Cavaleiros do Fim Brasileira

Autor(a): zXAtreusXz


Volume 1

Capítulo 18: Passado de Zane. Parte 2: Davi e Golias

— Acha que pode enganar alguém aqui!? Acha que isso é brincadeira!?

Uma jovem morena gritou ao lançar um rapaz ao chão com força. Os olhares próximos se voltaram para ela, mas ninguém ousou se meter.

— Leva essas malditas moedas falsificadas pra bem longe do nosso negócio! — esbravejou, sentando-se de volta à cadeira, bufando. Logo depois, ergueu a voz por cima do barulho. — Próximo!

A multidão reagiu de imediato. Sacos de moedas surgiram no ar, braços se ergueram, e o empurra-empurra recomeçou. O ambiente fervilhava entre gritos, gargalhadas e a música abafada de fundo.

— Eu sou o próximo.

A voz grave partiu de um homem de terno escuro que surgiu entre as pessoas, escoltado por dois sujeitos armados.

A mulher recuou com o corpo, mas manteve a postura firme. O olhar dela era afiado, acostumado a lidar com esse tipo.

O homem percorreu o corpo da jovem com os olhos, o cinismo estampado no rosto, e soltou uma risada seca.

— Uma crioula cuidando do dinheiro? Surpreso que esse lugar ainda não faliu.

Nem teve tempo de terminar a frase. Um sujeito alto, largo de ombros, coberto por cicatrizes, surgiu ao lado da mesa e desferiu um tapa na madeira que fez as fichas saltarem.

— Armas não são permitidas aqui dentro.

— É o dono dela? — zombou o recém-chegado, provocador.

O sujeito então deu um passo à frente, os punhos cerrados. Em resposta, os dois capangas sacaram as armas. O clima enrijeceu. Mas antes que estourasse, a jovem estendeu o braço, puxando o companheiro de volta.

— Calma, Otis… É só mais um idiota querendo bancar o valentão.

— O que está acontecendo aqui?

A pergunta veio seca, carregada de autoridade. Zane aproximou-se com passos firmes, uma garrafa de vidro em mãos. Tyler o acompanhava com a calma de sempre, duas mulheres apoiadas em seus ombros como se não houvesse ameaça no ar.

— Otis, por que esses homens estão armados aqui dentro?

O segurança se adiantou mais uma vez, mas o homem de terno ergueu uma das mãos e sinalizou aos capangas que baixassem as armas.

— Me desculpe — disse, dirigindo-se a Zane. — Quem são vocês?

— Somos os donos do lugar.

— Ótimo — respondeu com um sorriso amplo, girando sobre os calcanhares. — Então aceite minhas desculpas pelo meu pequeno transtorno. Sou Edmund Whitaker. Só quero apostar um pouco, se divertir, entende?

Tyler apontou com a cabeça para a jovem à mesa.

— Esta é Hattie. Ela cuida do financeiro.

Edmund a fitou de novo, o mesmo olhar enviesado, mas agora com um leve aceno de cabeça.

— Muito bem, Hattie... — virou-se para a multidão e esticou o braço, apontando para um homem negro, alto, que se destacava entre os demais mais ao fundo. — Aquele ali, atrás do ringue. Aposto cem nele.

Hattie já rabiscava o nome do rapaz no caderno, mas hesitou ao ouvir o valor que saía da boca dele.

— Cem dólares?

Edmund soltou um riso lento, sem tirar os olhos dela.

— Não... cem libras.

Zane e Tyler se entreolharam ao ouvirem o valor. A multidão seguia em frenesi, alheia ao espanto que pairava entre os dois.

— Cem libras? — repetiu Hattie, franzindo a testa. — E no novato? Sinceramente? Não acredito.

Virou-se para Tyler, esperando alguma objeção. Ele manteve o olhar fixo, impassível. Voltou então a Edmund, que puxou calmamente dois sacos de moedas do terno e os depositou sobre a mesa com um baque seco.

— Por favor — disse, sorrindo — pode conferir.

