Akai Sakura Brasileira

Autor(a): Matheus Mariano


Volume 2 – Arco 3

Capítulo 3: Madingerd

O sol nascia timidamente entre as dunas de areia. Em frente à mansão, eles se preparavam para partir de volta para Markaz. Desepediram-se de Kéfera, subiram na carruagem e partiram. Enquanto atravessavam a cidade, puderam observar com mais clareza a destruição causada pela intensa batalha contra os Nachtagenten. Mesmo horas depois, com o incêndio já apagado, a fumaça ainda subia dos escombros. A rua principal estava tomada por destroços — pedras e madeira espalhavam-se por todo o local. 

Após algumas horas de viagem, eles chegaram em Markaz. Já estava escurecendo quando a carruagem parou na entrada do palácio Ramlkum. Quem abriu a porta foi a Ayat. Ela fez uma reverência e cumprimentou todos. Em seguida, entraram no palácio e foram recebidos por Seth: 

— Boa tarde, Filha. Como foi a viagem?

— Foi um sucesso, na medida do possível. Tenho muitas coisas para contar.

— Boa tarde, Imperador Seth. — cumprimentaram Kamui e Tomoe.

Durante o jantar, eles conversavam sobre os acontecimentos de Vaha.

— Nós lutamos contra os Nachtagenten em Vaha. Eles chegaram a atacar a cidade, mas, por sorte, o Kamui e a Evlyn ajudaram a derrotar o exército deles. Os danos, no entanto, foram graves. Uma grande parte da cidade foi destruída, e muitos civis e militares perderam a vida.

— Hum… a situação está bem complicada. Vou enviar um pelotão para auxiliar na reconstrução da cidade e também reforçar a segurança. Mas, pelo menos, vocês conseguiram pegar a chave Shamal?

— Infelizmente, não. Eles conseguiram levá-la.

— Hum… que pena. Ah, hoje cedo chegou uma carta do Khalil. Ele disse que a cidade de Madingerd sofreu um ataque de um exército. Todos usavam capas com detalhes dourados. E também tinha uma garota que se apresentou como Qiang. Ela pediu para que entregassem a chave Janub e deu um prazo de três dias. 

— Hum… Se eles pediram para entregar a chave, isso significa que o acesso a ela não deve ser tão simples como o da Shamal, que estava numa dungeon. Pode ser que ela esteja em algum lugar da cidade. — comentou Kamui.

— A hipótese que o Kamui apontou faz muito sentido.

— É bom irmos verificar a situação. 

Após o jantar, no corredor, Akila perguntou a Kamui e Tomoe:

— Vocês já vão dormir.

— Não. Eu e a Evelyn estávamos pensando em ir à taberna Zahrgece.

— Hum… A Zahrgece. Faz muito tempo que eu não vou lá. Posso ir também?

— Claro!

— Eu também  posso?

— Raiden! — disse Akila, surpresa.

— Como sempre, aparecendo do nada. Da próxima vez, pelo menos fale comigo antes de sair da espada.

— Tá, tá, chega de sermão.

— Mas, sobre a sua pergunta. Você pode ir também.

— Eba!

Eles foram para a taberna e sentaram em uma mesa próxima ao balcão. Alya chegou para anotar os pedidos.

— Boa noite! Nossa, princesa, quanto tempo!

— Boa noite, Alya. Realmente faz um bom tempo desde nosso último encontro. 

— Então, o que vocês irão pedir?

— Para mim, pode ser uma limonada. 

— Eu vou querer um saquê.

— Eu vou querer uma cerveja de Blumendorf.

— E eu vou querer uma cerveja de Anka.

— Certo, vou prepará-los.

Após Alya sair, Akila comentou sobre a tarvena:

— Estava com saudade desse ambiente.

— Você vinha muito aqui? — perguntou Kamui.

— Sim. Sempre que tinha um tempo livre, eu vinha.

— Em blumendorf também era assim. Eu praticamente morava na Taberna Bergorse. — disse Tomoe.

Ayla chegou carregando os pedidos em uma bandeja e os colocou sobre a mesa.

— Aqui está.

