A Voz das Estrelas Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 3 – Parte 3

Capítulo 80: Fardo

Norman saiu de casa e foi atrás de Helen.

Ciente de que não conseguiria a alcançar tão fácil após ela ter sumido de sua vista, resolveu arriscar um local que poderia pensar em encontrá-la durante aqueles momentos.

Um pouco ofegante por conta da corrida, passou diversos quarteirões até chegar no pequeno parque do bairro.

Levou segundos até se estabelecer na zona verde, mirando todos os cantos em busca da garota. Se ela não estivesse ali, a situação ficaria muito complicada, portanto, a ansiedade o atiçou ao ponto de acelerar seus batimentos.

Avançou a trilha asfaltada entre diversos brinquedos e algumas árvores aglomeradas.

Para seu alívio instantâneo, encontrou-a encostada na base do tronco de uma delas, as pernas dobradas abraçadas e rentes ao torso. Agora vinha o momento de tomar coragem.

Respirou fundo e avançou a passos curtos, cautelosos o suficiente para evitar ruídos desnecessários.

Chegou perto o bastante em prol de enxergar a lateral de sua face, virada a partir da orientação que seguia...

— Helen... — Lhe chamou baixinho, mas nenhuma resposta veio.

Dito isso, tomou o partido de sentar-se ao lado dela.

— Não vire para cá...

Diante do pedido inusitado, o rapaz seguiu a orientação e encarou os brinquedos a alguns metros, por onde já tinha passado.

Queria muito virar a atenção até a amiga, mas se esforçou ao máximo para a obedecer.

Qualquer deslize poderia ser fatal.

— Me desculpa... — Ela voltou a murmurar, a cabeça agachada contra os joelhos. — Eu estou muito confusa faz um tempo, sabe? Com tudo que está acontecendo...

E ele não podia culpá-la, nem por decreto.

Por isso restringiu-se ao silêncio absoluto, conforme ela prosseguia com o monólogo:

— Eu tenho medo, Norman. Você me salvou naquele dia, na faculdade, depois desapareceu... — Sabia que ele não tinha feito por mal, mas ainda assim manteve a linha de raciocínio. — Depois que nos reencontramos e eu estava perdida mentalmente, você me salvou de novo. E então, ficou três anos daquela jeito... três anos que eu busquei incansavelmente por uma forma de também poder de salvar.

As lágrimas voltaram a verter por sua face enrubescida. O marcado, até então, sustentava a taciturnidade, cabisbaixo.

— Isso dói muito, sabia? Nem faz três dias que pudemos te trazer de volta, que eu posso ficar com você de verdade... e já precisa ir embora de novo. O que eu devo fazer?

Ele não sabia se a pergunta tinha sido retórica, mas preferiu arriscar naquela opção e seguir sem dizer algo.

A garota também tomou um tempo para recuperar o fôlego, enquanto esfregava as vistas para secar o pranto caloroso.

Menos desesperada em despejar o turbilhão de sentimentos pungentes, levantou a cabeça de modo a encarar o céu, parcialmente obstruído pelas folhas daquela árvore.

— Norman... — O novo chamado, tão afônico quanto os dizeres anteriores, o deixou em alerta. — Você gosta dela, não é? A Layla...

Dessa vez, com o teor daquela pergunta, o rapaz não conseguiu deixar de encará-la com o canto das vistas esgazeadas. O coração voltou a acelerar, bastante suor surgiu em sua face num estalar de dedos.

Parecia ter compreendido algo muito importante, para o qual estava cego há bastante tempo.

Em virtude disso, voltou o semblante encabulado — e corado — até os próprios joelhos e mussitou:

— Desculpa...

Helen quis rir daquela resposta, mas apenas contorceu os lábios magoados.

— Não peça desculpas, idiota... Só vai fazer meu coração doer ainda mais. — Sem pestanejar, virou-se até ele e deitou a cabeça em seu ombro esquerdo. — Deixe-me ficar aqui... um pouco...

Ao sentir o braço ser abraçado pelos dela, o apertando contra seus seios, o Marcado de Altair congelou.

Porém por alguma razão, experimentou uma onda de serenidade o invadir gradativamente, varrendo toda a tensão recebida naqueles últimos segundos.

