Volume 1

Capítulo 74: “Final-Boss!”

Todos se posicionam atrás de Ray, e Onurb comenta:

— Aquele louco não estava morto?

Anirak responde, avançando junto com os outros:

— Pelo jeito não, pode ser um sósia.

— Que seja um sósia fraco.

Leafar conjura uma esfera mágica e lança em Ray, que esquiva. Os outros vão para o lado também, esquivando-se da esfera, mas Alexia é pega e jogada para fora da sala. Ray se aproxima de Leafar e, antes de atacá-lo, é jogado para o lado por uma força mágica. Leafar manipula os móveis do salão e joga em Anirak e Onurb, que batem nos móveis e quebram todos.

Os destroços ainda voltam a atacá-los, eles recuam, esquivam e aparam as estacas de madeira com suas armas. Uma onda de energia atinge Baltazar, mas não o para, ele continua e dá uma investida em Leafar, que o empurra para longe do centro.

— Você é realmente forte, grandão!

Maxmilliam entra em Orbis Absolute e leva a mente de Leafar para neutralizá-lo da luta, mas não consegue e fica preso em um labirinto mental criado por Leafar, parecendo uma floresta densa que lembra a floresta de Pando.

Leafar logo volta à consciência e faz uma explosão entre ele e Baltazar para afastá-lo. Baltazar começa a atacar com seu machado. Leafar faz sua espada surgir em sua mão e defende os golpes, conseguindo repelir Baltazar e fazendo-o recuar. Ray se aproxima e o ajuda.

— Ray, vai ver se seu amigo está bem, nós seguramos ele.

— Balta…

— Vai!

Ray corre para socorrer Doug. Leafar o ataca. Baltazar entra na frente, mas não consegue se defender e é ferido no tronco, empurrado até a parede e imprensado nela.

— Não é bom ser empurrado, touro do mar?

Baltazar urra e se liberta, voltando a lutar com seu machado. Leafar consegue lutar de igual para igual, na força e nos ataques, e consegue a cada golpe ser mais rápido e mais forte. Ray chega até Doug e tenta acordá-lo. Sem sucesso, ele o carrega para fora da sala.

Aproximando-se da porta, vê Alexia acordando. A porta fecha com magia de Leafar, que fala alto:

— Ninguém vai sair!

Leafar bate forte em Baltazar, que apara com seu machado, mas é jogado do outro lado do salão. Onurb e Anirak conseguem se distanciar dos projéteis encantados e se envolvem em fumaça e eletricidade, atacando Leafar corpo a corpo. Ray coloca Doug perto da porta e vai até Maxmilliam.

— Mestre? Acorde!

Maxmilliam está em Orbis Absolute tentando achar uma forma de sair. Quando Ray pega em seu cajado, Maxmilliam consegue sair e acordar.

— Ray? O que houve?

— Leafar… está dando problemas…

Ray avança, mas Maxmilliam o interrompe:

— Espere! Ray, você é o líder, pense em um plano para derrotá-lo, estamos todos aqui.

— Certo! Mestre, nos dê suporte.

Ray corre até Baltazar. Enquanto isso, Onurb e Anirak lutam freneticamente contra Leafar, cuja espada é encantada com uma energia branca que consegue conter a eletricidade de Onurb e segue a velocidade de Anirak.

Maxmilliam usa magia para fortalecer e beneficiar todos do grupo, aumentando velocidade, força, poder e protegendo-os de magias hostis. Para manter essa bênção mágica, ele fica imóvel afastado da luta. Leafar usa uma onda de poder e empurra Anirak e Onurb para trás. Ray ajuda Baltazar a levantar, e avançam contra Leafar.

Baltazar volta a enfrentá-lo com seu machado, e enquanto Leafar apara os golpes, Ray o ataca em outro ponto. Leafar eleva seu poder, mostrando que não é páreo para os dois. Ray pede:

— Anirak! Onurb! Ataquem de longe.

