Volume 9

Capítulo 180: A manhã na Casa Nagumo (Parte 2)

Um ano depois de uma turma inteira de uma determinada escola do ensino médio ter desaparecido, algo que agitou o mundo...

A princípio, a impossibilidade de um grupo sequestrar no meio do dia do interior de uma escola, em um instante, sem que outras classes percebessem, e a improbabilidade de ser um desaparecimento em grupo devido ao almoço meio comido, da lição de casa inacabada, das cadeiras derrubadas, etc., tudo isso deixou a mídia em polvorosa em relação ao caso moderno de Mary Celeste¹ que aconteceu em uma escola.

No entanto, o que era chamado de fluxo da sociedade era bastante insensível, mesmo o interesse por um incidente oculto tão grande não durou por muito tempo. Depois de meio ano, com a notícia de que não havia progresso concreto naquele curto espaço de tempo, havia apenas comentaristas impertinentes ou supostos pesquisadores abrigando motivos ocultos que tentavam usar esse caso como uma chance de torná-lo grande e continuaram tentando atraindo a atenção para esse tópico de vários tipos de pontos de vista, enquanto a mídia se distraia com novos tópicos, um após o outro, como alguns casais de celebridades se divorciando ou entrando em um caso, ou algum político importante com suas roupas sujas sendo exibidas publicamente.

Dessa forma, os meios de comunicação animados se acalmaram e o interesse do povo começou a passar para outros tópicos. Mesmo assim, naquele momento, as famílias dos estudantes, que ainda estavam desaparecidos sem qualquer informação, e a polícia, ainda procuravam por seus paradeiros de forma desesperada. No entanto, incapazes de obter uma única pista, todos estavam começando a ser invadidos por fadiga e resignação.

Shuu e Sumire também estavam na mesma. Eles se cansaram de continuar procurando o paradeiro do filho desaparecido. Enquanto acreditavam desesperadamente que Hajime estava seguro e que ele com certeza voltaria para casa, eles podiam ouvir o fluxo de tempo que estava fluindo sem coração e o som do desespero que aos poucos se aproximava deles.

Para que Hajime pudesse voltar para casa a qualquer momento, eles nunca perderam a chance de limpar o quarto do garoto por um único dia. E cada vez que limpavam o quarto, a frieza da sala que havia perdido seu dono gelava seus corpos. Mesmo quando estavam na sala, ou quando estavam comendo, o que ecoava dentro dos ouvidos era a voz do filho. Enquanto entendiam que era apenas a alucinação deles, mas muitas vezes, eles ainda olhavam ao redor surpresos. Já não era possível dizer quantas vezes eles corriam para a porta da frente toda vez que ouviam pequenos sons.

Até a "associação familiar" formada pelas famílias de todos os alunos desaparecidos parecia infectar Shuu e Sumire com um calafrio no coração ao olhar para os rostos dos pais que estavam perdendo as esperanças dia após dia.

E então, logo passaria um ano desde que Hajime desapareceu. Para os dois, isso significava que a sombra do desespero só se tornaria mais espessa.

O som do relógio ecoava de forma excessivamente clara. Shuu, que estava olhando para a tela do PC, de repente abriu a boca sem se virar ou parar a mão que estava clicando no mouse.

— Sumire, que tal ir dormir cedo? Ontem você já ficou acordada até tarde, não ficou?

— Sem problemas. Se você está dizendo isso, então não seria melhor você mesmo ir dormir? Ontem, no trabalho, você teve muitos problemas, não teve? Você quase não teve tempo para dormir.

Tarde da noite, Shuu e Sumire, que haviam emagrecido devido à ansiedade, estavam checando o quadro de avisos no PC e produzindo o panfleto que pedia informações com um movimento que era como uma máquina programada. Ambos estavam trocando palavras sem sequer levantarem o rosto para se olharem.

— Não há problema com o trabalho. Afinal, meus camaradas são todos confiáveis. Mesmo quando o presidente não está lá, isso não importa para eles. Em vez disso, eu seria apenas um incômodo para eles se eu fosse trabalhar com um rosto que parece o de um fantasma. Assim, eles até me expulsariam. Além disso, Sumire não está pior do que eu? Você perdeu seu prazo de novo, certo?

— … sim. Mas, isso foi apenas uma vez. Afinal, minha assistente também é excelente.

Tanto Shuu quanto Sumire, neste ano, muitas vezes tiraram férias em seus respectivos trabalhos de gerenciamento da empresa de jogos ou na publicação de um mangá. Tudo era para encontrar o filho deles. Normalmente, esse tipo de dias consecutivos de folga os fariam perder a confiança social das pessoas ao seu redor, mas seus colegas de trabalho e subordinados, que sabiam das circunstâncias dos dois demonstravam entendimento e até cooperavam com eles de forma proativa. Graças a isso, eles não acabaram desempregados.

