Volume 1 – Arco 1
Capítulo 2: Ordem Dos Cavaleiros
A luz do nascer do sol entrava pela janela e iluminava o quarto. Estava começando mais um dia. Kamui acordou e foi despertar Tomoe, que ainda dormia. Após tocar no ombro dela, ele disse:
— Ei! Tomoe, acorda, já é de manhã.
— Ah…Ok… — disse ela, lançando um grande bocejo.
— Ah! Que ressaca, maldita...
— Eu falei para você não beber muito.
— E quem disse que eu sou obrigada a te obedecer?
— Eu não estava te dando uma ordem, era só um conselho... Você não seguiu. Agora sofra as consequências.
— Você é muito insensível...
— Olha quem fala!
— Vamos tomar café. Está chato conversar com você.
Depois de terminarem a primeira refeição do dia, eles despediram-se de Egon e foram para a sede da Ordem dos Cavaleiros para se encontrar com a princesa Suyane. A sede ficava na região central da cidade, próxima à praça central onde se situava a maioria dos prédios públicos. O edifício possuía dois andares, uma escadaria frontal e, em seu topo, o brasão da família real de Blumendorf. A imponente construção destacava-se entre os demais prédios. Após entrarem no prédio, encontraram Axel. Dessa vez, ele não usava armadura. Estava trajando um uniforme militar vermelho com contornos dourados, calça preta e botas de couro. Depois de cumprimentar Kamui e Tomoe, Axel disse:
— A princesa Suyane está no escritório esperando por vocês. Eu levo vocês até lá.
Axel os levou até o escritório. O cômodo contava com uma grande mesa e, nas paredes, duas imponentes estantes repletas de livros. Perto da mesa, havia duas pequenas cadeiras de madeira e um tapete de pele de urso. Suyane estava em frente à mesa. Ela tinha longos cabelos loiros e olhos azuis. Além disso, vestia um uniforme militar semelhante ao de Axel, com a única diferença de que ela usava uma saia junto de botas pretas.
— Ah, vocês chegaram... Prazer, meu nome é Suyane Hofmann. Eu sou a princesa do reino de Blumendorf. Quero parabenizar vocês pelo feito de ontem.
Kamui e Tomoe agradeceram o gesto da princesa com uma reverência. Curioso, Kamui perguntou sobre o ataque da noite passada:
— Você sabe por que aquele exército de goblins tentou atacar a cidade?
— Sim, aqueles goblins estavam enfeitiçados.
— Enfeitiçados?
— Exato, temos suspeita de que os responsáveis pelo ataque de ontem foram os Nachtagenten.
— Quem são os Nachtagenten?
— Os Nachtagenten são um grupo de rebeldes que planejam dominar o mundo. Foi justamente por isso que eu chamei vocês aqui. Tenho uma missão para vocês. Quero que vocês vão à vila Grüner Wald e investiguem uma dungeon. Há suspeitas de que os Nachtagenten estejam usando essa dungeon para fazer experimentos com alguns monstros. Tudo indica que o exército de Goblins veio de lá.
— Certo, acho que conseguimos fazer isso.
— Ótimo. Conto com vocês. Amanhã, o Axel passará mais algumas informações sobre a missão. Vocês poderão encontrá-lo no portão principal da cidade.
Kamui e Tomoe se despediram de Suyane e saíram da sede da Ordem dos Cavaleiros. Depois, Tomoe perguntou a Kamui:
— Então, Kamui, o que vamos fazer agora?
— Que tal dar uma volta para conhecer a cidade? Desde que chegamos aqui, não tivemos tempo para isso.
— Verdade! É uma boa ideia. Eu conheço um pouco de Blumendorf, mas não tudo. Deve ter várias coisas legais aqui. Ah… estou morrendo de fome.
— Então vamos procurar um lugar para comer primeiro.
— Acho que deve ter algum restaurante perto daqui.
Eles saíram à procura de um restaurante. Depois de um tempo, encontram um. O restaurante ficava próximo à praça central. Possuía várias mesas do lado de fora e um balcão na fachada do prédio. Acima do balcão, havia uma placa com o nome de Widschweinjäger. Ao chegarem, encontraram a garçonete. Ela tinha cabelos pretos e longos, pele clara e olhos pretos. Vestia uma roupa semelhante à de uma empregada.
— Sejam bem-vindos ao restaurante Widschweinjäger! Meu nome é Katharina. Em que posso ajudá-los?
