Volume 11
Capítulo 255: A reunião dos amigos monstros
Nota do Autor (Ryo Shirakome)
História curta. Esta não é a introdução para um arco longo.
A contagem de palavras também ficou baixa porque estou um pouco ocupado. A história vai terminar no próximo capítulo.
Como esperado, é impossível fazer um arco longo com esses caras...
Zudon!, um som de impacto que ressoou até o fundo do estômago sacudiu o ar.
Um som estrondoso e vibração, que até parecia como se um certo rei demônio tivesse lançado um bombardeio, não parou de soar, o som e o impacto estavam ocorrendo em sucessão.
Ao mesmo tempo, no mundo cor de ferrugem, no Grande Deserto Gruen, um grande pilar de areia se ergueu e a nuvem de areia enrolada obstruiu a luz do sol.
Porém, o que mais obstruiu a luz solar não foi a nuvem de areia. Se houvesse uma pessoa aqui, sem dúvidas ela arregalaria os olhos e duvidaria da própria sanidade, ou fugiria da realidade convencendo-se de que se tratava de uma miragem característica do deserto.
Uma coisa que poderia fazer qualquer pessoa ficar assim estava dançando no céu, mais alto que a nuvem de areia e obstruindo a luz do sol.
Sim...
— GYUOOOOOOOOOO!
Os assassinos do grande deserto estavam gritando enquanto eram lançados para o ar: as Minhocas de Areia.
Originalmente, elas se escondiam no subsolo e detectavam suas presas por meio de som e vibração, então de repente saltavam do subsolo e engoliam o alvo em sua boca que era como uma escavadeira. Esta era a característica da Minhoca de Areia.
Sua dificuldade de ser detectada e seu ataque surpresa eram a maior preocupação para as pessoas que estavam passando pelo deserto; esses monstros eram um símbolo de terror.
Esses matadores que não mostrariam sua figura acima do solo, exceto quando atacassem a presa, por que eles dançariam não apenas acima do solo, mas até mesmo no céu?
É claro que isso não aconteceu porque eles tinham evoluído e adquiriram a capacidade de voar no céu.
A causa disso foi esta:
“MORRAM AGORAAAAAAAAAAAA!”
Mais alto do que as Minhocas de Areia que foram lançadas para cima, estava uma existência que se lançava para o céu. Ela falava acentuadamente como um yakuza enquanto descia com suas orelhas de coelho batendo.
As pernas traseiras, que eram anormalmente desenvolvidas, aceleraram cada vez que chutavam o ar, até que por fim quebraram a parede de ar e se transformaram em um tiro de canhão branco. Era o coelho chutador que se originou do fundo do abismo: Inaba.
Sua velocidade, que usava a aceleração da gravidade, Aerodinâmica e o Teleporte Explosivo, era como um meteoro. Não havia como a Minhoca de Areia lançada para o ar fugir, o monstro recebeu o chute de Inaba e o meio de seu corpo estourou.
Mais rápido do que a chuva de sangue e carne, Inaba chutou o ar e logo alterou seu caminho, sem parar, ele realizou uma cambalhota e pulverizou a cabeça da Minhoca de Areia que estava mais abaixo.
Quando ele passou correndo pela Minhoca de Areia no ar, seu corpo se retorceu e um chute giratório foi desferido. Suas orelhas de coelho batendo devido à brisa do vento eram belas. Mas, o resultado que foi trazido era a própria definição de macabro. Uma onda de choque que voou seguindo a trajetória do chute exterminou uma minhoca de areia que estava começando a cair.
Além disso, quando Inaba balançou a perna de cabeça para baixo como se estivesse dançando, um golpe, que deveria ser chamado de espada de pé, surgiu, cortando a última minhoca de areia em dois.
Inaba, que pousou no chão, balançou as orelhas de coelho com a pata dianteira. Logo após isso, carne e sangue e os cadáveres de minhocas de areia choveram ao redor dele. Inaba estava de pé com compostura no meio da rajada de carne e ossos.
“Você acha que eu não notei? Saia já daí. Se você ainda tem em você a dignidade como o senhor daqui.”
Aliás, quando Inaba conversava, sua fala soaria como: — Mokyu, mokyukyu? Ukyu. Mokyuuuuuuukyumokyu. — Era adorável. Ele era um adorável coelhinho que no final de sua evolução teve sua aparência transformada em branco puro com seus olhos carmesins redondos e bonitos parecendo úmidos.
