Volume 11
Capítulo 261: Aquele é Deus? Sério? Então tá...
KUEEEEEE!, um grito agudo ressoou.
Logo depois disso, uma tempestade que caiu do céu envolveu a nuvem de poeira e bloqueou o campo de visão. Pequenas pedras de areia atacaram o globo ocular que forçaria qualquer um a estreitar os olhos enquanto cobria o rosto com o braço.
Como se esperasse por aquela abertura, a chuva se despejou misturando-se na ventania.
No entanto, não foi uma chuva de água. Foi uma chuva feita a partir de agulhas de pedra. As agulhas de pedra com comprimento de cerca de 15 centímetros se aproximaram do chão parecendo uma chuva forte.
Agulha de pedra de Coatrice.
Era a magia característica que foi disparada por um enorme monstro parecido com uma águia negra, Coatrice. Se alguém fosse atingido por uma única agulha, seria petrificado em um piscar de olhos. E tal agulha foi disparada em uma enorme área às centenas e ao mesmo tempo, enquanto a visão do alvo era bloqueada pela tempestade e nuvem de poeira.
— ... Parede de Vento!
Um gatilho mágico com o encantamento abreviado foi sussurrado com uma voz baixa. Vento que girou com o invocador como o centro explodiu a nuvem de poeira.
O que apareceu foi um jovem. Ele tinha cabelos castanhos sedosos e um rosto bonito. Seu corpo era magro e tonificado apesar de ser esbelto e alto. Usando protetores simples que só protegiam os pontos vitais de seu corpo, suas mãos estavam segurando uma espada ocidental que brilhava em uma posição baixa.
Aquele jovem, Kouki Amanogawa, que nem parecia nervoso enfrentando a agonia da tempestade de agulhas de pedra, levantou a espada sagrada acima de sua cabeça e começou a girar a arma apenas com o movimento de seu pulso.
A espada sagrada, que estava começando a girar como um cata-vento, em um instante parecia um escudo redondo, além da radiância com que estava envolvida.
Logo depois, agulhas de pedra choveram sobre o escudo redondo da espada sagrada. Mas, parecia que as agulhas não poderiam passar por esse escudo por causa de sua grande velocidade, as agulhas foram repelidas e espalhadas para os entornos com facilidade, perfurando o chão ao redor.
KUEEEEE!, um grito desagradável aos ouvidos ressoou mais uma vez. Parecia que o monstro perdeu o controle ao testemunhar sua magia característica sendo repelida.
A Coatrice dobrou suas asas que produzia ventanias e então seu enorme corpo rapidamente disparou para baixo.
— Tsk... “Explosão de Luz”!
Luz explodiu. Clarão jorrou do escudo redondo da espada sagrada como uma explosão e a onda de choque explodiu as agulhas de pedra restantes.
As agulhas apunhalaram os arredores como espinhos. Se ele se movesse de forma imprudente para se esquivar do monstro, poderia ser atingido pela petrificação por baixo. Kouki escolheu essa opção por causa disso.
Usando a habilidade “Teleporte”, Kouki saltou para o ar.
A Coatrice desferiu as garras afiadas em suas pernas.
— Rompimento de Luz!
Pouco antes de os dois lados se cruzarem, Kouki criou uma barreira simples no ar usando magia elementar do elemento da luz. Usando essa barreira como ponto de apoio, ele mudou sua trajetória no ar. Ao mesmo tempo, o rapaz balançou sua espada sagrada em um arco.
A Coatrice e Kouki se cruzaram no ar.
A Coatrice disparou em direção ao solo sem desacelerar. Seu pescoço se separou e voou como se fosse uma piada, e sua carne fez um som gráfico com o impacto da colisão com o chão.
Kouki rodopiou no ar enquanto girava o corpo para corrigir sua postura, e então caiu no chão. Por precaução, ele confirmou que não havia nenhuma agulha de pedra no chão, mas as agulhas já estavam se esfarelando como se estivessem se desfazendo, então não haveria problema mesmo se ele pousasse em uma delas.
— ...
Kouki confirmou o rompimento das agulhas de pedra e a morte da Coatrice, e então suspirou para desfazer sua tensão. Ao mesmo tempo, ele segurou algo que estava surgindo em seu interior.
Sua aparência não mudou em nada. A mudança de sua condição física não apareceu. Mesmo essa condição, que estava se tornando típica pós-batalha, já era algo que ele estava acostumado.
“Não posso me acostumar com isso, tenho que superar...”
Kouki falava consigo mesmo dentro de seu coração enquanto usava seu espírito para empurrar de volta o café da manhã dentro de seu estômago que estava subindo como se dissesse: “Você me chamou?”. Ele inconscientemente sorriu de forma amarga para si mesmo.
— O que você está fazendo sorrindo assim, é nojento.
— Nnguh?!
As palavras cáusticas que o esfaquearam como um dardo de arremesso fizeram com que o café da manhã se levantasse como se dissesse: “Como pensei, você estava me chamando, não estava?”. Usando espírito! Ele o empurrou de volta!
Quem jogou o dardo de palavras da área rochosa próxima foi uma cavaleira vestida com equipamento da ordem dos cavaleiros do Reino Hairihi. Ela tinha uma bela aparência, e podia ser reconhecida como a filha de um nobre se calasse a boca e usasse um vestido.
