Aspecto da Penumbra Brasileira

Autor(a): Acreano


Volume 1

Capítulo 6: Crescimento

Dias se passaram desde a chegada de Frey, que começou a morar na casa de Alisson. Depois de se adaptarem mais, Ana decidiu morar sob o mesmo teto para ter mais tempo de estudo.

“Foi satisfatório ver eles crescerem.”

Depois de concluir as habilidades, eu finalmente trouxe eles para fora das muralhas para fazermos um teste das habilidades de combate.

O pirralho está com o rosto rígido, assustado porque seus pais morreram por estarem fora das muralhas para arranjar especiarias como dinheiro extra. Com ênfase na eficiência, eu o trouxe na direção oposta, para o leste.

As árvores grandes escurecem o ambiente, e os ventos frios dão um clima assustador para quem não está acostumado. Mas isso faz eu me sentir em casa.

Estamos no inverno, portanto existe um pouco de neve caindo no exterior da cidade. A temperatura é semelhante ao norte que está em um frio constante até onde eu me lembro.

Depois da minha fuga ouvi que continua assim, mas nunca mais voltei para lá.

Dentro das muralhas a temperatura é controlada com magia, e eu investiguei um pouco e eram as correntes que estão desenhadas por toda a cidade que são usadas como catalisador da magia do diretor da Academia.

“O poder do diretor da é interessante.”

É uma escala enorme que nunca entrei em contato decido deixar de lado quem já cresceu e encaro meus alunos com um sorriso.

Vendo as duas crianças que estão encapadas e tremendo de frio eu dou minha sentença.

— Vocês recebem menos 1 ponto.

— F-foda-se

O pirralho me responde com a voz trêmula. Se eles continuarem assim, eles não vão conseguir usar os seus potenciais máximos.

— M-mestre, como você consegue andar assim no frio?

A fedelha pergunta perplexa ao me ver vestindo uma calça e a pele de urso na parte inferior do corpo. Eu dou a resposta com um sorriso leve.

— Existe uma maneira avançada de reforço com poder mágico, mas no meu caso é que eu sou resistente.

— B-bizarro.

Muito insolente o pirralho, mas ele é meu aluno, então eu o perdoo. Eles não têm poder mágico suficiente para gastar antes do teste que vou fazer com eles.

Alisson que segura a adaga que ele pegou no quarto depois de muitas dificuldades e uma espada curta e Ana um cajado mágico que Frey comprou com o dinheiro que ele conseguiu como mercenário nesses poucos dias.

Com a notícia que o homem ruivo sem camisa era na verdade um nobre perdido que se espalhou, havia aqueles que tentavam se aproximar, os que olhavam e os que ficavam com medo da origem dele.

Frey que precisava de dinheiro para suprir as necessidades básicas da casa, sem o apoio de Gael e Maya começou a fazer missões solo, que ele concluiu rapidamente, comprando equipamentos de ensino para os dois.

Ana que olhava preocupada para Frey que não tinha nenhum equipamento com ele fala trêmula com a temperatura.

— M-mestre. T-tudo bem continuar assim?

— A-Ana está certa.

Alisson, que também tem um olhar de desculpas, complementa as palavras da menina. Mesmo que ele fale assim, o jeito de Frey acabou virando uma inspiração para ele seguir.

Ele via de longe pessoas fortes, mas foi a primeira vez que ele viu de perto alguém tão poderoso. Frey ensinou ele que não estava familiarizado a usar adagas e espada curta.

Apenas por ver ele manejando elas, ele tem certeza de que Frey usa adagas e espadas curtas como suas armas principais.

— Não precisa, vocês estão equivocados.

“Seus modos de pensar são tão simples que consigo até ver.”

Embora saibam que sou forte e eu tenho muito conhecimento, eles não sabem do meu estilo de luta. Aprendi todos os tipos de armas para me adaptar a muitas situações, mas prefiro não usar nenhuma arma.

Seus olhares cheios de culpa são engraçados para mim que sei a verdade de tudo. Batendo palmas para chamar atenção, eu falo com um tom risonho.