Ele era capaz de falar em linguagem humana por causa da função de uma das pulseiras presas em sua orelha de coelho. A pulseira de ouvido possuía a habilidade de “Compreensão da Linguagem” e “Telepatia”, usando a função de difusão, suas palavras poderiam ser veiculadas a seu entorno como se ele estivesse falando.
Claro, o criador era aquele cara.
O Grande Deserto Gruen devolveu um silêncio como águas calmas ao questionamento de Inaba. Um segundo, dois segundos... nenhuma mudança aconteceu mesmo depois de esperar.
“… bem, isso não importa. Eu também não quero abusar dos fracotes. Só aceitei a briga que foi oferecida para mim. Se você vai enfiar o rabo entre as pernas e fugir, não irei persegui-lo. Té mais.”
Inaba logo se virou e começou a caminhar em direção ao oeste.
Logo depois disso, o solo explodiu.
O adversário que Inaba chamou. Era um monstro do deserto que estava emitindo um poder mágico especialmente forte. Era uma minhoca de areia gigante — a tal ponto que as minhocas anteriores pareciam crianças. Ele explodiu o solo e atacou Inaba diretamente de baixo.
A figura do coelho não estava lá.
Havia apenas o corpo gigante da minhoca de areia que cobriu mais de cem metros em um instante, parecendo uma torre que surgiu de repente no meio do deserto.
Inaba, cujo corpo como um monstro era comparativamente pequeno, foi engolido inteiro em um segundo por esta minhoca de areia...
Apesar de parecer isso...
“Não apenas seus movimentos, até mesmo seus instintos são maçantes, huh. Este é o fim, é! Lamente sua própria estupidez... siga para a próxima vida, ya!”
Uma mancha negra foi criada dentro do sol escaldante. A verdadeira identidade disso era obviamente Inaba.
No momento em que a minhoca de areia gigante saltou, Inaba deu um chute em sua mandíbula e voou alto para o céu.
A perna poderosa que foi balançada junto com um grito cortou através da mandíbula da minhoca de areia junto com um impacto, sem parar, o corte e o impacto correram até que o chão estivesse quebrando como telhas recebendo um soco.
As orelhas de coelho de Inaba, que pisou no chão, fizeram “fuasah!” mais uma vez.
Um segundo depois, a gigantesca minhoca de areia se contraiu dividida em dois e caiu para a esquerda e para a direita.
“Se você quiser brigar comigo, pelo menos espere até que possa vencer os monstros alucinados no fundo do abismo... ei, você não pode me ouvir mais, hein.”
Inaba encolheu os ombros com suas orelhas de coelho e se virou, desta vez, o coelho mirou o mar ocidental e correu usando o Multiteleporte.
“Mesmo assim, como pensei, os monstros na superfície não são satisfatórios em uma luta, é. Se for assim, talvez eu deva ir para o palácio, mesmo que tenha que esperar um pouco, para que possa lutar contra aquela coelha atrevida ou o Rei de novo, hein.”
Inaba estava reclamando de insatisfação enquanto disparava de forma explosiva em uma velocidade onde até o deserto circundante parecia borrado.
Atualmente, Inaba estava separado de sua empregadora e também amiga Suzu.
Em primeiro lugar, ele se tornou o monstro subordinado de Suzu para se tornar mais forte. Mas seu desejo não se realizaria no atual Japão. Claro, se ele realmente acompanhasse Suzu ao Japão, ele também poderia ter uma batalha simulada contra Shia ou Hajime ou as outras, mas, como esperado, não havia como ele lutar contra eles todos os dias com o quão ocupados estavam.
E assim, Inaba estava viajando de lugar para lugar procurando inimigos que pareciam fortes, como a parte profunda da cadeia de montanhas do norte e o mar de árvores, o interior do Grande Cânion Reisen, o nível mais baixo de abismo, e assim por diante. Mas, para o atual Inaba, não havia mais inimigos que pudessem dar a ele uma dura batalha.
O treinamento, e depois crescer a partir disso, era o objetivo de vida de Inaba. Elevar sua arte marcial e conhecer seu próprio limite era o trabalho de sua vida.
Ele queria provar que até mesmo um monstro poderia atingir o auge das artes marciais no final de seu trabalho duro, que seu chute era capaz de chegar ao topo do mundo.
