Volume 11

Capítulo 236: A nação no Navio Avenst

Nota do Autor (Ryo Shirakome)

Sinto muito, está tarde de novo. Além disso, a história não avançou.

Isso é ruim; estou genuinamente me tornando incapaz de entregar o capítulo a tempo...

Me pergunto se deveria mudar o cronograma...


Cedo pela manhã, quando o céu do leste começava a ser tingido de branco. Talvez também por causa da alta altitude, o ar estava penetrantemente frio. O vento a soprar fez com que o receptor sentisse uma leve dor.

Dependia de a pessoa sentir isso como algo refrescante ou algo torturante. Embora, mesmo que alguém achasse isso refrescante, a pessoa ainda não deveria desejar ficar diante de tamanha frieza por tanto tempo.

Em tal ambiente, havia duas silhuetas descansando ali já há trinta minutos.

No convés do dirigível Rozeria, estavam Tio e Hajime relaxando com uma xícara fumegante ao lado deles.

Os minerais que Hajime obteve neste mundo foram alinhados à sua frente. Ele os pegou em sua mão e os olhou de forma apaixonada, brincando com eles... parecia que ele estava exibindo sua natureza de Mestre da Transmutação sem reservas. Ao lado dele estava Tio, ela estava expondo uma expressão gentil como se sua perversão usual fosse apenas uma mentira enquanto encarava a mão e o rosto do Sinergista.

— Com-com licençaaaa. Agora é, um bom momento?

Uma voz tímida os chamou. Quando Hajime e Tio voltaram seus olhares, eles viram uma linda garota com cabelos prateados semilongos, Roze. Kuwaibel estava sendo segurado em seus braços.

Aa, qual é o problema, rainha. A estranha rainha que estava vadiando por aí há cerca de dez minutos.

— Por favor, pelo menos me cumprimente se você já tinha notado!

A verdade era que Roze tinha chegado ao convés há cerca de dez minutos. Ela testemunhou uma atmosfera gentil em torno dos dois que era difícil de interromper. E então, o que passou por sua mente foram os eventos da noite anterior. Como resultado, ela não sabia como deveria chamá-los e então fez um apelo: — Estou por perto por acaso. Vamos lá, me notem logo! Cumprimentam-se para eu me aproximar!

— A flagrante “notem-me agora” de Roze-dono foste fofa, por isso agimos maldosamente contra nosso melhor julgamento. Nos perdoe.

Uh. Isso, não, eu estava errada porque não os chamei...

Roze, que sentia mais vontade de fugir do que se desculpar, ficou com seu rosto corado pela timidez ao ouvir o comentário de Tio de que ela era “fofa”, sua boca se mexeu em murmúrios.

— E, o que você quer? Rainha cujo ato é doloroso de se olhar.

— Aquilo na noite passada foi culpa de Hajime-sama! Você me odeia?!

Ontem à noite, a punição do rei demônio estava esperando o grupo de Roze que estava espiando a cena onde Hajime e Tio estavam fazendo amor.

108 Estilos de Assédio do Rei Demônio: “A Partir de Hoje Vocês Também São Haulia”!

Um assédio por meio de um artefato que reproduzia uma “pseudo-Declaração Divina” aplicando e encantando a Magia da Alma. O resultado era: “O ato do alvo tornava-se chuuni por um período de tempo”.

Nem era preciso dizer que quando eles viram o ato de Roze e dos irmãos Crow que de repente se tornaram dolorosos de olhar, os olhos do restante da tripulação se transformaram em pontos. Eles até chamaram o médico do navio achando que as dificuldades cotidianas poderiam enfim ter os deixados malucos.

Mesmo depois que o efeito acabou, eles nem tiveram força de vontade para reclamar com Hajime, e os três harmoniosamente sentaram-se no canto da sala segurando os joelhos para suportar suas histórias negras.

Bovid, que sentiu a raiva do rei demônio um pouco mais rápido e escapou sozinho, assistiu a tal trio e riu muito enquanto rolava no chão. Ele agindo assim fez com que parecesse que uma reclamação de: “Está tudo bem rolar por aí rindo da desgraça de sua senhora dessa forma, capitão do primeiro esquadrão de batalha aérea?” pudesse ser ouvida.

— Minha nossa, não podemos progredir deste jeito, podemos? Pare de enrolação e diga logo o que quer.