— Aqui, vou mostrar algo interessante.

Eles olham com um pouco de confusão para mim, mas eu começo a andar em direção a eles com um sorriso no rosto e quando estou próximo Alisson que não entende o que estou fazendo , eu acelero de uma vez.

Um som de estrondo acontece e o menino se assusta com o ímpeto repetido.

Boom!

— Aaaaaaaaaaaaah!

Corpo Nulo!

Declamo o nome da habilidade e com um sorriso eu atravesso o corpo do menino sem causar danos a ele.

“É bem divertido as reações.”

Corpo nulo é uma habilidade que eu nomeei seu atributo de incorporalidade, já que meu corpo deixa de ser físico, saindo das restrições do universo. Se não fosse o gasto, eu abusaria dessa habilidade.

O único atributo com sabemos o nome é o primeiro, porque o Cristal de Urd revela o nome e qual a sua categoria, mas se eu tiver que classificar a incorporalidade é um original, já que gasta muito poder é o efeito sai sem precisar de muitas mudanças.

Com os olhos arregalados ele toca seu corpo sem entender o que aconteceu e eu falo rindo.

— Eu sou muito mais problemático do que vocês imaginam.

Eu me considero um inimigo mais chato, mesmo que no momento eu não tenha uma técnica ofensiva que destrua adversários resistentes.

Enquanto ele não se levantava, eu olho para a Ana que tem uma expressão pasma. Ela parece ter percebido que o único momento que eu usei mana foi na habilidade.

Se eu usar o reforço levando em consideração meus limites corporais, eu ficaria cerca de 10 vezes mais rápido, mas se eu precisar sacrificar meu corpo, posso extrapolar e exceder isso.

A maioria vem do meu refinamento de poder mágico no reforço. Por isso o corpo é tão essencial quanto a mana. Uma tartaruga dez vezes mais rápida seria mais lenta que uma lebre duas vezes mais rápida.

Deixando de lado as brincadeiras, preciso testar eles.

— Agora vamos ver como vocês estão. Podem vir os dois de uma vez, pensando em uma luta real.

— …… Ok.

— Sim…

O pirralho que se levanta com dúvidas concorda no automático, e a fedelha me olha com um pouco de receio. Não que eu precisaria usar isso contra eles dois.

Ambos começam a entrar em formação.

Com os olhos sérios o menino relaxa as pernas e ele segura a adaga com a ponta virada para baixo e a espada para cima.

Antes de movimentos intensos é melhor relaxar seu corpo para tirar o máximo proveito.

Ensinei para ele a usar a adaga que são uma das melhores armas em curta distância e a espada para cobrir o espaço que falta. Ele ainda não consegue controlar o atributo da adaga, o que é triste, mas entendo a dificuldade para ele que acabou de começar.

Também começamos a desenvolver seus músculos, mas faz poucos dias, mesmo assim é muito pouco tempo para um resultado.

Decido focar na menina que está fazendo algo interessante. Com os olhos fechados para se concentrar melhor ela começa a manipular o ar de maneira divertida.

Aos meus olhos é visível, mas o vento está colidindo entre si, e cada vez que isso acontece o resultado deles fica mais forte.

Uma maneira inteligente de reduzir o gasto, fortalecendo cada vez mais sua magia, e controlando o que já criou como um ciclo de aumento de força.

Quando a reserva de mana que ela possui aumentar, ela se tornará um monstro que no meio de uma guerra aumenta suas presas fora do campo de visão.

Enquanto eu olhava para essa habilidade interessante, uma voz foi ouvida por mim.

Investida A!

Uma investida rápida chegou com um corte de espada vindo pela diagonal em direção aos meus braços, na qual eu seguro a espada com as mãos.

Eu falo com uma voz fraca:

— Foi honesto e com muita piedade .

Esperava que ele atacasse um ponto vital como ensinei, mas ele ficou preocupado em me atacar. Ele criou uma habilidade que controla a velocidade de seus movimentos, mas ele deu um nome triste de se ouvir.

