Aspecto da Penumbra Brasileira

Autor(a): Jhen Faber


Volume 1

Capítulo 9: Assassinato Norturno

Plíris, a cidade governada pelo pico dos não transcendentes, o Sábio Alden. Ela não pode ser considerada a maior nem a melhor, porém ela tem o diferencial de possuir um Rank 7.

Ao ultrapassar o Rank 7, todos começam a ser afetados por uma restrição, na qual eles são impedidos de forçar seus poderes naqueles não transcendentes.

Existem muitos casos em que alguns criminosos preferem ficar estagnados para não serem alvos, pois eles podem ficar seguros contra esses monstros assustadores.

Além do mais, o mundo selvagem é algo que os despreparados não podem resistir. A natureza é impiedosa, e Cain sabe bem disso.

Formado na Academia Plíris há 12 anos, ele foi considerado um prodígio que poderia transcender os o Rank 7. Ele treinou, treinou e treinou, mas sua origem plebeia o fez se distanciar dos outros alunos.

Ao invés de virar um cavaleiro, ele escolheu virar um mercenário que saiu pelo mundo. Depois de conhecer o território humano, ele tentou ir para outros reinos, no entanto, ainda que eles sejam aliados, existe uma desconfiança sútil.

Não que ele não entenda, Cain vivenciou a fusão mundial aos 7 anos, e viu as intrigas entre todas as raças no primeiro contato. Algumas alianças foram feitas imediatamente, mas isso não impediu a população.

Não que os humanos sejam os maiores dos males, mas se eles fazem mal para os seus próprios, os outros não seriam exceção. Ele tem bastante consideração pelo Diretor Alden, mas ele nem pensaria em voltar sem motivos.

Se não fosse pelo convite do Diretor, ele nem voltaria para essa cidade miserável. O diretor é um homem legal, além disso é habilidoso o suficiente para englobar toda cidade.

Mesmo agora, existe uma magia automática que ataca inimigos externos reagindo a magia.

Quantas vezes ele viu pessoas morrendo por nada e parece que as autoridades estão focadas em outra coisa.

“Sim, eu odeio isso.”

Enquanto fumava um cigarro, o homem de pele morena olhava para a cidade de cima dos muros com seus olhos nublados. A aparência é grandiosa, mas tudo que eu vejo é podridão. Eu não tenho o que é necessário para revistar tudo, eu sou limitado.

Cof, Cof! O que pensa que está fazendo perto de mim seu mercenário miserável?

Uma mulher ruiva de orelhas pontudas que estava próximo a Cain reclama enquanto acenava a mão. Apesar dela ser bonita e talentosa, ele sente nojo desse jeito arrogante que ela tem.

Entre os novos professores recrutados, eles dois são os únicos que estão abaixo da casa dos quarenta considerando todas diferenças raciais. Porém, ela é uma nobre elfa que enchia a paciência de Cain.

Eles entraram no mesmo ano na Academia. Embora eles nunca tivessem aulas juntos, toda vez que eles se encontravam, ela soltava palavras depreciativas que tocavam a autoestima de Cain. Com a voz irritada, Cain responde sem olhar para ela.

— Se eu estou incomodando, vai pra outro lugar.

— O diretor pediu para a gente fazer duplas.

A resposta sai de sua boca instantaneamente, e Cain suga a fumaça de seu cigarro. Ele vira o rosto para a sua dupla e se aproxima sem esconder o seu desagrado com esta formação duplas.

Em contrapartida, Fiama que percebe a mudança de atitudes fala rapidamente:

— O-o que você está olhando?!

Envergonhada por morder a língua o seu rosto fica vermelho, enquanto mantém o olhar furioso, entretanto Cain se aproxima dela ignorando suas palavras.

Ele abaixa para ficarem com um rosto da mesma altura. Uma pele suave e olhos âmbar e até o formato do rosto é perfeito se não fosse pela expressão histérica. Vendo de perto ele não pode deixar de pensar.

“Bem de perto e bonita… Se ela calasse a boca ela arranjaria um marido e sairia deste lugar.”

O que ele deseja é que ela saia deste lugar para ele ficar em paz. Para realizar seu objetivo ele sopra a fumaça que estava em sua boca com toda sua força, fazendo os cabelos longos de Fiama balançarem furiosamente e ela fechar os olhos.

Cof, Cof, Cof, Cof!