— ! Es-espere aí, eu. Eu sou a rainha do orgulhoso Reino dos Dragões. Está tudo bem. Respire fundo. Suu, haa

Com uma veia pulsando em sua testa, incluindo a miséria da punição da noite passada, Roze renovou sua determinação: “Eu não vou confundir alguém assim como o lendário cavaleiro dragão-sama pela segunda vez!” e então ela disse aos dois que a preparação do café da manhã havia terminado.

— A própria Rainha expressamente vem aqui só para nos dizer isso? Mesmo que você possa apenas deixar isso para um de seus subordinados...

— Não, é porque quando eu soube que os dois estavam no convés desde quando o sol ainda não tinha subido fiquei curiosa sobre o que vocês estavam fazendo.

Parecia que era algo assim. Hajime assentiu, e sua mão acenou para Roze se aproximar, cujo corpo encolheu com o frio. Roze, cujo olhar vagava por aí se sentindo um pouco perplexa, aproximou-se do lado de Hajime de forma animada.

Ah. O vento está…

— Tio está cobrindo os arredores com uma barreira contra o vento. Um vento que contém calor. É muito agradável, não é?

— Si-sim. ... seja a ferramenta de Hajime-sama ou a mágica de Tio-sama, são coisas realmente fora do nosso senso comum. Sobre a conversa de outro mundo, acho que enfim isso parece real para mim depois de uma noite passada.

— Bem, mesmo que eu lhe falasse de outro mundo, não é algo que possa ser aceito na mesma hora.

Roze olhou para Hajime, que não parava de soltar faíscas carmesim no minério em sua mão, mesmo enquanto conversavam. Era uma luz carmesim vibrante. O minério mudou de forma imediatamente. Era um poder completamente misterioso que os humanos deste mundo não tinham. A arma sobrenatural criada por essa mão derrotou com facilidade um gigantesco encouraçado voador.

Mas, Roze sabia que o poder de Hajime não estava apenas fazendo uma arma sobrenatural. Ela não ouviu sobre os detalhes da história, a garota também não pensou em perguntar, mas viu que logo depois que o Sinergista apareceu, ele rasgou em pedaços o gancho de uma nave de batalha do céu sem sofrer nenhum ferimento. Isso era algo diferente do poder de criar algo que ela estava vendo agora.

Para ser honesto, ela não conseguia ver o fundo desse poder. Ela pensou que isso era assustador. E agora, quando ela sabia que essa pessoa não era o nobre cavaleiro dragão dos contos de fadas que era a personificação da justiça, ela sentiu ainda mais.

Porém, para eles, os descendentes do Reino dos Dragões que caminhavam para uma lenta ruína, a existência de Hajime e Tio era como um presente dos céus.

Aliás, este momento em que o último dragão monarca, Kuwaibel, tinha nascido, ela não podia deixar de sentir que o destino estava trabalhando.

Oh, até que enfim.

— Esperamos tanto. Esta está com grande ansiedade.

— ? Com licença, vocês dois, o que vocês…

Hajime jogou seu olhar para o céu do leste enquanto uma de suas mãos carregava um minério. Tio também focou seu olhar enquanto se inclinava perto do rapaz. Roze, que não entendia o que os dois estavam fazendo, inclinou a cabeça com um ponto de interrogação flutuando.

— O que, você pergunta, é isso. Estamos aqui porque queremos ver isso.

Hajime disse e apontou para a coisa que estava mostrando seu rosto agora: o sol.

A luz do sol varreu a negritude da noite e tingiu de prata o mundo. A sombra do mar de nuvens escureceu, e o lugar iluminado começou a brilhar como uma joia.

O nascer do sol visto do convés de uma aeronave que voava continuamente acima do mar de nuvens.

Essa foi a razão pela qual Hajime e Tio desceram para o convés desde o início da manhã. Para fixar a cena em suas memórias, a visão soberba de outro mundo em que eles se perderam por meio de um fenômeno estranho.

— … não é ruim. Sim, pareces realmente ótimo.

— Este és um mundo cruel, mas a força da luz que elimina a escuridão da noite és a mesma, não importas o mundo. Sim, és espetacular. És um lindo mundo.

— ...

Roze estava perplexa.

As palavras “lindo mundo” que saíram da boca de Tio ecoaram muitas vezes dentro de sua cabeça. Quando ela pensou sobre isso, quando foi a última vez que assistiu à luz do sol assim? Ela pensou que essa cena entrou em sua visão todos os dias.

No entanto, ela não pensava nada sobre isso. Ela estava meramente desesperada para sobreviver e cumprir seu dever; ela nem sequer olhava para o céu apesar de viver nele. Ela notou isso, embora a esta hora tardia.

