Apenas um Sonho Brasileira

Autor(a): Hanamikaze


Volume 1

Capítulo 21: O Caso do Anel

Se passaram alguns minutos desde que Hina Takahashi havia perdido seu anel, e toda aquela operação para recuperá-lo se deu início. Aria e Emily, porém, não se importavam muito com a situação. Elas não podiam fazer muita coisa, até porque nenhuma das duas estava com o anel, e ninguém iria querer perder a manhã inteira procurando por algo que nem sabem se desapareceu mesmo, ou era apenas Hina tentando atrapalhar a vida de todos. O que na verdade, provavelmente era algo que ela faria no tédio.

— E agora… — começou Emily, olhando para o horário no bracelete. Acabou de concluir mais dez minutos, o que significa que eram mais dez pontos perdidos sem o anel. — Vinte pontos a menos já… Que merda.

— Ah, vai, se eu perdesse um anel de ouro eu também não ficaria contente… dá para entender mas ela está colocando os pontos de todos aqui em risco.

— Deve ser esse o objetivo dela. Ela já tem bastante pontos, quase a sua quantidade. Atrasar os outros é uma boa estratégia, mas acho que ela esqueceu que os pontos também caem para ela.

— Ela não seria tão burra… ou seria?

A neve caía pelo pátio, a fonte não jorrava mais água pois desligaram os canais. A água que restou nas beiras da fonte estava congelada, e coberta por neve. As árvores com as folhas cobertas também, e uma pequena borboleta amarela perdida tentando encontrar um abrigo entre as folhas. David Cohen como sempre não podia perder a oportunidade de fotografar esses pequenos animais. Liam Bernard e Sarah Megan corriam pelos corredores, indo para a biblioteca. Provavelmente para encher o saco de Aaliyah Abioye, que acabou se tornando o hobbie preferido daqueles dois. Desde que ela começou a viver na biblioteca com Sarah, Liam acompanhou as duas até chegarem neste ponto.

Aria suspirou, a respiração visível no ar pelo frio.

— Vamos fazer alguma outra coisa… — Ela se levantou do banco, mas não deu nenhum passo. Ficou surpresa quando notou a pessoa que estava passando por ali também. Emma Brown, sua melhor amiga, que Ethan a pouco tempo atrás havia acusado. — Ah! Oi, Emma!

Emma olhou para Aria por um breve instante, mas não respondeu. Deu uma ajustada nos óculos e continuou andando para o outro lado do pátio. Aria ficou um pouco decepcionada, mas decidiu ignorar. Talvez, o que Ethan estivesse falando anteriormente fosse verdade.

— Não liga pra ela. Vamos andar por aí, aqui fora está ficando bem frio.

— Uhum…

Emily se levantou do banco, e as duas caminharam juntas até o colégio novamente. Seus passos deixando pegadas nas camadas de neve espalhadas pelo chão. Andaram um pouco pelos corredores, conversando, até pararem em frente a cantina, onde estava havendo um grande tumulto. Várias pessoas sentadas nas mesas, apenas assistindo Derrick Evans brigar com Kevin Johnson no meio de todos.

— Que é que está acontecendo ali? — sussurrou Emily, olhando sorrateiramente do corredor.

— Não sei…

Derrick continuava a se aproximar de Kevin, parecendo estar com raiva.

— Eu já te disse que eu não roubei o anel, cara! Larga de mim!

— Você atropelou uma idosa só para pegar umas tralhas numa loja pequena. Seu histórico tá sujo, Johnson. E essa sua sujeira está pingando em nós! Então anda logo, mostra os bolsos.

— Seus imbecis, Hina nem aqui está para procurar a merda do anel também. Deu todo aquele discurso e sumiu, deixou a gente aqui para brigar e se ferrar por nós mesmos. É óbvio que ela está armando tudo isso, abra seus olhos.

Kevin se afastava lentamente, enquanto Derrick vinha com raiva. Foi a primeira vez que Aria viu Derrick ter uma atitude assim. Sempre foi uma pessoa de poucas palavras, e afastada dos outros.

