Volume 2
Capítulo 120: Resistencia & Poder
– ... Eu sou o ser mais resistente de Arbidabliu!
– Sim... Mas não é imune.
Uma energia maior do que a de antes sai do corpo de Leafar empurrando Ian para trás, Ian fica surpreso e é surpreendido por um raio que cai do céu, mesmo sendo muito resistente ele sente uma dor que afeta todo seu corpo e é arrastado para uma parte do jardim, destruindo tudo no caminho, ao levantar Leafar joga uma onda de fogo que engole parte do jardim.
Ian se posiciona de uma forma defensiva, sua energia faz com que o fogo não o afete, quando o fogo cessa Ian nota que durante esse tempo uma esfera de energia se formou atrás dele, antes de se defender ela explode e o joga contra um pilar que é destruído com o impacto, o corpo de Ian é puxado até próximo de Leafar, que está se recompondo dos danos que sofreu, Ian tenta atacar, mas Leafar o desarma de novo.
Leafar pega na cabeça de Ian, aproximando-a de seu rosto com um olhar sádico, Ian tenta reagir, mas sente seu corpo dormente.
– Como?... Como você consegue?
– Eu tenho a vantagem de sempre ser subestimado!
Leafar joga Ian longe, mas ele cai em pé e pega sua espada, em posição de luta ele se prepara contra Leafar, que demostra carregar uma quantidade gigantesca de energia.
– Eu teria que economizar energia, mas se for para perder, eu perderei no ponto final!
Constantemente os olhos de Leafar trocam de cor, seus cabelos ficam esvoaçantes junto com suas vestes e uma aura laranja toma seu corpo, Ian olha fixamente sentindo o poder de Leafar se elevar, ele se concentra e acumula energia esperando as próximas ações do oponente.
– Vamos ver então...
Leafar desaparece e aparece à frente de Ian, ele usa a mesma técnica, mas Leafar tomou todo o poder dos cristais impedindo que Ian use-os para se locomover, o primeiro golpe arranca sangue de Ian e o joga para trás, Leafar faz sua espada surgir em sua mão e o ataca.
Ian revida na mesma intensidade, o impacto das lâminas ecoam no céu, partes do jardim são destruídas pelas ondas de impacto que são criadas com a luta extrema, partes da roupa de Leafar rasgam e os detalhes da armadura de Ian ficam fragilizados, eles usam uma grande velocidade para tentar atacar um ao outro por ângulos e lados diferentes, durante uma parte da luta Leafar questiona:
– Você não se pergunta o porquê do Império, a maior força do planeta, conseguir ser facilmente invadido e rendido?
– Acredito que você vai me explicar.
– Não, você é inteligente, sabe que tudo se resume em vocês trazerem um grande poder aqui, achando que poderiam controlá-lo, e no fim, ele fragilizou toda as suas defesas.
– Nunca pensei que ele seria controlado, mas não sabia que tantos iriam aproveitar essa brecha, admito ter subestimado os inimigos do Império.
– Não eles em si, mas a quantidade deles...
– Acha que pode me distrair?
– Claro que não, você é esperto demais para cair nisso.
Leafar cria um tentáculo feito de energia e bate em Ian, ele consegue cortar o tentáculo, mas outro surge batendo em cheio nele e lançando-o ao ar, em pleno ar outro tentáculo o segura e o joga contra um pilar que é destruído junto com o teto que segurava.
A espada de Ian emana uma grande energia que manipula os destroços ao redor e os joga em Leafar, ele aponta a mão para os projéteis e eles param no ar antes de atingí-lo.
– Não meu caro, hoje você não é a maior autoridade aqui!
Leafar desaparece e aparece do lado de Ian atacando-o, Ian apara com sua espada e os dois ficam segundos nessa disputa de força que se mantém equilibrada, a espada de Leafar começa a fragilizar e a trincar ganhando sua atenção.