O mundo estava ficando mais brilhante a cada momento.

— … sim, é lindo. Muito lindo.

Palavras de concordância. No entanto, em contraste com essas palavras, a expressão de Roze era vagamente sombria.


— A comida é deliciosa mesmo sendo tão simples. Ah, me dê outra porção disto.

— Você-você realmente não está se segurando, hein?

Na mesa do café da manhã, estavam Hajime e Tio, e então Roze, Kuwaibel, os irmãos Crow, Bovid e um homem da tripulação que parecia assumir o papel de garçom. Em geral, eles não tinham nada como um garçom, até mesmo a rainha Roze e também os líderes dos guardas imperiais, os irmãos Crow, fariam tudo por si mesmos.

Desta vez foi uma situação especial onde eles estavam recebendo convidados.

O comentário de Hajime sobre o “outra”, apesar de dizer que a comida era simples e ao mesmo tempo entender o motivo para isso, fez com que as bochechas do garçom se contraíssem um pouco, mesmo assim, ele obedeceu. Bovid retrucou com uma expressão espantada. Sua atitude para com os dois era a mais casual entre os tripulantes deste navio.

— É. Vou parar se for dito para parar, mas enquanto ninguém disser isso, é o meu princípio receber a hospitalidade oferecida com tudo de mim.

Hahah, entendi. Também fui ensinado pelo meu pai a receber a boa vontade oferecida sem reservas. Você até salvou nossas vidas, então coma o quanto quiser. Embora mesmo depois de dizer isso, aquele que cria e prepara a comida na verdade não sou eu! Ahahahah.

“Sério, não precisa dizer isso...” os olhares dos irmãos Crow, que eram impiedosamente apelativos, penetraram Bovid. No entanto, o piloto não prestou atenção a isso. Neste momento, em vez dos sérios irmãos Crow, era mais importante fazer Hajime e Tio se sentirem acolhidos. Ele tinha terminado de agradecer à noite passada por ter sua vida salva, mas como esperado, era melhor mostrar o agradecimento com uma ação. Essa era a opinião de Bovid.

Parecia que eles estavam acostumados com a atitude pouco séria do piloto, então Olga suspirou enquanto voltava seu olhar para sua mestra. Olga não conseguia parar de franzir a testa para o estado de Roze, que estava envolto em uma atmosfera vagamente sombria desde que ela foi chamar Hajime e Tio no convés.

— … Roze-sama. Alguma coisa aconteceu?

Lançando um olhar para Bovid que estava falando alegre com Hajime, Olga conversou com Roze em um sussurro.

Roze, que parecia assustada e voltou aos seus sentidos, balançou a cabeça e mostrou um sorriso para evitar a pergunta.

— Ainda, não ouvimos a decisão de Hajime-sama e Tio-sama... então parece que meu mal-estar apareceu em minha expressão.

— É, mesmo?

Olga parecia não poder aceitar a explicação e mandou um olhar de dúvida, achando que os dois tinham feito algo a sua mestra... seu corpo se contorceu.

Porque a mão de Tio parou de mexer na refeição e ela ficou olhando fixamente para Roze e Olga.

Quando os olhos de Tio encontraram os de Olga, ela mostrou um sorriso que parecia problema, mas também parecia de alguma forma gentil. Olga se contorceu ainda mais a partir dessa expressão.

Hajime e Tio, que enfim terminaram a refeição depois de pedirem outra porção duas vezes, aproveitaram o chá preto feito em outro mundo depois de comerem. Escolhendo o momento, Roze então perguntou com determinação:

— … Hajime-sama. Em relação à resposta ao meu desejo ontem à noite, posso pedir-lhe que nos diga a sua resposta?

Derrotar juntos a Nação Divina e reviver o Reino dos Dragões Avenst. E então, depois de prepararem uma força completa, subjugar o dragão maligno Helmut.

Esse foi o pedido de cooperação deles. Pensando do ponto de vista de sua força de batalha, eles desejavam que Hajime e Tio se tornassem os protagonistas no campo de batalha. Em especial a parte para derrotar a Nação Divina onde Kuwaibel ainda era impotente, quase toda essa parte dependeria completamente de Hajime.

Ontem à noite, quando Hajime e Tio saíram no convés, eles pensaram que talvez os dois desapareceriam sem contar a ninguém e por isso correram atrás deles.

Mas, vendo que os dois ainda estavam aqui, sem dúvidas eles iriam realizar seu desejo...

