Uma Cidade Pacata – O Dia em que o Pesadelo Começou
Capítulo 52: O Dia do Teste
Passada uma semana inteira fechada, a Elderlog High retornou às suas atividades na segunda-feira.
“Como já era de se antecipar, eles não acharam nada na inspeção predial.”
Era o meio do intervalo para almoço e o habitual esquema de reuniões para o treinamento e a discussão de planos estava prestes a começar.
Um pouco da força de sua mão abriu o grande portão azul enferrujado que dividia as áreas úteis da escola da porção abandonada e sem futuro algum.
“E aqui estamos nós, de volta nessa quadra imunda. Isso chama algumas memórias…”
De longe ouvia os sons de uma bola de basquete. Nenhum estudante além dele passava ali perto, então não se atentaram em descobrir.
— Ah, e aí, Ryan? Tá se sentindo preparado para responder a pior prova da sua vida?
Mark sorriu de canto, parando com os impactos em série. Ele tomou depressa a bola laranja em mãos, com passos lentos em seu caminho em direção às arquibancadas.
Obviamente, não se encontrava sozinho.
— Meio-dia em ponto. Está atrasado, Ryan Savoia.
“Ela ainda não cortou essa de falar o meu nome inteiro todas as vezes que se refere a mim… Será que ela tem tanto medo assim de acabar se afeiçoando a mim…?”
Com todo o cuidado de não deixar seus sentimentos vazarem, o último integrante do trio se juntou aos outros, capturando as notáveis mudanças em como tudo corria desde a última vez.
Em primeira instância, o som de um rádio a tocar, bem baixo. Cortar a distância revelou ser o smartphone da Suzuki que, atentamente, escutava as notícias do país.
— Você deve agora estar pensando “mas meio-dia em ponto não foi o horário que marcamos? Como posso estar atrasado?” e eu lhe respondo isso. Cinco minutos mais cedo é pontual. Chegar no horário conta como atraso.
“Mas que tipo de lógica é essa…?”
Ela falou sem olhar na cara dele. Em suas mãos, tinha um livro não tão grosso, mas cujo título chamava a atenção: “A Evolução das Emoções”.
Apenas de olhar, Ryan soube que não se tratava de uma história de romance, pois a escrita no canto da página dizia ser a décima primeira edição.
— Acabaram de encontrar uma família morta em Washington. Ninguém sabe dizer quais foram as circunstâncias da morte, apenas que todos foram encontrados pendurados por dezenas de pregos nas paredes da casa, com várias frases escritas em sangue por todos os lugares. A polícia não encontrou digitais ou qualquer outra coisa. Sabem o que isso significa.
Mark girou a bola em seu indicador, criando um movimento fluido, impossível de diferenciar entre real ou não.
— E como sempre, vai ser mais um caso acabando em pizza — fez a bola parar. — A gente sabe como isso daí vai correr. Vão só acabar colocando como parte dos vários “crimes sem solução” acontecendo por todas as partes dos EUA… Não que eles conseguiriam fazer alguma coisa se encontrassem o cara.
— Verdadeiramente… — Lira repousou o livro ao confirmar. — Policiais podem ser bem mais do que apenas incompetentes em lidar com esses casos. Não há quase nada o que possam fazer.
A Suzuki espanou poeira inexistente e arrumou ainda mais o que já estava perfeito. A pressão de sua presença tão impecável nunca falharia em gerar essa pressão tão específica que o Savoia conhecia tão bem.
— E por falar em incompetência, não quero ter que admitir mais disso hoje do que um atraso de cinco minutos, então vamos ao que interessa — piscou, perfurando profundamente com suas lanças rosadas. — Ryan Savoia, espero que tenha estudado como se sua vida dependesse disso, porque só talvez de fato dependa.
O sorriso estampado nas feições do rapaz não veio como surpresa alguma. Mesmo em face de toda a segurança subitamente exibida por ele, Lira escolheu permanecer inamovível.
