Volume 2
Capítulo 119: O Maior do Império
Leafar demostra estar bravo e ansioso para acabar logo com a luta, seus golpes usam mais energias e ele consegue acertar sua imagem, mas ela se regenera rapidamente e consegue contê-lo.
Em lugares distantes do castelo o clone encontra a fumaça cinza e ataca o vulto dentro dela, o clone também se funde a fumaça cinza chegando a lutar contra o vulto do homem de uma perna só, o clone luta de igual para igual com a invocação, com a interferência de alguns Caos por perto a imagem ganha no final atravessando sua espada no vulto, a fumaça e o vulto se desfazem e desaparecem deixando no chão pequenos pedaços das páginas queimadas.
O clone aparece dentro do volume da água que está passando pelo castelo, dentro ele ataca o peixe e a mulher de água, em desvantagem o clone apanha, tendo partes do corpo esmagadas e quebradas, ele usa magia e eletrifica a água afetando um pouco as invocações, elas ficam fracas e o clone se envolve em uma energia que explode evaporando a água, o peixe e a mulher caem e desaparecem, deixando só páginas rasgadas no chão, o clone cai cansado e vai atrás do próximo inimigo enquanto ele regenera suas feridas.
No corredor o clone segue o som dos risos e do grunhido de porco, o clone é enganado várias vezes atacando o ar enquanto é contra– atacado, em uma das investidas o clone acha uma brecha e fere a invocação fazendo-a desaparecer, no chão sobra só um papel embrulhado e molhado.
Em segundos o clone é jogado longe pela cobra de fogo, que surge inesperadamente surpreendendo o clone, antes de pousar ele é atingido pelo coice do cavalo de fogo quebrando sua coluna, o clone cai no chão e usa magia para se recuperar, antes de se curar por completo a cobra e o cavalo voltam atacá-lo destruindo-o, mas antes de morrer o clone mata o cavalo de fogo cravando sua espada em seu coração, o cavalo faz um grande barulho e desaparece igual os outros.
Leafar luta contra sua imagem corpo a corpo e diz entendendo alguns pontos:
– Esse poder que vocês têm, é de origem Electi, por isso que vocês conseguem conter meu poder aqui dentro.
A imagem sorri demostrando concordar com as afirmações de Leafar que continua a falar:
– Mas percebi que você é a última barreira, sem você eu terei melhor acesso ao castelo.
A imagem demostra preocupação fazendo Leafar sorrir para ela, os olhos dele demostram mais ansiedade e ele diz com gosto:
– Ótimo!
Tentáculos espectrais saem do corpo de Leafar que agarram sua imagem, ela luta e se debate resistindo inicialmente, mas acaba sendo pega e esticada pelos seus membros, Leafar admira e comenta olhando para o tronco de sua imagem.
– Será que tudo é igual? Tudo no mesmo tamanho?
A imagem fica confusa e Leafar ri.
– Vejo que você é só uma representatividade de um “símbolo”, pena, teríamos muitos assuntos para discutir.
Leafar demostra usar mais força fazendo os tentáculos desmembrarem sua imagem, que grita alto e vira pó em seguida.
– Pronto...
Leafar desfaz os tentáculos e comenta olhando ao redor.
– Esse deve ser o último “turno”, sem a barreira eu consigo ir para qualquer lugar do castelo... E eu já estou vendo você!
Leafar usa magia para arrumar suas vestes e cabelo.
– Preciso estar apresentável para a “reviravolta no enredo”, que será esplêndida.
Leafar usa magia e se teleporta, ele abre os olhos e percebe que não foi teleportado para aonde ele queria, outra pessoa assumiu a magia e o levou para outro ponto do castelo.
– Imaginei, não seria tão fácil...
Ele se vê em um dos jardins intocados pela batalha, em um lugar bem elevado, ele olha para os lados admirando o jardim, vê uma porta abrindo e comenta:
– Que chateação, achei que você seria o primeiro a me receber quando cheguei em Sodorra, estou muito chateado com sua falta de consideração... Ian Nai.
Ian Nai, homem humano, estatura alta, forte, olhos castanhos, cabelos um pouco grisalhos, curtos e lisos, boa aparência, duas cicatrizes no rosto, idade aparente de 50 anos. Ele usa uma armadura corporal com detalhes dourados. No peitoral da armadura, o relevo de um demônio, capa branca e sem elmo.
Ele entra no jardim e responde Leafar:
– Acha que eu já tive consideração com você algum dia?
– Quanta grosseria, a falta de romance deixou você assim?
– Idiota.
– Não foi a falta de romance, claro que não, não foi a falta, foi a rejeição.
Ian saca sua espada e aponta para Leafar iniciando uma conversa mais tensa.
– Não sabe do que está falando! Vai morrer pelos seus crimes contra o Império.
– O “Império” de novo?
Leafar faz sua espada desaparecer e continua a falar:
– Ian... Eu sei por que você está aqui, nós dois sabemos, e sabemos que não tem por que continuar com isso, saia do meu caminho e me deixe terminar o que eu vim fazer.