Hattie se inclinou. Pegou uma das moedas e a examinou rapidamente. Sua feição mudou. Passou da surpresa à desconfiança em poucos segundos. Observou a peça, depois Edmund, depois voltou à moeda. 

Jogou-a levemente para cima, apanhou de volta com a mão aberta, fechou os dedos em volta e balançou com cuidado.

— Tá brincando…

A expressão ficou mais técnica. Começou a anotar na caderneta enquanto o homem a acompanhava atento.

— O que está fazendo? — perguntou, franzindo o cenho.

— Conferindo peso e densidade.

— E conseguiu isso só com a mão?

Ela apoiou o cotovelo na mesa e ergueu a moeda novamente.

— Me dá mais três dessas e eu te digo qual foi derretida e qual recunhada.

Girou a peça na frente dos olhos. A luz refletia sobre o ouro, revelando seu tom quente e firme.

— Vinte e dois quilates. Não tão brilhante quanto o usual, mas com corpo denso.

Com a unha do polegar, pressionou uma das bordas serrilhadas.

— Nenhuma lasca. Nenhum sinal de metal por baixo. A cor é uniforme, a borda tá limpa. Nada de banho superficial.

Num movimento ágil, arremessou a moeda contra o tampo de madeira. A peça girou, bateu e caiu emitindo um som agudo, firme e limpo.

— Cling seco. Sem estanho, sem cobre escondido no meio.

Apanhou a moeda mais uma vez e a levou discretamente aos dentes. Deu um leve toque com os incisivos.

— Ouro de verdade cede. Falso não. O retrato da Vitória tá centrado, sem rebarba... — virou o objeto — ... escudo correto, sem erro na coroa. Cunhagem limpa.

Virou o rosto devagar, desta vez encarando Zane.

— Isso aqui canta bonito. Vou conferir o resto, mas se forem todas legítimas... estamos falando de 485 dólares.

O rapaz assentiu. 

Caminhou até Edmund, esticando a mão para cumprimentá-lo.

O apostador correspondeu ao gesto, mas o sorriso esmoreceu assim que os dedos de Zane fecharam firmes demais.

— Boa sorte com sua aposta. — inclinou-se discretamente, o tom agora carregado. — E só pra esclarecer... talvez eu tenha ouvido errado, eu estava meio longe. Mas se voltar a se referir a qualquer um aqui, especialmente minha amiga, com termos que eu não aprovar... eu te jogo naquele ringue só com a roupa de baixo, e eu mesmo me encarrego de acabar com a tua raça.

Apertou mais um pouco. Em seguida, deu um tapinha no ombro do homem, abrindo um sorriso largo.

— Mas com certeza não vai ser necessário, né?

Ao soltá-lo, Edmund segurou discretamente a própria mão, tentando disfarçar a dor.

— Com certeza… — murmurou, engolindo em seco.

— Excelente! — exclamou, abrindo os braços. Levantou a garrafa e deu um gole generoso antes de continuar. — Se quiserem esperar até a luta começar, fiquem à vontade. — Apontou para o fundo do salão, onde um rapaz agitava copos atrás do balcão. — Aquele é Juan, nosso barman. Mexicano e ex-médico do exército, então além de tudo, cuida dos lutadores que saem meio quebrados. Agora, por favor, aproveitem o ambiente.

Com alguns pequenos passos se distanciou. 

Ao passar por Hattie, deu um leve tapinha nas costas.

— Prepara a escritura pra mim, com todos os dados. E quanto ao dinheiro, faça o que combinamos. — murmurou.

Hattie no entanto segurou-o pelo braço.

— Zane! São quinhentos dólares. Além do mais, Tyler não vai gostar de saber disso!

— Eu não ligo! — respondeu, seguindo até Otis. — Fica de olho nesses caras. Não gosto do tipo. Se achar que ele merece, pode meter o cacete sem dó.

— Pode deixar. Ah, chefe… só pra te avisar: tem uma mulher lá fora, entregando uns bilhetes pra todo mundo que entra.

