Volume 1

Capítulo 20: Alexia Azzahar

Maxmilliam a cumprimenta segurando sua mão e usando seu sentido para ver se há algo escondido em Alexia. Em poucos segundos, ele se certifica de que não há perigo nela, sente a falta de memória e a presença de magia recente, suspeitando que ela deva ter tido algum conflito antes de ser resgatada.

— Prazer, jovem Alexia… Ray, leve nossa amiga para o palacete, enquanto Houri e eu verificamos os refugiados, precisamos ver se todos estão bem como nossa amiga.

Maxmilliam pisca para Ray como sinal de confiança em Alexia. O jovem a cumprimenta e a conduz para o palacete junto com Onurb.

Na barraca, todos sentam em cadeiras, e os guerreiros entregam alimentos. Todos comem ainda demonstrando medo. Houri fica com dó e comenta com Maxmilliam:

— Fico triste em ver tantas famílias e crianças assim, o que será que passaram?

— Acredito que muitas coisas ruins, todos estão com marcas de maus-tratos de algemas, e estão com muita fome, faz um tempo que estão nessa situação.

Houri se emociona ao ver uma criança dar seu alimento para uma senhora de idade avançada e anuncia:

— Estão todos a salvo, aqui comerão à vontade e estão livres de qualquer tirania ou superioridade.

Levando mais comida para a criança e a senhora, Houri continua:

— Aqui somos todos iguais, como irmãos, e fico feliz em dar as boas-vindas à nossa família.

Todos demonstram um pouco de felicidade em seus olhos e continuam comendo. A criança pega a comida e agradece Houri. Maxmilliam se apresenta:

— Eu sou Maxmilliam, mestre de magia, e com meus poderes protegerei vocês de qualquer mal que o Império tenha colocado em vocês, não tenham medo.

Ele se aproxima, coloca a mão sobre a cabeça de um a um e com seus poderes verifica as intenções de cada um, sentindo os sentimentos deles e um pouco dos pensamentos.

Depois de alguns minutos, Maxmilliam se entristece por sentir tanto medo e tanta dor. Ao chegar à criança que tinha ajudado a idosa, ele para e se esforça para não demonstrar tristeza, mas deixa escapar uma lágrima de seus olhos. A criança o questiona:

— Não vamos mais ter que trabalhar?

Maxmilliam se ajoelha na frente da criança, sorri e fala:

— Não mais… Você já trabalhou muito, pequeno, agora descansará e terá muito tempo para brincar.

As nuvens no céu abrem, deixando um belo sol banhar o forte e fazendo a temperatura subir um pouco e secar o chão molhado. Maxmilliam termina de verificar todos e não localiza nada hostil. Baltazar chega com alguns homens com mais comida e bebida.

Todos comem e bebem juntos. Depois de um tempo, terminam e se tranquilizam, demonstrando mais confiança e gratidão. Um guerreiro de alta patente chega para informar Houri:

— Guardiã?

— Relate!

— Não há mais nada ao redor ou nas terras próximas…

— Ótimo, mas mandem verificar mais uma vez, gosto de precaução.

— Certo. Nos mantimentos que achamos não consta nada ameaçador, poderemos usar tudo, até as armas e armaduras.

— Finalmente notícias boas. Mas derreta tudo que é metal, não quero que ninguém use o emblema ou o formato das armas do Império.

— Entendido.

O guerreiro se retira, e Maxmilliam diz para Houri:

— Vamos ver o mago?

— Sim, só vou ver se meu irmão está melhor.

— Certo, vou ver se Ray já enturmou a Alexia… Vamos, Baltazar?

— Vai indo, vou ficar para ver se os refugiados precisam de algo.

Baltazar se aproxima das crianças, mostrando empatia, chama atenção delas fazendo caretas, deixando-as alegres e sorridentes, e se enturma com elas. Maxmilliam e Houri riem e saem da barraca, Maxmilliam para o palacete e Houri para o casarão.

Ray, Anirak e Onurb levam Alexia para o palacete. Dentro dele, Ray conversa com ela:

— Você é uma lutadora? Que arma você usa?

— Eu uso arco e flecha, machadinha e facão.

— Legal! Boa variedade.

— Obrigada. Vocês são de Coniuro?

— Eu sou de Pronuntio.

— A Ilha da Água?