Essa foi uma consideração apreciada, de modo que, no caso de Hajime chegar em casa, não haveria situação complicada como ele testemunhando os dois pais ficando desempregados. Havia também o fator de que ambos os ambientes de trabalho eram especiais e também como Hajime costumava mostrar seu rosto nos locais de trabalho de seus pais, as pessoas desses locais tinham impressões favoráveis sobre ele. Na verdade, as pessoas nos locais de trabalho dos pais de Hajime também estavam preocupadas com o garoto do fundo de seus corações, pois o rapaz havia desaparecido depois de se envolver com uma situação repentina e oculta.

Mas mesmo os olhares dessas pessoas estavam aos poucos se transformando em olhares cheios de muita pena, como se estivessem olhando para algo doloroso. Com certeza a resignação já havia crescido dentro deles. Não havia como dizer algo aos pais cujo paradeiro do filho se tornara desconhecido, mas todos começaram a pensar: "É possível que Hajime já esteja..."

Também não havia como Shuu e Sumire não perceberem tal atmosfera. Isso também se tornou um fator que deixou suas mentes inúteis, mas o fato de que eles poderiam dedicar um tempo para procurar Hajime como faziam agora também era graças a essas pessoas, então não havia como eles poderem fazer algo como explodir de raiva com elas.

Mesmo com os corações sombrios, embora ambos entendessem que não havia como descansar, eles ainda trocavam palavras imprudentes como recomendar um ao outro para descansar.

Depois de um tempo, Shuu e Sumire continuaram a trocar diálogos cada vez mais vazios, mas em pouco tempo, depois de olharem para o painel de informações na Internet, que não apenas não possuía informações plausíveis, mas também estava preenchido com informações obviamente falsas ou escritas imprudentes, Shuu enfim tirou o olhar da tela do monitor.

E então, enquanto suspirava, ele apoiou os cotovelos na mesa e a cabeça inclinada com as mãos cobrindo os olhos.

— … Hajime. Onde ele está agora?

— Querido…

Embora Shuu ainda estivesse na metade dos seus quarenta anos, naquele momento, ele parecia um velho cansado. Sumire, que o viu assim, também parou sua mão que trabalhava e levantou o rosto.

— Como esperado, que tal descansarmos um pouco?

— ... você sabe que é impossível, não sabe? De qualquer maneira, não vou conseguir dormir muito bem.

— Isso pode ser verdade, mas...

As palavras de Sumire ficaram presas em sua garganta. O que Shuu estava dizendo estava correto, ela também estava assim. Por mais exaustos que seus corpos e suas mentes estivessem, dia após dia, o fogo da preocupação em seus corações continuava ficando mais forte. Tal coisa roubava a capacidade deles de terem uma boa noite de sono.

— Vai ficar tudo bem. Só se passou um ano. Mesmo que demore vários anos, nós com certeza o encontraremos. De jeito nenhum eu vou entrar em colapso até lá.

— … você tem razão. É como você disse.

Seu marido ergueu o rosto com um sorriso irônico, mesmo assim, havia uma sombra escura que não podia ser escondida lá. Sumire sorriu para ele, mesmo sentindo preocupação, e então ela se levantou da cadeira para se aconchegar perto dele.

Mas logo antes que ela pudesse fazer isso, de repente houve um sinal sonoro vindo da entrada.

De modo natural, a essa hora em que o dia já havia mudado, não havia como haver alguém querendo fazer uma visita. Se fosse um parente, eles deveriam ter entrado em contato com eles de antemão, então os dois se encararam desconfiados. O fato de não terem conseguido chegar "aquela possibilidade" imediatamente mostrou como estava exausto o estado do coração do casal.

Shuu levantou a cintura pesada e tirou o fone do interfone. Quando ele fez isso, a figura do visitante foi projetada na tela...

— … aa, bom, o que posso dizer… sou eu, aqui.

O visitante repentino, que foi incapaz de decidir sem problemas quais palavras usar, estava com um olhar que vagava de forma incessante. Se as pessoas que conheciam essa pessoa neste intervalo de um ano vissem essa atitude, com certeza ficariam espantadas.

Mesmo do outro lado da tela, eles sabiam.

O ar, a aparência e a altura dessa pessoa eram diferentes da memória deles.

Mesmo assim, eles sabiam.

Shuu e Sumire souberam no mesmo instante. Aquela pessoa, que estava parecendo desajeitada com um rosto carrancudo que parecia perturbado era... a pessoa que eles continuaram a procurar, a pessoa que eles acreditavam que certamente voltaria para casa...

... era o amado filho deles.

Com um som de estalo, Shuu jogou fora o telefone do receptor e abriu a porta da sala com força, como se estivesse a arrombando. Sem esconder sua impaciência, ele abriu a fechadura da porta da frente e, em seguida, abriu a porta.

E então...

— Aa… hum… estou em casa, pai.

— Hajime!

— Hajime!

A voz de Shuu se sobrepôs a de Sumire, que o perseguira sem que o homem percebesse. Eles falaram o nome do filho com um volume que poderia rasgar suas gargantas. Ao mesmo tempo, atacaram o filho que estava coçando a bochecha sem jeito na frente do portão da casa.

— Hajime, você, esse maldito estúpido! Onde diabos você estava até agora...

— Este filho estúpido. Você sabe o quanto nos deixou preocupados!