Na verdade, a garota era de uma família nobre...
De qualquer forma, enquanto Kouki lutava contra a Coatrice, a garota estava escondida na cobertura de área rochosa e não saiu de jeito algum. Ela não parecia estar se sentindo mal com isso, longe disso, quando a batalha acabou, ela saiu com uma violência verbal para atacar seu aliado enquanto se aproximava com um ritmo acelerado.
— Nn, nnh. Err, não é muito exagerado me chamar de nojento?
— Um homem sorrindo enquanto se depara diante de um cadáver com sua cabeça e corpo separados em uma cena que está ensopada de sangue, como eu poderia não chamá-lo de nojento? Desculpe, não consigo entender a sensibilidade do herói-sama.
— Ah, é, me desculpe.
Ver a cavaleira se afastando em direção à área rochosa enquanto seu corpo inteiro estava irradiando uma aura cheia de “Isso é bizarro!”, fez com que Kouki consentisse dentro de seu coração “Com certeza é, mas...” em desespero enquanto sua boca pedia desculpas.
— Então, herói-sama. Nós mais ou menos terminamos de exterminar o monstro do pedido... vamos voltar para a cidade? Ou você vai continuar caçando como de costume?
A cavaleira perguntou enquanto olhava para o céu. O sol ainda nem tinha alcançado o zênite. Este era um período de tempo que estaria no limite se eles voltassem para a cidade para almoçar e relatassem à guilda sobre a conclusão da missão.
Normalmente qualquer um faria isso, mas pela forma como a cavaleira estava perguntando, poderia ser imaginado que Kouki não retornaria à cidade neste caso.
— O relato da testemunha ocular sobre a Coatrice e também o pedido de extermínio que recebemos disseram que só havia uma delas, mas... houve também um relato de outro monstro. Os monstros dos Recintos Sagrados são problemáticos. E este lugar também fica perto do Grande Cânion Reisen, há um monte de esconderijos aqui. Temos tempo, então estou pensando em investigar mais.
— … então é isso.
A cavaleira estava mostrando um olhar vagamente exasperado para Kouki e soltou um pequeno suspiro.
Kouki e os outros tinham voltado para a Terra e retornaram para a escola.
Mas, Kouki, que foi atormentado por seu pecado, convenceu sua família e amigos de infância e ele largou a escola por escolha própria. Ele imediatamente voltou para Tortus, e assim, o rapaz seguiu exterminando monstros como um aventureiro para pagar por seus crimes.
Na lendária batalha decisiva, o enxame de monstros que transbordou dos Recintos Sagrados não foi completamente aniquilado. Um número grande deles conseguiu escapar. Os monstros dos Recintos Sagrados eram poderosos. Cada um deles possuía a força de um monstro na parte profunda do Grande Calabouço Orcus.
Para os aventureiros deste mundo, esses monstros eram severos se não fossem da classe “Ouro”.
Foi por essa razão que Kouki cruzou o mundo sem esperar para se formar no ensino médio, e aqui ele aceitou o pedido de extermínio de monstros dos Recintos Sagrados. Ele pediu cooperação a Liliana, ele também apelou a todos diretores das filiais da guilda dos aventureiros, e assim, obteve a preferência para receber e solicitar informações sobre tais coisas.
Ele estava realizando o pedido com o mais alto grau de perigo por seu próprio desejo. Também não era raro ele ter uma batalha consecutiva todos os dias. Na verdade, não havia dúvida de que haveria enormes danos se esses monstros fossem ignorados, e a rápida eliminação era necessária e também algo a ser agradecido.
No entanto, Liliana e alguns outros estavam preocupados que se Kouki continuasse sendo imprudente, poderia encontrar um perigo fatal algum dia, eles o aconselharam a cuidar um pouco mais de si mesmo, porém...
Neste momento, não havia qualquer sinal de que o ritmo de ação do Herói cairia. Desta vez também, Kouki parecia estar planejando procurar monstros fora do pedido e os combateria como de costume.
“Eu gostaria que ele também fosse atencioso comigo que está sendo despachada como sua observadora e também apoiadora...”
Embora lutar lado a lado com Kouki não estivesse incluído no alcance do dever da cavaleira, apenas assistir uma batalha contra os monstros dos Recintos Sagrados era estressante.
Na batalha contra a Coatrice de agora, seria o fim para a cavaleira apenas ser roçada por uma agulha de pedra. Kouki e o resto do grupo de outro mundo estavam em um nível diferente quando se tratava de resistência contra magia. Provavelmente, ela ficaria petrificada em questão de segundos se fosse atingida.
Antes disso, ela se sentiu desconfortável apenas por se esconder na cobertura de uma área rochosa, então ela estava se escondendo criando uma trincheira com abertura de buracos em alta velocidade.
— Aaa, eu quero ver a Onee-sama…
— Hmmmmm, a abertura periódica do portal ainda está muito longe...
A cavaleira sussurrou para si mesma enquanto seguia Kouki. Kouki sorriu sem graça ao se lembrar da Onee-sama que esta cavaleira respeitava muito, ou melhor, ela amava muito a um grau que poderia ser um pouco extremo, Shizuku Yaegashi.
— Eu já sei! Aa, eu odeio minha própria impotência. Pensei que essa coisa trivial do mundo poder ser atravessado usando espírito e força de vontade se fosse pelo amor por Onee-sama, mas, nugugu!