Para Inaba, que era um artista marcial, sua situação atual, onde ele não encontrava nenhuma batalha que pudesse fazer seu sangue ferver e seu coração dançar, onde ele tinha que encarar a morte, era uma situação muito frustrante. Chegava ao ponto em que suas orelhas de coelho estavam completamente caídas em comparação com o usual.
“Monotonia e estagnação são os maiores inimigos. É isso, se eu não conseguir encontrar nada depois de procurar um pouco, irei para o palácio e esperarei até o Rei abrir o portal. Também já faz muito tempo desde que encontrei Suzu-han1. Se aquele tal de Ryu fez Suzu-han chorar... vou abrir a cabeça dele.”
Depois de algumas horas do som de deserto seco vibrando em suas orelhas de coelho.
Inaba, que atravessou o deserto com velocidade surpreendente, enfim chegou ao mar ocidental. Havia a Cidade no litoral, mas o destino de Inaba não estava lá.
Inaba foi se encontrar com alguém. Ele ia se encontrar com um amigo que se lembrou no meio de seus dias em que começava a sentir tédio. “Pensando bem, faz muito tempo que não mostro meu rosto para ele”, pensou.
Inaba deu um passo à frente da costa. Ele não cairia no mar. Ondas vermelho-escuras se espalhavam sob seus pés, fazendo um firme apoio para os pés no ar.
Dessa forma, Inaba correu em direção à costa caminhando acima do mar.
E então, quando ele alcançou um local onde logo seria difícil até mesmo ver a costa, Inaba respirou fundo e chamou bem alto aquele que ele veio encontrar.
“CHEEEEEEEEEEFE, LEEEEEEEEEEE!!”
O alto grito telepático se espalhou como uma onda. A chamada que foi preenchida com poder mágico e ampliada por um artefato alcançaria o raio de cem quilômetros se fosse feita a sério.
Inaba concentrou suas orelhas de coelho por um tempo para procurar qualquer reação.
E então…
“NÃO GRITE, TÃO ALTOOOOOOOOOO!! Que idiota está fazendo isso, heiiiin!?”
Um grito de raiva com uma voz áspera respondeu. A voz soava elegante, mas continha mau humor, como se o dono da voz tivesse acabado de acordar de seu sono com alguém gritando em seu ouvido usando um megafone.
“Óó, ele saiu com apenas um grito. Minha sorte é muito boa, é.”
Poucos minutos depois de esperar enquanto falava uma coisa tão descontraída, plop!, o que apareceu do mar foi um peixe com rosto humano que parecia um homem de meia-idade... aquela pessoa (?), Leeman.
“O que é isso, não é o Inaba? Achei que fosse algum idiota.”
“Sinto muito, chefe Lee. Escolhi a maneira mais rápida de encontrar você chefe. Você estava dormindo?”
Os dois tiveram uma conversa agradável.
Na verdade, esses dois estavam familiarizados um com o outro. Foi depois que a lendária batalha decisiva terminou durante o mês antes do retorno à Terra. Hajime foi visitar Leeman e Inaba, que o acompanhou, conheceu o peixe com rosto humano naquele momento.
Como companheiros monstros que tinham fortes laços com humanos, especialmente com Hajime, os dois se deram bem e desde então seu relacionamento cresceu onde podiam chamar o outro de amigo.
Inaba coçou a cabeça enquanto se desculpava. Em resposta a isso, Leeman espirrou na superfície do mar enquanto balançava a cabeça.
“Eu não dormi. Recentemente, o oeste daqui está um pouco barulhento, então patrulhei e corrigi os idiotas que ficaram muito barulhentos. Afinal, minha esposa e filhos não conseguiam ficar tranquilos por causa desse barulho.”
“Nada supera a saúde de sua família. Mas, agindo de forma estúpida na área de um amigo do matador de deus... esses caras realmente não valorizam a própria vida, eh. Bem, um monstro normal não consegue pensar assim.”
Inaba sentou-se no meio do apoio que ele criou a centímetros da superfície do mar enquanto dizia isso com suas orelhas de coelho balançando em divertimento.
Leeman, que balançava na superfície ao lado do apoio para os pés, também lançou seu olhar em um gesto relaxado para se divertir na conversa fiada com seu amigo, com quem enfim se reencontrou depois de muito tempo.