— Eu passei uma boa parte do fim de semana me preocupando com aprender cada detalhe daqueles artigos…! — Ele citou, cheio de um certo orgulho que ela adoraria ver quebrado. — Fiz questão de colocar cada um daqueles conceitos em mente. Pode fazer as perguntas que quiser.
E sua escolha se devia por um motivo.
— Oh? Então você acreditava que eu iria te testar? E ainda por cima de uma forma tão habitual quanto um mero conjunto de perguntas sobre coisas que você obviamente iria saber se colocasse o mínimo de esforço? Mas que fofinho…
Um breve sorriso sádico se fez. Combinado aos braços cruzados, fez seus olhos brilharem, embora apenas como uma mera ameaça.
— Não vai ser uma prova teórica. Eu poderia fazer isso em qualquer lugar, logo não precisava ser necessariamente aqui. Teria alguma noção do motivo de eu ter feito questão de selecionar esse lugar, acima de qualquer outro?
Ryan sentiu seu sangue gelar com a proclamação. Estar nessa quadra só podia significar uma coisa, e sabia bem o que era, afinal, sempre esteve fresco com suas memórias.
— Ah, que bom que sabe. — Desta vez, mostrou os dentes. — Então por favor, me mostre o que você fez de todo o seu “estudo”...!
“Ela… Essa garota tá zombando de mim na cara dura…! Ela não acha que eu vou conseguir!”
Não desfez a postura comandante, mesmo ao dar seus passos para trás. Com o campo livre de ambos os lados, mostrava-se abertamente ansiosa para assistir ao desenvolvimento da situação.
— Enfim, Ryan… O que acha de um ato 2 daquela sova que tu levou no teu primeiro dia aqui?
Mark brincava com a bola de basquete, batendo-a de uma mão para a outra. O constante boom boom periódico combinava com o pequeno riso a mostrar todos os seus dentes.
— É aqui que a gente vai ver se tu aprendeu mesmo alguma coisa ou se foi só balela. Olha, para te beneficiar, eu não vou nem apelar para a minha habilidade… A não ser para uma coisinha!
O pálido e magro rapaz de fios pretos bateu palmas e seus olhos brilharam por um breve segundo. Quando o rubro cortou o ar, acompanhou a mais intensa e incrível mudança presenciada até o momento.
De algum lugar indistinto, advinda da quadra inteira ao mesmo tempo, uma música começou a tocar.
— Sério, Mark? — Lira levantou a sobrancelha. — Que péssimo gosto para trilhas sonoras…
— Ah, qual é…! Vai me dizer que tu preferia que eu botasse um Mozart para tocar aqui?
— Esquece… Esquece…! — disse ao negar, em decepção. — Apenas siga com o que planejamos e faça como eu disse.
Ao mesmo tempo que os dois conversavam, Ryan aproveitava os poucos segundos livres para apreciar a animada trilha sonora em eletrônica e repensar a sua própria situação, tomando em conta todos os eventos desde sábado.
“A dor nos meus músculos já desapareceu quase que por inteiro, e no fim das contas, felizmente o corte daquelas garras nas minhas costas não foi tão profundo.”
Não era a primeira vez que a espessura do tecido o salvava de sofrer mais do que deveria e felizmente, se recuperou plenamente dos ferimentos gerados pelos projéteis de Keith.
“Mas as minhas costas ainda doem um bocado. Seja lá como isso aqui vá correr, eu tenho que me certificar de que não vou me quebrar tanto igual da última vez.”
— E aí, Ryan? Tá preparado?
— Não o pergunte, pois assim, continua estragando a surpresa e o preparando psicologicamente para o que está por vir. Nenhum oponente real vai dar essa brecha tão grande.
— Fala de mim, mas olha só para você, se dando o trabalho de dar todo um sermão para nós dois…!
A música chegou ao seu auge, com batidas rápidas e múltiplas a se somarem em algo desordenadamente harmônico. Impulsos de energia passavam a consumir seus corpos — mesmo o de Lira —, urgindo-os a dançar.