— Se o mundo pudesse ser atravessado assim, qual seria o significado das dificuldades de Nagumo?
O sorriso sem graça de Kouki se aprofundou.
Esta cavaleira. Originalmente ela era uma guarda real que se apegava a Liliana, uma subordinada direta do antigo comandante da guarda real e da atual líder da Ordem dos Cavaleiros do reino, Kuzeri Rail. Mas, por que essa mulher agora estava acompanhando Kouki? Se tal pergunta fosse feita... a resposta curta seria: ela foi rebaixada.
Ela era uma das integrantes do grupo que amava demais Shizuku, ela causou problemas repetidas vezes por causa de seu transbordante amor pela Onee-sama, e ela se transformou de “cavaleira da guarda real” para “cavaleira normal sob as ordens diretas de um líder” para “cavaleira normal” para “esta garota já não presta mais”.
Na lendária batalha decisiva, Kouki estava do lado inimigo. Esse fato era um conhecimento comum também por causa da própria declaração do Herói.
E assim, mesmo que fosse para caçar os monstros dos Recintos Sagrados, de forma natural, também havia opiniões que se incomodavam em deixar Kouki sem vigilância.
Embora Liliana tivesse declarado que isso era desnecessário, Kuzeri consultou Kouki com uma expressão exausta: — Essa menina, estou pensando em despedi-la. —, sendo esse o caso, para dar paz ao coração de quem gritava sua ansiedade, vamos colocar uma cavaleira como uma observadora, vamos usar esta garota! Foi assim que acabou.
— Eu gostaria que você não falasse o nome daquele filho da p**a.
— Saiba que você vai ter outra experiência dolorosa se você continuar dizendo esse tipo de coisa, sabia?
— Você quer dizer, como o herói-sama que teve Shizuku-oneesama o espancando de forma minuciosa?
— Gahah!?
Kouki apertou a mão em seu peito e caiu. Ele ficou de quatro com a cabeça baixa. Foi um contra-ataque fantástico.
— Minha nossa, colocando de lado Kaori-sama, desejei que você pelo menos protegesse Shizuku-oneesama até a morte. Até eu seria capaz de roubar a Onee-sama se fosse apenas do herói-sama...
— Uguh!
— Ou melhor, herói-sama, você é o perdedor-sama. Você é o covarde-sama!
— Kafuh?!
— Ei, ei, como é ser tratado como “irmão mais novo” por uma garota da mesma idade que você? Qual é a sensação? Ei, ei.
— Uu, uuuuu!
A cavaleira cutucou repetidamente com a bainha de sua espada o agachado Kouki. Ela estava extravasando sua raiva, cheia de mágoa e lamentação em direção à situação presente em que ela não conseguia sequer arranhar aquele maldito rei demônio.
Mas, foi nesse momento que uma forte presença foi transmitida a partir da direção do Grande Cânion Reisen.
— ... parece que, estou com boa sorte hoje.
Kouki levantou-se de forma fácil que era impensável dizer que ele estava sendo tão humilhado até agora.
E então, ele imediatamente caminhou para frente enquanto instava a cavaleira a o seguir com seu olhar.
A cavaleira o seguiu às pressas. De modo súbito, Kouki virou seu rosto para ela.
— Aah, é verdade. Já pedi isso várias vezes, mas... você pode parar com o “herói-sama”?
— ...
Kouki disse isso com um pequeno sorriso. A cavaleira ficou em silêncio e depois de pensar um pouco...
— Então, vou te chamar de covarde-sama.
— Você não pode apenas me chamar de Kouki?!
Kouki retrucou de forma espontânea. Como esperado, parecia que ele não poderia ignorar isso.
A cavaleira recuou e mostrou uma expressão de estremecimento enquanto abraçava o seio.
— Me pedindo para nos chamarmos pelo nome... por favor, pare, vou engravidar.
— Você não vai! O que você está dizendo tão de repente?!
— É um aviso da Onee-sama. Recebi esse aviso quando fui relatar a ela que fui designada para essa função. “Primeiro, ele criaria familiaridade te chamando pelo nome, depois disso, ele aumentaria a taxa de toque corporal com indiferença, por alguma razão, algum incidente ocorreria e ele o resolveria, e no final, sorriria com dentes brilhantes. Esse é o modus operandi daquele cara, tenha cuidado tá?”, foi o que a Onee-sama me disse.
— SHIZUKUUUUUU!
A contestação do coração de Kouki explodiu. O rugido de monstros ecoou de longe como se saudassem isso.
— Bem, é impossível para mim se apaixonar por outra pessoa que não é a Onee-sama. Kouki-sama, eu realmente sinto muito, mas espero que você desista.
— Por que é como se eu estivesse me confessando e depois fosse rejeitado... espere, isso é ruim! Esta não é a aurora de um dragão?!
Kouki se sentia exausto, mas logo em seguida viu o monstro que apareceu e ergueu a voz em pânico. O monstro que voou do Grande Cânion Reisen era o monstro em forma de dragão que lançou um sopro de luz extrema que já foi chamado de dragão cinza. O dragão branco tinha desaparecido e neste momento eles eram chamados de dragão-aurora.
Suas especificações originais já eram altas, mas agora eles eram a versão dos Recintos Sagrados e seu nível tinha aumentado. Era um inimigo formidável que seria apavorante para qualquer aventureiro.