— Não sei o que a Hina quer com isso tudo no fim…

Joey e Christopher Santiego estavam na sala do supervisor Francesco Ricci, conversando sobre o estado em que Christopher apareceu naquela manhã. Ele se recusou a dizer qualquer palavra por todo o tempo em que estavam ali, aparentemente estava assustado demais, ou simplesmente não queria falar mesmo.

— Veja só, pequeno, se não me dizer o que aconteceu nós não seremos capazes de resolver a situação, e terá que lidar com o problema sozinho. Talvez se repita, nós não podemos deixar que isso continue desta maneira. Se agressões ocorreram contra você aqui no colégio, então cabe à nossa responsabilidade auxiliar e julgar o responsável na maneira correta.

— Não… não aconteceu nada demais.

Francesco suspirou, cansado daquela situação. Joey também estava ficando cada vez mais estressado conforme o tempo passava, sequer tinha percebido os pontos descendo no bracelete.

— Bom, então infelizmente eu não posso fazer nada. Vou comunicar ao Kim sobre o estado em que esse menino chegou, e veremos o que ele tem a dizer…

Quando ouviu aquele nome, Joey ficou confuso e mais irritado ainda ao mesmo tempo.

— Comunicar ao Kim?

— Sim, Anthony Kim, da administração. Ele deve saber como resolver… inclusive, vou aproveitar para ver se ele me esclarece melhor os fatos da última reunião.

— Anthony… Kim? Tem alguma relação com Ethan Kim?

Francesco não respondeu, se levantou da mesa e saiu do escritório. Joey se acalmou um pouco, e esqueceu o nome que tinha ouvido. Olhou para o seu irmão ao lado e se levantou também.

— Vamos sair…

Christopher acenou com a cabeça, e os dois saíram do escritório de Francesco. Ele caminhava logo à frente, um pouco apressado. Aparentemente tinha coisas importantes para resolver.

— Desculpa… — murmurou Christopher, em um tom de voz tão baixo que Joey não pôde ouvir.

— Ahm?

— É que, sabe… — Christopher olhou para cima por um momento. — Talvez um inútil que nem eu… mereça tudo isso que aconteceu.

Joey não respondeu, apenas permaneceu calado. Francesco parou de andar em frente ao refeitório, curioso pelo o que estava acontecendo por ali. Entrou, e viu Derrick prestes a pular em cima de Kevin.

— Ei, ei, ei. Que barulheira é essa?

— Algum desgraçado aqui roubou o anel de ouro da Takahashi. A Rodriguez tomou as providências e decretou que todo mundo ia perder dez pontos a cada dez minutos com o anel desaparecido. E eu tenho certeza de que esse canalha está envolvido nessa história! — explicou Derrick, com uma entonação incomum na voz.

— Senhor Evans, peço primeiramente que mantenha a calma.

Kevin viu Joey entrar no refeitório junto de Christopher, e sentiu que estava salvo daquela situação toda.

— Joey! Ei, Joey… explica pra esse cara que eu sou inocente!

— Você também não é santo Joey. Pode ter participado do esquema também. Vamos, mostre os bolsos.

Joey respirou fundo para não se estressar mais do que já estava. Ainda mantendo um certo controle, se aproximou calmamente de Derrick.

— Não tenho nada comigo, absolutamente nada. — Colocou as mãos nos bolsos e puxou o fundo, mostrando que não havia nada nos bolsos da frente. Só haviam aqueles bolsos em suas calças, mas também tinha sua blusa moletom que sempre estava enrolada em sua cintura. Ele desamarrou a blusa, e jogou com força no peito de Derrick. — Pode olhar a blusa também se quiser, eu espero.

Naquele momento Derrick suou frio. Foi analisando bolso por bolso da blusa, e quando Joey viu que ele terminou, arrancou a blusa das mãos dele com tudo.

— Acho que não está com você mesmo… foi mal.

— Humph.

Joey empurrou Derrick do caminho e seguiu em frente. Kevin tentou seguí-lo por um momento, mas Francesco avisou para ele continuar na cantina até que o caso fosse resolvido. De fato, Kevin de todos ali era o mais problemático.