– Você veio para morrer, vou ajudá-lo nisso.
– Sabe que não é tão simples.
Leafar sorri e comenta andando pelo jardim passando sua mão nas flores:
– Você é muito inteligente, poderoso e muito fiel, arrisco em dizer que o Império esta onde está porque você está do lado dele.
– Isso foi um elogio?
– Não... Um fato, mas se você persistir irá cair junto com aquele que tanto protege, e por quê? Por uma promessa antiga?
– Eu dei a minha palavra.
– Sua palavra não vale mais nesse mundo, todos daquele tempo estão mortos, e nada foi honrado depois, você sabe muito bem disso.
– Não importam os outros, o que importa é a minha palavra e até a minha morte eu farei o que eu prometi.
– Que lindo, daria um bom livro sabia... Mas não! Ninguém do Império leria, sabe me dizer por que Ian Nai?
– Isso é irrelevante.
– Irrelevante!?
A voz de Leafar ecoa pelo jardim, ouvindo-se um trovão ao longe.
– Diga-me Ian Nai, general do Império de cristal, quantos dos seus homens você matou por essa promessa?
– Não tenho uma contagem, guerra é guerra.
– Verdade...
– E eu não gosto de rótulos.
– Rótulos? Você acaba sendo ridículo e contraditório dizendo isso, sabia?
– Vamos parar com esse assunto, o ponto principal aqui é: você vai se retirar ou eu terei que matá-lo?
– Uma última coisa antes, por favor, permita-me saber disso.
Ian se posiciona para lutar e diz sério:
– Diga.
– Muitos do Império sabem que sua lealdade pelo rei é porque você amou alguém da linhagem dele?
Ian avança e Leafar se afasta dando risada e falando em um tom debochado:
– Eu imaginei... Pena eu não ver a cara de todos eles ao saberem da verdade.
Ian ataca, mas Leafar se afasta usando magia para ficar a uma distância segura.
– Um lindo amor pelo parentesco de Xarles, mas não pela mãe dele é claro...
Leafar ri e é acertado por uma investida que o lança por cima de um arbusto, ele cai em pé e é surpreendido por Ian que continua seus ataques, Leafar conjura sua espada e se defende dos golpes.
– Vejo que é um assunto delicado.
A cada golpe aparado a espada de Leafar se fragiliza e trinca, chegando a quebrar depois de uma sequência de golpes, Ian o acerta de raspão alguns golpes e Leafar apara os seguintes depois de fazer outra espada.
Leafar usa magias em Ian, mas elas não surtem efeito, fogo passa por ele sem ferí-lo, gelo se desfaz ao encostar em sua armadura, eletricidade é neutralizada pela sua espada, alteração na gravidade não interfere em seu desempenho, raízes e plantas do jardim são cortadas facilmente por seus movimentos rápidos, Leafar usa estilhaços de cristais que se desfazem antes de chegar a Ian que diz bravo:
– Acha que os cristais daqui podem me ferir? Mesmo sendo menos experiente em poderes mágicos eu vivi aqui, conheço tanto quanto você que estudou anos.
– Isso explica como você me trouxe aqui...
– E isso não é tudo!
Todos os cristais do lugar emanam uma energia diferente e Ian desaparece do lugar e aparece à frente de Leafar golpeando-o com sua espada, Leafar apara tendo sua espada destruída novamente, Ian aproveita e dá um soco em Leafar que o joga para trás.
Leafar usa a mesma técnica para se afastar de Ian, mas Ian o segue aparecendo antes dele e o golpeando novamente, Leafar apara a espada com magia, mas é acertado por outro soco em seu rosto que sangra em seguida. Ian abaixa a guarda e diz.
– Em nome de um antigo grupo eu dou a última chance de você ir embora.
– Obrigado pelo apreço, mas não poderei aceitar...
Leafar passa a mão em sua boca e vê o sangue causado pelo golpe de Ian, enquanto dialoga, ele usa o sangue para fazer um símbolo na palma de sua mão, um círculo com um ponto no meio e diz:
– Agradeço a consideração, achava que as únicas pessoas que você tem consideração, ou tinha, é com o seu rei e seus imediatos mais fiéis.
Ian demostra preocupação e questiona:
– Hanna e Oulan, o que houve com elas?
– Não se preocupe, você vai para o mesmo lugar que elas foram.
Ian avança e ataca Leafar com toda força, sorrindo Leafar se posiciona para a luta, a espada de Ian é aparada por algo invisível, que se revela ser uma espada surgindo da mão de Leafar com o símbolo feito com seu sague. Ian admira a espada que demostra ser mais forte que as outras e diz confiante:
– Acha que isso muda algo?
– Já mudou!
Ian dá uma sequência de golpes que Leafar apara com sucesso, Leafar usa a força igual Ian, causando grandes estrondos com os impactos das lâminas das espadas, a cada golpe uma quantidade de energia é liberada fragilizando a área, o som das espadas se colidindo parece trovões que podem ser ouvidos de longe, os dois atingem uma velocidade sobrenatural tornando-se impossível acompanhar e ver o movimento de seus braços manuseando suas espadas, com a força e velocidade elevadas eles miram em outras partes além do tronco, tentando acertar cabeça, braços e pernas.