Sentia-se culpado de certa forma, embora a garota não desejasse que o fizesse.

Não conseguia encontrar palavras certeiras em prol de retribuir a declaração velada. A única resposta que surgia na mente era a mesma enunciada há pouco.

— Você vai salvá-la, não vai? — Com a voz mais límpida, a universitária desabafou. — Só você pode fazer isso...

— Sim...

Norman apertou a mão dominante, livre da proximidade com a companheira que o salvou há três dias. Não podia deixar sua determinação fraquejar.

Deveria suportar toda a dor que poderia causar a outrem, para seguir em frente e compensar isso no futuro.

Foi quando, sem esperar — de novo — sentiu os lábios da garota tocarem sua bochecha. O nível da timidez extrapolou os limites, fazendo-o passar por cima da ordem dela.

Entretanto, ela não reclamou quando seus olhos se conectaram, tão próximos a ponto de enxergarem a si mesmos refletidos neles, como espelhos.

— Me prometa... — Ergueu o mindinho, diante da face dele. — Que irá voltar com a Layla. Sãos e salvos.

O marcado ficou boquiaberto durante um breve período, mas logo retomou o controle dos sentimentos efusivos e assentiu com a cabeça.

— ‘Tá bem.

Levou seu mindinho a entrelaçar-se com o dela.

A última promessa, até o fim daquele dilema, estava firmada. 

Após Norman e Helen retornarem, Bianca correu até eles e Lúcifer observou a tudo sem proferir uma palavra.

Com as pendências resolvidas, pôde perceber que o semblante daqueles dois havia mudado.

Era de suma importância a constatação daquela segurança acima de qualquer sentimento ruim; de ambos os lados.

A menina insistiu em questioná-los sobre estar tudo bem. Embora um pouco encabulados, por motivos desconhecidos a ela, as respostas sempre eram positivas.

A universitária ainda guardava certo pesar por não poder ir com eles àquela que, provavelmente, seria a última grande jornada rumo aos meandros do Cosmos.

No entanto, a promessa feita há pouco ficaria gravada tanto na mente quanto no coração. Ela se permitiria a confiar nele como jamais confiaria em outra pessoa. 

— Já que vocês se resolveram — enunciou o soturno —, podemos prosseguir. Nosso tempo é curto.

— Pra onde a gente vai, especificamente? — Norman se antecipou às garotas.

— Uma pequena vila antiga. — À resposta dele, o rapaz tremeu as vistas. — De todo modo, a Cisne Branco já preparou tudo, enquanto vocês se resolviam. Peguem suas coisas e vamos partir. O tempo é cada vez mais curto.

Sem oferecer novas explicações, o indivíduo misterioso caminhou solitário à saída da residência.

Portanto, restou ao trio, que passou aqueles sofríveis três anos, um ato final de despedida.

Bianca deu um abraço apertado em Helen, que pediu para que ela cuidasse tanto de si quanto do Marcado de Altair. Esse, por sua vez, pegou as mochilas preparadas sobre o sofá.

Uma onda de nostalgia o tomou ao enxergá-las intactas, desde a última vez que haviam as utilizado nos acontecimentos do extremo Sul.

Por fim, os amigos de classe novamente trocaram olhares diretos.

A jovem fez questão de levantar o mindinho, como se para remetê-lo às palavras trocadas mais cedo. O garoto assentiu sorridente, executando o mesmo movimento.

— Estarei aqui... esperando vocês.

— Obrigado, Helen.

Diante do agradecimento genuíno, a garota sentiu uma pontada de calidez subir o rosto, portanto pressionou os beiços de maneira a aguentar as pontas enquanto estivesse com ele.

A menina também se despediu, indo na frente com sua mochila azul-claro nas costas.

Norman permaneceu por mais alguns segundos, fechou os olhos e corrupiou-se ao caminho da saída.

Sem olhar para trás outra vez, deixou que a jovem o acompanhasse, no intuito de fechar a porta em definitivo.

Seguiu a Marcada de Deneb e o guia soturno até a esquina e, segundos depois, desapareceram daquele quarteirão.

Só então a universitária não se aguentou, permitindo que as lágrimas fossem derramadas dos globos estremecidos.

Levou uma das mãos à boca, o rosto corado subindo e descendo junto aos ombros, graças aos soluços causados pelo pranto.

