Volume 3 – Parte 3
Capítulo 79: Última Promessa

Norman Miller despertou, mais uma vez, abaixo do teto de seu quarto.
Diante dos feixes luminosos que atravessavam a janela ao lado, sentiu um peso diferenciado sobre seu corpo, que o impediu de levantar.
Desceu a linha de visão para verificar o motivo e constatou a presença de Bianca.
Lhe abraçava na altura do abdômen enquanto dormia como uma pedra, apesar da feição fleumática.
Projetou um leve sorriso e fez carinho em sua cabeça, antes de tirá-la de cima com cuidado.
Livre da conexão carinhosa, pôde sentar-se à beira da cama. Espreguiçou o tronco inteiro, soltando estalidos pelas juntas. Depois, bocejou e esfregou as vistas.
De pé, deixou-a descansar por mais um tempo. Dirigiu-se ao banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes e desceu as escadas para o café.
Diferente do habitual, encontrou um andar inferior esvaziado.
Helen não estava ali, como de costume. O homem misterioso, responsável por iniciar o processo que o trouxe de volta, também se encontrava ausente.
A nova e enigmática marcada, incumbida de socá-lo o rosto tantas vezes — que, inclusive, ainda tinha alguns hematomas e curativos — também havia desaparecido.
Afinal, aquele era o dia combinado.
Prosseguiremos durante o próximo amanhecer.
“Foram as palavras dele, né?”, exalou um fraco suspiro ao avançar à cozinha, no intuito de fazer algo que não fazia há tempo.
Lavou as mãos e, com certa insegurança, começou a preparar o café da manhã.
Embora houvesse perdido o jeito, lembrou-se bem das garotas sempre prontificadas a aprontar a melhor das refeições a seu favor.
Também puxou, do fundo das memórias, a imagem de sua falecida mãe na bancada da cozinha, sorridente enquanto lhe fazia panquecas para sair satisfeito à escola.
E, por último, evocava a imagem dela, também fazendo panqueca no fogão antigo, durante os raros momentos pacíficos entre toda aquela seleção, agora findada com o novo título de Rainha Celestial.
As mãos paralisaram por um instante enquanto movia os ovos em fritura na frigideira.
Os olhos brilharam à medida que uma emoção tórrida subia seu rosto. Pressionou os lábios com ímpeto, no intuito de varrer aquela recuperação pungente.
Voltou a apertar a alça da frigideira e executou um movimento veloz, a fim de saltear o ovo.
Adotou outra postura na cozinha, agora elevando a eficiência dos afazeres em virtude dos resgates na mente cabisbaixa.
Assim prosseguiu por quase meia hora, quando olhou o relógio na parede divisória entre os cômodos e percebeu ser cedo demais; ainda eram seis e meia da manhã.
A estação atual concebia tais detalhes, como o raiar do sol ocorrer antes das seis. Ainda precisava recuperar o horário biológico perdido durante os três anos de estagnação.
De certa forma, seria importante para remediar bem o descanso. Estava pensando em coisas demais, divagou. A ansiedade também ajudou, de certa forma.
Nessa toada, ele conseguiu terminar o café. Ovos fritos, bacon, uma jarra de suco de laranja e torradas com geleia.
Era o máximo que conseguiria fazer com as atuais habilidades recém-despertadas.
Dispôs tudo à mesa, sentou-se na cadeira do centro, apanhou garfo e faca.
Ficou ali, solitário, durante um bom tempo. Encarou a fina camada de fumaça saindo dos alimentos quentes, porém não moveu um músculo.
“O que diabos eu ‘tô fazendo?”, estreitou as sobrancelhas, irritado consigo mesmo por ainda se permitir ser conduzido pela melancolia.
Após perder alguns minutos naquele marasmo, estalou a língua e decidiu agir.
Repousou os talheres em mãos, levantou-se ao empurrar o corpo para o alto com as palmas sobre a superfície e corrupiou-se à geladeira.
Pegou outro par de ovos e mais bacon, jogou tudo nas frigideiras ainda sobre o fogão e voltou a cozinhar.