Todas as bebidas pareciam incrivelmente apetitosas. A limonada possuía uma cor verde clara e era decorada com uma fatia da fruta na borda do copo. Ambas as cervejas estavam servidas em canecas de madeira. A única diferença estava na espuma. A cerveja de Blumendorf possia mais espuma do que a de Anka. O saquê estava em uma pequena garrafa de argila, acompanhado de um pequeno copinho do mesmo material. Todos agradeceram e apreciaram suas bebidas.

Depois, no interior da Muramasa no Kitsune, no quarto, Kamui e Tomoe conversavam sobre o dia seguinte.

— Eu não esperava que a Qiang fosse aparecer. — disse Kamui.

— Nem eu. Esses Nachtagenten são muito espertos.

— Precisamos dar o nosso melhor para salvar Madingerd e o Império Anka. Não duvido que eles façam um ataque tão forte quanto o de Vaha. A postura de Nefertari até agora está extremamente agressiva.

— Sim. Normalmente, eles até atacavam as vilas e cidades, mas nada se compara à dimensão do ataque a Vaha.

— Realmente. Aquilo se equiparou ao ataque a Sagesse e Blumendorf. Porém, sem o uso de uma criatura lendária.

— Se bem que aquele gigante de seis braços tinha uma força semelhante à de uma criatura lendária.

— Sim.

— Bem, vamos deixar isso para amanhã. Boa noite Kamuizinho. — disse Tomoe, beijando a testa de Kamui.

— Boa noite.

Na manhã seguinte, Kamui e Tomoe encontraram Akila na entrada do palácio Ramlkum.

— Bom dia. — disseram Kamui e Tomoe. 

— Bom dia, tudo pronto? — respondeu Akila, sorrindo.

— Sim.

— Boa viagem! — disse Seth.

Eles agradeceram e partiram para Madingerd. Chegaram na cidade no final do dia. Diferente de Markaz e Vaha, Madingerd era uma cidade fortificada. Suas muralhas eram enormes, construídas de arenito. Após passarem pelo portão principal, eles foram até o palácio Kuartz. Ele era bem menor que o palácio Ramlkum. Tinha uma cúpula de ouro e duas pequenas torres. Assim como a maioria dos edifícios, era construído com arenito. Khalil os esperava na entrada do palácio. Ele tinha pele parda, cabelos longos e pretos, olhos também pretos e vestia uma túnica branca. Logo após descerem da carruagem, Khalil os cumprimentou:

— Boa tarde, Princesa Akila. 

— Boa tarde.

— Quem são eles?

— Eles são meus amigos.

Kamui e Tomoe cumprimentaram Khalil.

— Prazer em conhecê-los. Entrem, por favor. Tenho várias coisas para contar sobre o ataque. 

Eles seguiram Khalil até o escritório. A sala possuía uma mesa de madeira com duas cadeiras e, nas paredes, havia uma estante com livros. Khalil pegou mais uma cadeira e colocou perto da mesa. Cada um sentou em seu lugar.

— Vocês já devem saber, mais ou menos, o que aconteceu pela carta que enviei. O prazo se esgota amanhã. 

— Na carta você disse que a Qiang pediu para entregar a chave Janub. Você sabe onde ela está? — perguntou Kamui.

— Não sei onde ela está. Mas com certeza ela deve estar na cidade. Pois se não estivesse, eles não teriam agido daquela maneira.

— Você tem razão.

— O palácio tem uma sala do tesouro. Talvez ela esteja guardada lá.

— Faz sentido. Há chances de a chave estar lá.

— Conhecendo os Nachtagenten. Eles farão de tudo para pegar essa chave. Temos que nos preparar.

Após a conversa, eles foram para a sala do tesouro do palácio. A sala ficava no subsolo, em um corredor escuro iluminado por lanternas nas paredes de arenito. A porta era de madeira e, no centro, havia um selo verde com uma figura triangular. Akila desfez o selo e abriu a sala. Ao entrarem eles encontraram o tesouro. Havia vários quadros e báus. A Chave estava bem visível, sobre um pilar de arenito, dentro de uma caixa de cristal. A Chave Janub era verde como uma esmeralda.

— Parece ser ela. — disse Kamui

— Sim, é ela mesmo. — disse Akila.