“Por favor... fiquem bem”, guardou o pedido à própria mente, já na iminência de acostumar-se à solidão durante aquele tempo.

Após pegarem três ônibus e saírem da cidade rumo ao Norte, o grupo iniciou os avanços a pé nas proximidades do anoitecer.

De acordo com Lúcifer, tratava-se do melhor caminho possível a favor do escopo atual, onde precisariam passar por diversas regiões isoladas, a fim de evitarem o contato com humanos — já que poderiam se tornar degenerados a qualquer instante.

Dito isso, consideraram um bom avanço naquele primeiro dia. Talvez levassem mais três naquele ritmo, era o que o guia pensava, introspectivo na liderança da caminhada.

Já tinham acesso a uma trilha de bosque, onde alguns vagalumes flutuavam pelo espaço e arrancavam um sorriso eufórico de Bianca, que girava e girava para contemplar a beleza do ambiente natural.

Não só isso, como o som de grilos ganhou destaque em meio à quietude da mata aberta.

— Aliás... — Lúcifer interrompeu as passadas, virando-se na direção da dupla em seu encalço. — É bom que se revele de uma vez. Não há necessidade de nos seguir escondida a essa altura.

Norman e Bianca repetiram o deslocamento, sem entenderem muito bem o motivo daquela abordagem que não fazia jus a eles.

Segundos arrastados se passaram, até que escutaram um singelo farfalhar vindo da esquerda. Num salto rápido, a figura específica surgiu em meio ao breu.

Os pontos brilhantes ao redor a iluminavam esporadicamente, do fino casaco sobre a blusa cinza à sorridente face alva.

Diante do característico cabelo curto, de luzes azul-escuras, que possuía uma onda penteada acima da testa, os marcados reconheceram sua identidade.

E, de fato, tratava-se da última pulga atrás da orelha de ambos, desde os acontecimentos dos dias anteriores e a partida naquela manhã.

— Foi mal, foi mal. Não queria que me rejeitassem no início do caminho, ou algo assim. — Alice ergueu as mãos. — Agora que estamos aqui, posso ir com vocês sem problemas, né?

Defronte a ainda enigmática Marcada de Spica, os escolhidos trocaram olhares dúbios.

O esguio antecipou-se a eles, revelando a diferença de estatura com a nova integrante do grupo; embora precisasse levantar um pouco do rosto a fim de encará-lo, não se intimidou.

— Obviamente seu poder será de grande valia, porém permita-me questionar: qual o seu objetivo? — questionou ao estreitar as vistas.

— Eu já falei. Só queria me encontrar com ele. — Encarou o cacheado, ainda confuso quanto ao desejo exprimido. — E agora que consegui, gostaria de ajudar vocês com todo esse problema. Afinal eu nem tenho mais nada para fazer também...

— Até onde você sabe?

— Até onde você contou. — Mostrou os dentes ao alargar o sorriso. — Não fui uma participante da tal Seleção Estelar, então peguei as coisas muito em cima da hora, admito. Só que não ficaria de braços cruzados enquanto corremos o risco de desaparecermos junto com o universo, né?

O homem não a questionou mais. Tampouco a dupla na retaguarda pensou em dizer algo contra a oferecida marcada, que não parecia dissimular a explicação de seus objetivos.

Com o prevalecer da lógica, como sempre, Lúcifer deu a volta e permitiu, num silente gesto de cabeça, que os acompanhasse.

Ela assentiu aos Marcados de Altair e Deneb, que não tiveram escolha senão acompanhar a sentença do noturno.

Isto posto, recomeçaram a caminhada pelo bosque.

A inédita acompanhante fechou os olhos âmbar durante alguns segundos, antes de cruzar as mãos atrás do corpo e avançar no compasso deles.

Bianca ainda tinha um pouco de receio quanto a presença dela. Não à toa, sempre a fitava por cima do ombro e sempre encontrava aquele semblante prazeroso.

Isso a fez aproximar-se do garoto, ao ponto de quase agarrá-lo no braço.

Norman que, por sinal, também sentia certo incômodo na presença daquela que tanto feriu seu rosto antes de acordar.

Chegava a sofrer com pontas doloridas nas áreas afetadas, cobertas por curativos e hematomas.