– Mas é claro, você está sem suas duas espadas... Então essa que você está usando só pode ser...
Ian vê que Leafar descobriu seu segredo e critica.
– Maldito!
– Todo esse tempo, e ela estava aqui.
Leafar tenta pegar a espada de Ian, mas ele recua, Leafar parece ficar insano conjurando várias magias em pouco tempo.
– Nem mesmo o homem mais poderoso do Grande Continente é páreo para mim!
Leafar ataca com sua espada, que se transforma em várias outras armas no caminho, Ian as destrói e se esquiva da saraivada de espadas e avança na direção de Leafar, que começa a conjurar fogo, gelo, espinho, raio e objetos espectrais, como espadas, lâminas, correntes, entre outras coisas, ele usa tudo atacando Ian, que se defende aparando e destruindo os projéteis com sua espada, a habilidade de Ian junto com sua a espada provam para Leafar suas suspeitas.
– É ela! Sim, é ela mesma!
Leafar começa a girar e a andar em direção de Ian, a sua velocidade é grande parecendo que ele tem vários braços que lançam magias constantes uma atrás da outra, ele aumenta o poder e a quantidade delas atrapalhando Ian em sua defesa empurrando-o para trás por causa de vários impactos. Em sua insanidade Leafar grita:
– Mostre seu poder Ian Nai!
– Miserável!
– Membro dos “Imortais”... General do Império mostre-me do que é capaz!
Ian consegue rebater alguns projéteis fazendo Leafar diminuir a velocidade, Ian é atingido por alguns projéteis ficando fraco, em uma ação ousada ele avança contra Leafar, passando rápido entre as magias, ele é acertado por algumas que o machucam, mas ele dá uma investida em seu alvo.
Leafar esquiva, mas para com os projéteis, Ian ataca Leafar com sua espada e Leafar se defende conjurando a sua arma, a espada de Ian destrói a de Leafar e ele o acerta causando um ferimento leve por ele recuar antes que o pegasse em cheio, Ian avança novamente, Leafar aponta suas mãos para o chão alterando a gravidade do lugar, o chão trinca destruindo todo o jardim e comprometendo a construção da torre que estão.
Ian é pouco afetado conseguindo continuar seus ataques, Leafar se esquiva e ergue suas mãos para cima tentando jogar Ian para o ar, ele crava sua espada no chão e se mantém no chão, fazendo Leafar rir alto.
– Saudade da audácia dos Octoniões!
Ian tira sua espada do chão fazendo um corte de energia gigante, que corta toda a construção, Leafar apara o corte com uma mão, não sofrendo nenhum dano e a torre começa a cair. Leafar bate em Ian com magia, pega no braço que segura a espada e bate a palma da mão no tronco de Ian, paralisando-o por um segundo crucial.
– Zodíaco, incrível! Você camuflou bem ela para alguém que não gosta de usar magia.
– Uso quando necessário.
– Sempre ocultando a verdade sobre você, não?
Com magia Leafar faz a espada de Ian se revelar: Zodíaco, a espada Zordrak feita por humanos e aprimorada pelos Electi da segunda geração, ela é simples, mas bem feita, lâmina negra, grande e larga, o fio e ponta dela são muito afiados, no corpo da lâmina há pequenos símbolos dourados gravados, cada símbolo representa um Electi que a abençoou, o cabo dela é branco e grande, podendo ser usada com as duas mãos. Leafar admira Zodíaco e diz:
– Tem mais segredos para esconder Ian? Você já foi mais autêntico.
Ian se solta de Leafar com ódio.
– Vou mostrar o que é autenticidade!
Os dois se teleportam, a torre cai e eles aparecem em um salão grande e bonito, eles estão distantes, olhando fixamente um para o outro, assassinos do Império surgem por magia e atacam Leafar enquanto Ian respira fundo e medita. Leafar é cercado pelos assassinos, alguns atacam de longe e outros corpo a corpo usando armas mortais e bem afiadas.