“Não sou uma figura assim tão impressionante. Se não fosse pela intromissão do Menino Ha, minha força é apenas o suficiente para poder comandar um pouco os habitantes do mar. Sou apenas um velho comum. É desconfortável que muita gente, inclusive você, esteja estranhamente me respeitando, então pare com isso.”
“É porque o chefe Lee é o salvador do Rei. É natural que você receba tanto respeito. Como prova disso, o chefe não recebeu de presente um monte de artefatos? Houve até mesmo alguns humanos que planejaram ou fizeram barulho tentando colocar as mãos nos artefatos do chefe, mas no final, tiveram o que mereciam, não é?”
Assim como Inaba disse, o peixe com rosto humano Leeman era na verdade bem conhecido entre os humanos.
Depois da lendária batalha decisiva, de forma natural, os historiadores e poetas estavam fazendo muitos contos e poemas que exaltavam aquele rei demônio matador de deuses.
Em meio a todos aqueles contos e poemas, eles identificaram a verdadeira identidade de Leeman, que Hajime encontrou durante o mês antes de seu retorno para casa, a entrevistada foi uma certa garota com orelhas de coelho, e então eles espalharam o serviço notável de Leeman por toda parte.
Quando a equipe de Hajime estava prestes a ser devorada pelo monstro à espreita no fundo do mar desde os tempos antigos, o Flagelo Devorador, ele apareceu correndo em sua dificuldade, e, sozinho, ganhou tempo e deu-lhes a chance de se recuperarem da situação desesperadora2.
Os historiadores disseram. Se naquela época Leeman não aparecesse, o mundo perderia o meio de se opor ao deus louco e talvez perecesse.
Um monstro peixe com rosto humano que também era amigo próximo do rei demônio assassino de deuses, Leeman.
Isso foi reconhecido como uma lenda que se espalhou por todo o continente.
Leeman soltou um suspiro profundo, no entanto, ele então encarou Inaba de forma incisiva.
“Você está tagarelando sobre artefatos ou salvador, mas você também é ultrajante.”
O olhar de Leeman se voltou para as várias pulseiras fixadas nas orelhas de coelho de Inaba. Cada uma daquelas pulseiras era um artefato de classe de tesouro nacional que deveria ser gerenciado pelo palácio, eram produtos de qualidade de Hajime e estavam se tornando artefatos lendários super-raros em Tortus.
E acima de tudo, a popularidade de Inaba estava ultrapassando a de Leeman. Afinal...
“O único monstro que se tornou um aliado do grupo do rei demônio por vontade própria, alguém que lutou nos Recintos Sagrados, o Rei dos Chutes Inaba. Quer fossem as centenas de soldados-fera-cadáver ou os monstros poderosos e inigualáveis dos Recintos Sagrados, eles não tinham permissão para resistir diante de sua técnica, não é? Kukukuh.”
“Pa-pare já com isso chefe. Eu não fiz nada demais. Só ajudei um pouco para que Suzu-han pudesse conversar com sua amiga. Na verdade, eu sou um daqueles que não fizeram muito.”
Olhando para Inaba, cujas orelhas de coelho se dobraram impotentemente com um rosto preocupado, Leeman deu uma risada agradável.
Ambos tinham a autoconsciência de que eram monstros. Ambos acabaram tendo uma relação profunda com o salvador da humanidade através de um destino estranho, mas originalmente, monstros eram inimigos da humanidade. Ambos não tinham nem um pingo de hostilidade para com os humanos, mesmo assim, serem elogiados e respeitados por aqueles humanos os fazia se sentirem muito estranhos.
“E qual é o seu assunto aqui?”
Leeman perguntou para mudar o clima.
“Não, eu realmente não tenho nenhum assunto aqui, sabia? Não há mais inimigo aqui que possam me satisfazer, então na próxima oportunidade que tiver, estou pensando em ir visitar a terra do Rei. Dessa forma, não poderei encontrar o chefe por um tempo, então apareci para avisá-lo disso.”
“Que rapaz diligente. Bem, obrigado. Quando você encontrar o Menino Ha, diga que mandei um oi.”
“Entendido.”
Depois disso Leeman e Inaba falaram sobre o que aconteceu nos últimos tempos.
Dois monstros em uma conversa animada no meio do nada no oceano. Um lado estava falando com voz excessivamente elegante, formulando as palavras de forma excessiva e sugestiva, enquanto o outro usava o dialeto de Kansai. Bom senso e falta de noção surgiam a todo momento na conversa.
