Cavaleiros do Fim Brasileira

Autor(a): zXAtreusXz


Volume 1

Capítulo 17: Passado de Zane. Parte 1: A Primeira Porrada a Gente Nunca Esquece

(7 ano atrás – 1853, Nova Orleans, Louisiana – Estados Unidos)
(Zane e Tyler ainda não continham qualquer traço mágico. Suas mãos e dedos mantinham a coloração comum.)

— Dois a dois! Agora é o desempate! — gritou uma jovem morena, encostada no muro de de tijolos, com um sorriso no rosto.

Zane estendeu a mão para Tyler que fazia força para se levantar do chão.

— Levanta aí, segundo lugar.

— Segundo lugar é o cacete — resmungou, limpando a poeira do short. — Tamo empatado.

O rapaz soltou uma risada rouca e encostou o punho no dele.

— Por pouco tempo. É no desempate que eu brilho, filhote. — limpou um pouco de sangue que escorria do nariz. — Hora do show!

— Pode vir! Sabe o que acontece quando um leão tem fome né!?

O companheiro assentiu com a cabeça.

— Eles comem!

Ambos assumiram suas posições de luta.

— Lutem! — gritou a garota, empolgada.

Os dois partiram um pra cima do outro sem cerimônia. Trocaram socos, caíram, se ergueram, continuaram. Sangue escorria pelo queixo de Tyler enquanto Zane exibia um corte acima da sobrancelha.

Um rapaz alto, de ombros largos, se aproximou ao lado da jovem.

— Hattie... por que eles fazem isso mesmo?

Ela virou o rosto devagar, sem tirar o olhar do ringue improvisado.

— Dizem que é pra descontar a raiva da vida, Otis. Mas, sinceramente? Acho que é só tédio mesmo. — deu de ombros. — Ou gostam de apanhar de outro homem.

Os dois riram alto.

— Estão se achando os comediantes ein! — gritou Tyler.

No mesmo instante, Zane acertou um soco direto no rosto.

— Presta atenção aqui, mané.

Tyler, cambaleando, levou a mão à boca e cuspiu sangue no chão.

— Vai jogar a toalha? — provocou Zane, com os punhos erguidos.

— Seu filho da... 

— Não, não. Sem palavrões. — sacudiu a mão chamando o adversário.

Tyler riu com os dentes ensanguentados.

— Vou te fazer beijar o chão!

Tornaram a trocar socos novamente, firmes no propósito de se provar.

Hattie se virou para um rapaz deitado mais ao fundo, recostado numa pilha de sacos de lixo.

— E aí, Juan? Você já cuidou da ferida dos dois. Quem parece mais forte?

Ele respondeu sem abrir os olhos:

— No exército mexicano a gente fazia muito disso. Briga improvisada, gritaria, aposta… era até divertido. Mas esses dois aí… tem orgulho demais. Perdem os dentes, mas não admitem derrota.

— Aposta… — ela repetiu, sorrindo de lado. — Tá aí uma coisa interessante.

— Levanta essa guarda, idiota!

— Vai se foder — devolveu Tyler, com um meio sorriso. — Todo mundo aqui sabe que sou mais forte que você.

— Coitado, já está delirando.

Otis acompanhava a cena calado, até ouvir um relincho vindo da rua.

— Polícia!

Na hora, Zane perdeu o foco e foi atingido por um direto no rosto.

— Fica ligado, mané!

O soco encerrou o combate. Ambos se afastaram, limpando o sangue do rosto. Os cinco se alinharam quando viram os homens da lei se aproximando.

Um dos oficiais desmontou, analisando o grupo com desconfiança. Alisava o bigode espesso enquanto o parceiro se adiantava, parando em frente a Hattie. Ele a fitou por um instante e cuspiu no chão diante dela.

Zane rapidamente impediu Tyler, que já havia dado um passo à frente com o punho cerrado.