Pai e mãe abraçaram o filho com força, tão forte que dificultava a respiração do rapaz. Agora, neste momento, eles estavam confirmando que esse filho estava mesmo diante de seus olhos. Assim, ele não desaparecia pela segunda vez. Eles o abraçaram com força, muita força.

A fraca luz da rua, a luz vazando de dentro da casa e a lua perfeitamente redonda no céu iluminavam a família que se tornou completa mais uma vez. Em meio a tudo isso, Hajime estava preso em uma postura desconfortável enquanto era abraçado com força pelos dois.

O garoto pensou que seus pais deviam estar preocupados com ele. Ele estava convencido de que eles acreditavam que o filho voltaria para casa.

Mas, mesmo assim, a figura e a atmosfera do atual rapaz, mesmo que a cor do cabelo, o olho artificial e a mão artificial voltassem às suas aparências anteriores, tanto quanto era possível, o ele de agora devia ser muito diferente do passado.

Por isso, o rapaz pensou que os pais com certeza se sentiriam confusos. Ele até se preparou para que eles dissessem palavras duvidosas como: — Você é mesmo Hajime? — sob suspeita. Dependendo da situação, poderia até ser necessário gastar tempo para chegar a um entendimento, era o que Hajime estava pensando em seu coração.

Era como a imagem falsa de Hajime apontou em um dos sete grandes calabouços, na Caverna de Gelo e Neve no Campo de neve Schnee antes disso, que no fundo do coração do Sinergista, ele tinha medo de que a pessoa que foi reconhecida por ele e por outras como um monstro não podia ser aceita por seus pais, essa era a causa dessa emoção que não podia ser eliminada, que era ao mesmo tempo ele mesmo, mas também era diferente.

Mas agora que ele tentara abrir a porta, foi isso o que aconteceu. Shuu e Sumire nem sequer deram atenção à mudança do filho, eles deram-lhe um abraço apertado que estava transbordando de convicção e raiva, e também alívio e desamparo.

Dentro do corpo de Hajime, uma emoção quente, mas silenciosamente forte, que era insondável e profunda, estava surgindo. Toda grande experiência que ele passou no outro mundo passou por seu cérebro como se estivesse vendo um filme.

E então, havia apenas uma coisa em que ele estava pensando.

"Aa, até que enfim, cheguei em casa."

Os dois braços de Hajime seguraram as costas de seus dois pais. E então, com uma voz trêmula, ele falou mais uma vez em uma voz baixa, mas clara:

— Pai, mãe, estou em casa.

Shuu e Sumire, com os olhos ainda transbordando de lágrimas, separaram-se um pouco do rapaz e, com um olhar firme e direto, deram a ele essas palavras juntamente com sorrisos, com certeza, para Hajime, essas palavras foram a marca que o informou sobre o fim de sua longa e perigosa jornada em seu verdadeiro significado:

— Bem-vindo de volta, Hajime.

— Bem-vindo de volta, Hajime.

Depois disso, o Sinergista e seus pais, que notaram que os vizinhos estavam observando a situação pelas brechas entre as cortinas, retornaram para dentro da casa com animação.

Era uma casa que ele deixou por apenas um ano. Mesmo assim, Hajime estreitou os olhos em nostalgia, ele não pôde evitar acariciar a mão no parapeito e nos ornamentos.

Entrando na sala, Hajime viu uma grande quantidade de folhetos espalhados sobre a mesa. Ele pegou um deles na mão e olhou de perto. Depois disso, ele também descobriu o PC que ficou aberto exibindo o site que solicitava informações sobre pessoas desaparecidas.

— … este ano, depois que você se foi, tentamos de tudo para encontrar uma pista. Mas, no final, não conseguimos obter nada. Hajime, você, não, todos vocês, para onde vocês foram?

— Aliás, Hajime. Há um ano naquele dia, o que diabos aconteceu?

— … sobre isso. Explicar é simples, mas também difícil. Há muitas coisas que precisam ser discutidas.

O olhar profundo do filho, que já não podia ser chamado de jovem, fez Shuu e Sumire engolirem em seco. E então eles imaginaram que o garoto havia passado por uma tremenda experiência que eles nem podiam imaginar.

— Entendo. Então, deixe-me arrumar a mesa, vamos conversar por muito tempo depois disso. Espere um segundo. Vou preparar um delicioso chá com leite agora.

— É. Obrigado, mãe.

— Fufu, de alguma forma você transmite a aura de um adulto.

Enquanto tomava o doce e quente chá com leite que Sumire preparou, Hajime contou a verdade do desaparecimento do grupo para os dois. A experiência do Sinergista foi densa demais para que tudo fosse dito de uma só vez. Dessa forma, ele falou apenas sobre o resumo de todos os pontos importantes, mesmo assim, a invocação para outro mundo, a sobrevivência no abismo, a separação com seus colegas de classe, a conquista dos grandes calabouços, a lendária batalha decisiva... no momento em que Hajime terminou de falar, o céu já estava começando a clarear.

