Volume 2

Capítulo 106: Missão de Herói II

– Demorou!

– Todos os lados estão em ataque, não é fácil dar suporte para os três!

O Aurem se arma com seu arco e reclama para si:

– Um “obrigado” é sempre difícil... Agora sei o que Reilum sempre fala.

O Aurem inicia alguns ataques à distância contra os Guerreiros Caos, que lutam brutalmente contra os guerreiros do Homem, os arqueiros do Aurem têm uma boa mira e conseguem auxiliar bem no ataque, diminuindo pouco a pouco os inimigos, o Aurem olha para um dos seus que está bem ferido e lhe dá uma poção de cura:

– Use! Você me ajudou muito.

– Obrigado.

– Vamos preciso rever os outros.

O Aurem chama seu grupo de homens e volta para ver como estão os outros portões, enquanto o Homem extermina os Caos existentes e faz uma ronda para verificar se há mais inimigos pelas redondezas.

Primeiro turno. No portão maior o Parva se prepara contra seus inimigos, ele identifica o nível deles e resmunga.

– Guerreiros de três chifrões... Odeio esses monstros!

Os Guerreiros Caos avançam rápido com suas velocidades e forças sobre humana que são melhoradas no percurso, o Parva prevê como será o ataque e decide beber uma poção que lhe dá mais velocidade em seus ataques e melhora os seus sentidos de defesa, na primeira investida os Guerreiros Caos caem, mas recuperam-se devastando os guerreiros do Parva.

Ele consegue salvar alguns e destruir vários Caos, mas mesmo com o Aurem ajudando na torre com as balistas o Parva recua com seus homens, na parte de dentro os soldados do reino o ajudam igualando a luta.

Parva apanha tanto quanto bate, o Aurem se preocupa e usa seus poderes para fazer a resistência do Parva ficar maior, ele sente o poder passar pela sua pele e grita para o Aurem:

– Desce daí e ajuda na linha de frente!

– De nada, foi um prazer ajudar!

Aurem ajuda posicionando as balistas e os arqueios em pontos estratégicos, ajudando na eliminação dos Caos aos poucos tomam o pátio principal do castelo, os Guerreiros usam um poder diferente, se multiplicando e dificultando a defesa do castelo.

Parva com a sua resistência elevada chega a avançar e fazer um grande arrastão junto com um grupo de escudeiros experientes, destruindo vários Caos e dando moral para seus aliados, o Aurem deduz que a vantagem é deles.

Ele calcula que está chegando no segundo turno e decide usar seus poderes para passar pelas paredes da muralha e corre na direção do portão menor, ainda por cima da muralha, no caminho ele comenta para si preocupado:

– Espero que ela esteja em uma situação melhor.

O Parva é pego em cheio com um golpe mortal, ele cai, mas antes de desmaiar ele toma uma poção que restaura o seu corpo dos últimos danos, ele levanta rapidamente e volta ao ataque, ele fica recuado perto de seus homens ordenando melhor os golpes, sequências e defesas, suas ordens são seguidas e bem excetuadas pelos seus subordinados.

Pouco a pouco o pátio é recuperado, trazendo a luta para o lado de fora, no terceiro turno o Parva encontra uma criatura estranha, que o encara de frente e inflige medo para seus guerreiros, ele identifica seu novo inimigo e diz bravo:

– Um “Monstro Errante!” Maldito azar!

O mostro errante ataca o Parva e o afasta dos seus homens, puxando-o para o meio do campo de batalha, mesmo estando em uma situação complicada, o Parva se preocupa com os homens do reino e ordena a eles:

– Continuem recuados, foquem na defesa!

O Monstro ruge e o Parva se prepara para o ataque, alguns Caos o ignoram deixando a luta mais justa, mas outros o acertam, tirando a resistência que o Aurem havia lhe dado, ele sente que a proteção foi cancelada e reclama:

– O efeito acabou justo agora... hoje não é o meu dia.

O Monstro Errante o ataca causando-lhe grande dano, o Parva apanha muito e aos poucos também tira dano do monstro, que vai ficando fraco com o tempo, no primeiro erro do monstro errante o Parva consegue matá-lo, ele se defende de alguns Guerreiros Caos e corre para o portão.