— Algum problema, rapaz?! — perguntou o oficial mais próximo.

Zane sustentou o olhar.

— Nenhum, senhor. — A resposta saiu seca.

— Sei…

O outro deu um passo adiante, examinando os hematomas na face do jovem.

— Vocês dois estão todos arrebentados. E olha, nos últimos dias tem gente do hotel reclamando de barulho ao lado de fora... tipo briga. Sabem de algo?

— Não, senhor.

— Claro que não sabe…

O parceiro se aproximou, estreitando os olhos.

— Tô te reconhecendo. Você é o Zane, né? Filho dos Whitmore… donos de terra, plantadores de cana.

O rapaz não respondeu.

— E agora anda por aí com essa ralé. Delinquentes… — lançou o olhar sobre Tyler. — Negros… — então para Hattie. — Estrangeiros… — parou em Juan. — E pobres… — por fim, Otis.

— Já chega — cortou o oficial de bigode. — Vá até o atendente do hotel e avisa que estamos lidando com isso.

O parceiro hesitou, ainda encarando Zane, antes de se afastar em direção à entrada do hotel.

— Esse otário é seu novo parceiro, Marshal? — Zane perguntou enquanto passava a mão onde o soco o atingiu.

— É. Tô treinando ele. Mas não se preocupe, ele é pior do que aparenta…. mas enfim, sei que vocês gostam dessas pancadarias. Mas fazer isso na frente do Ivory Garden de novo? Parece até que fazem de propósito. — voltou o olhar ao jovem. — Aqui só tem gente com dinheiro. É um risco.

— A gente não liga pra quem tá no hotel — Tyler limpou o sangue mais uma vez.

— Eu sei. Mas vocês vão acabar se ferrando. Gente rica tem influência. Basta um querer encrenca, e vocês vão parar na cadeia. E no pior dos casos… colocam a Hattie como escrava em algum lugar.

— Zane tem dinheiro.

— Não. Não tenho!

Tyler virou-se em sua direção, irritado:

— Vai vir de novo com esse papo furado!?

Zane não recuou indo de encontro.

— Chega! — gritou Marshal, separando os dois. — Querem um conselho? Arranjem um trabalho. Não vou poder proteger vocês pra sempre. E vocês também não vão conseguir viver assim por muito tempo!

O silêncio pairou entre eles. Após alguns instantes, Zane deu um passo para trás.

— Estamos liberados, oficial?

Marshal soltou um longo suspiro e assentiu com a cabeça, afastando-se para abrir caminho. 

O grupo deixou o local, cada um seguindo seu rumo pelas ruas da cidade. A não ser por Zane e Tyler que acompanharam Hattie até a frente de sua casa.

— Trabalho… — murmurou ela. — Como se fossem contratar alguém como eu.

Nenhum dos dois respondeu. Seguiram ao lado dela, calados, até que continuou:

— O único “serviço” em que nunca se importaram com a minha cor foi o contrabando. Quando o assunto é dinheiro, ninguém liga pra cor. Só pra quantia. Não existe um lugar sem preconceito…

— Poderíamos montar um lugar assim, não acha? — Tyler comentou, olhando para o chão.

O companheiro arqueou a sobrancelha.

— Um lugar sem preconceito?

— Na verdade me referia a negócios... discretos. Mas podemos juntar um pouco de ambos.

Zane parou e virou-se para ele com a testa franzida, mas antes que dissesse algo, uma voz o chamou ao longe.

— Zane!

Um garoto magro surgiu correndo na direção deles, ofegante e com um sorriso ensanguentado.

— E aí, Jeff! — abriu os braços e o recebeu com um abraço caloroso. — Caramba, seu nariz tá sangrando e seu olho tá roxo... que confusão você arrumou agora?

— Ah, foi nada demais — murmurou, coçando a nuca com certa vergonha. — Tinha que ver o outro cara. Arranjei briga com um moleque maior do que eu. Achei que dava pra encarar...

