Volume 1 – Arco 1
Capítulo 3: Grüner Wald
O sol nascia timidamente atrás das montanhas. Já fora da cidade, Kamui e Tomoe se preparavam para a viagem até Grüner Wald. Eles aguardavam no portão principal a chegada de Axel, que lhes daria mais informações sobre a missão.
— Acho que já temos tudo o que precisamos.
— Sim, agora só falta o Axel nos passar as informações.
Pouco tempo depois, Axel chegou. Ele os cumprimentou, e depois disse:
— Vou passar mais algumas informações sobre a missão. Quando chegarem em Grüner Wald, apresentem esta insígnia para os guardas que ficam na entrada da vila.
A insígnia tinha um formato oval, com bordas de ouro, e, em seu interior, trazia o brasão dos Hoffman, que era um águia negra.
— Após vocês apresentarem ela, os guardas conduzirão vocês para conversar com a duquesa Verena.
— Ok, obrigado pelas informações.
— Disponha. Tenham uma boa viagem!
Eles agradeceram a Axel e, em seguida, Tomoe usou a magia de teletransporte para levá-los até a vila. Eles saíram do alto de um penhasco, de onde era possível observar a imponente muralha de pedra que cercava o local. Ao redor da muralha, havia diversos vinhedos, plantações de trigo e cevada. Assim que se aproximaram do portão, um guarda chegou e perguntou:
— Vejo que vocês não são daqui. O que vieram fazer em Grüner Wald?
Kamui mostrou a insígnia para o guarda. Após analisar a peça, o guarda disse:
— Ah! Vocês estão a trabalho dos Hoffman. Pelo visto, querem falar com a duquesa.
— Sim! Nós queremos falar com ela.
— Certo, sigam-me. Levarei vocês até ela.
O guarda os conduziu até a mansão da Duquesa. Ao chegarem, passaram por um grande jardim localizado nos arredores da residência. O jardim possuía cercas vivas e diversos canteiros repletos de flores de variadas cores. A casa, erguida em tijolos de pedra, contava com dois andares. No telhado, destacavam-se vários detalhes ornamentais, como duas águias posicionadas em suas extremidades. Ele também era contornado por ouro, conferindo-lhe um toque majestoso e brilhante. Na entrada, encontrava-se a empregada da mansão. Ela era de estatura baixa, tinha pele branca, cabelos e olhos castanhos e trajava um vestido preto acompanhado de um avental branco. Assim que chegaram, a empregada fez uma reverência e disse:
— Sejam bem-vindos à Mansão Neumann. Do que precisam?
— Prazer. Me chamo Kamui. Gostaria de conversar com a duquesa.
— Vocês querem falar com a senhorita Verena?
— Exatamente.
— Certo, sigam-me. Levarei vocês até ela.
Eles acompanharam a empregada até o escritório e, ao chegarem, encontraram Verena, que estava olhando para a janela. Verena trajava um belo vestido azul, tão imponente quanto o oceano. Seu cabelo era loiro e longo, e seus olhos eram azuis. O escritório exibia uma grande mesa acompanhada por duas cadeiras de madeira com estofado vermelho, e nas paredes estavam dispostas duas estantes repletas de livros. Logo que entraram, Verena os cumprimentou:
— Prazer. Eu sou Verena Neumann, duquesa de Grüner Wald.
Kamui e Tomoe responderam com uma reverência.
— Então, o que vocês precisam?
Após a pergunta, Kamui mostrou a insígnia para Verena.
— Ah! Vocês estão a serviço dos Hoffman.
— Sim! A princesa Suyane pediu pra gente investigar uma Dungeon. Tem uma suspeita que os Nachtagenten estão realizando experimentos com alguns monstros.
— Ah! Entendo. Fiquei sabendo sobre o ataque do exército de goblins em Blumendorf. Parece que dois aventureiros conseguiram aniquilar todo o exército.
— Sim! Fomos nós que matamos aqueles Goblins.
— Ah! Então, meus parabéns. A Suyane comentou mais alguma informação com vocês?
— Sim! Ela pediu para nós te procurar quando nós chegasse em Grüner Wald, para conseguir mais informações sobre os Nachtagenten.
— Certo. Nós já temos a possível localização da Dungeon. Aqui está o mapa.
Verena entregou o mapa para Kamui. Em seguida, ele o examinou e o entregou a Tomoe. O mapa marcava, com um “x” vermelho, a localização da dungeon, que, de acordo com o mapa, ficava em uma floresta próxima à vila.