No caminho ele é escoltado por soldados do reino que o salvam de outros ataques, o Parva é levado para dentro para ser medicado, enquanto o reino ganha a batalha do grande portão contra os Guerreiros Caos com o reforço de um capitão que estava em uma vila próxima.

 

Primeiro Turno: No portão menor a Reilum deixa o portão aberto aguardando a batalha chegar dentro do pátio menor, ela verifica se está com todos seus itens e comenta enquanto aguarda os inimigos entrarem:

– Eu já aprendi com as minhas últimas aventuras que, estar na linha de frente e iniciar um ataque não são para mim.

A quantidade de Guerreiros Caos que entram pelo portão é constante e pequena, dando vantagem para quem está na defesa, do lado de fora os Guerreiros Caos tentam escalar a muralha, mas sem sucesso por causa dos arqueiros e óleos quentes que são jogados neles.

Ela posicionou os seus guerreiros junto com os soldados do reino, usando mais ataques à distância do ataques corpo a corpo, ela vê os inimigos entrando e grita:

– Ataquem com tudo!

Guerreiros Caos são eliminados antes que cheguem na linha de frente do pátio, a quantidade e velocidade dos Guerreiros Caos que entram aumentam, chegando ao combate corpo a corpo, a Reilum observa com atenção e vê alguns Caos de níveis maiores entre os de Guerreiros de níveis baixos e diz para si:

– Guerreiros Caos de quatro cifres entre os de três... Malditos, duvido que os outros tiveram essa dificuldade.

Uma parte da linha de frente é derrubada por um monstro errante assustando a Reilum.

– Ainda mais essa... Não, ele está vindo para cá!

O Monstro Errante passa pelos homens se esquivando mirando para atacar a Reilum, ela emana uma energia do seu corpo e diz quando o monstro se aproxima:

– Durma!

O Monstro cai no chão em um sono profundo, ela respira fundo e grita para os homens ao redor que a veem:

– O que vocês estão esperando? Matem-no!

Os homens matam a criatura e avançam fazendo os Guerreiros Caos recuarem, um Caos de quatro chifres passa matando vários homens e corre em direção da Reilum e a ataca, ela se esquiva e com seu cetro ela conjura rapidamente duas magias, surpreendendo o Guerreiro Caos.

Uma delas causa um fogo superficial no corpo da armadura e a outra dá uma explosão de chamas aumentando o fogo e o dano da primeira magia, ele não é destruído de imediato, ele ainda tenta atacar a Reilum que corre, ele anda um pouco e é consumido pelas chamas, ele morre virando uma fumaça negra, ela pára de correr e diz aliviada e animada:

– Finalmente... Está na hora de eu ir para a linha de frente!

A Reilum guarda seu cetro, gira seu bastão e avança junto com seus guerreiros, ela erra alguns golpes, e os ataques que ela investe contra os inimigos são defendidos deixando-a irritada, em uma distração ela é acertada por um golpe que a deixa muito ferida, ela recua um pouco e reclama:

– Maldito, um ataque e eu já fico assim...

Ela toma uma poção e se restaura do golpe, ela respira fundo, se recompõe moralmente e volta a avançar, mas não surte diferença em seus ataques, apelando assim para suas ordens de motivação e guiando os guerreiros e os soldados do reino, que ganham moral e destroem muitos Caos, levando a luta para o lado de fora e iniciando o segundo turno.

Do lado de fora a Reilum é atingida novamente, deixando-a no chão, ela usa seus poderes para se revitalizar fazendo como que esse golpe não tivesse atingindo-a, a luta avança levando-a para o meio do campo de batalha, deixando-a nervosa:

– Cheguei longe de mais, é melhor eu recuar.

A Reilum se anima em ver o Aurem chegando em uma das torres atacando seus inimigos e ajudando-a, ela usa uma energia positiva que envolve o Aurem em uma aura vermelha como se o corpo dele queimasse e ardesse, deixando-o mais forte e em pura adrenalina, seus ataques ficam frenéticos e certeiros, fazendo sozinho o exército inimigo ter uma grande baixa, ele reconhece a ajuda e agradece, gritando pelo efeito da magia que corre por todo seu corpo.

