Shelter Blue Brasileira

Autor(a): rren


Volume 1

Capítulo 3.3: Músicas de um lírio sem nome

A energia fluiu até as pontas dos seus dedos harmonicamente, como raízes a crescerem. Giraram, se entrelaçaram e permaneceram a correr no formato de uma chama. Para falar a verdade, estava mais para uma broca feita de linhas, mas a intenção era ser uma tocha e se estava funcionando, era o que contava. Desse modo, a larga e vazia caverna foi iluminada, mostrando um túnel de rochas translúcidas claras repletas de buracos.

Algumas correntes de energia corriam ao redor do ambiente, colorindo-o com tons rosados e azulados, mas ainda não eram suficientes para que fosse possível ver através da escuridão. Pequenas cascatas daquela água brilhante podiam ser vistas entre as paredes e, também, pedaços de pedras flutuantes. Entretanto, até então, nenhum minério estava presente para ser extraído.

— Você realmente não quer voltar? Eu já disse que não queria que viesse, pois pode se machucar — comentou Jun, olhando Seiji com o canto dos olhos.

— Não me subestime. E também, jamais deixaria meu amigo ir lutar contra bestas completamente sozinho.

— Eu não entendo você...

— Digo o mesmo.

Mesmo que tenha mencionado aquelas palavras anteriormente — agindo de maneira insensível e arrogante —, Seiji veio mesmo assim, com ele querendo ou não. Jun tinha total ciência de que estava fazendo uma burrada atrás da outra e tudo que queria era se isolar para não ter que encarar a vergonha devido às suas atitudes na frente dos outros. Ainda assim, para ele não era nada lógico que seu amigo continuasse a perdoá-lo e a tratá-lo de bom grado depois dessas atitudes.

Apenas estava fazendo o possível para resolver o problema que ele mesmo causou por sua falta de controle. Pegaria as pedras de aura necessárias e uma nova katana para ele e, assim, toda essa questão estaria acabada.

Como agora estava em uma cidade diferente tendo que recomeçar tudo outra vez, estava na hora de realmente conseguir fazer algo. Por onde passava, sempre acabava machucando todos à sua volta, seja as pessoas com que se importa ou até mesmo aqueles que sequer sabem que ele existe. E, independente do quanto tente se esconder, ainda continuam indo atrás dele — atrás do seu poder —, e tantos sofrem devido a isso. Até mesmo chegam a morrer.

E ele simplesmente já estava de saco cheio disso tudo. Passou tanto tempo escondendo sua aura e apenas dependendo da habilidade de acelerar para lutar, pois, caso descobrissem que a sua cor era prateada, os Ones fariam de tudo para eliminá-lo, não importando o que fosse. Essa é a razão de seu controle ruim. Contudo, ele não faria mais isso. A partir de agora, não hesitaria mais em usar a sua energia.

Mesmo que não haja nem um lugar para mim. Mesmo que acaba sendo odiado por todos, eu farei o possível. Irei compensar por tudo que causei e vou mudar esse mundo para que possa viver nele.

Entretanto, como ele seria capaz de fazer algo se, desde que saiu desse lugar há seis anos, apenas continuou a evitar tudo o que ficou para trás de todas as formas? Ele sequer fazia ideia de por onde começar. Por enquanto, daria atenção a uma certa questão momentânea:

— De qualquer forma, o que você faz aqui? Não lembro de ninguém ter te convidado — Jun fez essa pergunta olhando diretamente para a garota de cabelos brancos que caminhava logo atrás dos dois.

— Como nenhum de vocês conhece esse lugar, achei que seria de grande ajuda servir como suporte. Devia se sentir honrado — Ela falou em tom de provocação.

— Bem, não é como se isso fosse algo que precisasse de ajuda. É bem simples, na realidade.

— Ohh... olha só, mas que fofo! O garotinho querendo parecer todo maneiro — E a intensidade da tonalidade da voz de Rie só aumentava, ao mesmo tempo em que ela fazia uma expressão dramática.

