Volume 2

Capítulo 148: Verdades

– Mais décadas se passaram, inevitavelmente algumas batalhas e guerras aconteceram, algumas raças chegaram a ser extintas, mas tudo acabou “bem”, nada acontece que chegasse perto ao extremo que o Império chegou... Anos depois uma nova ameaça se levantou, Mestres de Maldição uniram-se formando um ideal maligno contra a vida e contra Deus, eles conseguiram controlar, potencializar e proliferar demônios para melhorar e fortificar essa nova seita que criaram. Rafael afim de não ser alvo de interesseiros do seu poder Electi por fim escolheu uma nova identidade.

– Onirdnaxela?

– Sim, você deve estar feliz por saber disso, pois muitos especulavam isso nos últimos anos.

– Muitos mesmos, ele foi o mestre do meu mestre.

– E foi o meu também... Com essa nova identidade ele se tornou mestre dos “Imortais”, os Octoniões, ele reuniu oito mortais que julgou serem dignos de tal tarefa, e os tornou os heróis que são tão conhecidos hoje em dia... Eu tive inveja e receio, “Mortais que outrora amaldiçoaram o mundo serem dignos de tal tarefa, então porque criar outros Electi?”, eu fiz de tudo para espionar e roubar técnicas e ensinamentos privilegiados que eles ganhavam, até que com o tempo eu aprendi a entender e a compreender as coisas e o destino de cada um, aceitei a decisão e as escolhas de Rafael, não todas, mas o suficiente para ser um ser melhor, eu ajudei na formação dos Octoniões também, diretamente e indiretamente, até que aceitei os mortais...

Leafar aponta para o céu e as nuvens mostram ao Ray a cena de Rafael falando com Leafar:

– Meu filho, é chegada a hora de se libertar desse mal, essa mágoa antiga que você tem dos os mortais, mortais ou imortais somos todos parte da criação de Deus.

– Eu entendo esse ponto, mas eles são inferiores e facilmente manipulados e controlados pelo ódio e crueldade.

– Aí que você se engana, muitos são movidos pela bondade e pelo amor também.

– Esses são bem poucos se formos ver a proporção deles.

– Falando assim até parece que você desconfia dos planos de Deus, me diga, você acredita no Criador?

– Sim, eu acredito no Criador.

– Então acredite na criação, pois Deus é amor e o que ele faz também é.

O céu se fecha e Leafar continua:

– Eu mudei muito desde o dia em que nasci e me vinguei dos que me tinham como inimigo e dos que me chamavam de monstruosidade... Mas infelizmente eu não era o único, outro Electi ao invés de se aproximar dos planos de Deus acabou se afastando e se tornando um novo inimigo.

– O traidor que os Electi falam?

– Sim... Furcifer, ele era regente de Aquário. Desde a época dos Octoniões, que travavam uma luta incansável e sangrenta contra o exército de demônios, Furcifer agia ocultamente ajudando os demônios e planejando seu próprio plano por trás de todos, os Octoniões ganharam e os demônios foram destruídos e selados para que nunca mais vivessem em Arbidabliu novamente. Pouco tempo depois Furcifer foi descoberto agindo com a seita dos Mestres de Maldição, os que ainda estavam vivos, em um novo ritual unindo negatividade, magia do caos e mortais, eles criaram um novo ser ainda mais repulsivo e maligno, os Hostium, uma pequena e mortal batalha foi feita, graças ao heróis o plano cruel foi destruído, mas Furcifer conseguiu fugir e infelizmente um dos heróis morreu nesse dia, alguém que deu a vida para deter o mal e salvar sua família... Uma heroína para ser mais exato.

Ray se emociona e diz com orgulho:

– Minha mãe...

– Sim... Raquel Blok deu à luz a um novo ser.