Depois de terminar a segunda leva da refeição, respirou fundo, contemplando o próprio resultado.
Pensou que tinha sido até superior à primeira tentativa, a ponto de lhe arrancar um sorriso satisfeito.
Dito isso, caminhou não de volta à mesa, mas sim às escadarias principais da residência.
Foi ao quarto, que já tinha a porta entreaberta.
Levou um curto período até alcançar a cama próxima à janela, para então tatear o ombro da menina e chacoalhá-la com delicadeza.
— Bianca... — chamou baixinho, quase ao pé do ouvido dela.
Vagarosamente, os olhos sonolentos se abriram. O rostinho virou-se até enxergar a figura do rapaz logo acima, incomodada pelos feixes de luz que invadiam a região fechada.
— Hm? Maninho... — Se sentou no colchão, o cabelo todo despenteado.
— Vem.
Pegou na mão dela e a conduziu para fora da cama.
Ainda longe da plena consciência, o seguiu através de passos trôpegos até o banheiro.
Lavou o suficiente do rosto para que pudesse, pelo menos, enxergar o caminho com maior exatidão.
— Já temos que ir?...
Sua pergunta não foi respondida. Ao invés disso, Norman continuou a guiá-la até os degraus.
Desceram um passo de cada, com cuidado.
Entre bocejos e esfregões nas vistas pesadas, a garota chegou no piso inferior sem largar a mão acalentadora dele.
Ao chegar na cozinha, seus olhos esgazearam em pura surpresa. Ficou paralisada por um período extensivo, reconhecendo aos poucos o significado daquilo.
O estado estupefato a fez olhar para Norman e para a mesa do café diversas vezes, até compreender tudo sem precisar questioná-lo.
Ele, por sua vez, alisou a cabeça dela com a palma canhota, enquanto abria a outra e apontava ao local.
— Vamos?
Os globos esverdeados da menina brilharam na formação de um largo sorriso boquiaberto.
Ela assentiu com a cabeça em uma resposta positiva e correu até sua cadeira, pegando os talheres e observando os detalhes da refeição confeccionada pelo Marcado de Altair.
Não era muito, mas o cheiro estava ótimo. Era o suficiente. Cortou um pedaço do ovo frito recém-saído da frigideira, o colocou junto com um pedaço de bacon no garfo e comeu ambos de uma só vez.
Mastigou, mastigou e mastigou demoradamente, deleitando-se com os sabores salgados que apreciava. Em seguida, atacou a torrada com geleia de goiaba e bebeu bastante do suco de laranja no corpo florido.
Norman sentou-se à frente dela, enfim disposto a aproveitar a refeição. Pensou o quanto era bom ter companhia à mesa, a ponto de projetar um semblante sorridente sem nem perceber.
Seguiu o exemplo da menina e não poupou gastos em comer tudo.
Ao finalizarem o desjejum, bateram as mãos em agradecimento pela comida.
Se uniram em prol de realizarem o restante dos afazeres, como arrumar a mesa e lavar os talheres e panelas utilizados.
Quando terminaram, deixando tudo nos trinques, já era quase oito e meia da manhã.
A campainha da porta tocou. A Marcada de Deneb foi atender; primeiro fitou pelo olho mágico e, ao constatar a presença de Helen, destrancou a estrutura de madeira.
— Bom dia! — Adentrou o cômodo, seu cabelo amarrado num rabo de cavalo.
— Bom dia, Helenzinha. Acabamos de tomar café, quer também!?
— Não se preocupe, eu já comi em casa. — Esticou uma das mãos à frente do peito e realizou uma piscadela, a fim de se desculpar. — Aqueles dois ainda não vieram?
Os olhos castanhos percorreram toda aquela região da residência, onde nada além dos anfitriões e do som da torneira aberta se fazia presente.
Por fim, encarou as costas do colega de classe, que lavava as mãos para findar completamente as tarefas matinais.
Ela desviou a atenção, em busca das melhores palavras para iniciar o contato.