Contudo, suportou aquilo a fim de indagar ao líder algo que lhe incomodava mais:

— Sobre esse lugar que a gente ‘tá indo... — O olhar do respectivo foi puxado, de esguelha, a sua direção. — Eu sinto como se já conhecesse ele, por algum motivo.

— Como assim?

— É estranho... — Levou a mão à cabeça, as sobrancelhas arriadas. — Algumas vezes eu me peguei sonhando com um lugar parecido com uma beirada de mar. E tinha uma pessoa nela... igual a Layla.

— Entendo... você despertou memórias. — Lúcifer voltou a encarar o avanço, despertando curiosidade nos jovens. — Garanto que o que você viu, de fato, era a Rainha Celestial. Por ter encontrado estes fragmentos, provavelmente deve ter um contato tão sublime com ela quanto imaginei. Aquela Dourada não estava tão interessada em ti à toa, imagino...

Aquilo deveria sanar as dúvidas do rapaz, mas só serviu para deixá-lo ainda mais confuso.

Não esperava que a ponderação sobre tais momentos extravagantes fosse, para valer, acertar o caminho das relembranças de tempos remotos.

— Maninho — chamou Bianca —, quando você passou por isso?

— Começou depois que a batalha contra seu irmão terminou. A primeira vez foi naquele dia..., no cemitério, quando a gente ‘tava prestes a ir pro Sul. — Encarou a palma destra, responsável por despertar as primeiras experiências ao tocar a companheira no ombro, como bem lembrava. — Depois, lá mesmo, ficou mais corriqueiro.

— Entendi... pensei que era só comigo.

Ao escutar o mussito cabisbaixo da menina, Norman a encarou com as vistas esgazeadas.

Não suportou a vontade de perguntar:

— ‘Cê também teve isso?

— Algumas vezes... com o irmão Levi. — Ela abaixou a cabeça até fitar os próprios pés, calçados por sandálias peroladas, que passavam por cima do relvado. — Também tive alguns sonhos do tipo. Às vezes eu me sentia tão sozinha... como se estivesse distante de todos numa escuridão infinita.

— Se me permitem... — enunciou Alice, com a mão erguida. — Eu também já passei por experiências semelhantes, desde quando despertei esses poderes. Entendo o que a menina quis dizer. Parece que aqueles que são “escolhidos” acabam se conectando de uma forma bem doida com as estrelas... né, senhor estranho?

Perseguido pelo olhar desafiador da Marcada de Spica, o soturno assentiu com a cabeça.

— É isso que significa o fardo que carregam por terem a maldição despertada ao próximo estágio. — Encarou o céu, recheado de pontos pulsantes unidos à lua cheia. — Desde os primórdios, vocês nesse planeta possuem ligação direta com as estrelas e o Cosmos. No entanto, Norman Miller... seu caso é diferente.

Norman arregalou os olhos, um pouco dúbio.

— E deixa eu adivinhar: ‘cê não vai me contar?

— Perfeitamente. No entanto, não tema. Assim que alcançarmos nosso objetivo, tenho certeza de que tudo será esclarecido...

Sabia que o homem não iria mentir a respeito daquilo, por isso resolveu não insistir.

Afinal, já tinha ciência de que possuía uma grande ligação — maior do que sempre imaginou — com Layla, ou então nem seria cogitado como o único capaz de acessar a Singularidade naquele rumo singular.

Contudo, tendo todas as vivências postas à prova, em princípio a partir da nomeação dela como herdeira do trono e vencedora da Seleção Estelar, até o seu despertar recente, sentia que a resposta se encontrava mais próxima do que pensava.

Com certeza deveria alcançá-la para obter todas as peças restantes do grande quebra-cabeça mental.

Afinal, ela sempre esteve lá; provocou acidentalmente o acidente de seus pais, o tornou um marcado de maneira forçada e o acompanhou por todos os eventos que a levaram a se libertar.

Se libertar do quê, ele questionava.

Por mais que compreendesse a necessidade de salvá-la — e assim, também salvar o universo da prematura morte térmica —, faltava saber a motivação principal dela.

O que a fazia tomar um caminho tão doloroso.

“Será que também vou descobrir isso?”, questionou-se. “Ela deve estar sozinha...”