Testemunhando Fiama que tossia furiosamente, Cain sentiu um pouco de satisfação em seu coração e não pode deixar de falar com um tom mais leve.

— Oh, como uma magmática elfa nobre, você não se importaria com isso, não é?

Escutando suas palavras, Fiama tenta se recompor  ainda que seus olhos estejam vermelhos. Ela estava prestes a abrir a boca furiosa quando Cain sentiu um enorme poder mágico em ação próximo a onde eles estão.

Olhando para Fiama, ele ver que ela está também ficou sóbria, talvez percebendo a seriedade da situação.

Eles que não tinham tempo para ter brincadeiras infantis. Cain que possui mais experiências de combate acaba se sentindo ansioso com essa energia. Porém ele mantém o seu autocontrole e começa a dar ordens.

— Eu vou em direção a o ponto de atividades e você rastreia o poder mágico.

— S-sim!

Com o acontecimento repentino, ela responde automaticamente, se livrando temporariamente da sua arrogância, o que Cain agradece em seu coração. Se ela fizesse uma cena, ele não sabia como reagir.

“Como, e porque caralhos alguém liberaria essa quantidade de uma vez?”

A quantidade de poder mágico liberado foi maior que a quantidade total de Cain. Apenas isso poderia apagar uma vila de uma vez. Contudo foi tão extremamente concentrado que dificilmente alguém de está patrulhando outra área chegará para o socorro a tempo.

Com o rosto sério, Cain reforça seu e confere o céu e vê a lua minguante no céu para o seu alívio. Infelizmente, não é uma lua cheia, mas ele não pode pedir muito.

Declamando a sua habilidade inata, ele olha para a direção de onde ele se lembra ser o ponto de origem.

Herdeiro do Luar!

Com isso a luz que se assemelha a uma lua minguante surge nas suas costas. Com o corpo fortificado com sua habilidade, contudo não era o suficiente. Cain reforça seu corpo e pula a toda velocidade que produz um rastro luminoso no céu noturno.

Ainda no ar, ele sente Fiama agindo, fazendo Cain olhar mulher. Fiama montada em uma nuvem de fogo perseguir a mana que se move em alta velocidade.

Decidindo focar em sua tarefa, Cain desvia o olhar e usa seu poder sem se conter, mesmo que ele seja percebido, ele ainda quer chamar atenção de outros professores.

É perigoso enfrentar alguém que tem essa liberação de mana, além do mais no meio da madrugada. Certamente  não é algo que uma pessoa com boas intenções faria.

Apesar de seu esforço, ele sente o centro da turbulência de mana se distanciando, fazendo Cain franzir o rosto.

“Acabou…”

Se sentindo um pouco melancólico ele se aproxima do ponto de origem, ele vê uma rua iluminada. Chegando perto o suficiente para ver melhor ele fica confuso.

— ……?

Parando na frente de uma trilha de uma trilha de raios brancos que pode ser considerado uma visão divina para aqueles que acreditam em Deus, e mesmo para ele que não acredita perdeu o fôlego vendo isso.

A bela trilha segue em direção a uma janela de uma casa pobre.

— Espera! A casa.

Lembrando de sua tarefa, ele corre para a casa e entrando na casa pela janela ainda aberta ele escuta a voz fraca de uma mulher.

Dentro da casa havia uma mulher magra segurando uma criança nos braços e o corpo de um homem que é o último destino dos raios que são visíveis. Percebendo que não havia perigo ele desativa sua habilidade.

Olhando para a mulher, ele vê um misto de emoções que Cain, ao ver a mulher entendeu, porém ele toca no assunto, e faz perguntas formais.

— Mulher, o que foi que aconteceu?

Com o seu linguajar que ele se acostumou como mercenário a mulher fica trêmula. Percebendo seu erro Cain começa a se explicar.

— Não que eu esteja culpando. Como isso aconteceu?

Apontando para o corpo morto, a mulher, percebendo o seu uniforme caro, começa a falar o mais educadamente com uma voz seca, ainda que lentamente.

— …… Senhor. O meu marido que estava… Conversando e este raio branco apareceu e acertou ele. Além disso…

— Além disso, o que?

Ficando mais trêmula com a voz do homem, a mulher abre a mão e mostra algumas moedas de ouro.

Cain ficou confuso com as moedas, no entanto a mais confusa era a mulher que mostrava as moedas. Ela começa a expressar o que aconteceu.