— Só pode ser sacanagem que ela ainda tá lá. Católicos... esses bispos e padres nem têm coragem de botar a cara a tapa contra a escravidão.

— Ela não é católica… é protestante. Metodista, parece.

— Nunca ouvi falar. De qualquer forma, manda alguém tirar ela da entrada. E lembra, Otis: aqui dentro, tudo segue as leis da Louisiana. É só um local de eventos exclusivo pra convidados.

Otis assentiu e voltou à sua posição, firme ao lado de Hattie enquanto sinalizava para outro segurança se aproximar.

Zane e Tyler subiram a escadaria que dava acesso ao segundo andar, o ponto mais alto de visão sobre o ringue.

Ao passar pela sala, Tyler dispensou discretamente as duas mulheres que o acompanhavam e afundou em uma das poltronas. 

O Zane foi direto à mesa, deixou a garrafa que segurava sobre a madeira e serviu duas doses com outra bebida. Pegou uma delas e a levou até o parceiro.

— Dá pra acreditar nisso? — Tyler tomou um gole. — Quatrocentos e oitenta e cinco dólares, Zane!

— É… mas aquele cara, como ele entrou? Nós quem damos a palavra final na lista. O nome dele eu tenho certeza que não estava nela.

— E quem liga? Olha a grana que ele apostou.

Ele respondeu apenas com uma risada curta, seca enquanto empurrava a porta para fechá-la.

— Eu ligo.

— Claro que dinheiro não seria problema pra nós, né? — Tyler murmurou, girando o copo com leveza.

— Você sabe o que penso disso! — Zane bateu à porta com força. — Não quero aquele dinheiro imundo da minha família. Tudo o que eles têm veio do suor de outros, à força, nos campos. Fundamos esse lugar com base em liberdade e igualdade. Cada centavo usado aqui foi conquistado com nossas próprias mãos… sem pisar em ninguém!

— Eu vim das ruas, Zane. Conheço bem o que esse povo precisa: diversão, escapismo... prazer. Isso é liberdade de verdade. E sabe como conseguem isso? Por meio de poder! Com isso vem respeito e dignidade. Então não me importa de onde vem o dinheiro, contanto ele garante esses três pilares.

— Dinheiro!? Grana!?

Uma voz grossa rompeu o ar, vinda de trás da porta no fundo da sala. Um homem de barba ruiva entrou ajeitando o chapéu velho na cabeça.

— Parabéns, Tyler. Acordou o senhor Seamus.

— Que culpa eu tenho? É só falar de grana que o irlandês desperta.

— Olha o respeito, moleque! E pra constar, não estava dormindo. Tava separando a parte do nosso querido amigo Marshal.

— Marshal? — repetiu Zane, arqueando a sobrancelha. — Então é bom separar um extra. Acho que ele vai precisar render mais essa noite.

— Do que está falando? — Seamus avançou até ele, olhos semicerrados. — Aluguei meu barracão pra vocês fazerem seus negócios, não pra arrumarem mais encrenca! — esbravejou, encarando os dois.

— Ei! — Tyler levantou as mãos. — Nem olha pra mim, não faço ideia do que ele tá tramando.

Zane soltou uma risada curta, virou de costas e se apoiou na janela que dava vista ao ringue.

— Relaxa, Seamus. Nada com que precise se preocupar.

— É bom mesmo! Agora me digam: qual a próxima luta?

Tyler se dirigiu ao balcão, encheu seu copo e preparou outro para o irlandês.

— Sabe o Jeff? Aquele magrelo que precisa pagar os remédios da mãe?

Assustado, Zane se virou e ficou atento à troca de palavras entre eles.

— Sei. Um dos melhores que temos.

— Ele mesmo. — Tyler entregou o copo a ele. — Vai lutar contra um novato.

— Novato?

O rapaz apontou para a multidão.

— Aquele ali. — destacou um homem com um leve gesto de queixo.

Seamus abaixou o copo devagar.

— O negro? O cara é muito maior do que o Jeff.