— Agora que estamos com ela, o que iremos fazer? — perguntou Tomoe.

— Aqui é o lugar mais seguro para ela ficar. 

— Sim, porém devemos pensar na melhor forma de impedir que eles cheguem até aqui.

— Concordo. Ah, estou morrendo de fome.

— Haha, essa é a minha esfomeada.

— Kamui… eu não sou tão esfomeada.

Após a refeição no corredor do palácio, Kamui e Tomoe se despediram de Akila.

— Boa noite, Akila. 

— Boa noite, Até amanhã.

No dia seguinte, encontraram-se no escritório de Khalil.

— Precisamos elaborar nosso plano. — disse Akila.

— Como faremos isso? — perguntou Tomoe.

— Precisamos que alguém fique protegendo a chave. Penso que você e o Kamui poderiam vigiar a entrada.

— Certo.

— Khalil, você lembra como foi o primeiro ataque? — perguntou Kamui.

— Eles vieram pelo portão sul que é o mais próximo do castelo. Não conseguiram entrar na cidade. Nossas tropas impediram o avanço.

— Estranho, acho que eles agiram mais como uma forma de provocação.

— Sim, também acredito nisso.

Em seguida, Akila continuou comentando sobre o plano.

— Devemos dar mais atenção em todos os portões. Também precisamos aumentar os procedimentos de segurança, verificando cada pessoa que entra ou saí da cidade.

— Certo, irei colocar em prática, princesa.

— Esse é o plano. 

— Acredito que será um sucesso.

— Também penso que vai funcionar. — comentou Tomoe.

Após a reunião, no jardim, sentados em um banco Kamui e Tomoe conversavam:

— O que faremos até a noite chegar? — perguntou Tomoe.

— Não sei. Que tal darmos uma volta pela cidade.

— Hum… boa ideia, vamos fazer isso.

Eles saíram para explorar Madingerd. Passaram pela praça central. Ela era muito menor que a praça de Markaz. Havia uma pequena fonte no centro, com alguns bancos ao redor. Em volta da praça havia várias barracas de mercadores.

— O clima dessa cidade é bem agradável.

— Verdade.

Após o passeio, voltaram para o palácio Kuartz. Já estava escurecendo.

— Ah, vocês voltaram. – disse Akila.

— Nós demos uma volta pela cidade.

— Hum… legal. Está na hora de agir. Vou para o portão sul.

— Certo. Nós iremos para a sala de tesouro.

A noite chegou. E todos estavam preparados.  Akila estava na torre do portão sul junto com alguns soldados. Os outros permaneciam em prontidão em frente ao portão. Das dunas surgiu um grande exército, todos com capas negras. De repente o exército parou de avançar e uma pessoa se aproximou. Era Qiang. Ela baixou o capuz, segurou um cristal carmesim e disse: 

— O prazo terminou. Fui boazinha e dei a oportunidade de vocês entregarem a chave em troca da paz na cidade. Mas vocês me ignoram, então eu terei que pegar essa chave pela força. Além disso, esta cidade já não pertece mais a vocês. Agora ela será nossa!

A voz de Qiang ressoava por toda a cidade, graças ao cristal que ela usava. Aquele cristal carmesim era um item criado por alquimia, capaz de replicar a voz do usúario a grandes distâncias. Logo após Qiang terminar de falar, uma grande explosão ocorreu.

— O que foi isso! — perguntou Akila.

— Parece que veio do portão norte.

— Cadê a Qiang?

Qiang havia desaparecido. O exercíto avançou com tudo rumo ao portão sul. O mesmo acontecia nos outros portões: pelotões menores tentavam entrar na cidade. Aquela explosão havia acontecido no portão norte, que foi destruído. Por lá havia uma batalha intensa entre os soldados da Madingerd e os dos Nachtagenten. Os soldados Nachtagenten não eram humanos, eram novamente aqueles mesmos estranhos  guerreiros de Vaha, pálidos e sem face.

— Ah! o que foi isso? 

Após ouvir o estrondo, Kamui procurava descobrir sua causa. De repente, um portal se abriu e Qiang surgiu segurando sua Lança.

— Boa noite. Vou ser boazinha: se vocês me derem a chave Janub, pouparei as suas vidas.

