Volume 2
Capítulo 105: Missão de Herói I
Em um belo salão real com tapete vermelho, flâmulas, armaduras de antigos guerreiros, tesouros, artefatos e um trono entalhado pelos melhores marceneiros do continente, está um grupo de soldados do reino e um homem com roupas reais, o rei desse pequeno reino, próspero e bem populoso.
Neste reino há um castelo bem fortificado, dividido por três portões, quatro pátios, várias alas para aldeões se assegurarem de um ataque e a parte real e militar, esse rei está encurralado e ameaçado por um poderoso Demônio que tem o poder de criar um exército poderoso de guerreiros caos.
Depois de um ataque feros, que chegou a sua muralha e diminuiu metade de seu exército, esse rei decidiu contratar um grupo de heróis para ajudá-lo contra mais um ataque.
– Vocês são famosos, eu agradeço por terem atendido ao meu chamado... “O Homem”, “O Parva”, “O Aurem” e “O Reilum”.
“O Homem”, é um homem, humano, alto, forte, de pele morena, idade entre quarenta anos, aparência comum, olhos e cabelos pretos, cabelos longos e soltos. Ele usa uma munhequeira de couro em cada mão, uma pequena túnica vermelha feita de couro e metal cobrindo seu tronco e virilha deixando suas pernas e braços a mostra, e calça um grande par de botas.
“O Parva”, homem, Dionamuh-P, estatura baixa, porte forte, pele escura, idade entre quarenta e cinco anos, aparência comum, olhos castanhos, barba e cabelos grisalhos, barba grande, cabelos curtos. Ele usa armadura uma corporal com um elmo de espessura média com partes feita de couro, por debaixo da armadura uma roupa leve e vermelha.
“O Aurem”, um homem, estatura e porte físico médio, idade entre quarenta anos pele e olhos claros, cabelos compridos e loiros, aparência comum. Ele usa uma túnica vermelha e roupas de tonalidade amarela e marrom, e calça botas.
“O Reilum”, uma mulher, Reilum-S, estatura média, porte físico médio, pele escura, olhos verdes, cabelos médios, bem enrolados, cheios e pretos, idade aparente de trinta anos. Ela usa uma túnica simples com desenho de estrelas e luas, luvas, botas e capa de cor vermelha.
O rei olha um a um e comenta demostrando um pouco de desgosto:
– Mas devo dizer que esperava quatro homens.
A Reilum olha para seus companheiros e responde com cordialidade e respeito:
– Meu senhor, infelizmente muitos veem uma mulher no grupo como um sinal ruim, de qualquer forma nunca falamos que somos quatro homens, só indicamos nossas raças, mostrando que somos um grupo “diverso”.
– Diverso?
O Rei olha um a um novamente e com mais simpatia continua a conversa:
– Entendo... Para mim não é problema, me desculpe se pareceu que fosse, mas vamos ao ponto principal...
O Aurem se pronuncia:
– Se me permite, já estamos a par do caso, sabemos que a situação é crítica e que precisamos nos posicionar o mais rápido possível.
– Certo.
– A informação que o exército disse sobre o “demônio” no fim é verídica?
– Sim, mandei meu melhor especialista verificar isso e tive ajuda de um reino neutro que também foi atacado por esse mal.
O Parva ajeita sua barba e diz olhando para os soldados ao redor:
– E as ordens? Podemos assumir os postos para comandar seu exército?
– Sim, claro, isso já está sendo providenciado, no pátio do palácio tem um grupo a disposição de vocês, meu capitão está ajudando uma vila próxima e deixou esse grupo para vocês liderarem como quiserem.
– Ótimo, irei lá determinar alguns pontos.
– Obrigado.
O Aurem sorri animado pela batalha que se aproxima e diz para seus amigos:
– Heróis! Vamos?
Os quatro acenam, reverenciam o rei e saem da sala a caminho do pátio principal, do lado de fora eles veem um grupo grande de homens armados com todos os tipos de armas, a Reilum se aproxima de um ajudante e pede amigavelmente:
– Por favor, traga nossos pertences.
– A carruagem senhora?
– Sim. E me chame de senhorita, obrigada.
– Vou buscar, não me demoro.
– Ótimo, obrigada.
A frente dos homens do reino os quatro heróis se reúnem, eles demostram simpatia antes de iniciar e o Parva diz entre eles:
– Vamos lá “humano”, melhor você tratar dessa parte.
– Por quê?