O rapaz, que havia terminado de falar sobre o evento geral, esvaziou sua xícara que havia sido reabastecida várias vezes e depois suspirou. Shuu e Sumire também suspiraram cansados. O pai estava esfregando os olhos com os dedos enquanto a mãe estava com o olhar baixo para o copo vazio. Eles ficaram em silêncio por se sentirem perdidos quanto à como responder.

— Como pensei, isso é difícil de acreditar, não é?

Hajime perguntou enquanto sorria sem graça.

— Sem dúvidas, é. O pai e também a mãe, devido aos nossos trabalhos, temos muito conhecimento sobre esse tipo de coisa, mas... pensar, que aconteceu de verdade...

— Isso mesmo. Mas, pensando no desaparecimento tão estranho do grupo, não podemos rejeitar que isso possa ser verdade. Também não há razão para Hajime mentir nessa situação. É por isso que, nossa preocupação é a possibilidade de alguém estar fazendo você acreditar nessas coisas.

— Haha, sim, esse modo de pensar é muito mais realista. Eu também, se estivesse na posição do pai e da mãe, com certeza também pensaria assim no início.

Ser sequestrado por pessoas desconhecidas, e então o grupo sofreu uma lavagem cerebral e teve a memória de absurdos fantásticos inseridos em seus cérebros... de fato, ao invés de acreditar que ele foi para outro mundo e lutou contra monstros e deuses por lá, essa explicação soava mais plausível. Em vez de não acreditarem nas palavras do filho, era mais como se eles pensassem de forma realística e com preocupação, se tal coisa tivesse sido feita ao rapaz, eles precisariam obter tratamento para ele.

O sorriso irônico de Hajime se aprofundou ao ver os dois preocupados com ele, então o garoto abriu a boca porque havia algo que tinha que confirmar, não importava o que pudesse acontecer.

— Pai, mãe. Se o que estou dizendo é verdade ou não, existe um método para provar isso. Por isso, assumindo por enquanto que o que estou dizendo é verdade, quero perguntar uma coisa. Em relação às coisas que eu fiz, o que vocês acham? Não, o que vocês acham do meu eu atual?

Essa era a pergunta que Hajime mais temia no fundo de seu coração. Se seus pais tivessem decepção e medo, evasão e repulsa por ele, então... como esperado, isso seria difícil para o rapaz. Com certeza, se isso acontecesse, Hajime sairia de casa e depois pularia no peito de sua amada.

Mas, em contraste com a ansiedade e o nervosismo dentro do coração do garoto, como se eles tivessem adivinhado a preocupação no coração de Hajime, Shuu e Sumire mostraram um sorriso que parecia perturbado ou talvez exasperado.

— Veja bem Hajime. Eu, e também Sumire, não somos santos, sabia?

— Eh?

Shuu e Sumire se levantaram e se aproximaram do lado de Hajime, que estava perplexo.

— Em vez da morte de outras pessoas, a segurança de nosso filho é muito mais importante. Talvez você pense nisso como ser insensível, mas é isso que um pai ou mãe é. Minha nossa, por você se sentir tão nervoso... será que você está pensando em algo como: talvez eu seja expulso de casa? Realmente, que grande idiota você é.

— Mas… mãe. Sim, eu matei porque era necessário, mas eu nem hesitei em fazer isso. Eu me tornei capaz de fazer isso. Uma pessoa que não tem evasão ou repulsa em matar, vocês podem aceitar alguém assim?

"Que garoto perdido.", Sumire, que estava esfregando a cabeça do rapaz como se dissesse isso, foi respondida por Hajime com uma expressão que mostrava que ele estava sem palavras. Ao ouvir essa resposta, Shuu abriu a boca exasperado de verdade dessa vez.

— Não se trata de aceitar ou não, somos uma família, não somos? Algo como deixar de ser parentes não existe na família Nagumo. Vocês não sabem? Não há nada que possa fazer você parar de ser meu filho. O resultado final é: "você não pode fugir do pai!".

— Não, não faça nenhuma citação em um momento como este…

— Hahaha, bem, deixando isso de lado. Hajime é meu filho e eu sou pai. Enquanto isso for verdade, eu e Sumire seremos seus aliados a qualquer momento. Não há como alguém se preocupar com outras pessoas enquanto a sobrevivência de seu filho está sendo ameaçada. Além disso, se você estiver se sentindo culpado, se você disser que quer se reparar com a família do falecido, eu expiarei junto com você, e mesmo se você se tornar um assassino psicopata, eu apostarei meu corpo e minha vida para pará-lo.

Muito provavelmente, se fosse pensado do ponto de vista do senso comum, o modo como Shuu e Sumire estavam fazendo as coisas estava errado. Como pais, não importava o tipo de circunstância, eles tinham que questionar o certo e o errado do assassino. E se era algo imperdoável, eles tinham que advertir a pessoa. Como pais, eles tinham que repreender seu filho por suas más ações.