No meio da conversa, ouvindo Inaba ofendendo Shia, Leeman sorriu sem graça enquanto repreendia Inaba: “Não trate a senhorita como uma inimiga, tá?” e assim por diante, o tempo estava fluindo enquanto eles ficavam empolgados falando sobre Shia.
Mas um pouco depois disso, Leeman de repente murmurou: “Nn?”, como se tivesse percebido algo e voltou seu olhar para longe.
“Chefe, qual o problema?”
“… o mar, está chorando.”
Não era uma frase chuuni. Leeman queria dizer que os residentes do mar, que não eram monstros marinhos, pareciam se mover com medo.
Os olhos de Inaba se estreitaram e ele encarou o oeste do mar. Leeman também franzia o cenho enquanto acenava com a cabeça.
“... há pouco, eu disse que o oeste estava barulhento, certo? Parecia que estava fluindo para cá de muito longe. Uma vez fui investigar quando o sol tinha se posto o suficiente, mas não havia nada estranho. Mas, era curioso.”
“Curioso? O que era?”
“Os monstros vagando para cá. Todos eles pareciam estar com medo.”
“Com medo… O chefe está dizendo que algo está acontecendo bem longe naquela direção? E esse algo fez os monstros assustados virem para cá, é isso?”
“É só um palpite meu.”
Era muito suspeito. Mas, ao mesmo tempo, o coração de Inaba saltou. Se era o desconhecido, então era ótimo. Se era uma ameaça, então era ainda melhor. Monotonia e estagnação eram os maiores inimigos de Inaba.
“Que bom que estou aqui, chefe. Os monstros errantes estão vindo para cá de novo, certo? Leve-me com você, ya. Quanto mais ajuda, melhor, certo? Vamos proteger a paz do mar com bom humor, é.”
“... minha nossa, alguém como você. Você está falando de paz com esse tipo de rosto alegre? Esse é só o seu lado maníaco por batalhas em força total.”
“Eu não sou um maníaco por batalhas. Sou um artista marcial. Lutar contra um inimigo forte é o que estou procurando. Mesmo que o chefe não me leve junto, ainda vou te seguir.”
Leeman, que balançou a barbatana como se quisesse dizer: “Minha nossa” em exasperação, encarou Inaba.
“Você pode lutar debaixo da água, hein? Não vou ser sua babá, tá?”
“Não posso lutar debaixo da água. Mas, se eles quiserem me matar, terão que pular do mar. Só preciso provocá-los, ya. Além disso, olhe, eu sou delicioso, não sou?”
“Você é um coelho. Quer dizer, tem a aparência de um.”
Inaba estava rindo, para o qual Leeman estava fazendo uma expressão que parecia indicar estar sofrendo de dor de cabeça como se dissesse: “Não direi mais nada.” enquanto logo depois disso, soltou uma forte onda de Telepatia.
Essa Telepatia servia para guiar os seres vivos no mar. Era uma medida para que não fossem assassinados em vão pelos monstros percorrendo o mar ocidental, para proteger o ambiente do mar (esfera da vida cotidiana de Leeman).
Ao mesmo tempo, uma pressão anormal de espírito de luta foi emitida de Inaba. Seu espírito de luta perfeitamente controlado estendeu-se para o oeste.
Inaba esfregou suas pernas de coelho como forma de aquecimento enquanto mostrava um sorriso destemido e fazia com que suas orelhas de coelho pulassem.
“Vamos lá, vamos sim, amigo do matador de deuses.”
“Santo Deus, não há o que fazer. Vamos nessa, Rei dos Chutes dos Recintos Sagrados.”
Dizendo isso, os dois correram em direção ao oeste caótico.
Nota do Autor (Ryo Shirakome)
Muitíssimo obrigado por ler esta história todas as vezes.
Muito obrigado pelos pensamentos, opiniões e relatos sobre erros de ortografia e palavras omitidas.
Recentemente, estou pensando que aquele velho de meia-idade é legal, hein.
Velho duro, velho legal, velho absurdamente forte.
Velho que é pouco perturbado, não importa o que aconteça, e pode lidar com tudo como adulto.
Eu quero tentar escrever uma história com esse tipo de homens velhos como os personagens principais algum dia.
Isso é tudo de Shirakome.
Notas
1 – Han é a pronúncia de san no dialeto de Kansai.
2 – Eventos do capítulo 95.