– Não sabemos como eles reagem com outra raça, desde que chegamos aqui não vi nada além de humanos.
O Aurem olha ao redor e concorda:
– Verdade, nós já tivemos problemas anteriormente por causa disso, melhor você tomar a frente neste quesito.
– Certo, então vão ver qual o nível da defesa da muralha e das armas de cerco, enquanto eu cuido da organização dos homens.
– Pode deixar.
O Homem toma a frente dos quatro, anda de um lado para o outro observando todos os guerreiros no pátio e se pronuncia para eles dando dados sobre o futuro combate:
– Serei direto, estamos sob a vontade de seu rei para auxiliar na batalha que se aproxima, já lidamos com esse inimigo antes e sabemos como será o ataque. Como muitos já sabem os “Guerreiros Caos” são feito de pura energia, na maioria das vezes refletem o poder do conjurador identificado pelo número de chifres que há em seu elmo, eles não são serem vivos, não tenham pena ou piedade, pois eles não terão de vocês... Vou dividí-los em seis grupos, “A”, “C”, “S”, “B”, “M” e “I”, prestem a atenção que...
Ele para de falar por sentir um movimento suspeito entre os guerreiros, ele olha fixamente dizendo para o seu grupo:
– Reilum! O baixo, na décima fileira, com o elmo.
Todos os guerreiros estranham, a Reilum avança fazendo suas mãos se encantarem com magia e cria uma ventania ao redor do alvo que o Homem falou, o alvo se debate tentando sair, sem sucesso, pois a prisão de vento é poderosa, os guerreiros ao redor se afastam e o Homem se aproxima do alvo, ele entra na prisão e o agarra no pescoço com força, o vento cessa e ele o interroga:
– Espião! De qual reino você é? Para quem você está dando informação?
O suspeito faz cara de raiva e logo tem uma parada cardíaca e morre na hora, o Homem o solta e olha ao redor vendo se há mais algum suspeito, ele anda calmamente entre os guerreiros encarando-os, depois de alguns minutos ele se aproxima do seu grupo e diz:
– Vou separar os grupos, vão para suas posições, lembrem-se do nosso sistema de turnos.
– Sim.
– E tenham cuidado até com os aliados.
– Sempre, confiança pura só entre nós mesmos.
O grupo se olha, dando moral um para o outro com um pequeno gesto, todos se dão as mãos e sorriem, o ajudante chega com a carruagem do grupo animando o Aurem.
– Ótimo, nossos pertences chegaram, vamos nos equipar... Eu vou ficar na torre.
O Parva abre o baú dentro da carruagem pegando seus pertences e fala bravo para o Aurem:
– Você sempre fica longe de perigo.
– Engano seu, torres também correm perigo, torres são alvos fáceis para armas de cercos e bichos que voam, sem falar que eu posso cair de lá.
– Cair? Você arruma cada argumento.
– Mas é verdade.
O Parva se equipa com uma machado de lâminas gêmeas, adagas e um escudo nas costas, o Aurem se equipa com um arco grande, aljava com flechas e uma balestra, o Homem pega uma espada de lâmina larga e longa.
Reilum se equipa com um bastão aparentemente antigo, que emana um pequeno brilho azul, leva um livro, um pequeno cetro, um talismã usado como um pingente de um colar simples e três anéis diferentes um dos outros, mesmo parecendo simples, os anéis indicam possuírem atributos mágicos, ela olha animada para seus itens e comenta:
– Amo meus itens, utilidade e vaidade juntos...
A Reilum beija um de seus anéis e diz satisfeita:
– Perfeitos.
Cada um pega duas poções e segue para um lugar diferente do castelo, o Homem fica com os guerreiros no pátio designando grupos e táticas:
– Agora prestem atenção, vocês irão seguir à risca o que eu disser!
O Parva segue para o portão principal e analisa a qualidade da muralha e do portão.
– Gostei, a muralha é boa, mas o portão está danificado e bem afetado pela última batalha, não deve resistir a outra.
O Aurem sobe na muralha e vê a qualidade das balistas e as posições delas nas torres, analisando o melhor lugar para arrumá-las junto com os arqueiros do reino.
– As balistas são médias, vou ficar com esta que aparenta ter mais potência, a vista desta torre é melhor do que a das outras, aqui consigo dar suporte tanto para ataque quanto para a defesa, se por um acaso passarem pelos portões.
A Reilum chega ao portão menor e depois de uma grande análise conclui:
– Vou deixar o portão aberto, dessa vez serei cordial... O portão menor é bem forte e resistente, vai servir bem para meu plano: prender um grupo aqui e exterminá-los.