— Isso.

Onurb e Anirak se sentam e respondem:

— Sou do “clã da adaga” de Coniuro.

— Ele é um ladrão! Eu sou Anirak, de Coniuro, faço parte da guarda do rei.

Onurb olha com cara feia e fala:

— “Eu sou Onurb”, e ela é uma assassina.

Evitando alguma discussão, Ray senta e continua conversando com Alexia.

— Desculpe, eu sou Ray. Sente-se… Meu mestre disse que você é a nossa guia para chegar a Libryans.

— Pode ser, mas continuo achando tudo isso estranho, minha cabeça dói. Eu ia fazer um trabalho em Libryans e acordei sendo presa pelos soldados do Império.

— Meu mestre falou que você perdeu a memória. Não se preocupe, vamos para Libryans.

Alexia senta-se à mesa junto com eles. Chegam as cozinheiras, que os servem com boa comida. Onurb se serve com muita comida, Ray com variedades, Anirak com coisas leves e Alexia só com folhas e vegetais. Ainda comendo, Ray a questiona:

— Você nasceu em Libryans?

— Não, sou de Copus Lithy, fui criada por mestres arbol, e fui enviada para Libryans para treinar e para fazer uma missão… Mas e vocês? É raro ver classes diferentes andarem juntas assim.

— Eu tenho a missão de passar pelo Império de Cristal e ir até Libryans. No caminho, me encontrei com Baltazar, um veterano guerreiro náutico. Onurb é praticamente um líder de um clã e Anirak é da guarda do rei de Coniuro. Todos nós temos coisas em incomum, mas em pouco tempo achamos coisa em comum, como ajudar nosso mundo.

— Entendi. Que bom que vocês se deram bem e não confiaram em pessoas erradas, já me dei mal por fazê-lo.

Terminando de comer, Ray se recorda dos poderes de Aquarium que podem ajudar Alexia a recuperar a memória e ver que cor a joia vai ficar ao segurá-la. Todos terminam de comer, e Ray mostra Aquarium para Alexia.

— Este item é mágico, pode ajudar você a recordar.

— Me desculpe, mas não tenho sorte com itens mágicos.

Alexia ri com simpatia. Ray retribui o sorriso. Onurb continua comendo, e Anirak percebe que Ray quer ver a cor que a joia vai ficar ao toque de Alexia e tenta ajudar.

— Isso pode ajudar Alexia… Dizem que esta joia muda a sorte de quem a segura; se tiver de azar, poderá ter sorte.

— Sério? Fiquei curiosa, deixe-me segurá-la.

Antes que Alexia pegasse a joia, Maxmilliam chega.

— Ótimo que vocês já comeram, preciso que se preparem para amanhã cedo, pois não quero acampar no meio do caminho.

— Por que não vamos hoje, mestre?

— Vamos descansar da batalha de hoje, amanhã cedo podemos partir… Vamos, arrumem suas coisas e estoquem comida e bebida.

Ray, Onurb e Anirak sobem para seus dormitórios e arrumam suas coisas. Depois pegam alguns mantimentos com as cozinheiras. Enquanto isso, Alexia fala com Maxmilliam:

— Minhas armas foram roubadas.

— Não se preocupe, devem ter sido resgatadas nas carruagens. Vou mostrar onde fica a forja, vá e pegue seus pertences antes que derretam.

— Obrigada. E onde ficam os mantimentos?

Maxmilliam sai do palacete com Alexia e aponta para onde guardam os mantimentos e onde fica a forja. Após Alexia ir pegar comida e seus pertences, Maxmilliam é abordado por Houri.

— Meu irmão está bem, mas vai ficar em observação e descansando por hoje.

— Ótimo. E onde está o seu prisioneiro?

— Em observação também. Antes de vê-lo, peço que me ajude nas papeladas que meu irmão não terá tempo de ver, será rápido, logo depois iremos verificar o mago.

— Tudo bem.

— Obrigada, preciso aproveitar que vocês estão aqui, pois logo devem continuar sua jornada.

— Sim, amanhã cedo iremos.

— Perfeito. Por favor, me siga, mestre.

Houri leva Maxmilliam para o escritório particular de Geiko, onde ficam a tarde toda arrumando pergaminhos e relatórios para serem encaminhados para Coniuro.