Kouki apertou os dentes com a visão de um monstro que não estava no relato enquanto voltava seu olhar para trás, a fim de dar instruções para que a cavaleira recuasse:
— Rápido, dê o for-... espere, tão rápida?! Não, está tudo bem!
Naquele momento, a cavaleira tinha acabado de pular na trincheira que cavou um pouco antes. Foi uma fuga maravilhosa.
A expressão de Kouki mostrava um sentimento complicado, mas no momento seguinte, ele estremeceu devido à luz brilhando acima e se virou. E então...
— Uu, UOOOOOOH!
Ele enfrentou a luz extrema que foi lançada ao mesmo tempo e soltou um grito de guerra em desespero.
A cavaleira que estava apenas mostrando seu rosto por um minúsculo ponto da trincheira para observar o Herói pensou:
“… hmm. Mesmo que ele realmente não se importasse quando foi ridicularizado sobre seu relacionamento com Shizuku-sama, ele não pode suportar ser chamado de ‘herói-sama’. Que pessoa complicada.”
O ato de Kouki antes disso. Apesar de sua grande reação, ele facilmente voltou à realidade. A partir disso, podia-se entender que ele já havia tomado uma decisão clara sobre seu relacionamento com Shizuku. Ao invés disso, ele estava aceitando a relação onde os dois eram como irmã mais velha e irmão mais novo e se sentia satisfeito com isso.
Mas, em relação a ser chamado de “herói-sama”, Kouki sorria e agia como se não fosse nada demais, mas se alguém olhasse com atenção, veria que ele tinha uma expressão tensa.
E então, a emoção de que ele estava escondendo de forma desesperada na frente do cadáver da Coatrice. Era…
“Era, medo. Mas então, o que diabos esse medo significa...”
A cavaleira estava observando Kouki, que desafiou o monstro em uma batalha no ar com uma barreira simples como apoio para os pés, enquanto ponderava um pouco.
O Kouki atual não estava usando o artefato da “armadura sagrada” que foi dado a ele no palácio. Foi porque o próprio Kouki a devolveu. Ele também devolveu todos os artefatos que recebeu de Hajime, como as “Botas da Aerodinâmica”.
Isso foi por causa de sua consciência culpada que dizia que aqueles itens não eram algo que poderiam ser possuídos por ele que não era um herói, ao mesmo tempo também foi uma decisão que veio de sua determinação de treinar desde o zero sem depender de artefatos.
Ele estava apenas carregando a espada sagrada não porque ele não quisesse se desfazer dela, mas porque não podia deixá-la para trás. Por alguma razão, quando Kouki a deixou para trás, a arma voaria de volta para ele quando o rapaz se afastasse a uma certa distância. Era como se a espada estivesse dizendo que não tinha outro usuário além de Kouki.
Em qualquer caso, isso não mudou o fato de que a capacidade defensiva de Kouki havia diminuído notavelmente, se ele fosse atingido pelo sopro de luz, sem dúvidas não ficaria ileso.
Então, nesse caso, isso estava ligado ao seu medo...
A cavaleira tinha um pressentimento de que não havia como isso ser tudo.
No entanto...
“Bem, é algo incoerente!”
A cavaleira abandonou esse pensamento.
Ao longe, parecia que Kouki havia acabado com o dragão. E então, logo após isso, mais três dragões apareceram e ele soltou um grito assustado.
“… hmm. Acho melhor fazer a trincheira um pouco mais profunda.”
A cavaleira, que na verdade era uma especialista em magia do elemento da escuridão, ignorou Kouki que deu um grito de guerra: — EU-EU NÃO VOU PERDEEEEEEEEER! —, e então ela trabalhou duro para cavar um buraco.
— Uguu, pensei que fosse morrer...
— Que exagerado. No fim, além de ser atingido por uma cauda, você normalmente não vence sem nem mesmo ficar ferido?
— … mãe, obrigado por me dar à luz com um corpo resistente.
Kouki estava com um olhar distante e ofereceu seus sentimentos de gratidão para sua mãe, que estava em um mundo diferente.
Como esperado, seria severo para Kouki e a cavaleira, que tinha acabado de passar por um combate mortal, continuarem procurando por monstros, então agora eles retornaram à sua base atual: a Cidade de Brook.
Se você caminhasse pela rua movimentada, aroma que estimularia o apetite surgiria das barracas de rua. O estômago de Kouki já estava vazio devido a seu exercício intenso. Seu café da manhã, que aparecia mesmo quando ele não o chamava, não fava nenhum sinal de vida.
O olhar de Kouki foi absorvido pelas inúmeras barracas de rua, mas...
— Ei, aquele...
— Ah? Chih, ele ainda está nesta cidade.
— Está tudo bem? E se ele estiver planejando algo...
Os homens que pareciam aventureiros e passaram por acaso estavam sussurrando um para o outro quando viram Kouki. Suas vozes entraram nos ouvidos do rapaz.
A área ao redor do peito de Kouki lentamente ficou fria. Ele se moveu para cobrir a cabeça com o capuz de sua capa de modo inconsciente, mas impediu que sua mão se movesse e manteve sua aparência inalterada.