Ao ouvir isso, foi como se um gatilho dentro dele tivesse acabado de ser pressionado. Todos os pensamentos que não saíam de sua cabeça nesse último tempo, num único segundo sequer foram deixados de lado. Por alguma razão, ele sentia uma necessidade iminente de retrucar.

— Hm, é mesmo? Não imaginava que você estava interessada em mim a esse ponto, isso é realmente fofo.

— Me... me poupe... — Ela gaguejou — Eu só decidi fazer companhia a vocês, pois não tinha prioridades melhores no momento.

Ele andou até a frente da garota, se inclinou levemente para frente e, com a mão apoiada no queixo em uma expressão de questionamento, estando cara a cara, disse:

— E deixar sua própria irmã de lado e vir comigo foi a maior prioridade? Isso é uma honra, sem sombra de dúvidas.

— Né? Ter uma garota ao seu lado num momento desse deve ser algo surreal — disse ela, dando um passo à frente, ficando próxima o bastante para quase se tocarem, fixada nele com um olhar atiçador.

E em meio a essa batalha mortal, um único riso que surgiu repentinamente conseguiu pará-los com maestria, trazendo à tona duas faces confusas. O garoto de cabelos azuis mostrava estar divertindo-se horrores com esse súbito acontecimento.

— Que mudança súbita foi essa? Do nada? Até pensei que iriam se beijar.

Após conseguirem processar completamente o que acabara de ocorrer, os olhares de Jun e Rie se encontraram outra vez. Eles paralisaram no mesmo instante em que se encararam. E entre os milésimos que aparentavam ser minutos, suas feições foram se tornando gradualmente mais avermelhadas ao ponto de ameaçar explodir. Assim, num rápido piscar, os dois já estavam a um metro de distância no mínimo.

— Bem, eu sei onde devem começar a aparecer os minérios e até mesmo as bestas. Deixa que eu mostro o caminho — Erguendo de leve a mão, Rie concentrou a magia nela e fez a mesma broca de linhas surgir.

— Ei, tá tudo bem, Rie? Sua aura está brilhando mais fraco.

— Ah… tá sim, obrigada… — Ela fechou a sua palma no mesmo momento, estranhamente envergonhada — É que o estado atual da minha aura não está muito bom pra esse tipo de coisa.

— Hm… Agora, eu realmente estou começando a achar que você veio até aqui por minha causa — Jun comentou, como quem não queria dizer nada.

— Como eu tinha dito antes, vim ser suporte. Suporte, viu?

— Claro, claro…

Jun percebeu Seiji deixar escapar mais uma risada em reação, mas não se importou dessa vez. Usando a tocha artificial de magia na sua mão, ele apenas continuou seguindo adiante na caverna. Uma pequena fonte de luz começou a se revelar pelo caminho. Ele a seguiu, avançando um pouco mais que os outros, e assim se deparou com um lugar repleto de cristais, estalactites, estalagmites e até mesmo uma espécie de pilastras compostas desse material translúcido de cores claras, que claramente brilhavam mais intensamente que todo o resto.

Ele imaginou que não iria conseguir uma espada com uma aparência que lhe agradasse, no entanto logo se tocou que na hora de forjar as armas elas podem ser mudadas de tom facilmente com um feitiço. O ferreiro Nobu com certeza possui a habilidade para realizar isso e até mais.

No entanto, havia algo de estranho presente entre as pedras. Bolotas de um roxo escuro que facilmente se destacavam entre as rochas que formavam as paredes. Ao perceberem a presença de Jun, elas aos poucos começaram a se movimentar e a se agrupar. O garoto sacou a sua adaga da bainha, ativando-a no processo, crescendo e chegando a raspar a ponta no chão enquanto ele corria.