— Joey! Não vai embora. Me ajuda nessa, cara.

— O problema é seu. — Joey olhou para Kevin por cima dos ombros por um momento, e foi naquele instante que o jovem punk percebeu que em todo aquele lugar, agora, ele estava sozinho. — Se vira.

Aria e Emily ainda observavam do corredor toda aquela briga, mas quando viram Joey com toda aquela raiva indo na direção delas para sair da cantina, elas resolveram sair também.

— Acho que eu vou subir… dormir mais um pouco até tudo isso acabar.

— Bom, vai lá então. Vou arrumar alguma coisa pra fazer por aí — despediu-se Emily, e seguiu em frente no corredor. Aria a observou indo embora por um tempo, e então subiu as escadas para o segundo andar. Olhou para o pátio nevado das janelas, e foi até seu dormitório.

Aria se jogou na cama, sem sono, mas não tinha muito o que fazer no momento. Fechou os olhos e tentou dormir. Passaram-se apenas alguns segundos com os olhos fechados, mas já pareciam minutos. Ela então abriu os olhos de novo, entediada, e ficou observando a cama de Mia acima.

— Queria te ver nos meus sonhos de novo…

O clima estava silencioso, e Aria não queria pensar em mais nada naquela manhã. O colégio estava uma bagunça por causa de um simples anel.

— Querendo encontrar alguém nos sonhos, né? Interessante…

Aria se assustou com a voz ao seu lado. Virou a cabeça, e viu sua amiga Emma ali, parada em seu dormitório com um sorriso estranho no rosto.

— Emma?! Como entrou aqui?

— Você esqueceu de fechar a porta…

— Emma, eu estava querendo dormir agora… se me der licença…

— Eu ouvi sua conversinha com a Emily mais cedo. Anda tendo sonhos estranhos com um menino, todos os dias? Sabe, isso é coisa de gente louca e possessiva.

— Você… você ouviu? — Aria ficou com um pouco de vergonha.

— Sim… e sabe, seria tão triste se as pessoas do colégio soubessem que tem uma maluca que fica alucinando com um dos meninos daqui…

— O quê…? Emma, para com isso…

— Parar com o quê? Óbvio que eles vão acreditar em mim. Sou a pessoa que melhor pode contar isso… sou sua melhor amiga, não sou?

O coração de Aria quase parou. Não estava entendendo o porquê de Emma estar fazendo tudo aquilo, não fazia sentido. Ela já desconfiava que Emma estivesse agindo de um modo estranho já fazia bastante tempo, mas aquilo era muito diferente do que ela esperava.

— Emma… por favor…

— Mas é claro que eu sei que ninguém precisa saber disso. — Emma começou a andar pelo dormitório, com as mãos juntas na frente da cintura. — Por isso, eu não vou contar para ninguém! Com uma condição…

— E o que você quer?

— Que você me ajude a zerar os pontos daquela barata… “Emily Turner”.

Ethan estava ouvindo tudo, encostado na parede ao lado da porta. No fim, ele estava certo. Não foi apenas o estímulo que ele deu que fez com que Emma ficasse assim, ela já era possessiva e ciumenta com Aria há um tempo. Porém, os estímulos de Ethan só fizeram os sentimentos de Emma virem à tona.

Após descobrir o que queria, se afastou do dormitório e deixou as duas se resolverem sozinhas. Não queria se intrometer nos problemas de Aria, nem que fosse um problema que ele mesmo criou.

Ethan foi seguindo sozinho até o banheiro do segundo andar, que aparentemente estava vazio. Foi até a última cabine, e estava prestes a abrir a porta. Ali, estava escondida a maleta branca em que ele tirou o pendrive na primeira vez que usou. Colocou uma mão à porta da cabine, prestes a abri-la, mas quase foi descoberto.

— Ora, se não é o príncipe encantado da Harper — disse uma voz familiar. Ethan virou-se para ver, e era Michael Turner, escondido no canto do banheiro, sozinho. — Impressionante como um simples anel pode fazer as pessoas entrarem em guerra. Na verdade, acho que ninguém está realmente preocupado com o anel, né…

— É. — Ethan disfarçou, desistiu de entrar na cabine e foi até a pia.