— Agradeço a oferta, mas terei que recusar. — respondeu Kamui.

Qiang veio como um raio em direção a Kamui. Ele bloqueou o ataque com sua espada. Rapidamente, Tomoe desferiu um golpe com sua foice em chamas sobre Qiang, que desviou e recuou. Kamui aplicou eletricidade em sua espada e aproximou-se de Qiang utilizando um totem. Em seguida, ele utilizou a magia Bomba Elétrica. Qiang foi atingida, mas sofreu apenas alguns leves ferimentos em seu braço. Tomoe realizou vários ataques consecutivos. Qiang esquivava e bloqueava todos. Kamui lançou uma bola elétrica contra Qiang, enquanto Tomoe lançou várias bolas de fogo. Entretanto, Qiang conseguiu escapar de ambos. 

No portão sul, uma batalha intensa ocorria contra o grande exército dos Nachtagenten. Akila conversava com um general do alto da torre do portão. Um soldado chegou trazendo nóticias sobre a situação nos outros portões.

— Senhor, o portão norte caiu. Os inimigos adentram o setor norte da cidade. Eles cercaram a cidade. Os pelotões dos portões oeste e leste estão tentando impedir o avanço.

— Obrigado pelas informações.

— Temos que ficar atentos, porque esses soldados não são humanos. Em Vaha lutei contra eles. Em um momento eles se fundiram e se tornaram um gigante de seis braços. Temos que matá-los antes que se tornem algo do tipo.

— Que criatura mais estranha.

— Sim. Vou descer e, com a Khopersh, conseguirei derrotar vários deles.

— Certo, tenha cuidado, princesa.

Enquanto isso, no pálacio, a luta com Qiang continuava. Por causa do local. Esquivar era uma tarefa difícil tanto para ela quanto para eles. Kamui já havia sofrido um ferimento no braço. Tomoe estava sem um arranhão. Qiang já havia levado vários cortes, porém nenhum muito grave.

— Ah… Estou cansada de vocês. Vou dar à vocês uma última chance. Saiam daqui e deixem eu pegar a chave.

— Você se acha no direito de nos dar ordens? Nós não vamos permitir que você toque na Janub. Seu único destino é a morte. — disse Tomoe.

Qiang foi tomada pela fúria, riu de forma debochada e respondeu:

— Você não se acha confiante demais? Se é assim, eu vou matar vocês e pegar essa chave.

Qiang avançou como um raio contra Kamui. Ele bloqueou o ataque com a sua espada. Tomoe aproveitou para golpear Qiang com sua foice em chamas. Qiang recuou e lançou uma bomba de fumaça. O corredor estreito ficou tomado por uma fumaça negra.

— Ah! Não consigo ver nada. — disse Kamui.

— Eu também. 

Quando a fumaça baixou, eles encontraram a porta da sala aberta. Ao entrarem, viram o pilar que sustentava a caixa que protegia a chave Junub. Sem nada em cima.

— Droga!

— É, ela conseguiu. 

Após saírem do castelo, deparam-se com o caos que tomava a cidade. De lá era possível ver as chamas dos incêndios.

— O que está acontecendo? Parece que o fogo vem do centro. Temos que correr.

— Sim.

Enquanto isso, no portão sul, Akila e os outros soldados de Madingerd mataram todos os inimigos. Com isso, o portão sul agora estava seguro. 

— Pronto, finalmente conseguimos acabar com eles.

— Ei, princesa, o que é aquilo? — disse o soldado apontando para a cidade.

Além das muralhas era possível ver uma criatura pálida gigante, com quatro braços. A criatura horrenda media quinze metros de altura. 

— Droga, pelo jeito alguns deles se fundiram. Dessa vez se tornaram um monstro maior que o de Anka. Vamos, temos que parar esse monstro.

  Os soldados responderam em uníssono e partiram rumo ao local onde a criatura estava.

Kamui e Tomoe chegaram à praça central. Ao chegarem, viram os soldados estranhos se fundindo e dando origem à criatura bizzara.

— Dessa vez eles se tornaram um monstro maior que o de Vaha.

— Sim, temos que impedir essa coisa rápido.

— Vamos acabar com ela.