— Verena, você conhece alguma pousada?
— Conheço sim! Mas tenho uma proposta melhor. Vocês podem ficar aqui. Tenho certeza que a estadia de vocês será melhor do que em uma pousada.
Kamui agradeceu o convite de Verena com um discreto sorriso.
— Anelise!
— Você me chamou, senhora?
— Por favor, arrume o quarto de hóspedes!
— Certo. — Após concordar com a ordem de Verena, Anelise partiu rapidamente.
— Podem ficar à vontade. Eu tenho que resolver algumas coisas. Quando terminar, quero conversar mais com vocês.
— Obrigado.
Após saírem do escritório, eles foram para o jardim descansar um pouco. O sol começava a se pôr e o jardim estava repleto de plantas, de flores a roseiras. Kamui e Tomoe sentaram-se em um banco, debaixo de uma árvore.
— Nossa! Esse jardim é bem relaxante! — comentou Kamui, enquanto se espreguiçava no banco.
— Verdade, tem muitas plantas. O clima da vila também é bem agradável.
— Temos que montar um plano pra amanhã.
— A dungeon não fica muito longe da vila. O problema é que, com certeza, não será nada fácil derrotar os Nachtagenten.
— Faz sentido. Eles não vão deixar que nós atrapalhar os planos deles com tanta facilidade.
Enquanto eles ainda conversavam, Anelise chegou e avisou que o jantar já estava quase sendo servido.
— Com licença... — disse ela, esfregando as mãos com medo de incomodá-los — O jantar já está quase sendo servido. A senhorita Verena está esperando por vocês na sala de jantar. Sigam-me, que eu os levarei vocês até ela.
— Certo, estamos indo.
Eles seguiram Anelise e foram para a sala de jantar. Ao chegarem, encontraram Verena sentada em uma cadeira na cabeceira da mesa. A mesa era enorme e tinha doze cadeiras, todas de madeira maciça com um estofado azul. No centro da mesa, havia castiçais de ouro com velas que iluminavam o ambiente. Além disso, havia muita comida, desde frutas até vários tipos de carne.
— Ah! Vocês chegaram! Estão gostando da estadia na mansão?
— Sim! Gostei muito do jardim. — respondeu Kamui, num tom alegre e exibindo um grande sorriso.
— O jardim também é o meu local favorito. Sempre que tenho uma pausa, dou uma volta nele.
— Podem-se servir, fiquem à vontade.
Kamui e Tomoe agradeceram e serviram seus pratos.
— Hum... O jantar está delicioso. — elogiou Kamui enquanto limpava sua boca com o guardanapo de tecido.
— Que bom que você gostou, senhor Kamui. — agradeceu Anelise. Logo em seguida, após dar um gole na taça de vinho, Verena disse:
— Ah, tenho uma coisa para falar com vocês.
— O que é?
— Tenho mais algumas informações sobre a dungeon dos Nachtagenten.
— Interessante! Conte mais. — disse Tomoe, demonstrando grande curiosidade sobre o assunto.
— Antes de eles ocuparem a dungeon, vários aventureiros já a haviam explorado. Uma vez, um aventureiro encontrou um objeto estranho no local. Era um cristal de cor ametista. Um amigo desse aventureiro tocou no cristal e, após isso, passou a agir de forma muito agressiva. Ele atacou o aventureiro, mas, por sorte, ele conseguiu desviar do golpe. De repente, o amigo dele simplesmente foi engolido pelo cristal.
— Isso é um relato bem estranho. — comentou Kamui, surpreso.
— Pelo visto, os Nachtagenten devem estar utilizando este cristal para enfeitiçar os monstros.
— Pode ser uma hipótese plausível.
Após terminarem a conversa, eles se despediram de Verena, e Anelise os conduziu até o quarto de hóspedes. Ao chegar, encontraram uma grande cama de casal. Ao lado dela, tinha dois criados e um guarda-roupa, e, junto à janela, uma escrivaninha.
— Tenham uma boa noite de sono! — disse Anelise, fazendo uma reverência.
— Ei! Espere! Ah, ela já foi! É… então, vamos ter que dormir nesta cama mesmo.
— Não faça nada de estranho. Eu estou de olho.
— Por quê? Você acha que eu vou fazer algo?
— Não... nada... disso... — disse Tomoe, com o rosto todo avermelhado.
— Olha! Você está com vergonha!
— Ei! Pare! Vamos dormir. Boa noite!