Por ser uma habilidade mais próxima da de um guerreiro para testar sua desenvoltura, ele não aproveita tanto a capacidade de usar os vetores, mas o nome é algo que fez eu me arrepender de ensinar.

Pelo menos ele parece ter algum talento para conseguir sobreviver como um guerreiro mágico, mas saber que meus ensinamentos geraram uma habilidade com esse nome faz eu me sentir triste.

Ele conseguiu me fazer sentir arrependimento, algo que eu havia esquecido que existia. No meu momento mais frágil, me sinto cercado por todas as direções.

O vento frio da floresta é reunido pela menina que está suada mesmo no frio. Eu esperava esse movimento, mas foi um um ótimo momento.

Para nivelar a batalha, eu seguro minha força para algo próximo a eles, e deixo as reações próximas de uma pessoa normal.

Escolho soltar a espada para ter liberdade de movimento, contudo uma estocada da adaga que brilha em uma cor azul veio em minha direção à minha coxa direita.

“Aura incompleta?”

Em poucos dias ele chegou próximo de colocar seu espírito no poder mágico?

Como eu estava fora trabalhando, não vi com meus próprios olhos quanto eles cresceram, mas parece que os dois conseguem usar a habilidade sem o nome.

Foi uma situação muito perfeita, portanto, desvio o olhar do garoto e vejo a menina de cabelos verdes que tem um olhar notável.

“Foi sua estratégia fedelha?”

O senso de nomeação é dele, mas ela deve ter percebido que eu me senti incomodado com a nomenclatura e usou isso para coordenar os ataques.

Um uso brilhante de perspicácia, que não ensinei para ela. Mas a diferença de experiência em combates é gritante, se eu atacar para vencer, o garoto de cabelos castanhos estaria isolado comigo.

Para mostrar a falha de sua estratégia eu dou um chute de esquerda em direção a cabeça do menino que pula antes mesmo de eu atacar.

“Oh, você previu isso?”

Não que eu atacasse com intenção de acertar com tudo, mas é impressionante.

Só existe um probleminha…

Convergência de Ares!

Com suas palavras o vento que me cerca fica mais rápido e imponente, porém como eu previ, o vento desvia do garoto.

“Agora é minha vez.”

Sentindo o perigo, o garoto inclina a cabeça para o lado, mas eu chego em alta velocidade e o seguro pela cabeça com um sorriso.

— Boa tentativa.

Arrastando ele, eu saio da armadilha que eles armaram. Após a minha fuga, a menina cai de joelhos com falta de ar 

Ela acabou usando muita de sua reserva de mana. Entendo o motivo, mas começo a falar pelas as falhas que eles cometeram.

— Primeiro, pirralho, você achou mesmo que eu seria parado com golpes tão inocentes?

— Bem…

Nunca ensinei a ser piedoso com um inimigo, ainda que seja eu. Ele abaixa a cabeça com um ânimo mais baixo. Depois dele falo com a menina que está com dor de cabeça.

— Você é inteligente, mas a fedelha pode ser bem burra. Você gastou muito poder na armação, além disso para mim era óbvio que você iria desviar o vento.

Ao invés de trabalhar junto, por desconfiar da minha capacitação física, ela descartou a possibilidade de ambos trabalharem juntos para me atacar. Se fosse em uma situação real ela não usaria um aliado como um descartável.

— Vocês focaram em uma situação de treino contra mim. Eu falei que era um treino para vocês se prepararem para o real.

Eles abaixam a cabeça. Os dois devem ter pensado em me surpreender com uma estratégia impressionante, já que eu sempre cito a importância de uma estratégia.

Mas não é como se eles só tivessem falhas.

— Tirando isso, todo o resto superou minhas expectativas. Foi impressionante.

Lentamente, eles levantam os seus rostos que tem um brilho de satisfação por meu elogio. Percebendo isso, sinto que não os elogiei verbalmente.

Talvez eles se esforçaram tanto apenas pelo meu elogio?

Sinto uma coceira no corpo só de pensar nisso, portanto é melhor eu começar a estudar como elogiar os outros.



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