Ray se espanta e Leafar continua antes que Ray o interrompa:

– Não que você seja uma nova raça, mas era proibido que os Octoniões tivessem filhos. Eles passaram por várias situações que afetaram muito os seus corpos, mentes e almas, o surgimento de uma vida vinda deles poderia trazer algo novo e muito misterioso, ainda mais vindo de alguém que tem os gametas de dois dos Octoniões, mas não se preocupe, você nasceu normal, só teve uma tendência a ter uma doença grave que teve muitos anos depois e felizmente se curou dela.

– O cancru que eu tive.

– Isso foi uma consequência de sua gestação inesperada, mas os inimigos achavam que você era de alguma forma divino, e tentaram usar você para outro ritual.

– Então minha mãe morreu para me salvar?

– Sim, não só você como muitos outros.

Ray se segura, mas mesmo assim chora emocionado, tendo algumas lembranças de sua mãe. Leafar respira fundo, olha ao redor e muda o cenário para Libryans, na sala real de Erèm em um dia ensolarado e então continua a falar:

– Na época em que Raquel morreu, os novos Electi nasceram, deixando os antigos Electi viverem uma vida mortal e tranquila para que depois retornassem para Deus com suas futuras mortes, ninguém sabe ao certo como eles escolheram viver, boatos dizem que alguns escolheram a forma de algum animal e outros só escolheram viver em uma casa simples na beira do mar depois de formar uma família comum... Voltando à sua pergunta, foi nessa época de “paz” que eu decidi ir atrás dos poderes de Rafael, eu acreditava que com todos unidos seria formando o Electi Supremo de outrora, o mal que estaria no mundo junto com o que estaria selado na relíquia e seria então destruído, eu encontrei alguns em animais simples e fracos, nessa época eu já tinha a capacidade e o conhecimento para extrair o poder sem matar o ser vivo que o tinha, assim fiquei mais forte e consegui ir descobrindo os outros...

Leafar faz o cenário mudar para uma sala familiar para Ray, uma cena que ele estava no passado:

– Na noite de 05 de outubro 1575, em Pronuntio, dentro Castelo Divine você se encontrou com Rafael, ou melhor, Onirdnaxela.

Ray vê a cena dele pequeno entrando e conversando com Rafael na sala e depois a chegada de Leafar que causou medo e receio em Ray que com o tempo esqueceu-se desse dia e de sua existência.

– Eu já te vi antes.

– Sim... Nesse dia eu fui rude com Rafael, pois não concordávamos que ele deveria recuperar o poder Supremo e tomar a rédea da situação, pois nessa época o Império já dava indícios do que se tornaria e Furcifer já tinha planos em ação, tanto que um de seus planos foi afundar Vir Meus com o intuito de achar a relíquia... Contei sobre os poderes que recuperei, onde possivelmente estariam os outros e onde eu guardei a relíquia.

– No templo de Libra?

– Sim.

– Então você estava guardando-a?

– Chegaremos nessa parte em breve... Tenho um ponto para lhe mostrar antes.

Leafar muda o cenário novamente, mostrando para Ray uma conversa tensa que ele teve com uma mulher, que inicia o diálogo:

– Por que você está me incomodando com isso?

– Você ainda pergunta? Você é uma mulher inútil pedindo para morrer.

– Como ousa?

– Como você ousa! Você viu o que você fez?

– Fiz o que era necessário...

– Necessário? Você os mandou para a morte só para descobrir um plano óbvio do Império de Cristal e, não contente com isso, iniciou mais uma missão suicida mandando...

– Sacrifícios são necessários, veja o exemplo dos primeiros Electi.

– Sacrifícios? Estranho, pois não vejo você sacrificar nada.

– Não ligo e não me importo. Pena que nem todos são “maravilhosos” como você, não?

– Não sabe o que está dizendo.

– Chega… Se vai me matar, faça logo.

– Como eu quero isso… Mas tenho mais o que fazer, tentar consertar o que você iniciou… Mas eu te garanto, no nosso próximo encontro eu vou te matar, você vai pagar por todas as vidas que mandou para a morte.