A expressão daqueles o avistavam era de clara repulsa, junto com cores de ansiedade sendo exalada. Mesmo que entendessem que agora o Herói estava tomando a iniciativa de caçar os monstros dos Recintos Sagrados, o nojo não desapareceu. Não importava o quanto tentassem, eles não poderiam evitar esse mal-estar.
O traidor da humanidade. O herói da traição. O enviado do deus maligno…
Ele mostraria sua poderosa presa para a humanidade mais uma vez, ele poderia estar planejando algo...
A confiança perdida uma vez não voltaria com facilidade.
Isso era algo que o Herói entendia. Era algo que ele estava preparado para aceitar. Foi por isso que Kouki não escondeu o rosto. Ele olhou para frente, determinado a aceitar tudo com resignação.
— Reconquistar a confiança é algo muito difícil.
— Eh?
As palavras que a cavaleira soltou de repente fizeram com que os olhos de Kouki se arregalassem. A cavaleira estava olhando para a frente enquanto acrescentava mais palavras:
— Não dá para fazer isso em um dia. Perdê-la é fácil, mas é difícil obtê-la.
— Você está, certa.
— No entanto, desistir é o que uma “pessoa em quem não se pode confiar” faria. Portanto, você não deve desistir nunca.
Parecia que o calor estava se espalhando dentro do peito de Kouki. Ele estava sendo olhado com frieza como se estivesse colhendo o que plantou. Na época em que ele era mais necessário, ele priorizou sua própria emoção e traiu tudo.
Mas, também havia uma pessoa que se preocupava com...
— Algum dia irei florescer pela segunda vez com certeza! E então, eu estarei ao lado de Onee-sama... guheheh!
— Ah, tá, é o que você quis dizer, hum.
Um cansaço de repente o atacou. Mas ele pensou de forma positiva: “Bem, meu coração está aliviado, eu acho.” e apertou os passos.
A pousada que os dois usaram à medida que sua base entrou em vista. O grande letreiro de madeira tinha “Estalagem Masaka” escrito. Era uma pousada usada por aquele rei demônio e na verdade era consideravelmente famosa, a ponto de se tornar um ponto turístico.
Afinal, a pousada estava anunciando em grande estilo, pendurando uma faixa que estava escrita com: “Pousada designada do rei demônio-sama! A jornada dele começou a partir daqui!”. Parecia que a pousada também estava vendendo coisas como o manjuu1 do rei demônio. Eles tinham um espírito de negócios muito bom.
Kouki estava com uma expressão complicada ao abrir a porta da pousada e entrar.
A senhoria da pousada recebeu os dois com: — Ora, sejam bem-vindos de volta. — e um sorriso gentil. Parecia que as pessoas desta pousada também não pensavam nada em particular em relação a Kouki. Eles estavam sempre o atendendo com uma atitude que era a mesma para os outros clientes.
Era uma pousada realmente relaxante, com exceção de uma coisa.
Kouki e a cavaleira tomaram seus assentos a fim de ter um almoço tardio. Eles pegaram o cardápio para dar uma olhada no que comeriam hoje. Foi nesse momento que...
— Hoje nossa recomendação é o teriyaki2 do pássaro Kururu, sabiam?
— Uoh?!
— Nnnh?!
A voz que de repente ressoou de perto fez Kouki e a cavaleira saltarem.
A causa era uma só.
A garota-propaganda da pousada que estava trazendo água para os dois com um sorriso alegre e encantador no rosto: Souna Masaka. A aproximação de Souna não foi notada pelos dois até que ela os chamou.
Tanto Kouki quanto a cavaleira eram pessoas que serviram em batalhas. A Detecção de Presença de Kouki era especialmente excelente ao grau de que poderia ser considerada estar em um nível extraordinário, mesmo que a outra parte possuísse a habilidade de Isolamento de Presença, desde que não fossem do mesmo grupo de outro mundo como ele, o Herói seria capaz de detectá-la. A exceção disso eram aquelas pessoas com orelhas de coelho que espreitavam em um certo mar de árvores.
Mas, tal Kouki não percebeu Souna quando ela se aproximou dele.
— Então, Souna. Desde quando você está aí...
— Eh? Eu saía da cozinha trazendo água para vocês dois agora há pouco...
Ela respondeu Kouki assim com uma expressão perplexa. Kouki coçou a cabeça se perguntando se era só ele que se sentia exausto.
No entanto, esse tipo de situação já havia acontecido várias vezes, como quando ele andou no corredor à meia-noite quando acordou para ir ao banheiro, ou quando saiu do vestiário, ou quando estava tendo uma refeição como agora, quando o rapaz notava, ela já estava atrás dele. Ele realmente não podia acreditar que era apenas uma coincidência.
— Souna, por acaso, você tem experiência com algum tipo de treinamento especial?
A cavaleira perguntou isso de forma involuntária.
Souna mostrou uma expressão confusa em relação a essa pergunta, e no momento seguinte, ela deu uma risada. Como se dissesse que ela tinha ouvido uma piada engraçada.
— Risadinhas, puxa, o que há com essa pergunta? Que tipo de treinamento especial uma garota que trabalha em uma pousada receberia?!
— Ah, não, foi apenas um pressentimento. Minhas desculpas, parece que fiquei um pouco confuso.
— Você estava trabalhando de manhã, não estava? Sem dúvidas você está cansado agora. Por favor, coma muito e se anime.