Enquanto ouviu o barulho da porta sendo fechada, remeteu à declamação oferecida ao rapaz na noite anterior.
Saber que seria negada de novo, a despeito de o quanto tentasse, fazia seu coração palpitar com força.
Em meio àquele turbilhão emocional, responsável por fazê-la perder metade da última noite de sono, a decisão a ser tomada pendia somente a um caminho.
Assim que pensou em chamá-lo, ao levantar a cabeça e redirecionar a linha de visão adiante, encontrou a dupla de íris esverdeadas em seu foco.
Virado pela metade, o Marcado de Altair oferecia a ela um copo d’água, aparentemente bem gelado.
— Toma. ‘Tá bem quente hoje.
Engolindo os dizeres na ponta da língua, permaneceu paralisada durante segundos, surpresa perante a abordagem.
Só foi capaz de aceitar a oferta, levando as mãos até o corpo de vidro. Ao experimentar a tomada do frio sob suas palmas, a vontade de engolir o líquido cresceu.
E assim o fez.
Exalou um suspiro deleitoso quando sentiu a gelidez descer a garganta e se espalhar, aos poucos, por todo o corpo.
Passado o momento de frescor, devolveu o recipiente cilíndrico ao amigo e enfim teve a oportunidade para enunciar:
— E então? O que vai acontecer a partir dessa manhã?
À indagação da universitária, o marcado ficou sem respostas, assim como a jovem em paralelo.
No geral, nem ele fazia ideia quanto a procedência do grupo após a declaração do homem misterioso, no entardecer do dia anterior.
No entanto, como se o destino estivesse ali para os contrariar — desde sempre, como bem remetia —, a influência congelante tomou conta do recinto, a ponto de fazer suas espinhas arrepiarem.
— Iremos até a Singularidade... — A voz soturna chamou a atenção do grupo à sala de estar, sentado no sofá maior com as pernas cruzadas e os braços descansados sobre a superfície do respaldo. — É lá que encontraremos a Rainha Celestial.
Amedrontadas na presença de Lúcifer, como de praxe, as garotas se acuaram atrás do rapaz.
Ele sustentou a postura, decidido a construir uma nova aproximação.
Através de passadas comedidas, adentrou o outro cômodo e postou-se frente a frente com o silencioso visitante.
Receber a olhadela inferior daqueles globos azul-escuros o transportava ao passado não tão distante, despertando memórias que lhe traziam uma singela dose de padecimento.
— E como podemos acessar? — questionou sem medo. — Que eu me lembre, Layla conseguiu através do contato com aquela garota loira... a Stella.
— Ah, a Dourada — bufou em retorno. — Infelizmente, não poderemos acessar a Singularidade desta maneira.
Norman estreitou a linha de visão, um pouco preocupado com o que deveria ter acontecido com a Marcada de Canopus — afinal, desde então, nunca mais a viu.
Apesar disso, decidiu manter o fio da meada, entoando o próximo questionamento:
— Então... como?
Lúcifer piscou demoradamente e levou o mesmo intervalo para responder:
— Há um lugar, no extremo Norte..., onde temos uma chance de acessar esse local. Será difícil, apesar de tudo, pois a Rainha usufruirá dos degenerados para nos impedir a qualquer custo. Além disto, há outro grande problema no caminho.
O rapaz franziu o cenho, em paralelo às meninas ainda localizadas na cozinha, que escutavam a tudo sem proferirem uma sílaba sequer.
A tensão foi formada a partir do momento que ninguém se pronunciou, à espera das palavras consequentes do interlocutor.
— Outros despertaram neste planeta. — Ninguém entendeu, a princípio. Porém, o cacheado logo arregalou as sobrancelhas. — Dentre esses novos visitantes, um em especial certamente representará a maior das ameaças contra nós.
— Quem?...
Lúcifer manteve o silêncio por um átimo, então...
— Ele é... o primeiro herdeiro do Trono do Cosmos.
Norman já tinha os dentes à mostra sem nem perceber por conta da dose de aflição que subiu o corpo.