— Ele é o dobro. — corrigiu, com um sorriso de canto. — E tem mais: um inglês apareceu agora há pouco, todo alinhado, nunca botou os pés aqui... apostou quatrocentos e oitenta e cinco dólares na vitória do brutamontes.

— Edmund... — tirou o chapéu, passou os dedos pelo cabelo. — Velho conhecido meu. —
Olhou para o lado. — E aí, Zane? O que achou disso tudo?

O jovem não respondeu. Apenas manteve-se fixo em Tyler por um instante, duros, depois virou-se para Seamus.

— Foi você quem deu o ingresso pra ele?

O tom cortante o fez encolher. O irlândes apenas assentiu, um movimento seco com a cabeça.

Zane saiu sem dizer mais nada. A porta bateu atrás dele com força.

Seamus ficou parado, olhando para a madeira que ainda vibrava.

— O que deu nele? — murmurou, franzindo o cenho.

— Provavelmente vai atrás do Jeff, tentar convencê-lo a desistir da luta.

— Ele não sabia!?

— Não.

— E você!? O que acha disso?

— Quanto ao Jeff? Ele conhece bem as regras. Se disser que desiste ou bater a mão três vezes no chão… a luta termina.

Dois andares abaixo, Zane entrava na sala onde os lutadores se preparavam, a poucos minutos do início da luta:

— E aí, Jeff!

— Zane? — O garoto sorriu, abriu os braços e veio ao encontro dele. — Achei que não viria hoje!

— Vir? Eu sou um dos donos. Mas é bom te ver também, moleque. — Retribuiu o abraço, ainda com o semblante sério.

— E então? Veio me dar umas dicas? Desejar boa sorte?

— Na real, vim pedir que não lute essa noite.

Jeff soltou uma risada, achando que fosse brincadeira. Mas ao encará-lo novamente, a expressão dele não deixava dúvidas.

— Tá falando sério?

Zane balançou a cabeça, confirmando.

— Cara… você sabe que eu preciso dessa grana. A saúde da minha mãe depende disso.

— Eu sei.

— Se sabe, por que quer me tirar da luta? Sou um dos melhores do clube!

— Não tô negando isso.

— Então qual é o problema?

— Tem algo errado. Esse novato… já viu o tamanho do sujeito? É muito maior, muito mais forte.

— E isso já me parou antes? Eu sou mais rápido!

— Justamente. E também teimoso demais! — Zane elevou a voz, depois respirou fundo. — Um inglês engomadinho apareceu do nada e jogou quase quinhentos dólares na vitória do novato. Isso não cheira bem. E eu prometi pra sua mãe que você ficaria seguro.

— Agora vem com esse papo? Você sempre me deixou lutar!

— Porque eu confiava no que você enfrentava. Mas dessa vez, não sabemos quem é esse cara… não sabemos a motivação de cada um para fazerem o que fazem.

— Quem aí quer ver sangue!? — A voz de Tyler ecoou por todo o galpão do lado de fora da sala.

Jeff passou por Zane, esbarrando de propósito com o ombro.

— A luta já vai começar! — respondeu enquanto saía apressado em direção ao ringue.

Zane, no entanto, permaneceu ali por alguns instantes, o olhar perdido, sentindo o peso da decisão que o garoto acabara de tomar. 

Logo em seguida, saiu da sala em direção às escadas. 

Chegando até a cabine, pegou a bebida que havia deixado sobre a mesa, tomou um gole e foi até a janela de vidro. Ficou ali, observando o ringue com o semblante sério.

Lá embaixo, Tyler entretinha o público direto do centro da arena, empolgado como um mestre de cerimônias.

— Estão prontos pro espetáculo?! — A multidão respondeu com gritos e assovios. — Já fizeram suas apostas? Preparados pro evento mais esperado da semana?!

A plateia foi à loucura.

— Sejam todos bem-vindos a… Toca dos Leões! — Disse com os braços erguidos, sorrindo ao ver a euforia se espalhar. — Aaah, eu não sei vocês… mas eu amo esse lugar!

Fez uma pausa dramática, girando o corpo para todos os lados como se absorvesse aquela energia.