— Boa noite, Tomoe.
No dia seguinte, após acordarem, Kamui e Tomoe foram para a sala de jantar para tomar café. Ao chegarem lá, encontraram com Verena.
— Bom dia! Tiveram uma boa noite de sono?
— Bom dia, senhorita Verena, tivemos sim!
— Que bom.
Todos desfrutaram de uma ótima refeição. Depois de se alimentarem, Kamui e Tomoe se despediram e saíram em busca da dungeon dos Nachtagenten.
— Parece que é por aqui... — disse Tomoe, enquanto verificava o mapa.
— É, sim. Ela está ali, na frente, ao lado daquelas duas árvores.
A fachada da dungeon era feita de grandes pedras. Algumas dessas pedras estavam cobertas de musgo, enquanto outras por trepadeiras. Eles entraram na dungeon. Depois de descerem diversas escadas, eles chegaram ao primeiro andar da dungeon.
— A porta da primeira sala está fechada. Estranho…
— Olha, Tomoe. Tem um dispositivo aqui. Acho que ele serve para desbloquear a porta.
— Não custa tentar.
O dispositivo possuía três alavancas. Ao observá-lo, Tomoe chegou a uma conclusão.
— Pelo jeito, nós temos que ativar todas as alavancas ao mesmo tempo. Certo, eu aperto estas duas e você aperta aquela.
— Ok!
Após eles ativarem as alavancas, a porta se abriu. Ao se aproximarem, encontram dois grandes golems de pedra. Os golems são criaturas artificiais construídas por meio de processos mágicos, podendo ser feitos de diversos materiais, como pedras ou blocos de metal.
— São golems!
— Sim, eles são de pedra e seu elemento é natureza. Logo, ataques que utilizam elementos como água ou natureza não serão eficazes.
— Hum, entendi.
— Os olhos e o núcleo deles estão roxos. Estranho… Normalmente, os golems tem estas partes em azul, vermelho ou verde.
— O núcleo é ponto vital dele? Se acertarmos o núcleo, ele morre?
— Sim, e se você acertar uma parte que não seja o núcleo, ela se regenerará.
— Aô, bichinho difícil de matar, hein? hehe!
— Nada. Eles são como insetos. São fáceis de matar.
— Para uma lorde demônio pode ser fácil, mas agora para um mero humano não parece ser algo simples.
— Pode ficar tranquilo, eu te ajudo.
— Só não mata os dois. Quero me divertir um pouco.
— Certo, vou deixar um para você. Disse Tomoe.
Ambos sacaram suas armas e foram atacar os golems. Enquanto os golems desferiam vários socos, tanto Kamui quanto Tomoe desviavam dos ataques com facilidade. De repente, os golens ficaram numa posição que facilitava o ataque a seus núcleos. Então, Kamui, com sua espada, e Tomoe, com sua foice, destruíram o núcleo dos dois golems.
— Foi difícil, mas conseguimos! Ei Tomoe! Os Golens estão ressuscitando!
— Como assim?
Outro núcleo apareceu e os pedaços dos golems começaram a se unir. Após alguns segundos, os dois golems voltaram à vida.
— Sinceramente eu já estou perdendo a paciência com esses golems.
— Eu também!
Eles se reposicionaram e seguiram para a batalha final. Depois de um tempo, Kamui e Tomoe finalmente conseguiram derrotar os golems.
— Ah! acho que agora, finalmente, conseguimos matar eles.
— Sim! Agora tenho certeza que conseguimos.
Depois de derrotá-los, uma porta se abriu, revelando uma escada que levava para o próximo andar da dungeon. Ao chegarem ao segundo andar, encontraram dois soldados Nachtagenten. Os soldados usavam capas pretas com alguns detalhes em dourado. Um empunhava uma espada e o outro portava duas pequenas facas.
— Olha! Intrusos!
— Como será que eles conseguiram entrar aqui? Deixe para lá. Vamos detê-los.
Começou a luta. O primeiro soldado aplicou fogo em sua espada e avançou contra Kamui, enquanto o segundo correu na direção da Tomoe para realizar seu ataque. Kamui aplicou água em sua espada, elemento muito eficaz contra fogo, e conseguiu defender o ataque inimigo. Em seguida, atacou o soldado com sua espada e feriu o seu braço.
— Ah... — gritou o soldado, após ter seu braço cortado.