Onurb arruma suas coisas e dorme. Anirak termina de arrumar tudo para continuar a viagem e dá uma volta pelo forte apreciando o bom tempo que se formou.

Baltazar fica com os refugiados contando suas histórias e fazendo amizade com as famílias, lembrando-se de seus antigos companheiros e seus familiares. Ray toma um banho, arruma seus pertences e escreve algumas coisas no diário, atualizando informações e anotando a batalha que fez com seus amigos.

A noite chega com uma temperatura fresca, e o céu estrelado mostra as belas luas de Arbidabliu.

Maxmilliam termina os afazeres de Geiko, que se recupera muito bem, Baltazar auxilia os fratérnitas a entrosar os refugiados e mostrar que estão em um lugar seguro e amistoso, Onurb fica bebendo no salão do palacete, Houri ronda o forte e se reúne com os guerreiros para verificar a segurança do forte, Anirak ajuda Baltazar com os refugiados e depois vai para os estábulos verificar um bom cavalo para levá-la no dia seguinte

Ray termina de fazer algumas anotações e sai para dar uma volta pelo forte para ver o que seus amigos estão fazendo. Enquanto que todos estão em rotinas comuns e tranquilas, o mago aprisionado em algum tipo de caixa de vidro com escritas se concentra, ganhando uma aura imperceptível para os guerreiros que o vigiam.

O céu começa a se encher de nuvens e alguns vultos saem das sombras adquirindo forma, estatura alta, armadura corporal escura, capacete com um chifre, armados com maça e machado, revelando serem guerreiros caos feitos de pura magia.

Depois de adquirirem a forma completa, eles atacam os fratérnitas e avançam mais adentro do forte. Alguns guerreiros caos chegam à barraca dos refugiados e ameaçam atacar. Antes que toquem no primeiro aldeão, Baltazar aparece e os joga para fora da barraca.

Armado com seu enorme machado rachado, ele afronta os guerreiros caos e urra como um alerta para todos do forte.

— Terão que me matar para poder passar!

Todos ouvem o urro de Baltazar e entendem que há perigo no forte, se armam e se preparam. Fratérnitas saem das barracas e enfrentam os guerreiros caos, interceptando-os de entrarem nas barracas do forte.

Alguns guerreiros caos invadem os estábulos e atacam os cavalos. Logo Anirak aparece armada com suas adagas para defender o estábulo.

Guerreiros caos entram no palacete e encontram Onurb sobre a mesa armado e preparado para lutar. Alguns guerreiros caos caem na armadilha do casarão, entrando e se deparando com Houri e um grande grupo de fratérnitas, que exterminam os invasores e logo saem para lutar com os outros do lado de fora. Ray, ainda do lado de fora, longe de seus pertences, reclama consigo mesmo:

— Droga! Eu me esqueci de andar armado.

Corre para o palacete para pegar suas armas, pois está armado apenas com sua funda. Antes que chegasse, é interceptado por alguns guerreiros caos que atacam os fratérnitas e se viram para atacá-lo.

Maxmilliam ouve o alvoroço e sai pela sacada da sala de Geiko para ver o que está acontecendo no forte. Antes de pegar seu cajado, ele sente uma dor de cabeça que o paralisa por uns instantes.

Baltazar guarda os refugiados e enfrenta muitos guerreiros caos com seu machado, evitando usar o lado rachado do machado, que seria a lâmina maior e mais forte, mas usa o cabo e a lâmina menor, nocauteando seus inimigos com cabeçadas, investidas, pesadas e tudo que está ao seu alcance de golpes corpo a corpo, além de fortes golpes com seu machado, tudo para impedir a entrada deles na barraca.

Baltazar enfrenta vários inimigos sozinho, dando moral para os fratérnitas que o veem lutar. Os refugiados ficam com medo, mas com a porta aberta mostrando Baltazar lutando por eles, ficam mais tranquilos e agrupados.

Anirak se transforma em um vulto fumacento e ataca todos os guerreiros caos em grande velocidade, usando ataques mortais.

Cada um que ela esfaqueava virava pó. Quanto mais guerreiros apareciam, mais Anirak aumentava sua precisão e esquiva para os ataques recebidos.

Todos tentam acertar o vulto, mas sem sucesso, pois Anirak se movia com muita agilidade e dava grandes saltos acrobáticos, ganhando impulso para ataques mais fortes e cortando o chifre de alguns.