Souna sorriu de forma meiga. De modo algum ela era uma garota linda que faria outras pessoas arregalarem os olhos, mas ela possuía a beleza calorosa de uma flor simples que floresceu plenamente.
Kouki e a cavaleira também se esqueceram de seu choque de antes e suas expressões ficaram acolhedoras. Sem dúvidas, era como Souna disse, eles só estavam se sentindo um pouco cansados. Pensando nisso, eles pediram a refeição antes de olharem para o rosto um do outro e trocarem um sorriso sem graça.
— Ah, é verdade. Souna. Sobre o jantar de... hoje?!
Souna não estava lá. Foi depois que ela anotou o pedido dos dois, e Kouki e a cavaleira olharam para o rosto um do outro apenas por um momento. Ainda assim, apesar disso, quando os dois voltaram os olhares, Souna não estava mais lá. Eles nem sequer sentiam nenhum sinal dela se afastando.
— ...
— ...
Kouki e a cavaleira sem querer ficaram em silêncio.
— Vocês chamaram?
Souna se materializou.
— Ah, não. Não é nada demais...
— É mesmo? Então, por favor, esperem um pouco até que a comida esteja pronta, tá?
Souna desapareceu de forma enérgica.
Era como se a presença dela fosse escorregadia...
Por alguma razão, Kouki e a cavaleira esperaram por sua refeição em silêncio. Quando Souna lhes trouxe o pedido, como esperado, eles também não podiam sentir a presença da garota.
Kouki e a cavaleira comeram sua refeição sem dizerem uma palavra.
Quando terminaram a refeição, Souna limpou seus pratos vazios.
Mas, nesse momento, Souna deixou algo cair. Uma placa de metal do tamanho da palma de uma mão... uma placa de status.
— Ah, Souna, você deixou cair...
Kouki a pegou e seu olhar moveu-se em direção à placa de status de forma involuntária. Originalmente, o conteúdo de uma placa de status não podia ser visto enquanto o proprietário não despejasse seu poder mágico nele, mas esta placa de status estava brilhando um pouco com seu conteúdo visível, talvez porque Souna estivesse exibindo o conteúdo há pouco.
Kouki endureceu quando viu o conteúdo. A cavaleira, que espiou para o item de forma involuntária, também congelou.
A placa de status foi logo puxada para longe da mão de Kouki.
— Muitíssimo obrigada, senhor Kouki. Mas, ver o status de outra pessoa é uma violação das boas maneiras, sabia?
— Eh, ah, sinto muito.
— Não, não. Sou eu que estou o deixando em seu estado visível por descuido. Mas, por favor, tome cuidado na próxima vez, tá?
Souna sorriu de forma meiga. O sorriso de uma garota-propaganda era deslumbrante.
A cavaleira sussurrou em voz baixa enquanto olhava para as costas enérgicas de Souna, que estava voltando ao trabalho.
— Mas o que é aquela garota?
— Não, mesmo se você me perguntar isso...
Um silêncio estranho caiu.
— Bem-bem, deve ser aquilo. Afinal, esta é a estalagem designada pelo rei demônio!
— Is-isso é verdade!
Os dois, que se convenceram à força, saíram para o trabalho da tarde entusiasmados.
A propósito, o status de Souna que os dois viram era..
|
Nome: |
Souna Masaka |
16 anos de idade |
Mulher |
|
Classe: |
Nenhuma |
Level: |
22 |
|
Ocupação: |
Empregada da Estalagem Masaka da Cidade de Brook |
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|
Força: |
9 |
Vitalidade: |
15 |
|
Resistência: |
6 |
Agilidade: |
5 |
|
Poder Mágico: |
3 |
Resistência Mágica: |
3 |
|
HABILIDADES |
|||
|
Contabilidade – Senso de Cheiro do Amor – Orelhas Afiadas – Visão Noturna – Descida em Corda – Escalada em Parede – Infiltração – Mergulho – Fantasma Elusiva |
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Era uma coleção de habilidades que estava realmente orientada para a furtividade, exceto as duas primeiras habilidades. Ou melhor, contanto que alguém não fosse do grupo do outro mundo, normalmente, uma pessoa teria apenas uma ou duas habilidades. Muito provavelmente, essas habilidades floresceram mais tarde através de um treinamento árduo...
Talvez houvesse um monstro na estalagem da Cidade de Brook.
Além disso, na noite daquele dia, uma carta de Liliana chegou a Kouki. Na manhã seguinte o Herói e a cavaleira retornaram ao palácio.
Como esperado, naquele momento também, Souna estava atrás dos dois para se despedir com sua presença além do alcance até mesmo do Herói. Tanto Kouki quanto a cavaleira não conseguiram esconder seu estremecimento.
Kouki e a cavaleira, que chegaram ao palácio, foram recebidos por Liliana e a líder da ordem dos cavaleiros, Kuzeri.
No momento em que ela viu Kuzeri, a cavaleira olhou com desconfiança: — Gee?! Líder?! — Sua nuca foi agarrada por Kuzeri, que tinha uma veia pulsando em sua testa e a cavaleira foi arrastada para longe. Foi uma sequência de eventos realmente natural, sem nem mesmo tempo para pará-la, assim como a água fluiria de um lugar alto para um mais baixo.
— Eerr, por enquanto, é ótimo que você retornou em segurança, Kouki.