Essas daí eram as tais bestas extratoras. Possuíam a aparência semelhante à de um carrapato ou parasita. Uma energia sombria era expelida do corpo delas e os seus interiores tinham um brilho que devia ser do núcleo. Estavam em um enxame que rapidamente investiu e pulou em direção a sua presa, que nesse caso tratava-se de Jun.

A energia contornava o fio da lâmina de cor noturna e jorrava pequenas partículas prateadas. Movendo seu braço em um arco horizontal, uma onda de poder se propagava e avançava adiante. Várias das pequenas criaturas de formato esférico, então, foram fatiadas ao meio. E assim, uma reação em cadeia, como dominós sendo derrubados um atrás do outro, aconteceu, fazendo com que elas passassem a explodir em centenas de pedaços que se dissolviam na atmosfera sem deixar um rastro de suas existências para trás.

Como ele havia imaginado, matar essas pragas seria muito fácil. Contudo, a principal questão era a imensa quantidade delas. Se não fosse rápido em eliminar tudo de uma vez, com facilidade poderia ser vencido por números.

— Que barulho foi esse!? — Ao correr em direção ao som, Seiji fez essa pergunta assustado.

— Não é nada demais.

— Até parece…

Olhando mais profundamente no interior dessa caverna, o enxame já gigantesco dessas pragas que avistavam chegava a se mostrar cada vez maior. O ataque anterior de Jun, que embora tenha parecido ser maciço, apenas destruiu uma certa fração delas até então.

— Deixa que eu elimino o resto, então pode ficar aí só olhando — comentou Seiji, dando um passo à frente e fazendo um gesto com a mão para Jun ir embora.

— Eliminar, hein? E como você vai fazer isso sem uma arma?

— Apenas observe, pois eu vou calar a sua boca.

Seiji estende a mão para a frente e cacos de uma luz violeta começam a emergir de todo o seu corpo. As linhas se formam e gradualmente se entrelaçam pelo braço dele, indo até à ponta dos dedos, que se intensificam progressivamente ao ponto de ameaçarem entrar em combustão. No entanto, dessa vez era literal. Elas pegam fogo ao ponto de uma bola de chamas se formar e então ser arremessada com força contra as criaturas.

E sequencialmente, cada um dos seres é preenchido pela onda de calor, como se cada um esperasse educadamente para ser incinerado. Mas, na realidade, a melhor forma de expressar o destino deles era que foram pulverizados. Por um único feitiço ofensivo, todos foram dizimados sem deixar uma mínima partícula no ar, dando a impressão de que essa caverna sempre esteve limpa.

— Exibido…

— Enfim, vamos pegar os cristais que precisamos e encerrar essa missão — disse o garoto de cabelos azuis, agachando-se e começando a coletar os minérios para colocá-los numa bolsa que carregava consigo.

Jun balança sua espada longa de um lado para o outro e a guarda na bainha com uma cara de quem estava inconformado. Com toda a certeza, teria conseguido resolver esse problema sozinho sem nenhum problema. E agora ele iria viver o resto de sua vida com essa dúvida.

— Ei? Você também sabe fazer algo daquele tipo? — perguntou Rie, puxando o braço de Jun, referindo-se à magia que acabara de presenciar.

— Não. A minha aura não tem afinidade com esse elemento. Se eu tentasse aprender, é quase certeza que levaria o dobro de tempo, ou até mais, para aprender a fazer o mesmo que ele.

— É mesmo, tem isso na hora de usar elementos — falou ela enquanto alongava os braços para frente — E sendo assim, para qual tipo que a sua é boa?

— Não faço ideia.

No mesmo instante em que Jun terminou de dizer suas últimas palavras, percebeu Rie deixar escapar um breve riso em relação a ele. O garoto vira o seu rosto para o lado e faz questão de não olhá-la diretamente, mesmo que fosse por um milésimo de segundo, pois estava envergonhado.

— Bem, já podemos ir — comentou Seiji ao dar um tapinha no ombro de Jun, indo em direção à saída.