“Mas como é que eu vou fazer isso…?! Eu nem tenho controle sobre a ativação dos meus músculos ainda…!”
— Sem mais tempo para ficar conversando…!
Mark deu seu típico salto no ar. Com o uso de toda a cadeia cinética de seus membros inferiores, acumulou a potência necessária para ascender quase três metros.
“Eu conheço esse golpe…! Aí vem ele…!”
— OLHA A BOMBA…!
Antes, o salto, e logo em seguida os vários giros no ar, em torno de seu próprio eixo, para acumular o máximo de torque.
Não foram necessários sequer dois segundos inteiros para uma explosão de barulho reverberar por toda a quadra e todas as vizinhanças.
— … Queria me matar de verdade, seu maluco…?! — Ryan, indignado, ainda sentia o corte do vento em seu rosto, mesmo que não estivesse mais ali.
— Heh, bons reflexos! Tô vendo que já melhorou uns 5% comparado com antes…!
Foi um desvio de último milésimo. De tão veloz, a bola veio em sua direção como uma breve mancha alaranjada, cortando o ar a ponto de fazer barulho em seu trajeto.
Caso o houvesse acertado, com toda a certeza precisaria de uma ambulância.
Uma leve inclinada de sua cabeça para a direita foi o máximo que seus ainda fracos reflexos conseguiram fornecer. Ao atingir o chão, a energia colocada no impacto se revelou, e a espessa bola de borracha estourou como um balão.
Foi um ataque com a intenção mais plena de matar.
— Não é para ficar frio ainda, porque agora a gente chegou na minha verdadeira especialidade…!
— … Seu maluco…!
Mark riu, tendo cortado o espaço entre eles como uma faca quente partia seu caminho pela manteiga. Em um giro, acumulou toda a carga em sua perna esquerda, sob a forma de um poderoso chute rotatório que usava a direita como eixo.
“… Vai ter que ser agora…! Eu sei que isso vai acabar comigo…!”
— Huh…? — Os olhos rubros se afiaram com o súbito desvio tão elaborado feito pelo Savoia.
Ryan deixou-se cair, os dois braços empregados da função de amparar seu corpo antes do choque. Em um golpe baixo nada característico, mirou um chute na perna de apoio de Mark.
— Opa…! — De último segundo, o pálido saltou um pouco para trás, livrado da emboscada. — Onde é que tu aprendeu a fazer isso?
— Não saia do foco, Mark! — Lira o cobrou, de seu lugar frente à arquibancada. — Ele claramente mudou de estratégia.
“Mas que tipo de movimento é esse?!”
O Savoia o tomou em surpresa, tendo cortado tanta distância em tão pouco tempo. Um mero salto bastou para colocá-lo de frente com quem o deu tantas dificuldades desde seu primeiro dia.
— Torcida injusta…! — preparou um soco. — Desse jeito… Qualquer um consegue…!
— Mas que merda é essa?!
Diante de tanta velocidade, nem mesmo o Menotte teve a chance de desviar. O golpe de Ryan foi preciso demais, acertando seus braços fechados ao centro do peito, única barreira defensiva capaz de firmar nos poucos milésimos que teve.
— Como foi que tu ficou tão rápido, bicho?!
— Simples…!
As coisas passaram a virar no campo de combate, quando de repente o que menos sabia lutar entre eles passou a pressionar o mais apto de um segundo ao outro.
Seus olhos brilhavam em um púrpura mais firme do que qualquer outro antes visto, sequer ameaçando piscar.
Vários socos e chutes, executados das mais diversas e elaboradas maneiras, acertavam o corpo em guarda de Mark, que mostrava os dentes em sua resistência.
— Tudo o que eu precisei…
Ambas as visões se encontraram, e um soco baixo e poderoso foi o suficiente para quebrar a defesa do acrobata.
Preparou outra vez o punho. Toda a linha do queixo do oponente estava livre. Aquele seria o seu golpe final.