— Poderia nos mostrar o cardápio?
— Claro! Aqui está!
— Obrigado!
O cardápio possuía diversos pratos, variando desde peixes até carne de javali, que era a especialidade do restaurante.
— Tomoe, o que você acha deste prato? — perguntou Kamui, enquanto apontava para o item no cardápio.
— Hum... esta costela de javali parece ser deliciosa.
— A costela de javali é um dos nossos melhores pratos e também é o preferido da maioria dos clientes.
— Pode ser este, então. — concluiu Tomoe.
Após efetuarem o pedido, Katharina dirigiu-se à cozinha para prepará-lo. Depois de alguns minutos, o prato ficou pronto. A costela parecia irresistivelmente apetitosa e o molho que a cobria fazia parecer que estava brilhando.
— Pronto! Aqui está o pedido de vocês. Bom apetite!
Eles agradeceram e, em seguida, apreciaram o prato. Ao terminarem de comer, Kamui comentou:
— Esta costela estava ótima.
— Sim, acho que teremos que voltar aqui mais vezes.
Depois disso, Kamui dirigiu-se ao balcão para realizar o pagamento.
— Quanto que ficou?
— A costela ficou por cinco moedas de ouro.
— Nossa! Que caro! Mas valeu a pena.
Kamui colocou as moedas sobre o balcão. Após isso, Katharina disse:
— Obrigada, voltem sempre.
Após se despedirem de Katharina, eles foram para a praça central e se sentaram em um banco. Em seguida, Tomoe perguntou:
— Então, para onde vamos agora?
— Hum... tem uma loja de flores ali perto. Que tal irmos lá?
— Ótima ideia.
Eles foram até a loja de flores. O estabelecimento dispunha de vários vasos de flores, tanto no exterior quanto no interior. Ao entrarem, encontraram a vendedora. Ela era baixa, tinha cabelos castanhos e curtos, usava um lenço vermelho na cabeça e vestia um vestido branco com um avental vermelho.
— Sejam bem-vindos! Meu nome é Alice.
— Com licença, nós viemos ver as flores. — disse Kamui
— Temos várias espécies de flores. Entre elas, está a Centáurea, que é flor nacional de Blumendorf, além de Tulipas, Dália, Zínia e muitas outras.
— Fiquei interessado nessa flor nacional.
— Ah, a Centáurea. É realmente uma linda flor.
— Você poderia mostrar ela pra nós?
— Claro! Ela está aqui. — disse ela apontando para a flor que estava sobre uma bancada de madeira próxima à janela. O vaso era feito de argila e pintado de branco, nele havia duas flores Centáureas, cuja cor era azul como uma safira. A luz do sol fazia com que elas brilhassem.
— Nossa, ela é muito linda! — exclamou Tomoe, exibindo um grande sorriso de empolgação, enquanto seus olhos brilhavam ao admirar a flor.
— Verdade! Esse brilho azul dela é muito lindo. Já escolhemos. Vai ser essa!
— Certo, então, um vaso com Centáureas. O valor é de quinze moedas de ouro.
Kamui entregou o valor. Em seguida, ela entregou o vaso para Kamui e disse:
— Obrigada, voltem sempre!
Após se despedirem do lado de fora da loja, Tomoe conversava com Kamui:
— O sol já está quase se pondo. Eu conheço um lugar que tem a melhor vista do pôr do sol. Que tal nós irmos lá?
— Parece legal, vamos lá.
Tomoe levou Kamui até o local. Chegando lá, encontraram uma imensa árvore de carvalho, situada na ponta de um penhasco. Do local, era possível desfrutar de uma vista privilegiada do o vale, de onde se avistava a cidade de Blumendorf. O vento que agitava as folhas produzia um som intenso, porém agradável e relaxante.
— Chegamos!
— Nossa! Que lugar lindo!
— Aqui é um dos meus lugares favoritos de Blumendorf. Sempre que posso, venho aqui para descansar.
— Aqui é bem relaxante mesmo.
O pôr do sol contribuia para deixar a paisagem ainda mais linda. Sentados próximo à árvore, eles apreciavam a vista atentamente.
— Acho que já está na hora de voltarmos. Quero tomar um bom copo de cerveja.
— Vê se hoje você não fica bêbada, ok?
— Tá...Tá... Eu não vou beber muito.
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