O tempo passa com ele observando o amigo se distanciar aos poucos, parado em silêncio, quando decide fazer a seguinte pergunta:

— Seiji, eu não consigo entender como você ainda continua me tolerando, mesmo depois de tudo de ruim que eu trouxe pra sua vida.

— Mesmo que você ainda faça uma burrada ou outra, eu ainda vou te ver como família. E também tem aquela promessa que por mais que seja infantil, eu não esqueci. Nós iríamos nos tornar os heróis que salvariam a todos, lembra? Não há como nos tornarmos algo assim sozinhos.

Jun cerra os punhos com força, ao ponto de chegar a machucar a sua pele, e abaixa a cabeça em conflito. Agora no presente, esse papo soava simplesmente como um sonho utópico de criança. Algo que um indivíduo como ele, que não tinha qualquer lugar ao qual pudesse pertencer, jamais conseguiria se tornar.

— E você acha que a pessoa responsável pela morte da sua única irmã possa se tornar um herói? O que eu fiz não tem perdão.

— Tocando direto na ferida, né? — Ele suspira e encara o amigo — Se nossos destinos tivessem sido trocados de lugar por acaso, eu tenho a certeza de que ela faria o mesmo no meu lugar. O que aconteceu estava fora do controle de qualquer um.

— Eu não entendo você…

E para a mente de Jun, que já se encontrava em meio a um confuso caos de pensamentos e emoções no instante, se deparar com algo ainda mais incompreensível. Ele sentiu seu corpo tremer. Sem demonstrar uma mágoa ou arrependimento sequer, um sorriso radiante estava presente na face de Seiji.

— Caso acredite que é incapaz de se perdoar, ou de ser perdoado pelos outros… Eu farei isso no seu lugar, pois já consigo.

Ele não sabia o que fazer, ou sequer como reagir. O que acabara de presenciar fazia o menor sentido. Tratava-se de uma atitude totalmente contraditória à que esperava. Era para Seiji odiá-lo e guardar rancor, certo? Então, por que ele falava isso com essa expressão? Definitivamente se tratava de algo impossível de conceber. E foi assim que, nessa hora, o garoto de cabelos vermelhos quebrou.

— Eu te conheço melhor do que qualquer um, portanto, sei muito bem que não está sendo você mesmo ou fazendo o que quer quando age assim. São tantas coisas acumuladas que está perdido — Ele dá um passo à frente — Você é o irmão que cresceu e viveu junto comigo por boa parte da minha vida. Mesmo que não haja uma ligação sanguínea, essa é uma verdade que não vai mudar. Portanto, eu quero que você viva para nos tornarmos heróis juntos.

 

* * *

 

Um silêncio torturante envolveu a todos durante todo o caminho até retornarem à casa do ferreiro. E em meio às marteladas nos cristais de aura, apenas foi dito como Seiji gostaria que a sua katana fosse forjada. Rie, por mais incomodada e desconfortável que estivesse, decidiu permanecer quieta, uma vez que se tratava de uma intrusa no meio de tudo e até mesmo acabou ouvindo demais.

Já havia escutado coisas a respeito de Jun pelas costas e não tinha o direito de se intrometer mais ainda na vida do garoto. Era apenas uma mera espectadora, portanto queria deixar de se envolver no problema do outro ao máximo. No entanto, sobre um assunto em específico, gostaria de perguntar diretamente para ele sobre o que ouvira. Há coisas que ela só conseguiria acreditar se ouvisse sair dele, porém agora não era hora e, se fizesse isso de qualquer forma, poderia soar indelicada.

E em meio a esse silêncio interminável, as partículas verdes e azuis que envolviam o martelo continuaram a bater e se espalhar pelo lugar. Foi quando uma pergunta, de certa forma inocente, foi jogada ao ar:

— O que é essa aura dupla? Eu já vi isso mais de uma vez, mas nunca entendi.

— Como assim? É sério? Ainda não contaram sobre isso para você, garoto?