Leafar apara os golpes e se esquiva, seu nível de luta está muito elevado por causa da sua insanidade que o deixa em um estado extremo de prontidão, ele mata um a um com um único golpe que chega a cortar pedaço de seu inimigo, como braços, pernas, cabeças e até consegue cortar inimigos ao meio pela horizontal.
Depois de matar todos, um grupo de Guerreiro Caos aparece ao longe vindo por um corredor, Leafar aponta sua mão e com magia faz os cristais soltarem destruindo alguns deles e bloqueando o caminho para os que sobraram, Leafar dá um sorriso confiante para Ian que está enfurecido, Ian faz um movimento com sua espada e grita liberando uma energia grande que sai de seu corpo e da Zodíaco.
– Você vai sentir a dor de todos os demônios que eu já matei!
Uma aura dourada toma conta de Ian, a aura se expande pegando metade do salão, vários rostos de demônios parecidos com rostos humanos com deformidades aparecem por toda a aura formando um rosto humano gigante. Leafar fica surpreso e sorridente diz:
– Hoje é o dia do juízo!
Uma aura dourada sai de Leafar, ele levanta sua espada sobre sua cabeça e bate em uma parede invisível no ar, ondas gravitacionais se formam como se fossem gotas caindo na água, as ondas revelam uma balança atrás de Leafar que se conecta com a aura dele fazendo surgir também algumas borboletas feitas de energia pura que voam para lugares aleatórios.
Os dois avançam em uma velocidade sobre humana, o movimento é tão rápido que parece que eles atravessam o corpo um do outro de tão rápido e forte que são, um estrondo é ouvido por todo castelo, cortes grandes e profundos surgem no salão, todos os móveis e até cristais corrompidos por metros de distância são destruídos.
Leafar e Ian aparecem em lados opostos do salão de costas um para o outro, o tempo parece parar por alguns segundos. Leafar dá um passo à frente, sua espada vira pó, cortes surgem em suas vestes e alguns em seu corpo, seu corpo fica trêmulo e ele ajoelha no chão demostrando grande exaustão.
– Está feito...
Ian do outro lado vira, olha para Leafar e com os olhos cheios de lágrimas diz triste:
– Eu reneguei... amigos, “irmãos”... Mas foi por amor que eu prometi e que eu dei a minha palavra e meu nome... Me perdoe...
A armadura de Ian vira pó, deixando-o só com a roupa de baixo, cortes profundos surgem por todo seu corpo, seus músculos diminuem, sua força vital se esgota e ele cai no chão em um estado crítico quase sem vida. Leafar faz um esforço, se levanta, anda até Ian e diz:
– Em partes eu lhe entendo... Amor, raiva, vingança, obsessão e muitos outros sentimentos são munições para certas ações e erros.
Leafar usa magia e vira o corpo de Ian para cima, ele olha para o rosto derrotado dele e continua.
– Eu sempre quis essa luta, mesmo sabendo o resultado dela.
Com dificuldade Ian o ofende.
– Você sempre foi o demônio que eu quis matar.
– A simpatia é recíproca...
– Acabe logo com isso...
– Sim...
Leafar se posiciona perto de Ian, faz Zodíaco sumir através de uma fumaça branca e inicia a conjuração de uma magia poderosa em sua mão.
– Eu tenho muito a lhe falar, mas infelizmente não tenho tempo... Você fez o que podia, agora descanse em paz.
Ian fecha os olhos, deixando lágrimas escorrerem pelo seu rosto e diz sorrindo, sentindo uma redenção tomar seu coração:
– Me perdoem...
Leafar conjura uma luz branca intensa, igual a magia que ele usou para sumir com os aldeões de Sodorra, essa luz envolve o corpo de Ian e o desintegra sem deixar rastros.
– O último obstáculo foi vencido... Agora é meu ato final.