Enquanto isso, outro soldado lutava com Tomoe. Ela deu um salto e partiu ao meio o soldado. Ao parti-lo, o corpo do soldado simplesmente desapareceu.
— Pronto! Kamui, você precisa de ajuda?
— Não, eu estou quase matando ele.
— Você é muito abusado, garoto. Quem está prestes a morrer é você.
O soldado recuou e carregou mana para lançar seu ataque supremo.
— Montanha de fogo!!!
De repente, um grande espinho de magma começou a cair em direção a Kamui.
— Kamui! Cuidado! — gritou Tomoe, preocupada com o ataque desferido pelo soldado Nachtagenten.
O espinho atingiu Kamui em cheio. De repente, um escudo roxo surgiu ao redor dele, a espada de Kamui brilhou. De alguma forma, sua espada o protegeu. Depois que o ataque do soldado fracassou, Kamui aplicou fogo em sua espada, correu em sua direção e o derrotou.
— Consegui!
— Parabéns. Mas tome mais cuidado da próxima vez.
— Tá bom. Só não entendi como minha espada criou aquele escudo. Se não fosse aquilo, talvez eu estivesse morto agora.
— Ela realmente te protegeu. Não sei bem explicar como isso aconteceu.
— Hum, entendi. Então, vamos para o próximo andar. Acho que estamos perto de onde eles fazem os experimentos.
Eles foram para o terceiro andar da dungeon. Chegando lá, eles encontraram uma grande sala com grandes pilares nas laterais e, ao centro, um grande poço. Ao adentrarem mais a sala, ouviram um grito:
— Intrusos!
Logo, uma mulher alta, de cabelos pretos e olhos violeta, vestindo uma capa preta com detalhes dourados e empunhando duas facas Kukri, apareceu. Sua presença era marcante.
— Ah! Então vocês vieram nos visitar. — disse a mulher, exibindo um sorriso irônico. — Deixe-me apresentar! Eu sou Heidi, discípula dos Nachtagenten. Bem, agora curtam seus últimos momentos de vida.
Após terminar de falar, Heidi correu em direção a Tomoe. Sua velocidade era tanta que era praticamente impossível acompanhá-la. Apenas vultos se distinguiam. Tomoe desviou com facilidade do ataque. Enquanto isso, do outro lado, um soldado lutava com Kamui. O soldado errou um golpe, deixando-o indefeso e criando uma grande oportunidade para Kamui. Aproveitando a chance, Kamui derrotou o soldado e foi ajudar Tomoe na luta contra Heidi.
— Cheguei para ajudar.
— Preste atenção. Os ataques dela são rápidos.
— Ok!
Heidi se afastou, cruzou suas facas e gritou:
— Corrente elétrica.
Após isso, as facas dela passaram a emitir uma luz roxa e um som de alta voltagem. Heidi avançou em direção a eles. Tomoe empunhou sua foice e preparou-se para defender o ataque. No instante em que ela se aproximou, Tomoe atacou Heidi, provocando uma grande explosão. Heidi recuou e tocou em seu braço, que havia sido ferido com a explosão.
— Até que vocês são fortinhos. — disse ela com um sorriso irônico. Depois disto, Heidi assobiou e, do grande poço, surgiu um dragão de cor ametista. Heidi pulou no dragão e fugiu da dungeon.
— Droga! Ela fugiu! — exclamou Tomoe, irritada com a fuga de Heidi.
— Sim… Então, o que vamos fazer agora?
— Ela deve estar indo atacar a vila. Temos que voltar para lá o mais rápido possível.
Kamui e Tomoe se teleportaram para a vila. Ao chegarem, os sinos já tocavam; ou seja, a vila estava sendo atacada. Nesse instante, um guarda se aproximou e disse:
— Vocês são os aventureiros de Blumendorf?
— Sim.
— Então, corram para a torre leste. É lá que a batalha está ocorrendo.
Kamui e Tomoe agradeceram o recado do guarda e correram para a torre leste. Chegando lá, eles viram Heidi lutando com alguns soldados, dos quais vários já haviam sido mortos por ela. No céu, o dragão, com as suas chamas, queimava as casas da vila.
— Cuide da Heidi, Eu vou deter aquele dragão.
— Ok!
Kamui correu para o campo de batalha. A luta era intensa, e o grupo grande soldados não conseguia acertar um golpe sequer em Heidi. Ela estava sobre uma pilha de cadáveres, e seu rosto estava todo sujo de sangue. Kamui sentiu medo; suas pernas ficaram rígidas e seu coração batia aceleradamente. Porém, isso não foi o suficiente para ele desistisse.