Eles se aproximam pouco e atacam à distância para também auxiliar nos ataques de Baltazar e Ray, deixando Leafar sem ataque e obrigando-o a só se defender e ficar recuado. Leafar usa magia e paralisa Ray. Em seguida, com a mão limpa, ele toca em partes do corpo de Baltazar, paralisando-as, imobilizando os dois braços e a perna esquerda.

Com magia, ele para todos os projéteis arremessados contra si e joga em Maxmilliam, que perde o vínculo da bênção mágica para se proteger com um campo de energia. Leafar sente falta de algo e olha com raiva para Onurb.

— Em situação de sobrevivência você ainda pensa em roubar?

— Você que pegou de mim primeiro.

Leafar usa magia e manipula Aquarium para que ela volte para ele. Onurb e Anirak avançam, Maxmilliam gira seu cajado e solta uma magia em Onurb e Anirak. Nagga e Ikarus brilham uma aura negra, e os dois se envolvem em fumaça, eletricidade e fogo em uma bola parecendo um só ser.

Na primeira investida, eles jogam Leafar contra a parede e o envolvem dentro da fumaça. Eles continuam a atacá-lo, mantendo-o dentro dessa cúpula de fumaça, eletricidade e fogo. Maxmilliam usa magia para abrir o portão e consegue ajudar Ray e Baltazar tirando a debilitação que foi colocada neles.

Dentro da cúpula, soa um barulho alto de trovão, e ela explode, jogando Anirak e Onurb do outro lado do salão. Eles batem as costas na parede e caem fracos. Ray se preocupa.

— Mestre, use seu poder e tire todos, por favor.

— Ray? O que pensa em fazer?

— Eu sou o líder, arco com toda responsabilidade, só salve a todos, incluindo Doug.

Leafar se recompõe, limpando seu traje da poeira, olha os rasgos que causaram em sua vestimenta e comenta, ainda demonstrando tranquilidade:

— Lamentável… Não sabia que chegaria a isso.

Ray se aproxima.

— Você vai me enfrentar agora, um a um.

— Você está brincando? Depois disso tudo você ainda me toma como tolo?

Ray usa magia e acerta Leafar. Aquarium e sua espada caem no chão.

— Essa eu não esperava, esperto…

Ray ataca com magia de novo, mas Leafar a joga de volta, empurrando Ray para trás. Baltazar pega Anirak e Onurb e corre até o portão. Leafar usa magia nos baús que ainda estavam inteiros e joga nele.

Baltazar protege Onurb e Anirak, mas cai no chão. Os baús quebram e revelam alguns itens, armas e escudos velhos. Ray usa magia e puxa Aquarium para si. Leafar o atinge novamente, jogando-o mais longe. Aquarium rola até a saída. Maxmilliam estende a mão.

Orbis Absolute!

Leafar sente sua mente ser puxada, mas consegue se proteger.

— Não, não desta vez, mestre da magia.

Maxmilliam carrega uma quantidade de energia, mas Leafar faz uma mais rápida e derrota todos, fazendo-os caírem no chão. As vidraças estouram e o chão treme com o poder liberado no salão.

— Malditos… Desde que vi esse grupo sendo formado, soube que seriam um problema… Teimosos, presunçosos…

Leafar se aproxima de Aquarium e vê um escudo que estava em um baú. O escudo é grande e redondo, com seis desenhos nele, um homem negro, um cavalo, uma cobra, um menino ruivo, um peixe e uma mulher.

— Olha só, eu me lembro disso…

Leafar se aproxima do escudo. Sem perceber, é jogado para trás. Levanta rápido, a fumaça em sua mão faz surgir sua espada e ele fica frente a frente com Alexia.

— Olhem só, faltou uma… Esqueci de você, já que na última vez não tive o prazer de conhecê-la.

— Isto deve ser importante para você.