— … Foi copiar você, Mark…!
O golpe indefensável se aproximou cada vez mais, pronto para deixar sua marca.
— Heh! Me copiando? Ah, agora tá explicado…!
No meio do ar, Mark agarrou o punho alguns meros pares de centímetros antes do contato com seu rosto. Com dedos entrelaçados, deixou seus próprios olhos cintilarem em carmesim, antes de lançar seu típico sorriso zombador.
— Agora eu sei o motivo… — preparou um soco de sua própria autoria. — … De tu ainda ser tão fraco, Ryan…!
O golpe acertou-lhe em cheio, na lateral esquerda. Não foi um soco, já que sua mão se abriu centésimos antes de acertar. Ao receber o golpe, viveu uma mistura de zumbido e queimação intensa na bochecha.
— É que esse tempo todo eu só tive usando 15,32% do meu poder total…!
Lira estapeou a própria cara e bufou em decepção. Sempre soube que ele não fazia o seu melhor, mas ao mesmo tempo que ciente de sua desnecessidade disso, não queria que o “recruta” do grupo tivesse uma vida fácil.
— Você deveria ter ido com tudo o que tinha para cima dele desde o começo, Mark — anunciou, azeda.
— Eh? E que graça teria isso? — rebateu, ao tempo que assistia Ryan ter dificuldades em se erguer. — A alma de uma boa luta não tá em você trucidar o seu oponente com tudo o que tem desde o começo…
— Ah… Seu… Maldito…
Aos poucos, recuperava o senso de equilíbrio. Primeiro, apoiou-se em seu joelho, para só depois ficar plenamente de pé.
Não foi suficiente para causar surdez, contudo, o barulho de fundo em sua orelha parecia mais irritante a cada segundo.
“Eu já deveria esperar que esse cara estaria só brincando comigo…”
Mordeu, pressionando ambas as fileiras de dentes uma contra a outra. Por um breve momento, pensou um pouco acerca de toda a sua demonstração de súbito “heroísmo” na casa abandonada.
“Eu não sei o quanto ele tá brincando, mas se esse filho da mãe não usou nem um quinto da capacidade…”
Aprontou seus punhos e encarou de frente sua forma orgulhosa. De braços cruzados, Mark Menotte o olhava por cima, com a imagem de um rei diante de um de seus peões.
“… Eu só posso me perguntar o quão melhor do que eu ele teria feito se estivesse lá, no meu lugar.”
— Muito pelo contrário, minha cara Lira — vocalizou seu orgulho em cada fonema. — A graça de se derrotar alguém está em dar a esperança para essa pessoa…
Ryan não teve tempo de reagir, sequer vendo quando o chute tão firme o acertou em seu estômago e tirou-lhe todo o ar, mandando-o de volta para o chão.
— … E esmagar essa esperança logo depois de fornecê-la…!
Sem dó ou piedade, ele passou a pisotear a figura caída de Ryan diversas vezes, antes de apoiar quase todo o seu peso sobre uma única perna.
— Ghhk! Argh…!
— É tão engraçado o modo como eles começam a rir depois que acertam um ataquezinho de nada em você…! Achando que estão de igual para igual…!
Agarrou-o pelo pescoço, em um súbito solavanco, elevando-o tão alto quanto poderia, com apenas um braço.
— … Só para depois descobrirem que, se fizeram sequer um arranhãozinho na sua pele…
Sem pensar duas vezes, o devolveu de volta de corpo inteiro, em um choque acelerado por sua imensa força.
— … Foi porque você deixou…!
— AAAARRRRGH!
Se viu forçado a desativar sua no momento inútil [Criação de Memória Muscular] e trazer adiante o [Bloqueio de Memórias da Dor], incapaz de mantê-las em simultâneo.
— Bem… Que droga…
Quase sem dificuldades, sentou-se, tirando de Mark uma reação embasbacada.
