Volume 2
Capítulo 87: Magnus Leafar
Na parte de cima do templo alguns soldados e magos se reúnem para entender o que está acontecendo.
– Por que todos estão se atacando?
Um mago olha com atenção e suspeita:
– Uma magia rara e poderosa está ativa na área, melhor informar Nilber.
– E Questtis?
– Ele está muito ocupado, até que ele venha aqui, nós já perdemos a prisão, mas manda chamá-lo também, a situação me parece séria, chame todos!
O soltado entra no templo e alguns magos elementais surgem, cada um usa o traje com a cor do elemento que tem mais afinidade.
– Vamos desfazer essa magia?
– Não, são muitos, não conseguiremos, nem se chamarmos mais magos, deve ter um grupo poderoso de mestres da maldição por perto, só fiquem atentos a qualquer um com cajado, eles devem estar na multidão.
– Certo, já conseguimos avistar um, tem um inimigo lutando contra as águias no ar.
Ele aponta para Leafar que conjura alguns raios do céu para energizar seu tridente para causar maior dano nas águias, alguns raios saem do chão matando amaldiçoados e surpreendendo as águias também, algumas tentam desestabilizar Leafar fazendo ventanias fortes com suas asas, mas ele consegue manipular o ar e desestabilizar as águias ganhando vantagem.
Depois de matar as águias Leafar desaparece e aparece em terra, a águia morta ainda está sendo manipulada e é usada para dar um rasante nos magos em cima do templo, eles são pegos de surpresa, mas conseguem se salvar usando magias e se esquivando. Leafar faz magias negras ao longe, chamando a atenção dos magos do império.
– Ali! Acho que vi alguma coisa.
– Estamos sendo atacados por um exercido de feiticeiros! Cuidado!
Dentro do templo todos se preparam para se defenderem e para atacarem, homens são acordados e equipados para a batalha, líderes formam barreiras e equipes diferentes para conter o inimigo, os magos de cima do templo usam magia para flutuar e voar até o campo de batalha perto das manifestações de magia que viram.
Leafar usa magia e consegue ver através de todo o império podendo visualizar algumas dependências e cômodos dentro do templo.
– Os cristais atrapalham um pouco, mas já tenho uma ideia do que tem pela frente... Agora os magos, eles estão conectados, matando um os outros saberão.
Leafar muda sua estratégia e fica na defensiva contra os amaldiçoados e analisa tudo ao redor planejando uma tática.
– O mestre de magia não está conectado, só os elementais... Interessante.
Leafar se aproxima do mestre da magia que está se defendendo dos amaldiçoados, o mago usa magia para conter e até livrar-se alguns dos feitiços, em uma certa distância o mago nota a presença Leafar:
– Quem é você?
– Notou minha aproximação, estou impressionado.
– Quem mais está com você? Revele-me!
O mestre de magia usa um poder de leitura e vê a forma de Leafar dentro de Orbis Absolute e se espanta ao ver o guerreiro caos de armadura negra com detalhes laranja escuro, com a luz dos olhos roxos dentro do elmo de nove chifres e um grande tridente de lâminas larga.
– Como?
– Tem coisas que é melhor não saber, não é verdade?
O mestre da magia fica paralisado e desmoralizado por alguns instantes por causa de sua visão e é atacado por amaldiçoados, ele revida com magia, mas é morto pelo grupo enfurecido, o grupo de amaldiçoados diminui podendo se ver melhor o campo de batalha.
Leafar está mais próximo do templo e dos magos elementais que usam seus poderes para conter os amaldiçoados e tentar localizar os conjuradores.
Leafar se aproxima furtivamente de um mago e o mata com um corte profundo nas costas e outro no pescoço, os outros sentem a perda de um deles e se viram contra Leafar que diz:
– E o “Fogo” cai, o elemento que eu menos gosto.
A arma de Leafar vira fumaça e com as duas mãos ele faz essa fumaça crescer e queimar, uma bola de fogo se transforma em uma onda de fogo que avança contra os magos que se unem, um deles entra na frente dos outros e cria um ar gelado para conter a onda.