E com certeza Shuu e Sumire também entendiam isso. Mas mesmo com esse entendimento, eles ainda estavam indubitavelmente felizes pelo filho ter voltado para casa vivo, mesmo que tenha matado outras pessoas. Se Hajime aceitasse isso, tudo bem, se, por exemplo, ele quisesse expiar seus pecados, então eles, como pais, o acompanhariam, e se ele acabasse como um demônio, eles estariam apostando suas vidas para trazer ele de volta para o caminho certo. Eles declararam isso de forma clara para Hajime.

— Hajime, você se arrepende do que fez até agora?

— Não, não me arrependo nem um pouco. Nem acho que estou errado. Decidi fazer o que fiz com a resolução contra tudo.

— Sim. É assim que tem que ser. Mas Hajime, esse jeito de fazer as coisas não vai funcionar no Japão, sabia?

— Eu sei. A jornada que comecei com a determinação de matar todos os caras que estavam me antagonizando já acabou. É por isso que eu também tenho que mudar minha maneira de viver. Bem, eu poderia pelo menos fazer algo como plantar traumas naqueles que estão no meu caminho.

— Entendo, então tudo bem. Mesmo que o coração de Hajime tenha perdido a relutância para matar pessoas, o raciocínio e a emoção ainda existem dentro de você. Então, está tudo bem. É como Shuu disse: se Hajime realmente seguir o caminho errado, nós o levaremos de volta, mesmo que tenhamos que bater em você e assumir a responsabilidade.

— Mãe…

Hajime pensou, mesmo que tenha obtido o poder de matar até um deus, como era esperado, ele ainda não era páreo para seu pai e sua mãe. E então, o rapaz lembrou-se de sua amada filha que obteve no outro mundo, e sentiu como ainda era uma falha como pai.

Shuu e Sumire deram um tapinha gentil em Hajime, que estava fechando os olhos em silêncio. Se eles vissem o rapaz assassinando alguém com seus próprios olhos, não havia como não se abalarem. Talvez isso se tornasse um trauma para eles. Talvez eles não pudessem transmitir a ele suas palavras sem hesitarem.

Mesmo assim, uma coisa que eles nunca poderiam dizer era que eles ficaram com medo de Hajime, seu filho, e depois se distanciaram dele devido a isso, essa era a única coisa que eles nunca fariam.

Esse sentimento foi transmitido a Hajime. Dessa forma, o garoto só poderia dizer uma coisa:

— … obrigado. Pai, mãe.

Os olhos de Shuu e Sumire se apertaram de forma gentil.

Enquanto sentia o calor desses pais, Hajime abriu os olhos e mostrou um sorriso enorme e malicioso. Seu coração estava limpo. O rapaz recuperou sua forma usual devido à aceitação de seus pais em relação à sua mudança.

Nesse caso, o que faltava era o relatório que, de certo modo, era o mais importante que ele precisava contar. Isso também se tornaria uma prova do outro mundo sobre a qual ele havia contado agora, então seriam dois coelhos com uma cajadada só.

— Pai, mãe. Vocês se lembram, no passado... sobre a conversa idiota sobre que eu iria fazer se fosse convocado para outro mundo?

— Hmm? Aa, eu me lembro. Se você é um homem, então, em um mundo com espadas e magia, você com certeza desejará derrotar o rei demônio e construir um harém, foi o que eu disse, enquanto Hajime, acho que você disse: "Se fosse eu, não acho que poderia derrotar o rei demônio. O que eu poderia fazer, na melhor das hipóteses, seria voltar para casa. E então, se eu encontrar alguém importante para mim lá, voltarei com ela", era isso, não?

— O pai se lembra bem disso, hum. Bem, é isso mesmo. Acho que mencionei isso um pouco na minha explicação de antes, mas... encontrei pessoas importantes lá. Quero apresentá-las a vocês, então, está tudo bem agora?

— Agora mesmo? Já é de madrugada, sabia? Ou melhor, você encontrou uma namorada lá!? Além disso, de outro mundo? Não, espere, ainda não sei se a história da invocação para outro mundo é verdadeira...

— É-é isso mesmo, não é? Por acaso, essa pessoa poderia ser quem plantou falsas memórias em Hajime… e então, essa pessoa dirá algo como: "Se você quer que seu filho volte ao normal, compre este vaso sagrado. Não se preocupe, se você o comprar agora mesmo, darei a você um desconto especial de cinquenta por cento por esse vaso de um milhão de ienes, entendeu?"!²

Shuu, que ouviu toda a desilusão selvagem e franca de Sumire, disse instantaneamente: — Sumire, você é um gênio!? —, em concordância. Enquanto sorria de forma irônica ao testemunhar que sua amada foi considerada um vendedor corrupto, o olhar de Hajime vagou pelo ar.

— … Yue, você pode me ouvir? Sou eu.

— Ei, Sumire! Por alguma razão, Hajime está falando com o ar vazio, veja! Será que é aquilo? O que é chamado de namorada invisível? Como um pai, o que devo fazer em uma situação dessas!?

— Acalme-se querido. Nós fomos descuidados... eles com certeza instalaram aparelhos de escuta em nossa casa! Depois disso, a mulher que nos venderá o vaso sagrado chegará após ser chamada por Hajime, quer apostar!?