Onurb pega uma garrafa de vinho e bebe em frente aos guerreiros caos como um tipo de provocação. Estes o atacam, e Onurb se esquiva saltando em cima de alguns, atacando a garrafa em um deles e usando sua adaga para atacar os outros.

Foca seus ataques nas áreas em que a armadura não protege e na área sombria do capacete. Acertado, o corpo feito por magia cai e vira pó.

Onurb não se locomove rápido, mas tem uma esquiva extraordinária, cada ataque que os guerreiros faziam ele contra-atacava, cortando-os e finalizando ao encravar sua adaga no capacete e apunhalar alguns.

Ray coloca Aquarium em sua funda, improvisando um tipo de mangual para atacar e se defender dos guerreiros caos e ajudar os fratérnitas. O jovem é atingido algumas vezes, mas consegue derrotar alguns.

Ele alterna atacando com sua funda e ataques corporais. Como Aquarium é um item Electi, ela é muito resistente e consegue causar bom dano e até quebrar alguns chifres.

Com a ajuda de alguns fratérnitas, Ray consegue uma espada emprestada, a encanta com magia e faz com que seus golpes fiquem mais críticos, transformando alguns em pó.

Os guerreiros caos são derrotados, mas continuam saindo das sombras e derrotando muitos fratérnitas, e acuam Houri, que está ficando sem ajuda. Lutando sozinha, ela demonstra sinais de exaustão.

Houri ganha facilmente quando luta contra poucos inimigos, mas quando seus fratérnitas caíram, o grupo de guerreiros caos a ataca, causando muitos ferimentos e derrotando-a. Ainda perseverante, ela levanta e consegue derrotar seus inimigos, chamando atenção para mais guerreiros atacarem-na. Houri luta bravamente e com muita força e determinação.

Quando atingida, ela tenta recuar para ganhar espaço e tempo. Em um ataque-surpresa pelas costas, ela cai sem poder reagir a três guerreiros caos atacando-a para decapitá-la. Antes que o machado negro a ferisse, uma grande onda de energia empurra os guerreiros caos, e em seguida uma rajada de flechas os faz virarem pó.

Houri logo é erguida por alguns fratérnitas e seu irmão Geiko, que está armado com seu cajado e cheio de curativos nos ferimentos da última batalha.

— Vão precisar de muito para derrotar os irmãos “Kabuki”!

— Verdade, irmão, obrigada por estar sempre comigo.

— E você comigo.

Os dois se unem com mais fratérnitas e avançam, destruindo mais guerreiros caos com a moral dada por Houri e a liderança de Geiko.

Baltazar, depois de muita luta, cansa e fica ofegante. Ao seu redor, há vários guerreiros caos caídos. Baltazar não sabia dos pontos vitais, por isso muitos ainda ficavam ao redor com armaduras trincadas ou fracos incapacitados por alguns instantes.

Com o tempo, todos os guerreiros que Baltazar derrubou se levantam para atacá-lo. Cansado, ele é atingido algumas vezes e cai de joelhos após derrubar alguns inimigos.

Ainda de joelhos em frente a eles, Baltazar entra em um transe e murmura:

— Meu machado está rachado, se eu usar ele vai quebrar… Minha arma, meu orgulho… Rachados…

Enquanto Baltazar pensa, os guerreiros o rodeiam, cercando-o para um ataque em massa. De repente, Baltazar ouve uma mulher gritar de dentro da barraca:

— Filho!

Baltazar sai de seu transe e vê que à sua frente há uma criança entre ele e os guerreiros caos. O pequeno responde para a mulher:

— Ele está nos defendendo… Preciso ajudar!

Armada com um pedaço de pau, a criança afronta os guerreiros caos, que, sem hesitar, atacam o pequeno. Com um ataque, desarmam o menino, e antes que o próximo ataque o ferisse, Baltazar levanta e corta o capacete ao meio com o que havia dentro usando a parte rachada de seu machado.

O guerreiro cai e vira pó. Nos próximos ataques, Baltazar não ligava por ser atacado, ferido ou que até morresse, seu único foco era que não tocassem no menino. Nisto, ele se recorda de suas palavras.