– Se você sobreviver até lá.

– Sou um homem de palavra… E tenho certeza de que nos veremos de novo.

Ray fica perplexo ao ver a discussão e identifica rapidamente a mulher idosa que discutia com Leafar:

– Izolna?

– Sim, ela adquiriu uma das partes do poder de Rafael, e usou isso como status para ganhar poder de decisão como um grande sacerdote ou até um rei.

– Por que está me mostrando isso?

– Me desculpe Ray, você foi esperto até agora, acho que você sabe o que eu estou lhe mostrando.

Ray fica pensativo e chorando de ódio questiona:

– Meu pai? Você quer dizer que ela matou o meu pai?

– A batalha da universidade era inevitável, pois o Império queria acabar com a fonte de sabedoria e poder dos que o rodeavam, mas ela convenceu seu pai de ir lá para ajudar.

– Não, não pode ser verdade.

Ray fica confuso, triste e com raiva vendo que Izolna que parecia ser amigável é na verdade a outra pessoa que contribuiu para maldades e injustiças no mundo.

– Por quê?

– Não foi a intenção dela Ray, tem pessoas que acham que estão fazendo algo bom, mas na verdade estão reproduzindo mais crueldade e maldade, sei bem disso, fui o primeiro descendente de Ivo... Rafael ao saber disso fez de tudo para chegar lá o quanto antes, ele conseguiu salvar algumas pessoas, mas infelizmente seu pai morreu naquele dia... Os planos de Izolna foram muito arriscados e pouco eficazes...

– Ela foi muito injusta...

– Sempre foi... Mas essa conversa que você viu era sobre você Ray.

– Eu? “Iniciou mais uma missão suicida mandando”, eu?

– Sim... Você queria a verdade então eu estou te contando.

– “Iniciou mais uma missão suicida...”?

Ray entra em choque ao perceber e entender tudo o que houve, Leafar rapidamente estabiliza a mente de Ray para que ele não desmaie, ele fica ofegante e diz triste:

– Meus amigos... Doug, Júlio, Meena e Rupert, ela que pediu a missão deles irem até o Império?

– Sim, como você ficou doente, não pode ir, então seu grupo foi... Ela queria descobrir o que nós já suspeitávamos, que os Hostium seduziram Xarles, que pegaram o poder de Rafael que estava com ele e que o usa como distração para agirem escondidos, você deve ter ouvido falar da “arma biológica” que o Império criou, foi tudo iniciativa dos Hostium.

– Xarles tinha o poder do Electi?

– Sim, mas não soube usar e o deu de bom grado para o inimigo que se tornou forte a cada momento que usufruía dele.

Ray está transbordando com emoções, mas ainda demostra desgosto e desaprovação por Leafar.

– Eu entendo o que você passou, mas essas verdades não justificam as suas maldades.

– E nem justificaria, mas eu não fiz o que você acha que eu fiz Ray... Agora está na hora de você ver os últimos acontecimentos, mas antes preciso dizer que eu não podia revelar meus planos para ninguém, pois Furcifer ou Xarles poderiam descobrir, eles têm informações privilegiadas por todo o Grande Continente... Você lembra que o confrontei na floresta perto de Libryans?

– Você tentou nos matar!

– Não! Lembre bem do que foi dito, a magia que eu usei era de teleporte, um estilo que conseguira passar pelo bloqueio que os Hostium de Xarles fizeram, se eu quisesse matar você e seu grupo porque eu os deixaria vivos? Mesmo você me “derrotando” por último, antes eu enfrentei o seu grupo.

– Eles estavam vivos...

Ray fica pensativo e revendo aquele dia e Leafar continua:

– Como havia falado, eu queria interromper sua missão, pois ela era mais perigosa do que necessária... Lembre-se que você ricocheteou a magia, se fosse uma magia de morte eu teria morrido e não me teleportado.

– Sim... E no Templo de Libra?