Em resposta, Jun confirmou com a cabeça com um olhar inocente de curiosidade. Para Rie, a reação foi a mesma que a do senhor Nobu. Chegava a ser engraçado que ele não soubesse disso, ainda mais na sua idade atual, que era dezoito anos, a mesma que a dela.

— A minha avó também tinha uma de duas cores, mas toda vez que eu perguntava sobre ela, ela fugia do assunto.

— E o seu avô não possuía também?

— Não sei. Não cheguei a conhecer ele, pois morreu antes de eu nascer.

— Bem, isso explica muitas coisas… Independentemente do que tenha acontecido, faz todo o sentido que a sua avó não queria falar a respeito da união de auras.

O homem leva o ferro incandescente até um balde com água fria e o mergulha. Em meio ao vapor, um silêncio momentâneo toma a sala.

— A união é um pacto que os casais costumam fazer como uma marca de fidelidade. O núcleo de aura se apaga e dá lugar a um novo, mantendo a cor original, mas agora com uma segunda que ambos terão em comum. Também é algo útil nas batalhas, pois acaba compartilhando as afinidades para aprender os mesmos poderes que o outro.

— Hm… Então quer dizer que o One cavaleiro tem uma família… — murmurou o garoto, aparentemente preso nos seus próprios pensamentos.

Não era a primeira vez que ele ficava assim hoje. Rie já havia reparado em Jun se perdendo no mundo da lua pelo menos umas três vezes desde que se haviam se encontrado hoje.

— Você, por acaso, viu um One com aura dupla?

— Sim. Isso não é comum?

— Isso é bastante raro, certo? — disse Rie entrando no meio da conversa — Como acabam adquirindo um novo tom, se veem como indivíduos manchados e impuros. Aliás, deixam de ser unicamente feitos de ouro.

Ela, quando jovem, fez questão de saber muito bem como funcionava esse assunto. De alguma forma ou de outra, Rie tinha um grande interesse nisso. Entretanto, chegava a ser um saco como tudo era complicado. Até lhe dava um desespero só de pensar.

— Então, se não fosse por causa desse ego exagerado, os Ones podiam simplesmente fazer a união com Zeros e compartilhar o dom especial deles?

— Na verdade, não. Caso isso aconteça, o indivíduo perderia o fator dourado da aura e se tornaria um Zero. A energia possuí um elemento a mais que dá essa pigmentação única, mas que acaba sendo perdido ao fazer o pacto com uma que não tenha a mesmo.

A garota falava sobre isso com uma certa confiança, e ver Jun prestando toda a atenção nela só lhe dava vontade de falar mais. Portanto, internamente animada para concluir o tema, falou:

— E também, tem a questão de que é extremamente raro que os poderes não acabem se rejeitando e cancelando o processo.

— Entendi. É mais simples do que eu imaginava.

Ao som desse último comentário de Jun, a garota sentiu-se levemente irritada. Ele estava usando aquela habilidade de acelerar para compreender melhor as coisas? Não era possível que tivesse pegado de primeira, pois, no caso dela, teve que rever várias vezes sobre para conseguir aprender e ficar sem dúvidas.

— De qualquer forma, como você quer que eu faça a sua espada, mesmo? — falou o senhor, largando uma adaga curva da cor de uma esmeralda na mesa.

— Uma espada de uma mão, com guarda-mão pequeno, com lâmina reta de dois gumes. Que tenha o foco na agilidade e também que seja… uma arma única.

Essa foi a primeira vez que Rie viu Jun agir de maneira tão empolgada. Parecia até mesmo uma criança pedindo seu presente dos sonhos. No entanto, da mesma forma que começou, rapidamente terminou.

— Interessante, então parece que não foi somente na aparência que você puxou a sua mãe.

E assim, o brilho momentâneo que envolveu o lugar se apagou, trazendo de volta o desconforto anterior. Rie queria muito entender o motivo de Jun se sentir incomodado quando tocam nesse assunto, mas deixaria isso de lado por hora.

 

* * *



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