Alexia pega Aquarium e o escudo.

— Por que não pega suas coisas, eu pego meus amigos e todos seguem seu caminho?

— É uma boa opção, mas sinto que vocês vão atrapalhar novamente, como estão fazendo agora…

— Bem… Eu tentei.

Aquarium fica dourada e ganha a atenção de Leafar.

— Um coração de ouro!

Alexia avança contra Leafar, gritando como um primata.

— O que é isso, mulher?

Os movimentos dela lembram os dos macacos, dando giros, rodopios e fortes socos. Com o escudo, ela desarma Leafar, e com uma voadora o joga para trás. Ela avança de novo, ele a segura nos ombros e a força para trás.

Ela bufa como se fosse um touro e o empurra até a parede. Leafar a joga contra a parede e raspa a cabeça dela por alguns metros.

Ela consegue se soltar e faz uma aura no formato de cobra envolver seu corpo; braços e pernas parecem não ter ossos e ganham uma grande flexibilidade. Ela pula e consegue com seus membros imobilizar os membros de Leafar.

— Agora entendi, o poder que o mago deu para o grupo também beneficiou você… Mestre arbol, muito bom.

Leafar força sua liberdade, mas não consegue.

— E ficaremos aqui até você cansar?

Alexia tenta mordê-lo, mas sua mandíbula é parada por magia, e ela sente seu corpo se contrair com uma grande força mágica forçando-o. Ela urra como um elefante, seu peso fica elevado. Leafar cai no chão.

— Como?

Ela levanta, chuta sua cabeça e ataca outras partes do corpo dele, que revida aparando os golpes com suas mãos e consegue levantar e dar uma voadora nela.

— Acha que não sei lutar assim?

Os dois lutam corpo a corpo, com mãos, pés e até o tronco. Leafar demonstra mais habilidade e usa cotovelos, coxa, joelhos e até a cabeça. Alexia mantém a luta equilibrada por conseguir manifestar vantagens de animais diversos, melhorando sua velocidade, força, peso e resistência.

A cada vantagem adquirida, ela solta um rugido ou urro de animal, como uma forma de intimidar Leafar. Ele luta tranquilamente, demonstrando admiração pelos movimentos e técnicas de Alexia, que com o tempo fica mais poderosa. Leafar sente isso e decide aumentar seu poder. Ele consegue derrotá-la com sequência de golpes. Ela cai nocauteada.

— Essa foi difícil… Nunca mais tinha visto um mestre arbol assim…

Leafar se esquiva de algo invisível e se afasta.

— Agora estou mais esperto com vocês… O poder do mago ainda está beneficiando cada um de vocês, muito bom.

Leafar olha Maxmilliam no chão e pensa em atacá-lo, mas é atacado novamente por algo invisível e se afasta mais.

— Acha que esse truque do antigo mundo pode mudar algo? Tamburutaca!

Os olhos de Leafar ficam quadriculados e de cor rosa, tomando todo o globo do olho, abençoando-o com uma visão poderosa, e ele consegue ver quem está invisível a olho humano. Anirak e Onurb o atacam.

Leafar consegue lutar com eles de mãos limpas, mas a fúria deles, usando Nagga e Ikarus, o obriga a conjurar sua espada novamente. Baltazar levanta, mas Leafar o nocauteia com o escudo que Alexia usou.

Onurb e Anirak usam uma sequência grande e rápida em Leafar, deixando-o recuado no início, mas ele consegue contra-atacar e fere os dois, puxa Aquarium com magia e, quando a pega, uma luz forte sai dela, cegando Anirak e Onurb.

Leafar aproveita e joga os dois longe, que caem perto de Baltazar no portão. Leafar demonstra chateação.

— É claro… Esse ataque foi uma distração, não foi, líder Praeteritum?

Ray pega a pedra do pedestal e ameaça jogá-la no chão.

— Isso deve ser importante.