— Ah, então você chegou. Onde está a sua amiga? Bem, deixe para lá. É bom que você tenha se despedido dela, pois você não a verá novamente. — disse Heidi, debochando enquanto dava uma risada maléfica.
— Não me subestime.
Kamui sacou sua espada e a envolveu em chamas. Heidi, empunhando suas facas Kukri, correu em direção a Kamui para efetuar o seu ataque. Kamui defendeu o ataque e, ao mesmo tempo, realizou um contra-ataque. Com isso, o braço direito de Heidi foi ferido.
— Pelo visto, terei que usar o meu ataque especial. Você é até fortinho, garoto.
Heidi assobiou, e o dragão apareceu atrás dela. Tomoe chegou para ajudar Kamui a deter Heidi.
— Acho que juntos poderemos derrotá-la.
— Sim!
Nesse instante, Heidi gritou;
— Tempestade de chamas!
O dragão se afastou e lançou várias bolas de fogo gigantes, incendiando todo o local ao redor deles. Tomoe criou um escudo de magma que os protegeu do ataque.
— Agora que você terminou o seu showzinho, é a minha vez de atacar.
Tomoe deu um salto e, com sua foice, decepou a cabeça do dragão. Quando o corpo e a cabeça do dragão caíram ao chão, formou-se uma grande cratera.
— Pronto! Seu bichinho de estimação foi derrotado. O que você vai fazer agora? – disse Tomoe, com uma risada debochada.
— É você conseguiu matá-lo… Bem, foi legal lutar com vocês. Tchauzinho!
Após isso, Heidi entrou em um portal e desapareceu.
— Droga! Ela fugiu, de novo.
— Pelo menos conseguimos cumprir nossa missão e ainda salvamos a vila.
— É verdade, pelo menos isso. Mas ainda estou um pouco decepcionada. Estávamos quase pegando ela.
Enquanto os dois conversavam, um guarda se aproximou para agradecer a Kamui e Tomoe por terem salvado a vila:
— Obrigado, se não fossem vocês, nossa vila estaria destruída.
— Nada. Este é o nosso trabalho. — respondeu Kamui, exibindo um sorriso humilde.
Eles voltaram para a mansão dos Neumann. Ao chegarem lá, encontraram Anelise na fachada.
— Ah! Vocês voltaram.
— Sim, foi difícil derrotar aquele dragão.
— Graças a vocês, a nossa vila foi salva. A senhorita Verena está esperando por vocês no escritório dela.
— Ok, obrigado.
Kamui e Tomoe foram para o escritório de Verena. Ela estava observando o jardim pela janela quando eles entraram na sala. Após perceber a presença deles, ela disse:
— Soube que vocês salvaram a vila. Parabéns!
— Obrigado, mas, infelizmente, deixamos a Heidi escapar.
— A Heidi?
— Sim, ela estava na dungeon. Nós estávamos lutando com ela até que ela chamou aquele dragão e foi atacar a vila. Depois, voltamos para vila para tentar detê-la. Porém, só conseguimos derrotar o dragão.
— Hum… Estranho uma integrante dos Nachtagenten de alto escalão esteja numa vila pacata como esta.
— Pelo visto, estes Nachtagenten estão em todo lugar.
— Haha! Você tem razão, Kamui.
— Ah! Quando nós estávamos no primeiro andar da dungeon, havia dois golems de pedra. Os olhos deles eram roxos. A Evelyn disse que eles estavam assim por causa do cristal. Aquele dragão também parece ter sofrido o mesmo efeito.
— Pelos sintomas que você descreveu, há grandes chances de você esteja certo. Vocês encontraram o cristal?
— Infelizmente não. Aquela maldita da Heidi atrapalhou a nossa exploração.
— Entendo. Acredito que vocês conseguiram obter informações suficientes.
— É… acho que sim.
De repente, todos ouviram um som de um toque na porta. Em seguida, a porta do escritório se abriu. Era Anelise, que veio avisar que o jantar já estava sendo servido.
— Com licença… O jantar já está na mesa.
— Então, vamos. Estou morta de fome.
— Haha! Você está com fome toda hora.
No momento que Kamui disse isso, Verena riu baixinho.
— Ei! Do que você está rindo? — disse Tomoe, incomodada com a risada de Verena.
— Vocês dariam um ótimo casal.
— Eu? Casar com este verme? Nem morta.
— Haha!
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