Akai Sakura Brasileira

Autor(a): Matheus Mariano


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 1: O exército de Goblins

No dia seguinte, enquanto saboreavam um chá, Egon perguntou sobre os planos para aquele dia:

— E aí, vão sair para novas aventuras hoje?

— Não sei… Agora, pela manhã, planejamos ir à guilda para pegar a recompensa da missão e, depois, vamos à biblioteca. 

— Hum… Entendo. Vocês estão bem ocupados hoje, hein?

— Verdade, hehe. — Tomoe riu baixinho.

Depois de um café delicioso, eles saíram e foram para a guilda dos aventureiros. Chegando lá, Tomoe comprimentou Mia e Disse:

— É... Viemos pegar recompensa da missão.

— Certo, por favor, me entregue o relatório da missão.

Tomoe pegou o relatório em sua bolsa e o entregou a Mia. Ela o havia escrito na noite passada; nele constava tudo o que haviam encontrado na exploração da dungeon.

— Obrigada. Aqui está a recompensa de vocês.

Mia colocou o saco com dinheiro sobre o balcão. Nele havia quinhentas moedas de ouro e duzentas de prata.

— Desejam pegar uma nova missão?

— Não, não, obrigada. 

Eles se despediram de Mia e partiram para a biblioteca. Após algum tempo, eles chegaram ao local. A biblioteca ficava próximo à praça central de Blumendorf. Era um prédio bem grande, com dois andares. No telhado, havia algumas estátuas de grifos que adornavam o edifício. Ao entrarem, avistaram grandes prateleiras repletas de livros. Próximo à escada, encontrava-se o balcão onde a bibliotecária atendia. Assim que entraram, a bibliotecária os recebeu prontamente:

— Sejam bem-vindos à Biblioteca Real de Blumendorf. — cumprimentou a bibliotecária, cuja aparência era jovem: ela tinha cabelos loiros e curtos, olhos azuis, pele branca; vestia um vestido vermelho, um par de óculos de leitura e uma boina também vermelha. Sorrindo, ela  se apresentou e perguntou:

— Prazer, meu nome é Sofie. Em que posso ajudá-los?

— Eu quero um livro de magia.

— Certo, você deseja algo de caráter geral ou específico?

— Acho… que seria geral.

— Tudo bem, pegarei o livro para você.

Depois de um tempo, Sofie chegou com o livro. Ele tinha uma capa verde com contornos dourados, era bem grande, com aproximadamente mil páginas. Ela entregou o livro nas mãos de Kamui e disse:

— Aqui está! Como você é iniciante, acredito que conseguirá obter ótimas informações lendo esse livro.

— Muito obrigado!

Após isso, Kamui e Tomoe procuraram uma mesa próxima a janela e se sentaram. Kamui colocou o livro sobre a mesa e começou a ler. Após uma hora de leitura, ele havia aprendido o básico sobre magias.

— Terminei!

— Você leu o livro todo? 

— Não li tudo, só a parte sobre magia básica.

— Que ótimo! Então, está na hora de colocar seu aprendizado em prática. Conheço um excelente local para o seu treinamento.

— Legal, estou muito ansioso para testar minhas habilidades.

Após saírem da biblioteca, eles foram ao local que Tomoe havia mencionado. Ficava em um bosque próximo a cidade. Haviam algumas árvores no local e um espaço plano com alguns pequenos arbustos. Também havia alguns troncos, recém retirados por lenhadores locais.

— Chegamos! 

— Realmente, tem muito espaço.

— Então vamos começar o seu treinamento. Primeiramente, quero que você aplique algum elemento em sua espada e tente acertar o tronco de alguma árvore.

— Entendi, vou tentar fazer isso.

Kamui escolheu seu alvo, concentrou-se, aplicou fogo em sua espada e acertou a árvore. O golpe foi fortíssimo: não só cortou o tronco,  como incinerou a árvore, restando apenas as cinzas. 

— Parabéns. É assim que se faz!

— É… acho que estou indo bem.

— Bem, vamos continuar. Tente utilizar algum outro elemento.

Kamui seguiu a ordem de Tomoe. Primeiramente, tentou aplicar gelo, mas não conseguiu. Depois, testou os elementos terra e ar, obtendo o mesmo resultado. Por fim, aplicou água em sua espada e cortou mais uma árvore.

— Você conseguiu. Está indo muito bem.

— Sei não, queria fazer um golpe com gelo, mas não consegui. Até tentei outros elementos e fracassei.

— Hum… eu posso tentar ler sua afinidade elemental. 

Tomoe colocou as mãos sobre a cabeça de Kamui e, em seguida, surgiu uma luz azul.

— Prontinho.

— E aí o que deu? 

— Você não consegue dominar as magias dos elementos gelo, terra e ar. Porém consegue fogo, água e eletricidade.

— Hum… então, eu só consigo utilizar esses elementos.

— De certa forma, sim, mas há humanos que, após muito treino, conseguiram utilizar elementos com os quais não tinham afinidade.

— Hum… Entendi.

— Depois, podemos pesquisar mais sobre a sua espada; ela deve ter magias específicas para ela.

— É uma boa ideia. Estou muito curioso para saber mais sobre essa espada.

— Então para terminar, tente utilizar o elemento elétrico.

