria bem melhor do que ter sua mãe a procurando por aí, para dar-lhe um sermão vinte vezes pior.
— Merda! — chutou a madeira da cerca.
Uma ventania gélida cortou o ar úmido ao mesmo tempo que seus olhos travaram no caminho adiante.
Em sua visão, ela.
— Mas que merda é essa…?! — Assombrada, sentiu-se quase perder o equilíbrio. — Você tá me seguindo, sua psicopata bizarra?!
Mesmo na quase escuridão, os formatos fundamentais de seu pequeno corpo e do moletom amarelo eram inconfundíveis. Em qualquer lugar, seria perfeitamente capaz de apontar a dona da cabeleira tão espessa.
Não queria admitir abertamente, mas o puro terror a preenchia. Seu coração saltou e as mãos esfriaram mais ainda. Tinha de fugir.
— O que mais você quer comigo?! Já não acha que me ferrou o suficiente, sua maluca?! Me deixa em paz…! Sai de perto de mim, sua fodida do caralho!
Contudo, sequer uma reação veio. Phoebe permanecia ali, estática, como uma estátua de mármore. Não podia ver seu rosto, mas tinha a certeza de estar sorrindo, sem dentes ou gestos de face.
— Sério… Qual é o teu problema…?! Não é à toa que dizem que tu é a estranha da escola…! Qualquer um teria medo dessa tua cara…! — Em seu pleno desespero, tentava rir.
Ela, porém, não podia estar mais errada.
— Qual é o meu problema…? Eu me pergunto qual é o meu problema também, sabia? Na verdade, isso foi uma coisa que eu sempre me perguntei.
Um pequeno passo à frente, seguido de dois, três.
— Não…! Não se aproxima de mim…! Sua louca!
Todavia, ela não parou.
— Eu sempre me perguntei a razão por trás das pessoas zombarem tanto de mim. Seria o meu cabelo? Seria a minha cara feia? Seriam os meus gostos? Bem, no fim, eu concluí que sempre foi uma mistura de tudo. Todos sempre me olharam com nojo ou pena por causa dessas coisas.
Seu tom frio e calculado não mudava. Escutar tais palavras não soava diferente de ouvir um robô falando.
— Eu… Eu não sei do que você tá falando…! Eu…! Eu nunca zombei de você na minha vida…! Então me deixa em paz…!
Sabia que a culpa daquilo não tinha como ser sua, então não deveria estar sendo punida.
— Eu nunca te fiz nada! Nunca! Eu… Eu não tenho culpa…!
No meio do caminho, seus passos cessaram e ela entendeu, claramente, que não podia estar mais errada quanto a antes.
— Exatamente… — Phoebe partiu os lábios. — Você nunca fez nada…!
Não encontrou vitória ou cinismo, mas sim, uma manifestação macabra, sem direito de existir. Nunca em sua vida pensou na possibilidade de ver um sorriso tão distorcido e cheio de problemas.
Os olhos loucos, trêmulos a focarem em sua pessoa…
Os dentes amarelados, em fileiras imperfeitas…
E aquelas garras imensas em sua mão direita, prontas para desfiar sua carne.
— Você não fez nada além de assistir calada enquanto ela me maltratava, Amanda…!
— PARA…! ME DEIXA EM PAZ…!
Tentou fugir, mas logo no terceiro passo na direção contrária, sentiu falhar a pisada. A madeira da velha ponte, deteriorada pelo tempo, lascou abaixo de seu pé direito, levando-a ao chão.
— Você é que nem todos os outros, Amanda… Tão culpada quanto cada um deles pelo que acontecia comigo…!
— Não…! Phoebe, por favor…! Eu te imploro…! Por favor…!
— Evitando olhar para mim, tentando não deixar a minha situação te chamar a atenção, se esforçando ao máximo para engolir a vontade de fazer alguma coisa e só se misturar com o restante…!
Tentou correr, mas o destino não queria isso. A madeira podre da ponte ainda era resistente o bastante, ao menos quando se tratava de prendê-la pelo tecido da calça.
“Não… Não…! Não! NÃO! NÃO!”
Lágrimas pesadas escorriam de seus olhos. Não importava a força que pusesse, já que a madeira não desistiria de seus jeans.
— E agora você está chorando, assim como eu sempre chorei… Mas ninguém olhava para mim. Ninguém veio por mim, e ninguém vai vir por você, também.
Não queria olhar para a frente.
— Por favor, Phoebe… Não… Por favor… Me… Me desculpa… Por… Por favor…!
Suas palavras saíam com dificuldade, afogadas entre o choro. De olhos fechados, gemia profundamente por sua vida.
— Me… Perdoa… Eu… Eu não queria ser… Assediada também… Foi por isso… Por isso… Que eu nunca fiz nada…! Foi por isso…! Então… Então me desculpa… Por favor… Tenta entender… O meu lado…!