— Não ia usar o banheiro?

— Não, só vim lavar a mão.

— Sei… — Michael caminhou até a pia também, olhando no espelho acima das torneiras. — Tem ideia de como vai ser o próximo jogo?

— Acho que não.

Ethan terminou de lavar as mãos, e se dirigiu para a porta do banheiro.

— Te vejo por aí, Ethan.

Quando Ethan saiu do banheiro, Michael se aproximou da última cabine em que ele ia entrar antes de vê-lo ali. Abriu a porta com curiosidade para ver se tinha alguma coisa, olhou em volta, atrás da privada, os cantos no chão, e não viu nada. Ele resmungou, desapontado, e então fechou a porta.

Voltando para o primeiro andar, Ethan deu de cara com as duas últimas pessoas que queria encontrar na terra. Mia Cooper e Hina Takahashi.

— Oie, Ethan! — exclamou Mia, aparentemente bem animada por tê-lo achado. — A gente estava procurando você.

— Sim… — Hina tinha um ar um pouco mais suspeito do que de costume. Ela se aproximou lentamente de Ethan e o abraçou do nada, descansando a cabeça no peito dele. — Estávamos… precisando da sua ajuda.

— Pra quê? — perguntou, tentando fugir do abraço de Hina, mas ela realmente grudou nele.

— Você já deve estar ciente do que aconteceu… não é? Sabe… você é o mais inteligente daqui, suponho eu… consegue bolar um esquema bom para me ajudar a encontrar meu anelzinho, não consegue? — disse Hina, com uma voz melosa demais.

— Provavelmente não, ninguém me ouviria.

— Ah, vamos lá, Ethan… Posso te recompensar depois.

— Tá, mas eu estou meio sem tempo.

— Para de ser chato, anda! — Mia segurou o braço dele, praticamente arrastando Ethan com elas. Hina também não desgrudou do abraço.

— Com certeza você tem tempo, não tem nada para fazer aqui. E você não vai poder sair até ele aparecer…

— Arh… — Ethan suspirou. — Tanto faz, então.

As duas conseguiram arrastar Ethan até a cantina, e a maioria estranhou o modo em que Hina estava grudada nele. Ethan pareceu não se importar muito, mas ele sempre pareceu não se importar muito com qualquer coisa.

— E então, “líder”. O que é que a gente faz? — questionou Derrick, um pouco irritado por elas terem chamado Ethan para tentar resolver. Hina já havia percebido que toda aquela determinação era apenas para conseguir a atenção dela, e vê-la abraçada ao Ethan assim fazia o rosto de Derrick franzir.

— É simples… ela disse antes que o anel estava com ela de manhã, e até antes de ela se dar conta de que o perdeu, ela estava aqui, na cantina. Se ela tivesse deixado cair e alguém tivesse achado, não acho que falariam. As pessoas fora da cantina já estão sendo revistadas pela Isabel, então se quem roubou está lá logo vai ser pego. A solução é simples, fiquem bem separados uns dos outros e deixem Hina verificar vocês separadamente, enquanto Mia olha se estão mantendo a distância devida mesmo.

Uma solução simples, mas era a única opção. Todos mantiveram uma certa distância uns dos outros, e Hina passou revistando um por um, enquanto Mia verificava se ninguém tentava se aproximar para repassar o anel ou então sair da cantina.

Ethan ficou por ali, observando Hina revistar as pessoas em busca do anel. Mas enquanto Mia olhava um canto da cantina, um rato que se escondia nas sombras resolveu aparecer. Ryan Garcia, escondido no canto novamente, passou sorrateiramente até a entrada da cantina e saiu pelo corredor. Ethan pôde ver o que ele estava fazendo, e o seguiu. Ryan entrou em um banheiro e Ethan entrou logo atrás, e então Ryan entrou em uma das cabines. Ethan entrou na do lado, para não parecer que ele estava o seguindo.