Kamui continuou com seu treinamento. Ele aplicou elemento elétrico em sua espada e cortou outra árvore. Dessa vez, ele gastou menos tempo para cortá-la do que as outras tentativas.

— Muito bem, você levou menos tempo para cortar esta árvore. 

— Sim! Acho que isso tem a ver com essa espada.

— Talvez, ela pode ter sido forjada com gemas elementais. Por exemplo, na minha foice foi utilizada uma gema de fogo.

O sol já estava se pondo, mas eles quase nem perceberam, pois ambos estavam se divertindo.

— Nossa, o tempo passou rápido, já está escurecendo.

— Estava tão bom que nem vimos o tempo passar. Ah… Não vejo a hora de tomar uma cerveja.

— Você gosta mesmo de beber.

— Ei! Eu não bebo tanto assim! Pode ficar tranquilo, hoje eu vou beber pouco.

— Quero ver isso...

Ao voltarem para cidade, eles escutaram o barulho do sino badalando várias vezes. Era um alarme. Próximo ao portão, eles encontram um guarda. Ele estava com armadura e, com o elmo fechado, não era possível ver seu rosto. Porém, pelo seu tom de voz, era possível perceber que ele estava bastante preocupado.

— Tem um exército gigante de goblins tentando invadir a cidade. Nossas tropas não estão conseguindo vencê-los. Sei que vocês são aventureiros. Por favor, nos ajudem.

— Ok, nós vamos te ajudar. — disse Kamui tentando demonstrar confiança ao guarda.

Eles foram ao encontro das tropas que lutavam contra os goblins. Ao chegarem ao local, encontraram o grande exército de goblins. Havia vários goblins comuns, todos armados com facas e lanças. Também havia goblins gigantes que destruiam tudo. Alguns arremessavam grandes rochas sobre o pelotão dos guardas. Era uma guerra terrível.

Kamui estava empolgado, mesmo diante daquela situação assustadora; ele não sentia medo, pelo contrário, estava animado e super confiante. Para ele, aquilo era apenas uma mera aventura.

— Vamos acabar com eles!

— Vai ser fácil! São praticamente formigas diante do meu poder.

— Do jeito que vi você derrotando aqueles goblins na dungeon, não duvido nada.

Kamui aplicou magia de fogo em sua espada; Tomoe sacou sua foice e também a incendiou. Eles derrotaram vários goblins com certa facilidade. Kamui cortou diversos goblins, e o poder de sua lâmina flamejante incinerou os inimigos no mesmo instante. Além de acertar os goblins, Tomoe também lançou diversas magias de fogo como, bolas e jatos flamejantes. Em pouco tempo, todo aquele grande exército foi dizimado. 

— Conseguimos! — comemorou Kamui. Seu coração ainda estava bastante acelerado pela da adrenalina da batalha, e ele sentia uma intensa sensação de prazer. Estava feliz por estar mais forte do que antes.

— Sim,  nós conseguimos! Estou surpresa. Você está ficando cada vez mais forte.

— Obrigado, eu também estou muito feliz com o meu resultado. 

Após comemorarem, um homem de cabelos longos e loiros, vestindo armadura prateada que brilhava intensamente mesmo na noite escura e montado em um cavalo branco, aproximou-se de Kamui e Tomoe. Era fácil perceber que se tratava de uma figura importante. O homem desceu do cavalo, apertou a mão de Kamui e disse:

— Muito obrigado, vocês salvaram a cidade. Prazer, meu nome é Axel. Eu sou o general da Ordem dos Cavaleiros. Amanhã quero que vocês compareçam à sede, pois a princesa Suyane deseja conhecê-los.

— Obrigado pelo convite. Pode ter certeza de que iremos lá.

— Eu e a princesa estaremos aguardando. Tenham uma ótima noite.

Após Axel se despedir, Kamui e Tomoe voltaram para a taberna, onde foram recebidos por Egon, que os parabenizava por terem salvado a cidade.

— Bem-vindos de volta, grandes guerreiros! Fiquei sabendo que vocês salvaram a cidade.

— Sim, era um exército gigante de Goblins. A luta foi mais complicada do que a da hydra. — disse Kamui, exibindo um grande sorriso que demostrava sua felicidade e orgulho pela vitória. 

— Podem pedir o que quiserem. Hoje é por conta da casa.

— Então, já pode trazer uma cerveja, para mim.

— É pra já, minha querida Evelyn.

— E você, garoto, o que vai querer?

— Pode ser um suco, mesmo.

Eles curtiram bastante a noite, apreciando as bebidas e o ambiente animado da taberna. Tomoe já havia empilhado várias canecas de cerveja. Logo, o resultado ficou evidente: seu rosto estava vermelho e ela mal conseguia se manter sentada no banco.

— Ah... Você já está bêbada. 

— Eu... Nã... Não... Estou...

— Ai, já caiu no sono...

— Haha! A Evelyn te dá muito trabalho.

— Sim… E olha que, eu sempre falo pra ela não beber demais, mas ela nunca me escuta. É bem teimosa. Bom, vou levar ela para o quarto, boa noite.

Kamui pegou tomoe e a carregou até o quarto. Ela já havia caído em um sono profundo. No quarto, ele a colocou na cama, deitou-se e, antes de dormir, refletiu um pouco sobre o dia:

— Hoje foi demais! Aprendi magia e lutei contra um exército de goblins. Agora preciso aprender o que essa minha espada pode fazer.

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