– Como você tinha dito, eu estava guardando a relíquia, até que seu amigo chegou lá.

– Doug...

– Como um descendente de Ivo ele detectou minha proximidade, por impulsividade ele pegou a relíquia e caiu na armadilha mágica que havia nela, foi aí que você e seu grupo chegaram e entenderam tudo errado, você deve lembrar que novamente eu não fiz nada para matá-los, até que Maxmilliam me jogou para fora e destruiu o poder que mantinha a ilha estável.

– Era para você ter morrido.

– Séculos de conhecimento e poder me deram certas vantagens, a magia me deixou muito fraco, mas eu consegui sair vivo, quando cheguei aos céus eu ainda consegui contatar Úrsula para ajudar vocês a saírem do templo.

– Você chamou Úrsula para nos ajudar?

– Sim, ela pode te confirmar isso depois, ela como os outros Electi sabem quem eu sou, o que eu faço e como faço.

– Eles não mencionam nada para que Xarles e nem o Furcifer saibam.

– Exatamente, depois que eu saí de Pando eu vivo oculto atrás das ações inimigas.

– Então não era para termos levado a relíquia?

– Não, Erèm ficou mais surpresa por vocês terem a levado do que a tê-la encontrado... Como a relíquia já estava em posse dela ela decidiu agir achando que era um sinal do destino, eu tinha recomendado para que ela fizesse isso depois de deter Xarles ou Furcifer, eu achei arriscado ela assumir o posto de Rainha com a relíquia e com esses dois ainda na ativa e contra ela.

Leafar põem suas mãos na cabeça de Ray e passa para ele todas as descobertas que fez em Oratio Tenebris, as maldades, crueldades, planos e ações do Império, tudo é muito intenso e rápido, Ray vê muita coisa que já suspeitava, ele se afasta e vomita, passando mal com as cenas sangrentas e nojentas das ambições do exército do Império de Cristal.

– Que horror... Como eles podiam fazer essas coisas?

– A ausência Ray. Eles se ausentaram de Deus e seguiram cegamente esses desejos profanos que vieram da seita que lhe falei.

– A Chave Mestre? Foi você que eu vi na sacada da Erèm?

– Sim, seu amigo Onurb pegou ela de mim, eu precisava dela para ir a Oratio Tenebris, então antes de seguir com meu plano eu a peguei, como Erèm disse, ela sempre esteve ciente dos planos e me deu livre acesso ao reino de Libryans.

– Entendi... “Foi um inimigo, um mestre, um Electi, e por último um amigo”.

– Confiável... Isso.

– Se Erèm está ciente dos seus planos por que ela me mandou ajudar os refugiados? Sabendo que você ia matá-los.

– Mas eu não os matei.

Leafar muda o cenário para um dos esconderijos que encontrou em Sodorra, nessa memória transferida de Leafar para Úrsula e dela para a relíquia que Ray está, Ray vê Leafar matar um inimigo escondido entre os aldeões que ao morrer deixa os inocentes ao redor assustados, um mais velho entre os aldeões se aproxima de Leafar e diz se curvando a ele:

– Por favor, somos trabalhadores do império, não somos de guerra, poupe-nos.

Leafar joga o corpo do morto para o lado e olha para o idoso dizendo:

– Não se preocupe, vocês irão para um lugar melhor do que esse aqui, e ao contrário daqui, será uma passagem sem sofrimento.

Leafar faz uma aura tomar o esconderijo, todos sentem o poder e a identidade de Leafar, todos se ajoelham e agradecem, um a um eles são teleportados através de uma luz forte que Leafar conjura com suas mãos, rapidamente o número de pessoas diminui, entre os últimos está um menino que se aproxima de Leafar correndo, ela pega em sua mão e mesmo machucado ele dá um belo sorriso com alguns dentes de leite faltando, ele está feliz e pergunta de uma forma esperançosa e inocente:

– Você é Deus?