— Mas, o quê? Desgraçados, fazer do meu filho o trouxa da sua venda de vaso... não pensem que isso vai acabar bem para vocês. Com minha maravilhosa técnica de barganha, vou reduzir o preço até menos de cinquenta mil ienes³!

Shuu e Sumire, que não podiam entender que Hajime, que de repente estava conversando com o ar vazio, estava usando telepatia, ficaram bastante abalados. Sumire estava falando de uma suposição realista, enquanto Shuu ficou em pânico e ficou com uma determinação um pouco esquisita. E então, antes que Hajime percebesse, Yue se tornou uma vendedora de vasos sagrados.

Hajime continuou com sua telepatia enquanto olhava de soslaio para esses pais.

— Sim, já está tudo bem. É, eu já falei sobre a essência dos eventos. Eu quero apresentar todas vocês logo. Isso mesmo. Você conhece as coordenadas, certo? Sim, abra um portal e venha direto para cá. Eu estou... vamos ver, abra-o a um metro do meu lado leste.

Na verdade, agora Yue estava no prédio da escola que Hajime frequentava. Quando eles voltaram à Terra, o Sinergista fez do telhado do prédio da escola o ponto onde o portal foi aberto. Desse lugar, era fácil para ele imaginar a posição de sua casa e, mesmo que chegassem tarde, normalmente aquele telhado estava trancado e as pessoas eram proibidas de entrarem ali, o local também ficava fora do olhar do público. Esse local era conveniente de se usar.

E então, depois que os colegas voltaram para suas próprias casas, um após o outro, Yue e as outras propuseram ficar na escola. Era para que elas não atrapalhassem a reunião de Hajime com seus pais.

De modo natural, Shuu e Sumire, que não sabiam dessas circunstâncias, só podiam encarar maravilhados como o filho continuava a falar em direção ao ar vazio... eles congelaram logo depois disso.

Com uma distorção, o espaço ao lado de Hajime de repente formou um vórtice e, em seguida, tomou a forma de elipse, e um momento depois, um cenário familiar... um lugar que parecia ser a sala de aula de uma escola podia ser visto.

— A-a Porta para Qualquer Lugar?

— E-eh? Espere, isso é fantasia demais tão de repente!

Enquanto Shuu e Sumire estavam muito perturbados, o rosto de Yue apareceu com um ruído de dentro do portal. Aqueles olhos vermelhos estavam vagando pela sala com profundo interesse, e então, aqueles olhos se estreitaram alegremente quando capturaram Shuu e Sumire, depois esses olhos se voltaram para Hajime e indagaram sem palavras: — Tudo bem entrar?

— Bem-vinda, à casa de Nagumo. Entre sem se preocupar.

— … nn.

Com as palavras acolhedoras de Hajime, Yue entrou lentamente na casa dos Nagumo. O buraco no espaço que de repente se abriu dentro da sala e a linda garota que era como uma boneca de porcelana despertada que apareceu de lá fizeram Shuu e Sumire abrirem e fecharem a boca sem palavras em turbulência óbvia.

Hajime estava ao lado de Yue e, enquanto sorria como uma criança que conseguiu pregar uma peça, ele apresentou sua amada.

— Pai, mãe. O nome dela é Yue. Ela é minha pessoa especial. A propósito, ela é uma pessoa de outro mundo, uma vampira e uma ex-princesa.

— ... as características padrões!?

— ... as características padrões!?

Shuu e Sumire retornaram esplendidamente uma resposta que era impossível para as pessoas comuns. Dentro de seu coração, Yue estava se sentindo quente, pensando: "Aa, eles são mesmo os pais de Hajime", enquanto, ao mesmo tempo, se sentia um pouco nervosa nesse importante evento em que estava cumprimentando os pais de seu amado, ela segurou a borda da saia e mostrou um gesto de cortesia transbordando elegância e beleza.

— … como vocês estão, estimado Pai e estimada Mãe de Hajime. Por favor, me chamem de Yue. Por favor, cuidem de mim pelos muitos anos que estão por vir.

— E-e, ou. Não, eu preciso ser educado aqui. Por favor, cuide de mim também, desu?

— Por-por favor, cuide de mim, desuwa?

O choque de testemunhar a linda garota de olhos vermelhos e cabelos loiros, que parecia ter saído de um livro de gravuras, e também por essa ser a apresentação da amada do filho pela primeira vez em suas vidas, fez com que o final de suas sentenças ficasse estranho. As figuras de seus pais abaixando a cabeça várias vezes e agindo de forma incoerente aprofundaram o sorriso de Hajime, no entanto, como se dissesse: — Isso não vai acabar só com isso, é! —, ele abriu a boca mais uma vez:

— Shia, está tudo bem agora!

— Sim, desuu! Estimado sogro, estimada sogra, eu me chamo Shia! Por favor, cuidem de mim, desuu!

— Orelhaaaas de coelhoooo, apareceraaaam!?

— Orelhaaaas de coelhoooo, apareceraaaam!?