– Obrigado amiga!

– Eu que agradeço!

A Reilum erra outro ataque e se vê cercada pelos inimigos, antes de ser alvejada por mais ataques ela decide usar seu cetro novamente, conjurando uma grande nevoa que atrapalha a visão dos seus inimigos, ao mesmo tempo ela faz uma energia de vento envolver seu corpo melhorando a sua locomoção, ela usa isso para fugir e retorna para dentro da muralha em segurança, ela nota algo estranho e comenta indignada:

– Não acredito!

Um Monstro Errante surge do nada surpreendendo a todos, ele corre e ataca a Reilum jogando-a longe, ela se apressa para tomar sua última poção e se recuperar do dano e se prepara para enfrentar a criatura, frente a frente o monstro ruge e é abatido pelo Aurem que está na torre atacando todos os inimigos que consegue, ela fica aliviada e fala ironicamente para o companheiro:

– Não precisava, mas obrigada mesmo assim!

– Por nada... Vou ver como está nosso líder!

– Vai lá, eu finalizo aqui!

Ela demostra cansaço e comenta para si:

– Espero conseguir finalizar sem morrer.

O Aurem corre, indo em direção do outro portão, a Reilum avança e do lado de fora inicia o seu terceiro turno, ela vê alguns Guerreiros Caos virando fumaça e formando um guerreiro maior e aparentemente mais poderoso, ela sente que há um grande poder envolvido e comenta desmoralizada:

– Na próxima, eu fico com o portão dos fundos...

A fumaça forma um guerreiro caos de cinco chifres, maior do que os outros e com uma arma mais intimidadora, ela o olha de cima a baixo e diz:

– Cinco chifres... Só o Homem enfrentou um desses e ainda saiu bem machucado.

Os guerreiros caos param de atacar e o de cinco chifres diz, com uma voz estranha que todos ouvem a uma grande distância:

– Que venha o líder e prove seu poder perante o seu e ao meu exército.

Os guerreiros e os soldados do reino se olham e comentam entre si:

– Vamos chamar nosso capitão.

– Não! Vamos chamar o líder dos heróis.

– Sim, o guerreiro que está no outro portão.

A Reilum fica brava com as indicações e avança dizendo alto e em bom som.

– Eu sou seu adversário!

Todos do seu lado ficam recuados e o Guerreiros Caos diz, se aproximando dela:

– Sério? Uma mulher responderá por esse ataque?

– Sim, e se prepare para perder.

Os olhos vermelhos dentro da armadura brilham e ele fala dentro da mente da Reilum:

– Posso sentir que suas magias estão esgotadas... Quer mesmo se sacrificar assim? Se perder, todos esses homens morrerão.

Ela demostra determinação e diz séria e com convicção:

– Ataque escravo do caos!

Ele urra e avança dizendo.

– Foi você quem pediu!

O guerreiro avança e ataca com tudo a Reilum que se esquiva dos golpes com sucesso, ela ataca, mas seus ataques com seu bastão não surtem efeito, tirando risadas do seu inimigo e um comentário sarcástico:

– É isso? Que pena...

Ela fica mais atenta aos próximos ataques e comenta para si:

– Que azar... Meu arsenal de magia está no fim.

O guerreiro aumenta o nível de seus ataques, forçando a Reilum parar de esquivar e a optar em bloquear os golpes para não ser atingida, ele fica surpreso por ela conseguir aguentar a força de seus ataques com seu bastão e identifica a arma dizendo:

– Um bastão mágico... Bom.

A Reilum dissimula seu medo e seu grande esforço para não desmoralizar os homens do reino e a cada golpe ela pensa em uma forma de ganhar a luta, ela ataca e fica irritada por não conseguir causar nenhum dano significativo no seu inimigo.

O Guerreiro Caos energiza seu enorme machado e mesmo aparando o golpe recebido, a Reilum é jogada longe, batendo as costas no chão, o bastão cai longe dela e ela fica travada tentando levantar:

– Maldito...