— Tá ficando doido? Por que fez isso?

— O cara tava tirando sarro do cabelo de uma menina lá da rua... só porque é todo enrolado.

Hattie, ao lado, afagou o cabelo de Jeff com um gesto leve.

— Você é um herói, garotão. Fez o certo. Mas sua mãe vai dar bronca, tanto em você quanto nesses dois aí.

— Nem me fala... — voltou-se para Zane, que agora mantinha a mão no rosto, balançando a cabeça como se não acreditasse.

— O que foi?

— O que foi!? Você é um zélão! — agarrou o garoto pelos ombros e o balançou. — Presta atenção no que vou te dizer: quando estiver lutando com alguém maior... seja mais rápido, não mais forte!

Encarou o garoto por um instante, esperando alguma reação.

— Responde, moleque! Entendeu ou não!?

— Entendi! Mas para de me chamar de moleque, pô!

Hattie riu da cena, vendo os dois discutindo feito irmãos.

— Mas e aí, quem venceu hoje? — perguntou Jeff enquanto ajeitava a camiseta.

— Que pergunta é essa? — Zane abriu os braços, cheio de si. — Tá falando com o campeão!

— Campeão? — Tyler deu um leve empurrão no ombro do amigo. — Acho que bati forte demais na sua cabeça. O último golpe foi meu, e você sabe disso.

— E quando chega minha vez? Já tenho 14! — o garotinho socava o ar, simulando uma luta.

Zane levantou a mão na altura do peito.

— Quando você passar dessa altura, aí a gente conversa.

— Ah, qual é... — cruzou os braços, emburrado enquanto os outros riam.

— Vai por mim, Jeff — a jovem se aproximou, pousando a mão em seu ombro. — Crescer não é tão incrível quanto parece.

Ela se despediu com um aceno breve e um meio sorriso antes de entrar em casa.

Os três retribuíram o gesto em silêncio e logo seguiram rua abaixo.

— Fugiu de casa de novo, né?

Jeff baixou o olhar.

— Meu pai voltou bêbado... e minha mãe tá piorando. Só queria sair um pouco, respirar. Aí vi aquele garoto zombando da menina... acabei me metendo. Achei que podia vencer, mas o moleque era enorme. Tentei parecer durão... e tomei um pau.

Tyler caiu em risadas enquanto parceiro se manteve sério:

— Respirar, né? Esse horário não é o melhor pra isso. Ainda mais por aqui. Mas, de verdade, você fez a coisa certa.

Jeff assentiu, mas suspirou logo em seguida.

— Às vezes penso que seria mais fácil se eu sumisse. Só dou trabalho, só deixo minha mãe mais preocupada. E quem sabe... se eu não estivesse ali, sobrava mais grana pro tratamento dela.

Zane ficou em silêncio por alguns passos.

— Eu devia dizer que sumir não resolve nada... Mas, pra ser sincero, às vezes penso o mesmo. Se eu fosse mais parecido com meus pais, talvez eles se sentissem mais felizes. Mais completos.

— E você, Tyler? — Jeff se virou para ele.

— Eu? — deu de ombros, com um sorriso torto. — Acho que vocês dois são uns baitolas pensando nessas coisas.

Os três riram alto, o peso da conversa se dissolveu um pouco no ar da noite enquanto continuavam a caminhar.

— Gostaria que existisse um jeito… alguma forma de ganhar dinheiro e pagar pelos remédios dela.

— É, moleque...

Caminharam em silêncio por mais alguns quarteirões até dobrarem a última esquina. A casa de Jeff apareceu adiante, com a lamparina da varanda acesa. Sua mãe os esperava à porta, de braços cruzados, expressão dura e olhos vermelhos, talvez de preocupação, talvez de cansaço.