— Ué…! Como assim tu tá bonzinho depois daquela, bicho?!
— Eu não tô. — Se levantou com cuidado, mesmo que não sentisse nada. — Assim que eu desativar os meus poderes, isso aqui vai começar a doer para caramba… Sem falar que usar aquilo acabou com os meus músculos.
Mesmo sem dor, sentia-se muito mais fraco e letárgico. A cada milésimo, milhares de impulsos nervosos eram impedidos de chegar aos centros de memória.
— Enquanto eu tiver energia, posso continuar suprimindo a dor… Embora isso seja um pouco cansativo ao longo prazo…
— Até que enfim uma porção mínima de resultados. Por um momento, achei que esse dia nunca chegaria.
A aproximação de Lira chamou a atenção dos dois, indicando também o fim do pequeno exercício. Sem muitas delongas, direcionou uma encarada firme para o Savoia, que temeu por seu coração.
— Relaxe — disse, em neutro. — Posso dizer que você passou nesse primeiro exercício. Fiquei um pouco impressionada com a utilidade que encontrou para os artigos, mas não se sinta orgulhoso demais disso.
Nem mesmo pensando na possibilidade de acabar ampliando o dano oculto, Mark bateu em suas costas, o mandando um par de centímetros para a frente.
— Olha, bicho… Claro que tu nunca vai se comparar a mim o suficiente, mas olha só! Tu me fez usar 16% de mim para te dar uma sova, então já é um começo!
Não sabia se devia interpretar aquilo como um elogio, então resolveu permanecer calado por seu próprio bem no momento, por todas as razões por trás.
“Não posso contar para eles sobre como eu aprendi isso. Lira pode até saber como me sinto, mas ela não lê a minha mente.”
— De toda forma, quero que me explique como essa capacidade funciona e o princípio que tomou por trás de seu desenvolvimento. Pelo fato de você ter posto resultados à mesa, não vejo mais motivos para me prolongar nisso.
“Se eles descobrirem que estou no encalço de um possível grupo de criminosos com superpoderes e, pior, que deixei uma garota normal saber do meu segredo… Eu posso me considerar acabado.”
— Então bora almoçar, né! Fiquei sabendo que hoje é o dia da lasanha… Quem sabe a gente bola um esquema para roubar uma fornada daquelas todinha, só para nós três?!
— O que você é agora? Um traficante de lasanha? — Nada impressionada, a garota perguntou. — O melhor que vai conseguir é uma dor de barriga.
— Uma dor de barriga que vale à pena…! — Ele rebateu. — Vai! A gente invade a cozinha comigo deixando nós três invisíveis aos olhos dos cozinheiros, você manipula os sentimentos da galera e o Ryan pega o bandejão de lasanha! Não é o plano perfeito?!
— Existem múltiplos outros fatores com os quais você não está contando.
— Ah, corta essa, vai…! Se deixa viver um pouquinho enquanto a gente ainda pode! Daqui a pouco você me vem reclamar de fome!
— Nesse caso, você me compra alguma coisa na saída.
— Mas tu é injusta, viu menina!
— Sou apenas superior.
“Eu ainda sinto que esses dois vivem em um mundo completamente diferente do meu.”
Durante o tempo todo ele assistiu e notou que estar ali não fazia diferença nenhuma.
Se qualquer coisa, não seria errado afirmar que passava cada vez mais a se ver como o lobo solitário dentro da alcateia.
“Eles já tem tudo o que precisam um no outro. Eu só sou uma ferramenta no fim do dia, para quando for a hora de apagar as marcas do trabalho sujo.”
O que desenvolvia naquele trio não era amizade e não o gerava os mesmos sentimentos que viveu naquela noite.
“Emily Attwood… O que você está fazendo agora?”
Tentou buscá-la por todos os cantos pela manhã, sem encontrar um rastro. Ao perguntar em sua sala, todos disseram não a terem visto na escola.
“Eu sinto que vou me arrepender muito de tê-la envolvido nisso tudo…”