Embora estivessem pensando assim, eles não podiam evitar engolir em seco devido ao nervosismo.

Dentro da sala onde o silêncio completo tinha descido, Hajime lentamente colocou a xícara de chá que bebia sobre a mesa.

— Nós vamos massacrar Helmut, mas não damos a mínima para aquela tal de Nação Divina. Vocês terão que se esforçar para isso.

— Espera, não entendo o que você está dizendo!

Eles quase tremeram de felicidade quando souberam que os dois matariam o dragão maligno, mas de repente, gelaram ao ouvir a metade final. Roze perguntou de volta com um meio sorriso, era como se a garota estivesse fugindo da realidade.

— Eu te disse, não posso me incomodar com o renascimento do seu país, mas quanto a Helmut, nós pensamos que talvez devamos matar aquele cara, puramente para nossa própria conveniência.

— ... espere, eu não entendo o que você está diz-...

Aa?

— Entendido. Subjugação de um dragão maligno, viva. Adeus para o futuro renascimento do Reino dos Dragões. Isso é o que você está dizendo, certo? Eu entendo.

Roze, que tentou fazer o seu melhor tentando escapar da realidade, voltou à realidade devido à voz de Hajime e à expressão que parecia a de um chefe de uma organização criminosa. Ela não conseguia evitar que seus olhos ficassem marejados. Substituindo Roze que caiu em silêncio, os irmãos Crow se levantaram tão rápido que suas cadeiras caíram enquanto levantaram vozes de protesto e persuasão:

— Por quê?! Se vocês dois têm esse poder todo, então não deve ser tão difícil derrotar a Nação Divina! Este é o nosso maior desejo! Por favor, eu imploro a vocês dois para repensarem. Por favor.

— Agora, neste exato momento, o povo do Reino dos Dragões está sofrendo em dificuldades! Os dragões também estão na mesma situação! Vocês dois não repeliram a nave-mãe da Nação Divina ontem e salvaram os dragões? Por favor, mostrem a sua retidão mais uma vez!

As palavras de Olga e Jean ressoaram alto. No entanto, a expressão de Hajime, que recebeu essas palavras, não mostrou uma única ondulação.

— Esse não é um assunto que vocês precisam aumentar tanto suas vozes, é? Se Helmut for derrotado, o mundo será limpo. Quando isso acontecer, vocês poderão construir seu país em qualquer lugar nas vastas terras lá embaixo. Algo como a terra que poderia estar poluída, ou a batalha contra a Nação Divina, essas coisas são assuntos que não estão relacionados a nós, residentes de outro mundo. Não temos nenhum dever ou responsabilidade de nos tornarmos o seu substituto na guerra.

O argumento sólido que foi retornado a eles fez com que os irmãos Crow ficassem sem palavras. Contudo, o poder que Hajime e Tio mostraram não era algo tão inútil que eles pudessem desistir com tanta facilidade. Os dois não eram tão perspicazes a ponto de poderem apenas dizer: — Oh, então é isso? — em aceitação, mesmo que houvesse a possibilidade de derrotar a odiosa Nação Divina bem na frente de seus olhos.

Foi por isso que eles levantaram suas vozes perguntando como os dois poderiam abandonar o sofrimento de humanos e dragões mesmo depois que eles ouviram sobre a situação e os irmãos passaram a implorar.

— Hajime-sama. Por favor, imploramos que nos empreste a sua força. Pelo menos, mesmo que seja apenas cooperação para que Kuwaibel possa chegar ao subsolo do palácio, você pode nos ajudar com isso?

Roze suplicou fervorosamente. Hajime retrucou sem nenhuma mudança particular em sua expressão.

— Que tipo de compensação você pode me dar?

Eh? Com-compensação?

Os irmãos Crow iam fazer um protesto mais uma vez: — Mesmo que isso diga respeito ao futuro do povo do Reino dos Dragões... —, mas Roze os parou com seu olhar. E então, ela pensou no que poderia apresentar, e o resultado, com sua determinação ela...

— Eu-eu oferecerei eu mes-...

— Não preciso.

Hauh!?

Ela foi incapaz de dizer até o fim. Mesmo que ela fosse se oferecer com a determinação para toda a vida, ela foi cortada e descartada instantaneamente. Roze sussurrou uma frase: — Mes-mesmo que, eu seja uma rainha... — que poderia fazer uma certa princesa de algum lugar cantar: — Companheira♪ Companheira♪ — enquanto pulava de alegria.

— Ou melhor, você realmente ia dizer isso na frente de Tio, hein? A coragem que você tem é mesmo algo grande.