— Jefferson! — gritou, tossindo no meio da frase. — Pelo amor de Deus! O que aconteceu com seu olho? E esse sangue no nariz!? — agarrou-o pela orelha com força. — Você tá maluco, garoto!? Eu quase tive um infarto!

— Ai, mãe! — tentou escapar, contorcendo o rosto. — Vai arrancar minha orelha desse jeito...

Ela o largou, mas a raiva ainda pulsava nas palavras. Se virou de supetão para os rapazes, que assistiam calados à cena.

— Vocês dois! Algum de vocês vai me explicar direito o que houve!? Porque meu filho saiu inteiro de casa, e agora tá parecendo que caiu da escada! Aliás, vocês também!

— Calma, dona Marta — disse Zane, levantando as mãos. — Assim que ele nos viu na casa da Hattie, veio correndo e caiu. Foi só isso. O Jeff é esperto, a senhora conhece. Ele não se mete em encrenca. E quanto a gente… caímos também. — passou a mão pela nuca sem nenhuma convicção.

Ela estreitou os olhos, desconfiada, encarou o filho com um olhar que já dizia tudo.

— Sei... — resmungou. — É bom mesmo que seja isso. Porque nesse mundo... um passo errado pode custar caro demais. Um dia é uma briga, no outro pode ser algo pior. — apontou o dedo, primeiro para Jeff, depois para os dois garotos. — E vocês! Se souberem de alguma coisa, têm a obrigação de contar. Não escondam. Nem tentem proteger. É a vida dele que tá em jogo, ouviram?

Os três assentiram em silêncio. Jeff não ousava encarar a mãe. Tyler só olhava para o chão. Zane mantinha o olhar firme, mas respeitoso.

O silêncio se estendeu por alguns segundos, até que sua feição suavizou um pouco. O tom baixou.

— Desculpa, meninos. Tô nervosa. Só... não quero ver meu filho se perder por aí. — suspirou, encostando-se ao batente da porta. — O tempo em que vivemos... exige cuidado demais.

— Eu entendo. Também saí de casa... Fugi, na real. Mas, honestamente, foi a melhor escolha que eu podia ter feito.

Jeff se aproximou, mais calmo.

— Desculpa ter preocupado você, mãe.

Ela puxou o garoto num abraço apertado, ignorando o rosto machucado e o sangue seco.

— Só volta pra casa, Jeff. Só isso que eu peço.

Ela curvou os lábios, entre um suspiro e um sorriso cansado.

— E Zane, meu amor, seu caso é outro. Você entendeu que as atitudes de sua família estão erradas e então decidiu deixar tudo o que tinha para trás. Isso mostra grandeza. Você tem um coração puro — e isso vale mais do que qualquer sobrenome ou herança.

— Agradeço... mas eu sei bem quem sou. Estou longe de ser um santo.

— Ninguém é. Mas a diferença está nas escolhas. Fazer o certo... mesmo que ninguém veja, mesmo que não dê em nada. É isso que vale. Foi isso o que Jesus ensinou.

Ele apenas baixou os olhos. Não soube o que dizer.

— Bom... tá tarde. Meninos, mais uma vez, obrigada. Boa noite.

Eles assentiram. A porta se fechou, abafando a luz. Mesmo assim, ainda ouviram a bronca do outro lado.

Zane continuou parado, encarando a porta.

— Dinheiro...

— Hein? — Tyler virou o rosto, a testa levemente franzida.

— O mundo é injusto. Me diz... como é que uma mulher daquele jeito ainda aguenta? Tá sempre cansada, vive sem dinheiro, carrega o filho sozinha basicamente... mesmo assim, ela continua. Acredita de verdade que as coisas vão mudar.

— Sempre tem alguém acreditando em milagre...

— Pra mim, isso é loucura.  É tudo uma merda. Esse papo de Deus amando todo mundo... sei lá. Não bate. Tem gente morrendo, passando fome, vivendo no lixo. — voltou seu olhar para Tyler com uma risada seca. — Se existir mesmo, que um dos empregadinhos dele venha falar comigo, aí talvez eu acredite.