— “É claro… Ray, a honra de um guerreiro está em sua alma, e seu poder está em sua arma; se você não confiar em sua arma que você mesmo empunha e maneja, você perderá a luta.”

Baltazar foca usando só a lâmina maior de seu machado, confiando que não irá quebrar. Sem dó, ele pulveriza os guerreiros ao seu redor com poderosos golpes que penetram a armadura negra aparentemente indestrutível, não precisando mirar na cabeça ou em pontos vitais.

Ele cria as próprias brechas com seu machado, entra na frente e apara os golpes direcionados ao menino, e na primeira oportunidade joga a criança para dentro da barraca.

— Muito obrigado, garoto! Ajudou bastante… acredite!

Anirak consegue destruir todos os guerreiros caos do estábulo. Ela percebe que alguns focavam as torres e muros do forte, assim Anirak escala o muro para chegar à passarela que conecta todo o muro e as torres, tira algumas adagas de suas vestes e corre em direção aos guerreiros caos que lutam contra os fratérnitas na passarela.

Ela acerta todas as suas adagas nos pontos fracos, matando vários inimigos e salvando alguns fratérnitas. Ao acabar com as adagas de arremesso, ela volta a atacá-los com suas adagas de serra, e é atingida poucas vezes, pois já demonstra cansaço, mas continua correndo por toda a passarela derrotando todos os inimigos que aparecem.

Ray consegue ter muito sucesso contra os guerreiros caos, pois estava com muitos fratérnitas ao seu lado. Com uma grande perda do lado do forte, Ray fica um pouco intimidado por aparecerem tantos inimigos, e com o tempo ele é ferido.

Em um grupo novo de inimigos que chegam devastando os fratérnitas, Ray é salvo por flechas vindas de uma das sacadas do palacete.

— Cuidado, Ray!

O jovem olha para o alto e vê Alexia, que o ajuda. Ela sobe no parapeito da sacada para ter melhor visão, mas acaba quebrando um pedaço da sacada e cai sobre uns inimigos, atordoando-os e acabando ferida. Ray a ajuda a se levantar, e juntos correm para ajudar os fratérnitas.

— Alexia, a armadura é muito forte, foque nos pontos cegos.

— Certo!

Ray e Alexia combinam seus ataques e sequências, ajudando na defesa e no ataque de ambos. Ray ataca com sua espada encantada e sua funda com Aquarium, e Alexia com uma machadinha e seu arco e flecha.

O jovem foca em aparar e atacá-los de perto, e ela ajuda no ataque a longa distância. Em um dos ataques, Ray cai, deixando Aquarium sair da funda e ser pega por um guerreiro caos. A joia não tem nenhuma alteração de cor, o que chama atenção de Ray.

— Eles não são seres vivos… Não passam de energia…

— Magia, Ray?

— Sim, temos que achar o conjurador.

Ray e Alexia atacam o guerreiro caos que está com a joia, derrotando-o e deixando-a cair novamente. Alexia pega a joia antes que outro inimigo pegue. Ela acha bonita a cor que aparece no centro da esfera. Ray luta e não percebe a cor que fica nas mãos de Alexia, que guarda a joia e continua a batalha.

Onurb derrota todos no salão principal do palacete e corre para trancar as portas usando cadeiras, suporte de tochas e outros móveis para obstruir a passagem.

— Nunca que vou sair para enfrentar mais bichos estranhos.

Algumas cozinheiras aparecem e questionam Onurb:

— O que está acontecendo lá fora? Estamos ouvindo som de guerra.

Ele responde, um pouco ofegante:

— Muita guerra! Tem outras entradas? Precisamos fechar tudo.

— Fechar? Mas e se perderem?

— Melhor perder num lugar seguro do que no meio deles. Vamos!

Onurb corre por todo palacete procurando portas e janelas para trancá-las para nenhum inimigo entrar. As empregadas e cozinheiras o ajudam e voltam para o salão, reunindo todos os empregados. Onurb aparece e diz:

— Boas garotas… Sabem onde tem mais bebida?

Maxmilliam sente a dor de cabeça passar e abre os olhos. Ao seu redor, uma terra morta e deserta, podendo se ver só terra, pedras, árvores mortas e cheiro de carniça, até onde podia se ver sob um céu nublado com alguns urubus voando.

— Orbis Absolute!

Uma voz desconhecida e com tom de arrogância confirma.

— Exato.



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