Eh, ah. Minhas-minhas desculpas, Tio-sama! Não pretendia te insultar de forma alguma...

— Estás tudo bem, estás tudo bem, esta entende.

Se ela soubesse que na verdade Hajime também tinha várias esposas diferentes, o que essa rainha de outro mundo pensaria? Tio desviou o olhar dela com uma expressão vazia.

Roze ficou em silêncio com uma expressão difícil, e seu olhar vagou enquanto sua cabeça trabalhava de forma desesperada.

Hajime abriu a boca com um suspiro para terminar logo a conversa.

— Com certeza, tenho grande poder, e posso me gabar de que destruir um país não seria muito esforço. Mas, é por causa disso que não vou usar o meu poder em nome de outras pessoas. Meu poder é só meu, e ele tem que ser empunhado apenas pela minha vontade. “Salve-me”, “ajude-me”, esses desejos não são algo exclusivo que só vocês têm. O mundo está transbordando com esse tipo de desejos, tantos quanto as estrelas no céu. Não tenho a menor intenção de passar minha vida e a vida de minhas pessoas importantes até que elas se esgotem respondendo e correndo para todos os lugares com esse tipo de desejo apenas “porque eu posso”.

Foi por isso que, mesmo que fosse tudo para as pessoas em questão, o desejo de Roze, que não era nada além de um desejo comum para Hajime, não era algo que ele empreenderia enquanto não tivesse nenhum mérito que pudesse o fazer anular sua decisão.

— E vocês que desejam que eu mate vários milhares de pessoas e destrua uma nação, que tipo de compensação vocês podem me dar que pode me fazer mudar de ideia que é irrecusável para fazer esse tipo de coisa e decidir exercer meu poder?

— ...

Roze não poderia dizer nada. Olga, Jean, e Bovid também não.

Hajime levantou-se de seu assento. Roze se contraiu e estremeceu.

— Como esperado, não sou tão descarado que possa continuar aqui depois de recusar o seu desejo assim. Tio e eu iremos visitar Helmut depois disso. Só prometo que vou limpar as nuvens negras deste mundo. Não sei como você, rainha, e os outros viverão no novo mundo onde a chuva negra desapareceu, e a luz do sol brilha na terra, mas... no mínimo, rezarei pelo seu sucesso. Será ótimo se o seu maior desejo se tornasse realidade.

Ah, es-espere! Por favor, espere!

Hajime disse isso e incitou Tio com seu olhar a sair pela porta. Roze se jogou no Sinergista. Claro, ela não o estava atacando, mas o impedindo de partir. Ela se agarrou no braço de Hajime e, de forma desesperada, formou suas palavras:

— Di-diga, err, é-é verdade! Mesmo que você diga que vai subjugar Helmut, você não sabe a localização dele, sabe? Vamos mostrar o caminho! Portanto, por favor, não parta! Deixando de lado a questão da subjugação da Nação Divina, ainda não conseguimos devolver nossa dívida por sermos salvos!

— Se for a localização de Helmut, então nós mesmos podemos fazer alguma coisa sobre isso. Sobre a dívida, a deliciosa refeição e a cama são suficientes para isso.

Hajime sacudiu depressa os braços agarrados por Roze, mas ela circulou ao seu redor e tomou posição na frente da porta com ambos os braços esticadas. Os olhos de Hajime se apertaram, mas mesmo enquanto suava frio, Roze não mostrava nenhum sinal de se mover.

— Por-por favor, venha para Avenst, custe o que custar!

— Você está tentando nos levar à força?

— Não é isso! Não acho que tal coisa seja possível! ... se for em Avenst, então seremos capazes de mostrar nossa gratidão de forma um pouco mais adequada. Até a cozinha de lá é incomparável com a comida de Rozeria. Também no espaço aéreo de Avenst, há uma ilha com um lago e uma ilha onde frutas raras crescem! Depois disso, há também muitos dragões vivendo lá! São apenas alguns, mas estamos vivendo em coexistência. Entre nós há também pessoas que podem montar um dragão, a visão do humano e do dragão voando juntos é realmente linda... além disso... o povo de Avenst é todo bondoso, ah, há também artesãos que se especializam em manuseio de minérios! Sem dúvidas você vai se interessar. Aliás, err, há…

Ela já estava desesperada. Mesmo ao ficar incoerente, Roze estava tentando fazer seu convite para a nave-mãe Avenst ao falar coisas que poderiam atrair o interesse de Hajime uma atrás da outra. Também foi um pouco doloroso vê-la assim.