Também levantou o rosto até fitar a abóbada distante, pensando nas palavras trocadas com a garota durante sua coroação e, mais recentemente, no próprio subconsciente.

Em toda minha vida, com certeza... você foi a pessoa que mais amei.

Por algum motivo, uma pontada dolorosa o atingia no peito, sempre que remetia àqueles dizeres.

E por te amar tanto, não quero que carregue o mesmo sofrimento que eu...

Aprendeu da pior maneira que não poderia carregar tudo e todos sozinho.

Foi isso que tentou transmitir à silhueta dela, depositando sua fé no fato de ela estar, de algum modo, presente em uma parte de seu magoado coração.

Durante o momento de profunda introspecção após as últimas — e atordoantes — descobertas, grunhidos guturais se alastraram pelas cercanias do bosque de vagalumes.

Todos cessaram o caminhar no mesmo instante, cientes da proveniência daqueles ruídos.

— Finalmente deram as caras... — Lúcifer estreitou as vistas noturnas, já em preparação para o confronto inevitável.

— Começou a ficar interessante, né!?

Antes que qualquer um pudesse agir, Alice concentrou a energia que fez o símbolo da Constelação de Virgem — no abdômen descoberto — ativar o brilho branco-azulado.

No exato instante que cerca de dez degenerados saltaram, os cercando por pegarem todos os flancos, ela estalou os dedos da mão dominante.

O Áster da Gravidade recaiu somente sobre os corpos tomados pela energia das trevas, os pressionando contra o relvado com tanta força que todos ali podiam sentir na pele — não à toa, pois já haviam passado por episódio semelhante.

No domínio absoluto da região, estendeu a outra mão, convidando-os a finalizarem o processo.

O esguio foi o único a agir, com suas esferas de luz lançadas contra as costas dos pobres amaldiçoados.

Eles logo foram purificados, sendo desfeitos em partículas escuras, carregadas na direção do céu pela fraca brisa.

Quando o cintilar cerúleo esvaneceu de sua palma, ela relaxou, triunfante ao considerar boa parte daquela pequena vitória como sendo sua responsabilidade.

Entretanto, sem que pudesse prever, outros três degenerados apareceram do relevo superior a alguns metros.

Pensou em utilizar metade do poder gravitacional, no puro movimento de reflexo.

Antes disso, escutou ruídos potentes estremecerem o solo nas adjacências, ao que dois grandes troncos voaram contra os monstros.

Os arvoredos colidiram com o corpo dos enegrecidos, os derrubando num impacto tão intenso quanto seus saltos primários.

— Não cante vitória antes do tempo.

A voz da experiência chegou a trazer um arrepio à garota, que nem contemplou a nova onda de purificação deliberada por Lúcifer.

O brilho alvo na testa do garoto, parcialmente ofuscada pela franja cacheada, desapareceu em milésimos.

Bianca observou a tudo boquiaberta, incapaz de mover um músculo.

— Era isso que eu queria ver... — Alice murmurou entredentes.

O Marcado de Altair escutou, mas deu de ombros e focou no caminho a seguir.

— Devemos acelerar o avanço.

Lúcifer varreu o perímetro através dos globos azul-escuros, atento a cada novo detalhe que pudesse surgir.

Ao perceber o estado atordoado de Bianca, Norman lhe tateou o ombro.

— Vamo’ lá...

A menina hesitou por um momento, mas logo alterou a postura e executou o gestual positivo com a cabeça.

Conduzida pelo rapaz, acompanhou o esguio à frente, preparada para usufruir de sua Telepatia a qualquer instante.

Desse modo, seguiram as imediações do bosque e não encontraram com mais qualquer degenerado.

Com o tempo, deixaram a área de pontos iluminados e obtiveram acesso a uma nova trilha.

A partir dali já podiam enxergar a cadeia de colinas, a quilômetros de distância.

Atrás daquele local, ainda a dias de distância àquela altura, estariam todas as respostas que o Marcado de Altair buscava, além da chave para interromper o curso do fim.

Todo e qualquer resquício de luz solar, agora, restringia-se à imagem da lua no mar de escuridão acima.

Opa, tudo bem? Muito obrigado por ler mais um capítulo de A Voz das Estrelas, espero que ainda esteja curtindo a leitura e a história! 

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