Rapidamente sacaram suas armas e tentaram derrotar a criatura. Kamui aplicou eletricidade em sua espada e lançou a mágia Tempestade, seguida do Respiro da Kitsune. Tomoe lançou inúmeras bolas de fogo contra o monstro. O ataque foi eficaz e revelou o núcleo da criatura. Kamui agiu como na luta contra a criatura de Vaha. Ele utilizou um totem para se aproximar do núcleo e atacou rapidamente para quebrá-lo. Porém, antes mesmo de tocar no núcleo o peito da criatura se fechou. 

— Droga, pelo jeito ela se regenera mais rápido.

Após isso, Akila chegou trazendo o pelotão do portão sul. Naquele momento, todos os pelotões estavam reunidos na praça central. 

— Ah! Kamui e Evelyn. 

— Akila, você chegou no melhor momento. — disse Kamui.

— Esse monstro regenera muito rápido, tornando impóssivel acertar o núcleo.

— Hum… posso tentar imobilizá-lo com areia. Você pode lançar várias bolas de fogo sem parar. Isso talvez faça com que ele não se regenere tão rapidamente, e então o Kamui poderá quebrar o núcleo.

— Talvez isso funcione.

Eles seguiram o plano de Akila. Tomoe lançou várias bolas de fogo contra o monstro. Com isso, o núcleo foi exposto. Kamui se teletransportou e acertou o núcleo, quebrando-o. Porém, em vez da grande criatura morrer, ela se dividiu em duas, porém menores.

— Que legal! Agora ela se dividiu em duas.

— Vamos lá, talvez agora seja mais simples. Eu vou lutar com um e você com o outro. — disse Tomoe.

— Ok.

Kamui aplicou eletricidade à espada e lançou as magias Tempesdade e Respiro da Kitsune. Com isso, o núcleo foi exposto e ele rapidamente o destruiu. Tomoe lançou várias bolas de fogo para forçar a criatura a revelar seu núcleo. Quando foi revelado, ela desferiu um golpe forte com a sua foice em chamas, quebrando o núcleo. Com isso, finalmente a batalha terminou.

— Pronto! Agora a cidade está segura.

— Viva! — comemoraram todos os soldados..

Eles retornaram para o palácio Kuartz. No escritório de Khalil, conversavam sobre os acontecimentos da noite.

— Ah, finalmente resolvemos tudo. Mas, infelizmente, perdemos a chave Janub. — disse Akila.

— Obrigado. Se não fossem vocês estaríamos condenados.

— Fizemos o que era preciso. Ainda estou um pouco frustrado por não ter conseguido parar a Qiang.

— Eu também. Estávamos quase a derrotando quando ela usou aquela  bomba de fumaça e fugiu com a chave.

— Bem, temos que descansar agora. Nossa luta com eles ainda não acabou. Temos que encontrar a localização das duas últimas chaves.

— Verdade, não seria nada legal os Nachtagenten quebrarem o selo da HanKum.

No dia seguinte, eles se preparavam para voltar para Markaz. 

— Mais uma vez, muito obrigado por salvarem a cidade. Tenham uma boa viagem.

Todos agradeceram a Khalil, e partiram de volta. Eles chegaram ao escurecer. Na entrada do palácio RamlKum, Ayat abriu a porta da carruagem e disse:

— Bem-vinda de volta princesa.

— Obrigada.

— Ah… Chegamos. — disse Tomoe.

Seth chegou para cumprimentá-los.

— Boa tarde, filha. 

— Boa tarde. Tenho muitas coisas para te contar.

— Hum… pela sua cara vejo que os Nachtagenten conseguiram pegar mais uma chave.

— Exatamente…

No jantar, Akila contou tudo que aconteceu em Madingerd.

— Foi bem difícil. Eles atacaram de todos os lados. Novamente com aquele exército formado por aqueles monstros pálidos. Dois pelotões se fundiram, gerando uma criatura maior e mais forte que a de Vaha. Mas nós conseguimos derrotá-la antes que o pior acontecesse. No fim, Qiang fugiu levando a chave Janub.

— Nossa. O pior é que agora são duas cidades que estão em uma situação vulnerável. Vou fazer o possível para proteger Madingerd.