— É, obrigado, Lili. Você escreveu em sua carta que há um monstro problemático aparecendo nos arredores da capital, mas…
Ver Kouki, que apressadamente fez sua saudação de retorno antes de perguntar depressa sobre o avistamento do monstro, fez Liliana sorrir pensar: “Como sempre, hein?”.
— Quanto a isso. Acho que a ordem dos cavaleiros pode lidar com esse monstro, mas chamei para Kouki só para garantir. Mas apesar de ter dito isso, só há relatos de testemunhas oculares até agora e a situação não é nada urgente. O plano da ordem dos cavaleiros é partir amanhã de manhã, então, antes disso, por favor, beba algum chá e descanse.
— Entendo. Se é assim, então vou aceitar.
Kouki, que notou que Liliana estava sendo atenciosa com ele, também sorriu sem graça, enquanto aceitava a sugestão da princesa.
Assim, Liliana estava prestes a perguntar sobre o problema que o Herói estava guardando em seu coração de uma maneira casual... foi nesse momento que...
“Eu te encontrei, herói-sama. Por favor, eu imploro, salve meu amado mundo.”
Do céu, uma voz gentil que exalava seriedade desceu.
— Eh?
— Eh?
Tanto Kouki quanto Liliana enrijeceram em perplexidade. Logo após isso, um padrão de círculo mágico que parecia um hieróglifo3 que nunca tinham visto antes se espalho no chão abaixo de Kouki. O círculo mágico aumentou em brilho e transbordou com um poder que era semelhante ao poder mágico.
— Nã-não me diga…
— Ko-Kouki?!
O rosto de Kouki, que adivinhou o que estava acontecendo, estava se contorcendo intensamente.
Ao mesmo tempo, os hieróglifos do círculo mágico piscaram de forma feroz. Liliana estendeu a mão em direção a Kouki de imediato, mas o Herói afastou aquela mão e empurrou a princesa para longe.
— Lili, diga a tod-...
— Kouki!
Antes que Kouki pudesse terminar de falar, a luz fora de controle desapareceu. E então, não havia mais ninguém lá.
— Is-isto é terrível! Eu tenho que dizer a Hajime!
Liliana ficou estupefata por um tempo antes de levantar a voz: — É terrível! Terrível! — enquanto corria com uma pressa fervorosa.
Depois que a luz cobriu por completo seu campo de visão, Kouki experimentou a sensação de que a gravidade mudou de direção a cada décimo de segundo. Kouki, que só podia deixar seu corpo ser carregado dentro da escuridão onde não podia ver nada, enfim encontrou um raio de luz.
Ele desesperadamente estendeu a mão para isso. A luz se aproximava depressa.
Kouki disse: — Eei, para o inferno com isso! — e saltou para a luz...
— Gaboh?! Ugogoooh?!
Ele ficou em pânico com a grande quantidade de água que entrou em sua traqueia.
“Eu-eu não posso, respirar?! Á-água?! Debaixo da água?!”
Sim, o destino da luz que ele pulou era debaixo da água. No canto de sua visão, ele podia ver a luz do sol radiante e a superfície da água vibrando de forma linda.
Mas, ele nem sequer tinha compostura para desfrutar de tal visão. Ele não conseguia respirar, além disso, ele gastou um monte de oxigênio porque de repente tossiu. Sua consciência já estava em estado de alerta vermelho. Não seria engraçado se ele morresse afogado logo depois de ser invocado?
Ele lutou de forma desesperada enquanto tentava voltar à superfície, mas sua visão foi bloqueada pela escuridão. Parecia que sua consciência estava desaparecendo.
Enquanto já estava ficando difícil até mesmo pensar, a superfície da água tremeu de repente.
Sua mente confusa mal foi capaz de compreender que uma pessoa saltou na água.
A luz do sol brilhante iluminou aquela pessoa.
Longos cabelos brancos. Pele cor de chocolate. Olhar afiado que transmitia uma vontade forte, olhos cor de jade. A idade aproximada dela podia ser um pouco maior que a dele. Ela tinha uma figura extraordinária que estava envolta com roupas com muita exposição, seu corpo estava pintado com padrão misterioso.
“Lindo...”
Kouki, que não conseguia mais mover seus membros, só conseguia pensar nisso com espanto.
Em seguida, a mulher agarrou Kouki e nadou até a superfície com uma força impressionante. Foi preciso apenas um momento até saírem da água.
— Gahah, gehoh...
— Está tudo bem? Se recomponha! Vamos lá, cuspa a água!
Seios voluptuosos pressionaram Kouki enquanto ele estava sendo carregado. A mulher que salvou Kouki tinha uma maneira masculina de falar em contraste com sua aparência.
— Gefuh, obri-obrigado. Vo-você me salvou…
— Não foi nada. Nunca pensei que você apareceria no fundo da fonte. Acabei me atrasando um pouco. Sinto muito.
O olhar afiado da mulher de cabelos brancos e pele morena suavizou um pouco ouvindo Kouki, que estava a agradecendo mesmo enquanto tossia dolorosamente.
Pelas palavras dela, parecia que ela percebeu que Kouki apareceria neste lugar, mas podia-se inferir que estava fora de sua expectativa que o Herói aparecesse debaixo da água.
Além disso, a voz que falou do céu antes de ele ser invocado soou completamente diferente da voz desta mulher.