Fez uma pausa e chutou uma pedrinha no caminho.

— Mas enfim... bora tomar uma?

— Agora cê falou minha língua.

Os dois seguiram pela rua, sem trocar palavras. O ar parecia mais pesado do que o normal. 

Zane levou a mão ao queixo, pensativo.

— Aquilo que você disse... sobre conseguir dinheiro de outro jeito. O que tem em mente?

Tyler parou com um sorriso torto.

— Que bom que perguntou…

(4 anos depois - 1857)


— Aqui! Lembre-se do que Jesus fez por nós na cruz! Esse lugar está cheio de perversão!

Uma jovem negra estendia folhetos, distribuindo-os para as pessoas que formavam uma longa fila diante de um prédio iluminado por luzes amareladas. 

Alguns pegavam o papel, olhavam de soslaio e logo jogavam no chão aos seus pés; outros sequer davam atenção, riam alto e continuavam andando.

— Que falta de respeito... — resmungou baixinho, os olhos fixos no movimento à sua frente.

De repente, percebeu dois rapazes se aproximando. Um deles andava ladeado por duas mulheres bonitas, vestidas com roupas chamativas, brilho e perfume no ar. O outro carregava uma garrafa de vidro escura na mão, o rótulo quase apagado, mas o cheiro forte denunciava o teor da bebida.

Ela esticou o braço com um panfleto em direção ao que segurava a garrafa:

— Aqui! Lembre-se do que Jesus fez por nós! Esse lugar só promove prazer passageiro, pura luxúria!

Ele arqueou uma sobrancelha, pegou o papel e leu em voz alta, com um tom meio irônico:

“Igreja Refúgio, culto todos os domingos à tarde. Aqui todo mundo é bem-vindo, do jeito que é. Jesus é nosso amigo, que não julga e perdoa quando damos uma chance. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”

Suspirou e encarou a jovem, com um sorriso torto

— Moça... aqui é só um local de eventos, exclusivo para convidados. O que você imagina que acontece?

Ela olhou para ele de cima a baixo, os olhos faiscando numa mistura de desafio e cansaço.

— Ah, claro. Todos vocês, com essas roupas, mulheres, bebida na mão... só podem estar indo para um baile chique e exclusivo, não é?

O rapaz soltou uma risada curta e assentiu com a cabeça, como quem se diverte com a própria resposta.

— Exatamente. Além disso, já está bem escuro. Não é seguro para uma moça andar sozinha num lugar onde não conhece ninguém.

— Diz isso por causa da minha cor?

— Não foi o que eu disse, mas é um dos motivos. Infelizmente, é o mundo em que vivemos. Tem muita gente ruim por aí.

— Qual seu nome?

— Zane. — Ele se apresentou, apontando para o amigo ao lado. — E esse aqui é o Tyler.

— Muito bem, Zane. Posso não saber exatamente o que rola lá dentro, mas sei que todo mundo nessa fila está aqui porque o dono diz que é um lugar de igualdade, sem preconceito. 

— Foi o que ouviu?

— Foi.

— Tá certo… foi bom conversar com você. Mas agora, com licença. — passou por ela, e antes de se afastar completamente, lançou por cima do ombro: — Ah, e só pra constar... não suporto católicos.

— Católicos? — Ela murmurou, surpresa e um pouco confusa.

Zane avançou alguns passos rumo à entrada, acompanhado por Tyler, em direção a um homem alto que recolhia os ingressos das pessoas na fila.

— Ei, sem educação! — a jovem gritou, o tom carregado de indignação. O rapaz então parou, e virou em sua direção. — Se vai entrar, pelo menos respeite a fila como todo mundo! Quem você pensa que é?

Zane a encarou por alguns segundos.

— Somos os donos. — respondeu, com um sorriso despreocupado.









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