O fogo desaparece revelando lâminas negras escondidas na onda, as lâminas continuam em movimento e matam um mago azul, os outros conseguem se defender com uma barreira feita de magia ou elemento usando algum elemento natural ao redor, o mago que usou um bloco de pedra para se defender usa-o para atacar
Os outros criam pequenas esferas com energias diversas, gelada, elétrica, quente, pesada, espinhosa entre outras variedades, Leafar faz movimentos rápidos com suas mãos criando uma aura laranja nelas, com as mãos encantadas ele apara os projéteis e ele consegue rebater alguns, jogando-os nos magos e nos amaldiçoados que ainda ameaçam atacá-lo.
Leafar se aproxima dos magos que unem suas energias formando projéteis maiores e mais poderosos, empurrando Leafar para trás, antes de reagir Leafar vê um grupo se aproximando.
– Esses não usam trajes ou armaduras do Império de Cristal, devem ser mercenários... Péssima hora para eles terem reforços.
O grupo de mercenários atacam alguns amaldiçoados e de longe veem Leafar lutando contra os magos.
– Ali estão! Vamos ajudar o Império.
– A situação deles está crítica.
– Sim! Dessa vez vamos pedir o triplo do valor.
Leafar aponta sua mão em direção aos magos e faz um clarão rápido e forte cegando-os, mesmo cegos eles continuam atacando magias, mas com a precisão baixa, os olhos de Leafar ficam verdes, ele olha para um grupo de amaldiçoados que se atacam e diz:
– Ampulex Compressa!
Com a mente fraquejada todos são facilmente manipulados, todos param de se atacarem e atacam os mercenários interceptando a chegada deles, os magos recuperam a visão e avançam contra Leafar atacando-o corpo a corpo com seus cajados encantados, Leafar ri e se defende dizendo:
– Magos não ficam na linha de frente, não tiveram um treinamento adequado?
Conforme eles atacam, elementos ao redor voam para ajudá-los, pedaços de madeiras, pedras, fogo das tochas, armas, pedaços de armaduras e até lobos são chamados para ajudar os magos contra Leafar.
Leafar é coagido, ficando na defensiva e cercado, ele se atenta aos movimentos das mãos e dos cajados dos magos e da união que eles fazem com ataques físicos e truques mágicos, Leafar começa a usar isso a seu favor, usando a mão ou até magia para redirecionar o cajado ou mão do mago no momento certo fazendo os truques se virarem contra eles e contra os outros.
Leafar ganha destaque, usando as magias dos magos contra eles mesmos, um mais experiente usa vento forte para jogá-lo longe e afastá-lo do grupo, Leafar olha pro mago e se anima:
– Achei o pilar do grupo!
Leafar desaparece e aparece atrás do mago do vento, ele abraça o mago pelas costas, uma mão no peito, outra no pescoço, ele deixa seu rosto lado a lado com o do mago e diz:
– Antes de morrer você terá um suporte memorável.
Os magos se aproximam para ajudar o amigo, os olhos de Leafar voltam a ficar laranja, um laranja forte, os olhos do mago preso também ficam laranja, os dois são envolvidos em uma ventania forte e um furacão se forma, o furacão destrói boa parte do campo, destruindo superficialmente a parte de fora do templo, mercenários e amaldiçoados são sugados e jogados longe, matando a maior parte deles.
Os magos elementais usam todas as suas energias para se defenderem e chegam a desfazer o furacão, depois que o vento se acalma Leafar solta o mago do vento, que cai morto.
– Pena, acabaram com a diversão.
Asinus sai do templo com um grupo de guerreiros, arqueiros e se agrupa com alguns mercenários vivos, Leafar faz sua espada aparecer e ataca os magos elementais, como eles estão fracos as magias são facilmente desfeitas por Leafar deixando-os indefesos e ele os mata um a um
– Não gosto de atacar vocês nesse estado, mas vocês não poderão sair vivos daqui... Ninguém pode.
Dentro do grupo de Asinus está Leander que chama a atenção de Leafar.
– Um caçador de cabelo azul? Diferente... mas fácil de acertar.
Asinus faz uma formação e entra no campo de batalha indo de frente contra Leafar, ele manipula uma lança de algum soldado morto e arremessa no grupo, Asinus ri e comanda:
– Arqueiros contra-ataquem!
A lança surpreende todos por ferir Leander deixando-o em um estado crítico, os arqueiros se posicionam e atacam Leafar, ele apara as flechas disparadas com sua espada e com magia de vento atrapalhando a precisão delas, chegando perto Leafar manipula armaduras dos guerreiros mortos e forma dois humanoides, dois golens de metal.