“Não há dúvidas de que fui invocado, mas… Parece que essa pessoa não é o invocador.”
Enquanto Kouki, que recuperou sua capacidade de raciocínio, estava pensando em tal coisa, ele podia ouvir incontáveis sons de pessoas entrando na água.
Quando ele olhou para lá, havia vários homens e mulheres levantando suas vozes dizendo coisas como: — Sua Majestade, você está segura?! —, ou: — Por favor, deixe algo assim para nós! —, ou: — De repente pulando assim, o que você está pensando?!
— Não havia nem um segundo a perder. Não podia ser diferente. Ao invés disso, vamos logo tirá-lo daqui.
— Aah, céus! Vamos levar uma bronca quando voltarmos para casa! Agora, herói-sama. Por favor, se segure em mim.
Parecia que a mulher que salvou Kouki era chamada de Sua Majestade... em outras palavras, parecia que ela era a rainha de um país. Embora se sentisse agradecido pela rainha pessoalmente saltar para resgatá-lo, um homem de meia-idade com ótimo físico e aparência de um guerreiro experiente agarrou Kouki e lhe deu uma mão.
Quando Kouki olhou em volta, a pele de todos era da mesma cor morena. Embora fosse apenas a rainha que tinha cabelos brancos.
Kouki, que foi puxado para cima, se sentou por reflexo em um banco. A rainha, que estava imponente diante de tal Kouki, abriu a boca com um olhar poderoso dirigido ao rapaz sem parecer nem um pouco incomodada com a água escorrendo por seu corpo.
— Muito bem, este se tornou um primeiro encontro inconcebível, mas por enquanto, vou me apresentar. Eu sou Moana. Moana de Shelt Synclea. Sou aquela que atualmente é meio que a rainha ou o que quer que seja do Reino Synclea.
As pessoas que pareciam ser seus subordinados fizeram uma expressão que parecia indicar que estavam sentindo dor de cabeça pensando: “O que há com essa história de 'meio que a rainha ou o que quer que seja'?”
Moana os ignorou por completo e sua expressão ficou um pouco hesitante.
— Você pode achar que minha maneira de falar é pomposa, mas é a isso que estou acostumada devido à minha posição. Se isso te incomodar, então vou tentar falar o mais cortês possível...
— Ah, não, está tudo bem assim.
Kouki respondeu de imediato, o que fez com que a tensão deixasse os ombros de Moana.
E então...
— Entendo. Isso me poupa de problemas. Então, mais uma vez, bem-vindo ao reino Synclea. Ó enviado da “mãe de toda a vida”, “a vontade da grande bênção”, Foltina. Estamos implorando, para que a sua existência se torne a nossa salvação. Por favor, nos trate de modo favorável.
Dizendo isso, ela lentamente apresentou a mão.
Era uma mão feminina, mas olhando com mais atenção, havia muitos calos em sua palma a partir do resultado do manuseio da espada. Sua pele também tinha pequenas cicatrizes em vários pontos. Ela era uma pessoa que lutou. Era normal neste mundo que a rainha lutasse, ou sua nação foi colocada em uma situação em que ela foi forçada a fazer isso...
Vendo como ele foi invocado, e essas pessoas procuravam por ajuda, sem dúvidas a situação era bastante perturbadora.
Bom, colocando isso de lado, por enquanto, ele tinha que fazer esta pergunta, não importava o que acontecesse.
— Essa pessoa que parece deus, está mesmo bem?
Com certeza esse deus não era o chefão final que gostava de brincar com os humanos, era? Essa foi a pergunta de Kouki.
— Nnnn??
Era óbvio mas, essa pergunta só serviu para deixar a rainha confusa.
Nota do Autor (Ryo Shirakome)
Muitíssimo obrigado por ler esta história todas as vezes.
Muito obrigado pelos pensamentos, opiniões e relatos sobre erros de ortografia e palavras omitidas.
O arco de Kouki.
Em primeiro lugar, pensando que talvez haja um leitor que pene: “A maneira de falar da rainha é diferente da rainha que apareceu um pouco antes disso!”, A explicação complementar é que a maneira de falar sem adornos dessa rainha é como no capítulo anterior depois de ganhar um pouco de experiência.
Não estou planejando continuar o arco de Kouki por muito tempo, mas se isso ficar muito longo, então me desculpem. Vou pedir desculpas com antecedência.
Notas
1 – Manjū é um doce cozido no vapor muito popular no Japão. São feitos de uma massa de farinha de trigo, farinha de arroz e trigo sarraceno, e que geralmente é recheada com pasta de feijão azuki (anko). O doce é uma variação de uma espécie de pão chinês, mantou.
2 – Teriyaki é um método japonês de cozinhar. O peixe ou a carne são marinados em molho de soja e saquê. Depois, são grelhados ou fritos. Peixes como Marlim, Salmão, Truta e Carapau são mais comuns no Japão, enquanto carnes brancas e vermelhas como frango, porco e boi são comumente usadas no ocidente. A receita pode variar de acordo com a região, mas os ingredientes básicos são molho de soja, mel e saquê.
3 – Hieróglifo, ou hieroglifo, é como foram chamados cada um dos caracteres usados como escrita no Egito Antigo. As escritas logográficas que são pictográficas na forma de modo a lembrar o antigo egípcio, são às vezes também chamadas de "hieróglifos".