Shia saltou do portal com um enorme sorriso enquanto suas orelhas de coelho estavam balançando. Shuu e Sumire mostraram uma esplêndida reação harmoniosa ao aparecimento dessa segunda linda garota. Sem nenhuma compostura para responderem, seus olhos ficaram pregados nas orelhas de coelho que se moviam.

— Tio, venha!

— Hum-hum. Esta és a nossa primeira reunião, honrado sogro, honrada sogra. Esta és Tio Klarus, da raça dos dragões, amante do Mestre e também tua escrava sexual. Por favor, cuidem desta para sempre a partir de agora.

— Escrava sexual!?

— Escrava sexual!?

Com colinas gêmeas que pareciam se derramar a qualquer momento, e asas de dragão que se abriram e bateram atrás dela para expor sua verdadeira forma, Tio fez essa saudação que não era muito boa. Ouvir isso fez Shuu e Sumire cambalearem. Parecia que os desenvolvimentos chocantes e consecutivos deixaram seus pés instáveis.

— Remia, Myuu!

— Sim, querido. Prazer em conhecê-los, me chamo Remia. Por favor, cuidem de mim, junto de minha filha.

— E, err, err… eu sou a filha do papai, Myuu, desu! Avô, Avó, por favor, cuidem de mim, nano!

— A-avô!?

— Fi-filhaaaa!?

A beldade que abaixou a cabeça educadamente com uma aparência graciosa, e a pequena Myuu que deu tudo de si em seu cumprimento. Shuu e Sumire ficaram enfim paralisados pelas palavras surpreendentes de Myuu. E então, o olhar deles se moveu em direção a Hajime como uma máquina que precisava de óleo.

Seus olhos estavam expressando seus sentimentos de forma mais eloquente do que qualquer coisa. Ou seja: — Explique qual é o significado disso!

Assim, o rapaz respondeu de forma concisa:

— Myuu é minha filha e todas as outras são minhas esposas. Bem, por favor, cuidem bem delas, tá?

— Tão casual!?

— Tão casual!?

— Ah, a propósito, há mais quatro esposas, então eu terei que apresentá-las em outro dia.

— Um verdadeiro harééém!?

— Um verdadeiro harééém!?

Como esperado, os dois sincronizaram-se de forma esplêndida em uma reação maravilhosa.

E então, o coração dos pais que estava inabalável, mesmo quando o filho deles confessou ser um assassino, "Você, você é mesmo meu filho!?", pensou Shuu. e "Você, você é mesmo aquele meu filho!?", pensou Sumire; com grande agitação e afobação, e então o pai disse de modo súbito: — Eu revelarei esse truque! — e gritou: — Não, espere, Sumire! Não há como mulheres tão fofas serem reais! Tudo é CG! Não se deixe enganar! —, ao ouvir isso, a mãe gritou: — Querido, você é um gênio! Hajime, abra seus olhos! Mesmo que as meninas 2D sejam convertidas em 3D, no final, elas são apenas imagens falsas. Tudo vai acabar em vão! — Com uma expressão triste...

De qualquer forma, a sala já se tornara um grande pandemônio.

No entanto, mesmo esse pandemônio não continuou por muito tempo.

Foi porque Myuu, que sentiu que elas não eram bem-vindas pelo estado dos dois pais, ficou deprimida, então ela perguntou: — Avô, avó... Myuu não é boa? — O resultado disso não precisava ser dito.

— Como vai você, eu sou o avô de Myuu, sabia?

— Como vai você, eu sou a avó de Myuu, entendeu?

Eles esplendidamente se recuperaram em um instante. A figura dos dois, que foi nocauteada de forma impotente pela astúcia de Myuu, era a mesma que Hajime esperava ver.

Assim, depois que eles conseguiram se levantar, vendo o fenômeno de fantasia que acontecia diante de seus olhos e as lindas garotas que não eram humanas, as duas pessoas que desde o início tinham alta resistência a esse tipo de coisa devido a natureza de seus trabalhos, confirmou a verdade das palavras do filho.

Depois disso, houve uma grande comoção. O evento real demais que o filho experimentou, e o verdadeiro harém de lindas mulheres... suas almas otaku devorou tudo de forma energética antes dos dois lançarem uma série de perguntas a Hajime e as outras com os olhos brilhando de forma intensa.

Quando Tio usou a magia da regeneração para obter a gravação da imagem da batalha do Sinergista que ela gravou, vozes estranhas ecoaram pela área residencial pela manhã. — UoOOOOOO, INCRÍVEEEEEL! Você viu, você viu, heeeein!? Esse-esse é o meu filho! Muitíssimo obrigado! — ou, — KyaAAAA, você ouviu aquilo!? Agora mesmo, ele disse algo incrível, não disse!? Isto é ruim! Esta criança é mesmo o rei demônio-sama! E então, o rei demônio-sama é meu filho, desu! Muitíssimo obrigada! — e assim por diante.

Talvez porque os dois também estivessem acordados a noite toda sem dormir, a tensão continuou aumentando e, no final, os dois continuaram fazendo uma comoção até que Hajime, que ficou incapaz de suportar a vergonha, os fez se calarem usando a Capa do Relâmpago.

— … nn. Como esperado do pai e da mãe de Hajime. Eles são completamente fora do comum.