— Depois que raio apareceu, uma corrente de raios levava para as moedas.

Ouvindo isso, ele ficou quieto fisicamente enquanto olhava para as moedas, mas sua cabeça estava extremamente confusa.

Com os olhos focados nas moedas, a mulher pergunta com uma voz tímida.

— …… Você vai precisar das moedas?

Voltando para o mundo real com a voz da mulher, ele vira o rosto e responde.

— Não. Pode ficar, tenho outras coisas para resolver.

No colo da mulher, o bebê trêmulo começa a chorar. Cain que não sabe lidar com tudo que viu sai sem falar mais nenhuma palavra 

Já fora de casa, ele olha para a lua com um olhar pensativo.

“Um assassino deixando dinheiro?... Foda-se, não quero capturar ele.”

Saindo da casa, ele se lembra do cheiro de álcool hematomas na mulher. Provavelmente eles estavam discutindo e não sei se aquela mulher resistiria a violência daquele homem.

Por pensar nisso, suas mãos se apertam sem que ele perceba. Suspirando, Cain solta um monólogo:

— Haaa… Parece que minha folga vai diminuir…

Decidindo patrulhar essas regiões em sua folga, ele anda com olhar melancólico. Pegando outro cigarro no bolso, ele acende com a fricção dos dedos e começa a fumar enquanto andava em direção a Fiama.

Naquela direção havia grandes flutuações de poder mágico, na qual Cain acaba se preocupando se está havendo uma batalha, fazendo ele reforçar seu corpo e correr para o local.

Chegando perto de onde Fiama deveria estar, ele escuta gritos raivosos da mulher que queimava os cabelos de homens e mulheres que foram capturados por ela.

— ONDE VOCÊS ESCONDERAM ESTE MALDITO?!

— N-nós não sabemos do que v-você…

— VOCÊS TAMBÉM ESTÃO BRINCANDO COMIGO?! AQUELE MALDITO, LOUCO, MISERÁVEL DEIXOU UMA MENSAGEM COM AURA!

— M-mas nós…

— SEUS FILHOS DE UMA PUTA!!! UMA PORRA DE UMA MENSAGEM FALANDO SOBRE MIM APARECEU NESSA ESPELUNCA! APENAS ISSO JÁ É MOTIVO PARA FAZER VOCÊS NUNCA MAIS TEREM CABELOS PELO RESTO DA VIDA.

Cain pára no lugar com a voz furiosa em patamares que ele nunca havia escutado. Ver a esta mulher assim fez ele se sentir mais afeiçoado com o assassino.

“Algum dia, se eu o encontrar, vou oferecer um cigarro…”

***

“Foi mais divertido do que imaginei ouvir tudo isso acontecendo. Acho que vai ser ainda melhor se eu colocar fogo no pavil.”

De pé com meus olhos fechados, eu escuto a bagunça que está acontecendo naquele clube ilegal. Essa mulher acabou ficando bem mais descontrolada e burra e o homem foi mais compreensivo e tolerante do que eu pensava.

Julguei mal eles, acho que pessoas que não estão quebradas são difíceis de julgar. Pensei que por ser uma maga habilidosa, ela manteria uma mente calma e pensaria como sair da situação, e Cain que ouvi dizer que era um aventureiro violento foi bem educado.

Estou dormindo neste momento, ainda que não pareça. Enquanto eu ficava assistindo a história se desenrolar, o pirralho que estava dormindo começa a falar sozinho com uma voz inaudível para a maioria.

— Papai… Mamãe… Eu estou ficando forte.

“Não. Você ainda é fraco.”

Após a chegada da fedelha, eu e o pirralho ficamos na sala, e a fedelha no quando do menino. Ainda assim, eu permaneço dormindo escorado nas paredes. Talvez por não estar acostumado a deixar o corpo relaxado enquanto durmo.

Arrastar o passado nas costas como um peso apenas faz alguém fraco. Subir de Rank significa superar o passado e crescer. Viver e superar o passado.

Dependendo de como você supera, você ganha um atributo correspondente. Alguém que usa os punhos para superar o passado ganhará um atributo correspondente.

Isso foi algo que aprendi sozinho.

Abrindo meus olhos vejo a sala escura que não atrapalha meus sentidos. Procuro o sofá que há um menino chorando com pesadelos.



***

A: Eu estava desenhando uma nova capa…



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