Leafar tenta manipular armas e armaduras do grupo de Asinus, mas sente que ele está com algum item mágico que protege o grupo dele desse tipo de magia.
– Finalmente um líder preparado.
Os golens atacam o grupo, os soldados demonstram ser bem experientes resistindo aos golpes e investidas do inimigo, Leafar avança e mata fácil dois guerreiros, ao matar o terceiro Asinus interfere e salva seu guerreiro aparando e jogando Leafar para trás.
– Um líder que pensa em seus subordinados... Raridade no Império de Cristal.
– Se renda ou morra!
– Poucas opções...
Asinus está usando uma lança com duas pontas, Leafar faz sua espada se transformar em uma lança igual e os dois iniciam uma luta um a um enquanto os golens atrapalham todo o grupo, outros guerreiros saem do templo, mas pela visão do campo eles suspeitam que está tudo sob controle.
– Que massacre é esse?
– Seja o que for está acabando, não há sinais de inimigos e nem do exército que fez tudo isso.
– Sim, parece que tem só um pequeno grupo ali.
– Asinus está lá, ele vai cuidar disso, vamos chamar os médicos para ver se tem vivos e mandar os mensageiros avisarem do ataque que sofremos.
– Certo.
O templo sai da situação de alerta suspeitando que o inimigo está contido e se preocupam em achar vivos e feridos. Os golens chegam a matar alguns homens, mas um dos dois é destruído, o outro consegue conter o resto do grupo enquanto Leafar luta contra eles.
Asinus tem grandes habilidades com a lança deixando Leafar admirado.
– Incrível, existe um grupo do Império de Cristal que foi bem treinado.
– Não vai conseguir me distrair.
– Não é minha intenção... mas acho que é a sua.
Leafar se afasta e se esquiva das flechas de Leander.
– Se não tivesse um cabelo tão “azul”, talvez poderia me acertar.
Leafar luta contra Asinus e se defende de Leander, a luta é rápida, até o segundo golem ser destruído, Leafar manipula o corpo do golem para que caia nos homens vivos e em Leander, que morre na hora, Leafar em uma sequência de golpes mostra que é mais forte e ágil quebrando a lança de Asinus em dois e depois em três partes, ele o fere no peito, no estômago e o faz ficar ajoelhado a sua frente.
– Esse ano será a redenção de vocês, algo a dizer antes de morrer?
Com dor dos ferimentos Asinus questiona:
– Como o quê?
– Arrependimento talvez?
Asinus olha com raiva e com a boca com sangue diz:
– Nunca! Fiz o que fiz e faria de novo.
– Pena... Teve sua chance...
Leafar faz sua lança virar um machado e decapita Asinus chamando a atenção do grupo de reconhecimento que saiu do templo.
– Asinus morreu?
– Quem é aquele?
– Vamos voltar, ainda estamos sob ataque!
Os homens do Império entram no templo para alertar os outros, Leafar se aproxima do templo bebendo mais um frasco do líquido marrom, ele sente uma grande energia emergir em seu corpo, mente e alma, muitos de seus ferimentos são curados e ele diz:
– Está na hora de apelar!
Leafar faz Aquarium aparecer por magia entre suas mãos, ela está flutuando e emanando uma aura azul claro, Leafar se concentra e demostra gastar uma quantidade grande energia transferindo-a para a joia, terminando a transferência o templo estremece e Leafar diz para Aquarium:
– Volte para casa e não deixe ninguém sair.
Aquarium desaparece e reaparece em uma sala secreta dentro do templo desconhecida pelo Império, ela fica em cima de um altar próprio de onde ela pertence, o altar aciona um mecanismo físico e mágico que faz mudanças em todo o templo, fechando passagens com portas grandes de pedra e abrindo outras, paredes são mudadas de lugar e ativa vários alçapões em toda parte.
Essas mudanças mantêm a forma original do templo destruindo algumas salas e lugares que o Império construiu para estender o templo, depois de feito Leafar entra no templo atento.
Os sobreviventes à mudança do templo tentam sair, mas esbarram em uma barreira poderosa impossibilitando a saída deles.
Na primeira sala Leafar usa magia elétrica conjurando vários raios e eletrocutando os guerreiros nela, ele entra em um grande corredor em direção ao salão principal do templo, ao entrar ele percebe um grupo de assassinos, lutadores e guerreiros de elite do império vindo em sua direção.
– Matem-no!