O jardim começa a ser destruído, até pontos distantes do jardim são afetados pela luta de Ian e Leafar que atinge um ponto extremo. Ian usa sua conexão com os cristais para teleportar ele e Leafar para outros pontos do castelo, com a vantagem Ian sempre teleporta ele em uma posição vantajosa e Leafar em um lugar que prejudique suas ações.
Ian consegue empurra Leafar no aparar das espadas, Leafar bate as costas na parede e Ian continua a empurrar e a teleportar os dois em outra sala, como Ian continua a empurrar Leafar, ele bate as costas novamente na parede, dando-lhe vários empurrões em uma sequência, causando danos elevados a cada batida.
Leafar abri uma brecha na técnica e teleporta atrás de Ian o fazendo bater na parede, Ian volta com os golpes de espada, fazendo novamente os grandes estrondos que agora geram eletricidades que afetam o lugar onde eles estão, os móveis e as paredes de cristais começar a ficar frágeis, comprometendo a estabilidade da estrutura de algumas salas por perto, Leafar tenta usar magias novamente, mas não elas não surtem muito efeito, elas só destroem a capa de Ian e atrasam alguns movimentos de ataque dele, Ian demostra carregar uma grande quantidade de energia em seu punho e soca Leafar que recua, mas o soco cria uma onda de energia que lança Leafar contra a parede, destruída com o impacto.
Ian se aproxima, tendo certeza que Leafar está inconsciente e se surpreende por vê-lo protegido dentro de uma espécie de caixão de cristal corrompido que usou para se proteger nos últimos instantes, o caixão abre e dele saem tentáculos grandes que cerca Ian rapidamente, ele se afasta e ataca os tentáculos, cortando alguns e sendo acertado por outros, ele é ágil e consegue escapar das agarradas e é acertado por alguns golpes que causam danos leves como se fossem socos fortes.
Leafar surge de surpresa entre os golpes dos tentáculos e abre bem a sua boca, dela sai uma cortina de fumaça preta atrapalhando a esquiva e a defesa de Ian, ele sente alguns golpes dos tentáculos e sente um golpe de Leafar, a armadura grossa de Ian o ajuda a resistir aos golpes dando para ela a posição do inimigo.
Ian segura Leafar pelo braço e o joga para trás, com um movimento rápido com sua espada ele desfaz a cortina de fumaça e avança contra os tentáculos destruindo-os, enquanto isso Leafar cria uma grande energia em sua mão e a lança em Ian, que se teleporta fugindo da energia que destrói metros de construção do castelo, Ian aparece à frente de Leafar e o golpeia com sua espada.
Leafar se transforma em um enorme Guerreiro Caos de nove chifres e consegue fazer Ian recuar, Ian se esquiva da maioria dos golpes até aparar um golpe que vem de cima parecendo uma guilhotina, o golpe é extremamente forte, o impacto e a força de Leafar fazem Ian ajoelhar e o chão abaixo dele se quebra.
Ian demostra raiva e muita força no próximo golpe, ele consegue erguer a arma de Leafar e a destrói, o impacto faz os dois se afastarem. Ian ataca com sua espada e depois de um grito vários rostos de demônios, parecendo rostos humanos com deformações, surgem ao seu redor formando uma aura estranha, cada rosto se transforma em um poder que energiza a espada de Ian e que destrói a armadura negra de Leafar e o joga contra a parede.
Leafar faz novamente o túmulo de cristal para se defender, mas é teleportado junto com Ian para um jardim extenso, coberto e no alto de uma torre longínqua dentro de Sodorra. Leafar cai no chão e é alvejado por Ian que ataca com sua espada, Leafar levanta, apara e desarma Ian, no intervalo Ian soca a barriga de Leafar fazendo-o cuspir sangue, ele fica fadigado e Ian continua, dando-lhe um gancho que o empurra para trás.
Leafar cambaleia tentando se manter em pé e Ian avança com um chute forte, jogando-o no chão e fazendo-o rolar pelas flores de um canteiro, Leafar levanta e é atacado novamente, ele se esquiva dos primeiros golpes e é jogado contra um pilar do jardim por uma investida de Ian, a espada de Ian vem até a mão dele e ele a usa para cortar o pescoço de Leafar que segura a lâmina com magia.
Ian força mais a lâmina contra ele, chegando perto de pescoço, Leafar usa uma onda de energia para afastar Ian, mas não consegue, Ian olha no fundo de seus olhos com bronca e diz:
– Magia? Você vai usar magia contra mim?
Ian ainda tenta forçar mais a lâmina da espada para matar Leafar, mas não consegue, por impulso ele o soca na barriga novamente dizendo:
– Magia? Eu sou o ser mais resistente de Arbidabliu!
A velocidade do vento aumenta, o céu escurece, som de trovões ecoam no céu e Leafar olha sorrindo para Ian:
– Sim... Mas não é imune.