Roze estendeu as mãos com todas as suas forças para não deixar ninguém passar enquanto narrava com os olhos marejados o encanto de seu país que nem sequer tinha território. Parecia que ela estava pensando que se convidasse Hajime para Avenst, então ainda haveria alguma possibilidade de que eles pudessem convencê-lo e receber sua cooperação.

Assim, os irmãos Crow e Bovid também se juntaram a rainha. Eles continuavam falando sobre várias coisas para que não perdessem a conexão com Hajime. Kuwaibel estava soltando um pequeno grito enquanto se aproximava da perna de Tio.

Olhando para aquelas bravas figuras da rainha e seu grupo desesperadamente agarrados à esperança, a expressão de Hajime de repente tornou-se gentil. Roze e outros ficaram surpresos, e então seus olhos brilharam de esperança, pensando que talvez o Sinergista ouviria o que eles estavam dizendo.

Hajime estava fazendo uma expressão que parecia dizer: “Não há o que fazer, huuh...”, mas também parecia muito gentil, enquanto... sua mão estava se estendendo para Donner.

— Esperes-esperes-esperes-esperes um segundo, Mestre! Como esperado, não hás como tu atirares neles até a morte, correto?

— Tio. Você, o que você acha que eu sou? É claro que eu não vou abrir nenhum buraco neles. Eu mudei adequadamente a munição para balas de borracha não letais. Só vou dar-lhes um peteleco doloroso na testa.

— … és-és mesmo? Não, mesmo assim, esta acha que ainda és demais.

Roze e outros ficaram confusos vendo Tio que, de repente, segurou a mão direita de Hajime e começou a sussurrar. Com certeza, eles não imaginavam nem mesmo em seus sonhos que se Tio se atrasasse apenas um segundo, eles iriam ser baleados.

A mulher-dragão olhou para eles, que estavam em sérios apuros, e sussurrou para Hajime com o corpo colado nele:

— Mestre, esta és uma chance rara, que tal aceitares o convite?

— O que, você está interessada?

— Sim, esta está interessada no ponto em que humanos e dragões coexistem. Além disso…

— Além disso?

Tio baixou os olhos envergonhada. Os olhos de Hajime piscaram com o gesto inesperado.

— A subjugação de Helmut não demorarias tanto, correto? Como esperado, depois de fechamos os livros de uma só história deste mundo, não estaríamos no clima de continuar a aventura sem rumo mais uma vez. A subjugação de Helmut serias o fim desta aventura.

— Bom, acho que sim.

— Sim. Depois de subjugarmos Helmut, nós retornaremos à terra. És por isso que...

— Você está dizendo que quer continuar esta aventura com só nós dois um pouco mais? Bem, certamente uma aventura de apenas dois dias e uma noite parece questionável.

— Sim-sim. Então, só um pouco mais... não és possível?

Essa era a Tio cuja vocação era a de protetora, então, para ser honesto, Hajime não sabia se isso era tudo o que ela sentia. Talvez ela tivesse simpatia pela espécie dos dragões deste mundo e Roze e seus companheiros.

Mas, o egoísmo de Tio, que ele geralmente precisava ser perguntado antes que ela enfim compartilhasse algo, agora ela disse isso por iniciativa própria. A resposta de Hajime já estava decidida.

Aa, então, talvez eu devesse dar uma olhada, só um pouco, neste país da rainha e dos outros.

Ah, isso quer dizer…

— É. Aceitarei seu convite. No entanto, isso é tudo o que há até o fim. Entenda que isso não significa que eu concorde em cooperar com você.

— Eu-eu entendo!

Eles de alguma forma se mantiveram com esperança. Claro, eles também entenderam que a este ritmo seria apenas uma esperança vazia. Mesmo assim, eles não podiam deixar de sentirem alívio e felicidade.

Ao ver Roze e os outros, os quatro alegrando-se uns com os outros, e Tio, que estava de bom humor, de braços dados com ele, Hajime sorriu sem graça.


Aproximadamente um dia depois disso.

Nas profundezas da área da cordilheira de nuvens, onde gigantescas montanhas de nuvens se estendiam, a nação a bordo do navio Avenst por fim apareceu.


Nota do Autor (Ryo Shirakome)

Muitíssimo obrigado por ler esta história todas as vezes.

Muito obrigado pelos pensamentos, opiniões e relatos sobre erros de ortografia e palavras omitidas.

Pretendo encerrar o arco de Tio em mais dois capítulos.



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