Ele ri, energiza o seu machado novamente e aponta sua lâmina mirando no pescoço da Reilum indicando que irá matá-la no próximo golpe, ele demostra sorrir e diz:

– Esse será certeiro.

Ela respira fundo e enquanto o guerreiro avança ela energiza o seu corpo com uma aura azul, uma grande ventania sai de seu corpo fazendo o guerreiro ficar mais lento e surpreso.

– O que é isso?

Eletricidade corre pelo corpo da Reilum fazendo seus olhos brilharem forte, todos ao redor ficam surpresos e ela diz como se respondesse alguém na sua mente:

– Adoro quando tenho opções.

Uma grande energia explode e ataca o guerreiro caos, a anergia entra dentro da armadura, causando um dano imenso e explodindo a armadura em seguida, outros Guerreiros Caos ao redor são destruídos com o impacto e o restante do Guerreiro de 5 chifres simplesmente desaparece, virando uma fumaça negra que é levada pelo vento. A Reilum estende a mão e pede ajuda:

– Alguém? Vocês estão me vendo aqui? Dá para me ajudar?

– Desculpe senhora.

– Senhorita! Obrigada.

Os heróis são levados para dentro do castelo para serem medicados e para verem o rei, depois de um pouco de descanso eles vão a um grande salão, semelhante ao outro que o rei estava antes, em um trono mais simples o rei faz sinal para ficar sozinho com os heróis, antes que o rei se pronuncie o Parva estranha, dizendo para seus amigos:

– Tem armadilhas na sala.

– Como assim?

– Cuidado, tem algo errado.

O rei nota que eles estão falando baixo e diz bravo:

– Ouçam-me agora! Confesso que estou surpreso por terem cuidado bem da defesa do meu reino, mas não era o que eu queria de verdade...

O chão começa a ceder e flechas saem das paredes mirando nos heróis, eles se dividem e se defendem como podem, o Parva corre e consegue desarmar várias armadilhas ajudando seus companheiros, o Homem ajuda Reilum a se defender das flechas e a ajuda a não cair nos buracos que surgem no chão, o Aurem ataca o rei com sua balestra que se defende fácil com um broquel, a Reilum consegue abertura e se aproxima do rei questionando-o indignada:

– Você está louco? Nós ajudamos você e seu reino!

– Sim, mas faltou a morte de vocês... Achou mesmo que eu não descobriria... Vocês são descendentes de Ivo e Adéa, merecem morrer junto com meus inimigos.

A Reilum fica brava pela discriminação e exclama:

– Miserável!    

– Acha mesmo que vou deixar essa fama se espalhar, de que fui salvo por aberrações como vocês?

A Reilum se irrita e reclama:

– Bem que nosso mestre dizia... Malditos!

– Guardas! Entrem e matem os traidores!

As portas se abrem e um grupo de guerreiros, incluindo até os que ajudaram os heróis mais cedo, entram mirando seus ataques neles, o Homem e Parva entram na frente, lutando com os primeiros que entram e o Aurem ajuda com ataques à distância.

Um mágico entra em seguida e usa magias de fogo contra a Reilum que se aproxima do Rei para atacá-lo, ela usa um de seus anéis que absorve as magias deixando-a ilesa dos ataques recebidos, ela volta a olhar para o rei e diz:

– Você tem magos? Poderia ter nos dado eles para defender seu reino.

O anel contra o fogo desaparece de seu dedo e a Reilum usa outro anel formando novamente uma aura azul em seu corpo, uma ventania toma o salão e depois de uma eletricidade correr pelo seu corpo ela diz:

– Aberração é você!

A explosão de energia sai de seu copo e explode matando o rei e destruindo o trono atrás dele, os outros, já cansados da batalha anterior, recebem vários golpes, ficando fracos e os tornando alvos mais fáceis de serem acertados.

A Reilum é acertada por uma magia do mágico inimigo e cai no altar onde estava o rei, todos os heróis se agrupam para melhorar a defesa e ajudar uns aos outros, a Reilum ativa outro de seus anéis que desaparece quando ela invoca seu poder:

– Anel do retorno!

Os quatro heróis são teleportados instantaneamente para longe do reino, em um lugar a salvo onde possam descansar e seguir em frente...”



Comentários