— Com certeza, parece que eles são mesmo os pais de Hajime-san, desu.

— Pode-se até dizer que isso és natural para o estimado pai e a estimada mãe do Mestre.

— Ufufu, eles se parecem com Hajime-san, que personalidade única.

— Sim, papai realmente se parece com o vovô e a vovó, nano!

Yue e as outras expressaram suas impressões enquanto encaravam Shuu e Sumire, que desmaiaram com grandes sorrisos.

Para essas impressões, Hajime disse uma frase:

— O que diabos vocês querem dizer com isso?

A expressão de Hajime indicava que ele ficou sem palavras.


Shuu e Sumire, que retornaram de suas reminiscências, gritaram com sorrisos enormes para a família de seu filho, que estava flertando e brincando na mesa de jantar da manhã.

— O que me lembra, Hajime. Você vai se encontrar com Kaori-chan e as outras hoje, não vai? Você não vai se atrasar?

— Aaaaa, vai ser depois do meio-dia, então não há problema.

— Shizuku-chan também virá, certo? E quanto a Ai-chan?

— Parece que Shizuku virá com Kaori, mas Aiko, acho que ela pode vir, mas talvez ela se atrase. Afinal, ela tem seu trabalho e também sua posição.

Hajime deu de ombros, enquanto Sumire abaixou a sobrancelha em simpatia, pensando: "Ai-chan também tem dificuldades, hein."

Hoje, Hajime tinha o plano de jantar com todos, incluindo Kaori e as outras também. Os colegas também participariam, então seria algo como a reunião de classe das pessoas que foram invocadas para o mundo alternativo. Embora no momento todos ainda fossem estudantes ativos, a nuance era um pouco diferente.

— Ei, Hajime. Diga a Kaori-chan e as outras que mostrem seus rostos aqui com mais frequência. Em relação a lindas noras, quanto mais, melhor.

— Isso mesmo. Ou melhor, se a reconstrução da casa estiver concluída, não há problema em morarem aqui, entendeu? Não é melhor quando a casa está animada e alegre?

— … as próprias garotas não se importam com isso… ou melhor, elas parecem querer vir, mas suas famílias parecem não aprovar. Bem, essa é a decisão sensata.

No canto de sua mente, Hajime lembrou-se do momento em que conheceu a família de Kaori e Shizuku enquanto encolhia os ombros.

— Hmmmmm, tem isso também. Bem, diga a elas que a mãe as receberá a qualquer momento. Aliás… fufu. Não vou me importar se você ficar fora a noite toda, sabia?

— Uma festa da devassidão eh! Que criança aterrorizante, mesmo sendo meu filho.

— Vocês são barulhentos demais. Eu já te disse que vou voltar para casa. É sério, o pai e a mãe são…

A expressão de Hajime ficou um pouco cansada desde a manhã. As esposas de outro mundo observaram aquela troca entre pais e filho, sorrindo.

O que se desenrolava diante de seus olhos era com certeza a rotina pacífica e gentil de uma família.


Nota do Autor (Ryo Shirakome)

Muito obrigado por ler essa história.

Muito obrigado pelos pensamentos, opiniões e relatórios sobre erros de ortografia e palavras omitidas.

Acho que no próximo capítulo, tentarei escrever sobre sair pela cidade com as esposas.

Parece que a história comovente, sem muito desenvolvimento, continuará, mas também estou querendo escrever uma longa história extra, assim ficarei feliz se vocês puderem ler enquanto sentem a atmosfera calorosa.

… se Shirakome tivesse mais tempo… vida real, sua desgraçada…


Notas

[1] O Mary Celeste foi um bergantim (galé de um a dois mastros e velas redondas) mercante norte-americano que foi encontrado à deriva e sem tripulação no Oceano Atlântico, ao largo dos Açores, em 4 de Dezembro de 1872, pelo bergantim canadense Dei Gratia. O navio, embora com sinais de abandono, estava com boas condições de navegabilidade, com parte das velas içadas, sem ninguém a bordo, e sem o seu barco salva-vidas. O último registo no diário de bordo tinha data de dez dias antes. O Mary Celeste saiu de Nova Iorque rumo a Gênova (na Itália) em 7 de Novembro, e quando foi descoberto ainda tinha bastante provisões e mantimento. Sua carga de álcool estava intacta e os bens pessoais do capitão e do restante da tripulação não tinham sido mexidos. Nunca mais se viu ou se ouviu falar dos tripulantes do navio.

[2] No Japão, houve casos de fraude em que um vendedor estava oferecendo um vaso/pote que alegava ser sagrado, possuindo vários efeitos a um preço muito baixo

[3] Aproximadamente R$2.440,00. (Cotação do dia 15/04/2020)

[4] A Porta Para Qualquer Lugar (Dokodemo Door em japonês) é uma das ferramentas mais populares e frequentemente usadas na série Doraemon. Sua função primária é transportar o usuário para qualquer lugar que ele desejar ao atravessá-la.

[5] Ambos os pais também usaram uma linguagem extremamente educada em seus cumprimentos.



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