— Bom, agora vamos ao que importa. Do nosso lado esquerdo, diretamente da cidade… apenas dezoito anos e já um dos melhores que temos! Façam barulho pra ele… Jeff!

O jovem entrou animado, braços erguidos, trocando cumprimentos e sorrisos com quem cruzava o caminho. Quando seus olhos alcançaram a cabine de vidro, encarou Zane por um breve momento. O semblante sério do homem lá em cima o fez desviar o olhar.

— E do outro lado… temos um novato. Um completo desconhecido. Veio de fora, ninguém sabe de onde veio, nem o porque… mas isso muda hoje, não acham?! Recebam com respeito… Elijah!

O público vibrou — uns por pura empolgação, outros, no entanto, hesitaram ao ver o tamanho do novo desafiante. Murmúrios se espalharam nas fileiras da frente.

Elijah caminhava devagar, sem erguer os braços ou retribuir a energia da plateia. Parecia distante, os olhos varrendo o espaço sem interesse algum.

— É isso aí! — Tyler prosseguiu, animado. — E como diz o velho ditado da casa… quando os leões têm fome…

Fez uma pausa. A resposta veio como um rugido coletivo da plateia:

— Eles comem!

— Isso! É isso que eu gosto! Continuem com essa energia. Acredito que essa disputa vá ser boa demais. Agora vamos só lembrar as regras, pra que ninguém saia daqui no caixão… beleza?

— Primeira regra. — levantou o dedo indicador. — Existem quatro jeitos de uma luta terminar: se alguém disser que desiste, bater a mão no chão três vezes, ficar dez segundos caído ou apagar. Qualquer um desses, e a luta acaba.

— Segunda. — ergueu o médio. — Nada de armas, ferramentas ou qualquer vantagem. Só punhos, pés, dentes... e coragem.

— Terceira. — o anelar se juntou aos outros. — Apenas dois por combate.

— Quarta. — levantou o mindinho. — Sem camisa. Sem sapatos.

— Quinta: as lutas duram o tempo que tiver de durar.

Fez uma pausa. O silêncio entre os presentes carregava tensão e respeito.

— Agora, a sexta regra... — abaixou a mão e apontou discretamente com o queixo. — Essa é sobre o clube em si. Se é a sua primeira vez aqui, preste atenção: aqui dentro, todos são tratados como iguais. Cor, religião, país... nada disso importa. Se está aqui hoje, é porque alguém confiou em você o bastante pra indicar seu nome para aquela moça linda ali na mesa de apostas.

Apontou com o polegar por cima do ombro. Hattie acenou com um sorriso discreto ao ver os olhares voltados a ela. Alguns levantaram os copos. Outros assobiaram ou bateram palmas.

— Aquela é a Hattie. Ela recebe os nomes daqueles que vocês querem trazer pra cá. Depois disso, fazemos uma análise cuidadosa da vida de cada um. Vemos se são problema... ou solução pra esse mundo esfarelado. Então, não joguem essa chance fora. — Deu um passo à frente, olhos firmes, a voz carregada de convicção. — Logo, nossa Sexta regra: respeito. Por qualquer um que estiver sob esse teto.

Uma onda de aplausos estourou ao redor. Gritos de aprovação, punhos erguidos, palmas ritmadas. A energia pulsava no ar — ali, todos compreendiam que a selvageria tinha suas leis. E entre elas, o respeito era sagrado.

Edmund apenas balançou a cabeça, como quem acabara de ouvir a maior tolice já dita.

Tyler então continuou:

— Muito bem... — endireitou os ombros, ajeitou o casaco com um puxão discreto. — Passado o necessário, ao que interessa agora. — Fez um gesto largo com o braço, quase teatral, e abriu um sorriso enviesado. — Ah, e claro... sem mortes, tá? Caso eu não tenha sido claro. — soltou uma risada abafada. — Não queremos mais papelada hoje.

A plateia riu junto, mesmo sem saber se era brincadeira ou aviso.

— Vamos à luta!













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