— Rapaz, não sabe o que isso é, se afaste já!

— Você vai pagar caro pelo que estava fazendo com meus amigos…

Ray joga a pedra no chão. Leafar, com magia, faz a pedra não sofrer danos e grita, emanando uma aura que toma conta do salão:

— Vocês é que estão aqui invadindo, espionando, procurando o que não devem e o que não compreendem… Isso é meu!

— Não, isso deve ser do antigo Electi! Você é um ladrão!

— Como ousa?

Todos sentem um tremor, e Leafar demonstra preocupação.

— Não… Olha o que vocês fizeram…

Todo o templo começa a afundar rapidamente. Leafar faz um campo de força para que as águas não entrem no templo, mas não consegue impedir que ele afunde.

Rapidamente, Ray olha através do buraco no teto a profundidade a que o templo está chegando, aproximando-se do fundo do mar. Ele aproveita e ataca Leafar.

Antes de se aproximar, os olhos de Leafar ficam vermelho sangue, uma ventania toma conta do salão, e o corpo de Ray é paralisado e forçado a cair; ele se mantém forte e com os joelhos e as palmas da mão no chão, tentando se colocar de pé.

— Eu fui muito benevolente com você na última vez, mas não hoje, você passou dos limites… Hoje eu privo você…

Antes que terminasse, Leafar vê o cajado de Maxmilliam voando até seu peito e se protege com magia, mas o campo de força é quebrado, as escritas do cajado brilham muito forte e o deixam com medo.

— Não… O cajado quebrado?

Maxmilliam, ao longe, com os olhos brilhando um azul forte como as escritas de seu cajado, diz, mais alto do que a voz de Leafar:

— Nunca mais vai se impor contra meu afilhado, não tem poder para isso e nunca mais terá poder algum.

— Não… Maxmilliam, você tem que parar…

Com um tom mais alto Maxmilliam conjura como um grande trovão ecoando no lugar:

Magnum Crepitus!

O cajado envolve Leafar em uma luz dourada, e ele grita de dor enquanto essa luz fica escura até ficar negra. O cajado estoura, e várias partículas de luz se unem ao corpo de Leafar, fazendo outra explosão.

O impacto dessa explosão não amplia para os lados, só para cima, como um cone, que destrói parte do teto e se eleva até o céu. O corpo de Leafar é elevado até as alturas até atingir o fim do mundo, passando das nuvens no céu. A magia é extrema, fazendo uma pressão e deterioração de matéria que ninguém sobrevive. A explosão inicial acorda todos, que se reúnem junto com Ray.

— Conseguimos, pessoal?

Anirak olha para o teto e demonstra preocupação.

— Sim, mas o templo não voltará à superfície?

— Doug, onde está Doug?

Ray corre e o pega no colo.

— Amigo? Acorde, por favor.

Ray verifica que ele está vivo, mas não consegue acordá-lo. Onurb pega a pedra redonda, Baltazar ajuda Maxmilliam, que demonstra cansaço e quase cai. Ele aparenta tristeza e remorso.

— Fiz sem pensar, sem meu cajado eu não consigo nos tirar desta situação.

Ray consola seu mestre.

— Não, o senhor fez tudo para nos salvar, vamos sair dessa… As Zordrak não podem ajudar?

— Não, para nos tirar daqui não…

Todos demonstram preocupação, enquanto Maxmilliam anda até o pedestal.

— Conexão mágica…

— Mestre?

Maxmilliam abre os braços. Uma nova ventania toma conta do lugar. Ele irradia uma luz por todo o seu corpo, que depois fica só em suas mãos. O ar fica distorcido, e todos ouvem a voz de Jhon.

— Mestre? Estou com todas as minhas forças, o que o senhor precisar eu farei.

Onurb se anima.

— O namorado do Ray! Obrigado, Deus!