— Sim, o pior é isso. Ah, Ayat, você fez a pesquisa que pedi?

— Sim, os relatórios estão na sua mesa.

— Obrigada.

Após o jantar, em um dos corredores do palácio, Kamui, Tomoe e Akila conversavam.

— Amanhã conversamos mais. — disse Akila.

— Sim. Agora que temos as localizações das chaves nosso trabalho ficará um pouco mais fácil.

— Boa noite.

— Boa noite, Kamui e Evelyn. Tenham uma noite agradável de sono.

No dia seguinte, encontraram-se com Akila na sala de reuniões do palácio.

— Bom dia. — disseram Kamui e Tomoe.

— Bom dia. Vamos começar nossa reunião. De acordo com o relatório que a Ayat forneceu, as últimas chaves restantes são a Sharq e Algarb. A chave Sharq fica em Serap, e a Algarb em Liman.  A Sharq está em uma dungeon próxima a cidade. Já a Algarb fica numa ilha próxima a cidade de Liman.

— Hum… Acho que deveríamos ir primeiro a Serap. Estou com pressentimento que a Nefertari pode ter ido para lá.

— Concordo com o Kamui. — disse Tomoe.

— Podemos fazer isso. Mas, agora que temos um pouco de tempo livre. O que acha de duelar comigo?

— Tudo bem, mas é melhor ir se preparando para sua derrota.

— Como sempre, muito confiante. Dessa vez tenho certeza que irei vencer. 

Foram à sala de treinamento do palácio. Akila guardou os bonecos de madeira para liberar espaço.

— Pronto! Ah, lembre-se. Não podemos usar nossos trunfos, não seria nada legal destruir essa sala.

— Ok.

— Está pronto?

— Sim.

O duelo começou. Ambos sacaram suas armas ao mesmo tempo. Quem começou atacando foi Akila. Kamui bloqueou o ataque e contra-atacou com  eletricidade aplicada à lâmina de sua katana. Akila esquivou e recuou. Kamui utilizou um totem para se aproximar e usou a magia Bola Elétrica. Akila se defendeu criando uma parede de areia e, em seguida, com a espada, ela lançou vários jatos de areia contra Kamui. Ele conseguiu desviar de todos. Eles ficaram trocando golpes por um tempo. Depois, de repente, Kamui sumiu da visão de Akila e apareceu atrás dela. Ele realizou um golpe que lançou a Khopesh para longe.

— É, mais uma vez eu perdi. 

— Foi divertido lutar com você.

— Você me pegou de surpresa. Preciso melhorar meus reflexos.

— Você também lutou bem, teve vezes que eu quase não consegui esquivar ou bloquear seus golpes.

— É sempre bem divertido acompanhar a luta de vocês. Aquela vez do torneio, a melhor luta do dia foi a vocês.

— Na minha opinião, a luta final de você e o Kamui foi a mais incrível.

— Naquele dia eu me esforcei muito, mas não teve jeito o Kamui acabou vencendo.

— Aquela luta foi muito divertida. — disse Kamui.

— Ah, estou morrendo de fome.

— Eu, também, o que acha de irmos na taberna  Zahrgece?

— É uma boa ideia. — disse Tomoe.

— Eu também, vou.

— E eu também. — disse Raiden.

— Boa tarde, Raiden. — disse Akila.

— Boa tarde. Akila.

— Então, vamos.

Ao chegarem na taverna eles sentaram em uma mesa próxima a entrada. 

— Boa tarde. O que irão pedir? 

— Eu vou querer um suco de uva.

— Eu vou querer uma cerveja de Blumendorf.

— Eu vou querer um saquê.

— Eu vou querer uma cerveja.

— Certo, já volto com os pedidos.

Após Alya sair. Raiden disse:

— Então nós vamos para Algarb?

— É o que estamos planejando. — disse Kamui.

— Tomara que dessa vez consigamos deter a Nefertari. Não aguento ver aquela maldita fugindo. Dá ultima vez eu quase a acertei.

Depois, Alya voltou, colocou os pedidos sobre a mesa e disse:

— Aqui estão os pedidos de vocês. 

Todos agradeceram Alya, e curtiram suas bebidas. 

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