Ele de repente ouviu o som de água caindo na poça, e Ryan realmente estava apenas fazendo suas necessidades. Ethan esperou na cabine do lado, e enquanto isso, colocou as mãos no bolso. Naquela hora se deu conta de que tinha uma coisa que ele havia esquecido, que era o lenço de Emma que ela perdeu enquanto eles conversavam. Ele tirou o lenço branco do bolso, e viu que ele estava embrulhado. Foi desembrulhando, até que sentiu algo sólido no lenço. Quando abriu por completo, era um anel de ouro, reluzente com a luz do banheiro.

O coração de Ethan palpitou mais rápido quando viu aquilo, e ele o guardou nos bolsos novamente bem rápido. No final, era Emma quem havia roubado o anel, que agora estava nas mãos de Ethan. Ela provavelmente deixou o lenço cair de propósito naquela hora.

— Desgraçada…

Ethan saiu da cabine do banheiro, e junto dele Ryan saiu também. Os dois foram até a pia lavar as mãos.

— Ué, você não estava lá ajudando Hina com as paranóias dela?

— Sim, mas vi você saindo e achei que estava fugindo… mas você só veio mijar. Que pena.

Ethan se apressou para sair do banheiro, e Ryan acabou achando aquilo bem suspeito. Ele retornou até a cantina, e Hina continuava tentando revistar todas as pessoas.

— Oh, Ethan. Pode me ajudar a olhar eles? Você olha desse lado… e eu desse.

— Pode ser… — relutante, Ethan concordou. Olhou para a fileira de pessoas que estavam ali, e notou alguém que não tinha visto antes na cantina. David Cohen, olhando as fotos que tirou na câmera. Ethan se aproximou do garoto, um pouco receoso. — Cohen… me deixe… verificar se não foi você…

— Claro! Fico ainda mais seguro agora que é você, senhor Kim.

David se levantou, e Ethan começou a analisar. Olhou primeiro o bolso na camisa de David, e então os da calça. Porém, ele “encontrou” algo que não queria ter encontrado.

— Cohen… o que é isto no seu bolso?

— Isto o quê?

Hina e Mia ouviram, e olharam para trás naquele instante para ver o que Ethan teria encontrado vasculhando David. Ele se levantou, e então mostrou ao jovem. Um anel de ouro reluzente que havia teoricamente tirado dos bolsos de David.

— Hah! Não podia esperar muita coisa de você, Cohen — disse Mia, com um pouco de indignação.

— Esperem… isso só pode ser um engano, eu não roubei nada!

— Acharam o culpado? — Isabel Rodriguez vinha chegando nos corredores, a passos elegantes. — Este garotinho?

— Ethan… fala pra eles… você sabe que não fui eu, não é?

— Infelizmente eu achei no seu bolso, Cohen. Você quer que eu diga o quê?

Isabel segurou o braço de David como se ele fosse uma criança que acabou de derrubar um prato.

— Já estive pensando na punição de quem o roubou desde que isso começou. Qualquer violação das regras aqui tem consequências fortes, e neste caso não será uma exceção. Seus atos serão descontados na metade dos seus pontos adquiridos até agora, perdidos. E ficará preso no seu dormitório por três dias inteiros.

— Três dias inteiros?! Isso é um absurdo! E também, eu vou perder o próximo jogo…

— Nós podemos fazer isso, você não pode reclamar. Estava no contrato de inscrição.

— Ethan… eu sou inocente, você sabe que eu… — Naquele instante, David percebeu. Não havia nada em seus bolsos até Ethan decidir checar, e seria quase impossível de alguém colocar o anel ali sem que ele percebesse. — Ethan… você não… faria isso comigo, não é?

— Me desculpa, não posso te ajudar.

— Eu sempre confiei em você, desde o primeiro dia… agora… você apenas vai virar as costas para mim?

Ethan não respondeu, apenas assistiu Isabel arrastar David pelo braço, enquanto os outros olhavam feio para ele. Perder metade dos pontos atuais significaria estar no final da tabela de classificações.

Notas:

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