Os heróis assumem seus postos, os guerreiros já estão alinhados e se dividem seguindo as ordens do Homem, os outros soldados do reino já têm suas posições normais agregando a formação do exército dado ao grupo de heróis, no início da noite um grupo de Guerreiros Caos se aproximam do castelo.
Um grupo grande está na parte da frente, no portão maior onde está o Parva, um grupo médio está indo para o portão menor pela direita do castelo onde está a Reilum e outro grupo médio se aproxima na parte de trás do castelo onde o Homem, que se posicionou com um grupo grande de guerreiros corpo a corpo, o Homem olha com um pouco de preocupação e diz:
– Guerreiros Caos de três chifres... Já iniciamos no modo difícil!
Primeiro Turno: Os Guerreiros Caos ganham uma velocidade sobre humana e avançam contra o grupo do Homem, na primeira investida os guerreiros derrubam seus inimigos, matam e desmoralizam muitos dos homens aliados, o herói com seu exército inicia uma revanche afastando os caos para trás.
Os soldados do castelo se motivam vendo o Homem na linha de frente derrotando vários oponentes e se destacando na batalha, o herói usa sua grande espada, acertando qualquer parte da armadura negra do inimigo cortando-a fora, a armadura cai e se desfaz virando uma fumaça negra que é levada pelo vento, o Homem é acertado algumas vezes, mas sua pele grossa e resistente o ajuda a lidar com os danos.
O herói tenta melhorar seus golpes usando socos, mas não surtem efeito nas armaduras grossas de seus inimigos, o número de baixas inicia igual, mas com o tempo e com a melhoria do moral do lado aliado, os guerreiros do lado do Homem conseguem diminuir suas baixas tendo vantagem sobre seus inimigos.
Os Guerreiros Caos são devastados rapidamente, os homens comemoram, mas se preparam para outra onda de ataques, vindo com armas de cerco ao longe, o Homem olha e analisa seus alvos:
– Guerreiros Caos de três chifres, nós já sabemos lidar com eles, preciso deter o cerco, isso pode acabar com meu lado da muralha e atrapalhar os outros... Está na hora de avançar.
O Homem faz sinal para os homens do portão atrás dele, um ajudante se aproxima com um cavalo grande e bem equipado para guerra, o herói o monta, toma suas duas poções que lhe dão força e restauram alguns dos danos sofridos pela a batalha, ele se prepara para avançar no campo de batalha, já preparado ele diz para os homens no portão:
– Concentrem-se na defesa! Eu irei acabar com as armas de longo alcance.
Segundo Turno: Uma cavalaria sai do portão para seguir o Homem no avanço, ele se motiva e segue para destruir as armas do inimigo, no percurso ele é alvejado por algumas flechas negras, que saem de dentro da área escura dos capacetes de alguns Caos.
Ele consegue se esquivar, mas alguns cavaleiros são acertados e mortos, ao se aproximar do alvo o cavalo do herói é atingido jogando-o no chão, ele rola, se mantém firme graças a poção que havia bebido antes, deixando seus sentidos mais apurados e seus músculos resistentes, ele avança para as armas de cerco que iniciam o ataque no portão e na muralha.
O que sobrou da cavalaria avança conseguindo destruir alguns Guerreiros Caos e até algumas armas de cerco, diminuindo a destruição da muralha, as armas de cerco inimigas são poderosas e têm uma mira apurada, o Homem é bastante atingido pelos Caos ficando bem ferido, mas em troca disso ele foca nas armas de cerco destruindo todas, ao ficar cercado ele inicia um ataque com temeridade, sem medo de se ferir mortalmente ou morrer, ele avança atacando todos em seu caminho em um estado de fúria.
A cavalaria tem uma grande baixa numérica, cinco últimos que sobreviveram recuam indo até o Homem e o resgatam, eles voltam para o portão e são seguidos pelo grupo dos Caos, no caminho alguns deles são destruídos pelas armas de cerco do castelo que terminam de ser montadas.
No percurso dois cavaleiros são mortos, e o avanço do Caos ganha poder, matando vários homens em uma investida poderosa, o herói se prepara para uma nova revanche.
Aurem aparece no terceiro turno, por cima da muralha, usando um poder de cura que restaura o vigor do Homem e de alguns guerreiros ao redor dele, o herói se sente revigorado, mas reclama com o Aurem.
– Demorou!