Todos ficam alegres por identificarem que saíram bem e não ligam para a piada de Onurb. Ray se alegra mais e se aproxima de Maxmilliam com Doug.

— Incrível essa conexão mágica… Achei que não existia.

— Sim, dá para fazer com dois mestres de poder. Agora, vão logo, um a um, pois não temos tempo.

A água que cobre as laterais do templo começa a cair e o invade. É possível ouvir o barulho da destruição da força da água. Baltazar questiona:

— Mas o que isso faz?

Onurb larga a pedra redonda e corre até Maxmilliam.

— Me tirando daqui, não importa o que faz.

Maxmilliam pega na mão de Onurb, e ele é envolvido em luz azul e é lançado pelo ar na velocidade da luz, chegando até Jhon, perto da Torre de Outubro. Ray explica:

— Jhon e o mestre fizeram uma ponte ligando seus poderes para nos tirar daqui.

Alexia se impressiona.

— Incrível! Então vamos.

Ela pega na mão de Maxmilliam e é enviada até Jhon. Anirak faz o mesmo em seguida.

— Obrigada, mestre, obrigada por tudo…

Os olhos de Maxmilliam começam a lacrimejar olhando para Ray animado. Baltazar pega Doug no colo.

— Deixe comigo, Ray… Aquela pedra deve ser importante, leve ela, e eu levo seu amigo.

— Certo…

Ray corre para pegar a pedra, enquanto Baltazar se ajoelha em frente de Maxmilliam e pega em sua mão.

— Obrigado, mestre… Nós cuidaremos bem dele…

Baltazar e Doug são enviados para Jhon, e Ray se assusta ao ouvir o que Baltazar disse.

— O quê? O que está acontecendo?

Um pouco de água chega ao salão, e o som da destruição se aproxima. Maxmilliam aponta sua mão e faz a pedra que Ray carrega ser enviada igual aos outros.

— Ray, me desculpe, mas essa ponte precisa das duas pontas para funcionar…

Ray começa a ficar desesperado.

— Não, não! Tem que haver outro jeito… Eu tenho as moedas de…

— Ray, sem meu cajado infelizmente não tenho como ir, só consigo enviá-los.

— Então eu não vou, começamos isso juntos e ficaremos juntos…

— Ray, você está se ouvindo? Sei que não é o que queríamos, mas você precisa continuar…

— Max… você é minha única família.

Os dois choram, e Ray o abraça.

— Padrinho…

— Quando seus pais sabiam que teriam você, eu fui a primeira opção de ser seu padrinho. Como eu nunca pensei em ter família, por ser um jovem obcecado por poder e estudos, não dei valor inicialmente, mas nos últimos anos e principalmente agora vejo que foi a melhor coisa que ganhei em toda a minha vida… Eu te amo, filho.

— Eu te amo… Max…

Maxmilliam abraça forte Ray e, usando magia, o faz ver em um segundo a primeira vez que Maxmilliam o pegou no colo, o sorriso que o bebê deu ao puxar o cabelo curto de Maxmilliam jovem e o juramento que o padrinho fez ao afilhado:

“… Eu vou te ensinar tudo que sei, vou cuidar de você, vou protegê-lo e darei minha vida para te manter bem…”.

Depois de Ray ver a memória de Maxmilliam, ele é enviado para Jhon.

O teto começa a desabar. Maxmilliam está sob o buraco e fica fora de risco de ser esmagado. O mar está em fúria, o templo está sendo destruído pouco a pouco por estar em uma grande profundidade. Maxmilliam sente tudo tremer, fica fadigado, cai sentado no chão, encostado ao pedestal e, olhando para o céu, diz, com uma voz trêmula:

— Ynascar… Raquel… Obrigado, seu filho se tornou um grande homem e será com certeza um herói como vocês…

A água invade o grande salão, devastando tudo. Maxmilliam dá seu último suspiro e fecha os olhos.

— Obrigado… meu Deus…



Comentários