Ajudar Phoebe significaria ter sua fama associada à dela e ciente dos maus que o bullying trazia e não queria ainda mais disso para si própria.
— Eu… Eu só não queria… Ser zombada também… Eu… Eu prometo que não vai… Acontecer de novo… Nunca mais…! Eu… Eu nunca mais zombo de ninguém…! Nunca mais fico calada..!
Sentiu o toque das garras em sua bochecha. Não eram simples unhas, pois as unhas não cortavam a carne desse jeito tão simples.
A trilha de sangue passou a cair, gota por gota, sobre a madeira.
— Eu acho que você não entende, Amanda.
“Huh…?!”
Em um simples solavanco, Phoebe ergueu seu rosto, e de repente, sua garganta encheu-se de agonia em forma do conhecido sabor metálico.
— Você teve todo esse tempo para tentar, mas escolheu os seus últimos segundos, e tudo isso apenas porque tem medo do que eu posso fazer, ou seja, não é genuíno — disse, categoricamente. — E agora, o seu tempo acabou, e com isso, as suas chances de tentar fazer melhor.
— EUGH…! UHGH…!
Agarrou sua garganta, em pânico por ar. Tentava gritar por ajuda, mas nada além de fracos sons molhados saíam. Ao olhar para suas mãos de novo, as viu cobertas por carmesim grudento.
— Seres humanos não conseguem vocalizar se as pregas vocais não têm acesso ao ar, e sabe de uma outra curiosidade interessante? Uma pessoa mediana tem em torno de 3,5 a 4,5 litros de sangue, e antes de um afogamento de fato acontecer, o líquido preenche o estômago primeiro, para só depois encher os pulmões.
Antes castanhos, os olhos de Phoebe brilhavam em um forte tom de dourado. Unidos, produziam uma fonte sobrenatural de luz capaz de mostrar todos os contornos psicóticos de sua face, por baixo dos fios grossos.
— Claramente que todas as pessoas têm suas individualidades e peculiaridades, e se tratando de experimentos, sempre temos que levar esses múltiplos fatores em consideração, mas pensar nisso tudo me faz ter uma pergunta…
Ela puxou seu telefone de um bolso do casaco, com o cronômetro pronto para ser iniciado.
— … Quanto tempo será que um ser humano demoraria para se afogar no seu próprio sangue?
[...]
— Mamãe? — O som da porta aberta seguiu seu chamado. — Desculpe pela demora, eu…
— Minha Phoebe…!
A mulher sequer a esperou fechar a porta ou se preocupou com o cheio de sangue em cada canto de suas vestes, antes de capturá-la em um abraço apertado.
— Minha filha…! O diretor da escola me ligou! O que fizeram com você?! Que crueldade…!
Horrorizada com o trabalho horrível feito em sua garotinha, a preocupada mãe inspecionou cada canto de seu rosto, dedilhando-lhe as bochechas cheias de sardas e marcas de cravos secos.
— Não se machucou em nenhum lugar?! Eles não te cortaram, certo?! Não te machucaram?! Não tenha medo de falar para a sua mãe, porque eu…!
— Não, mamãe. Eles só jogaram sangue de algum outro lugar em mim. Só isso. Não precisa se preocupar.
Escutar tal notícia fez o coração de Rita Martinez desacelerar de repente, em uma explosão de alívio.
— Oh céus…! Que bom…! Ah… Que bom…! — tomou uma porção gorda de ar, antes de pegar sua filha em outro abraço apertado. — Minha menina… Minha garotinha… Nenhum deles vai te fazer mais nenhum mal… Nenhum vai.
Um breve sorriso satisfeito preencheu os lábios de Phoebe, que retribuiu o gesto.
— Eles não vão, mamãe. Não precisa se preocupar. Eu vou ficar bem.
— Ah, minha querida… — apertou-a um pouco mais, antes de largar. — Vá tomar um banho, sim? Eu fiz um jantar especial para comemorar a expulsão dos três que te fizeram esse mal!
Mais cintilante do que nunca, mostrou os dentes em um gesto adorável que derreteu o coração da Martinez mais velha.
— Eu sempre amo tudo o que você faz, mamãe! Você é a melhor do mundo!
— Own…! Não diga isso assim se não quiser acabar matando a sua mãe cedo…!
Rita avermelhou-se como um tomate, apalpando com firmeza suas próprias bochechas para conter a explosão de felicidade.
— Eu já tô descendo! Sei que vai estar delicioso!
E Phoebe subiu as escadas com grande energia, demonstrando um nível de animação já não visto havia uns bons anos.
“Eles com certeza não vão mais me incomodar, mamãe… Nunca mais!”