Leafar se abaixa e diz sorrindo para ele:

– Não, mas sou filho dele, igual a você.

O menino ri de alegria e Leafar o teleporta para fora de Sodorra colocando seu dedo no nariz do menino.

Ray ao ver a cena se emociona, em segundos Leafar mostra que fez o mesmo com todos os inocentes de Sodorra e com algumas pessoas em Oratio Tenebris, Ray ajoelha e pede humildemente para Leafar:

– Me desculpe...

– Eu podia ajudar seu amigo quando ele chegou em Libryans, mas pedi para que enviasse ele para um dos Electi, achei que sua viagem fosse mais longa, era para você ficar distante de tudo isso, Erèm como sua madrinha achou que não teria perigo se você ficasse recuado aguardando os refugiados.

– Eu achei que não existiriam refugiados se não fôssemos buscá-los.

– Eu entendo, mas como a magia do teleporte estava limitada eu não conseguia enviar grande quantidade de pessoas para muito longe, por isso grupos aliados foram feitos e posicionados por perto, para resgatá-los e levá-los para o mais longe de Sodorra, por medo de meu plano dar errado.

– Me perdoe...

– Levante-se Ray, não precisa disso, fico feliz por você agir da forma que agiu, isso prova que muitos estão planejando e agindo a favor do bem e da paz para o Grande Continente.

– Não, eu fiz errado... Eu matei você.

– Isso Erèm não me contou... Mas você deve estar enganado Ray.

– Agora eu entendi o porquê Erèm fugia do assunto relacionado a você, e o porquê que ela me pediu para ficar longe de Sodorra... Eu deveria ter ouvido.

– Ray? Ray! Acalme-se, saiba que você está enfeitiçado por uma magia que ameniza suas emoções, você está recebendo informações muito importantes e pesadas, que podem mudar toda uma vida e até ideais, não se perca, mantenha seu foco e a fé.

Ray se concentra, respira fundo como se estivesse meditando e Leafar continua:

– Antes de invadir o castelo de Xarles eu consegui enviar essas memórias para Erèm colocar no rubik, eu não sei como foi depois disso, mas posso dizer que meu plano final era morrer.

– Morrer?

– Sim, com a minha morte o poder que adquiri por todo o tempo volta para Rafael que está preso em Sodorra, no caso, ele estava preso, ao entrar no Castelo eu iria libertá-lo e acredito que isso foi feito.

– Rafael estava em Sodorra?

– Sim, ele foi levado por Xarles, lá ele fez uma proteção que impede de Xarles e dos Hostium saírem, meu plano era invadir, resgatar e entregar o poder para ele, para isso minha morte se fazia necessária, para dar plenos poderes para Rafael.

– O poder supremo?

– Perto disso, não sei quantas partes ainda estão espalhadas pelo mundo.

– E Izolna?

– Furcifer a matou para pegar o poder Electi, felizmente eu já tinha extraído o poder que ela tinha, eu prometi matá-la, mas como disse, eu sempre estou mudando e me aperfeiçoando.

– Mas eu usei a Magia Electi, se você não morreu, então ele...

A voz de Ray falha, tudo ao redor se distorce e Ray ouve a voz de Erèm:

– Ray, me desculpe, não tenho mais energia para manter a magia ativa.

Ray tenta falar, mas não consegue, a imagem de Leafar se distorce também e ele diz antes de desaparecer:

– Com tudo, eu quero me desculpar Ray, queria ter feito mais pelo seus pais e por você, mas não pude... Me desculpe e proteja Erèm... Salve a rainha.

Ray acorda na sala do trono na manhã do dia seguinte, ele está ofegante, confuso, com tonturas, enjoado, fraco e cansado, ele levanta do trono e cai sem conseguir manter-se de pé, Erèm pega ele nos braços e muito preocupada o chama falando alto:

– Ray? Você está bem?

– Madrinha? Me desculpe...

– Ray? Não se preocupe...



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