Só então Helen e Bianca captaram a informação preliminar entregue pelo misterioso.
Assim, a primeiro reagiu de forma abrupta, enfim atravessando da cozinha à sala.
— Espera um momento! Isso quer dizer que outros seres com esses poderes estranhos estão por aqui!? E você nem disse nada até agora!!?
O confrontou de forma a colocar Norman para trás por dois passos cambaleantes.
— O motivo para eu ter omitido isso até o momento é óbvio. — Bufou ao fechar e abrir os olhos cada vez mais gélidos em retruca. — Além disso, sequer era o foco da questão.
— ‘Pera. — Norman, confuso, colocou a mão num ombro da amiga e a comediu. — ‘Tá dizendo que esse tal herdeiro do trono e os “outros” são semelhantes da Layla e daqueles dois?
Lembrou-se, novamente, de Stella e agora do chamado de Edward.
— Precisamente. Digamos que elas foram atraídas pela energia deliberada da Rainha, cuja ligação emotiva com este lugar é extremamente poderosa. Sua vontade criou uma atração suficiente para que elas despertassem fisicamente aqui, a procura de novas vontades igualmente. — Estreitou as vistas. — Sobre o “primeiro herdeiro”, esse é o mais perigoso. Ele, de certo, busca contatar a Rainha de alguma forma.
— E por que ele é o mais perigoso?... — Bianca juntou-se ao grupo, sua mão dominante apertada contra o peito.
Lúcifer levou um novo período silente antes de esclarecer.
— O desejo dele é tomar o trono a qualquer custo. Depois disso..., ele pretende dominar o Cosmos inteiro por meio de sua autoridade.
“Clichê”, o Marcado de Altair resmungou quieto.
Apesar disso, sentiu nervosismo só de ouvir aquilo. No fim, novas dúvidas a respeito de todo aquele conhecimento surgiam, mas não achou tempo hábil para destrinchar tudo.
Escutar o que tinha escutado até então era, por ora, suficiente. Mesmo que ainda muito desconfiado a respeito daquele homem enigmático, sabia que ele não mentia.
— Dito isso, Norman Miller. — A voz dele o puxou dos pensamentos. Levantou-se, fazendo os três erguerem o rosto. — Você é o único que pode acessar a Singularidade por tal caminho. Por isto...
— ‘Cê fez tudo isso pra me trazer de volta — completou à frente dele.
A declaração fez uma corrente elétrica de ansiedade percorrer o corpo dos que ouviram.
O jovem já tinha uma leve ciência quanto a sua capacidade de encontrar Layla dentro da Singularidade, mas receber todas aquelas informações o fez estremecer.
Logo adentrou a introspecção, levando em conta todos os fatores que deveriam enfrentar até o objetivo.
Ainda não sabia qual era o local exato, mas o extremo Norte ficava tão distante quanto o extremo Sul a partir daquela casa.
Embora debilitado após despertar, pôde ver a ameaça que os tais degenerados traziam. Ele possuía uma habilidade que levava em conta tanto o ataque quanto a defesa.
Portanto, teria a capacidade de proteger a si mesmo e lutar quando fosse preciso.
No entanto...
— ‘Tá bom. Eu sigo você. Mas... — Virou o rosto às duas acompanhantes. — Helen e Bianca vão ficar aqui.
Nenhuma delas demonstrou a possibilidade de aceitar aquele pedido, mostrando isso através dos olhos arregalados, prontos para protestar.
— Eu vou com vocês! — Bianca tomou a dianteira mais rápido. — Por que sempre quer fazer as coisas sozinho!? Estamos aqui pra te ajudar!
O marcado refugou a própria decisão, mas antes de poder responder, o esguio prontificou-se a dar sua opinião:
— Ela está certa. Por ser uma marcada como você, Norman Miller, também será necessária na jornada. — Ao conferir a expressão cabisbaixa do rapaz, virou o foco até a universitária. — No entanto..., concordo quanto a esta jovem. Você deve ficar aqui.
A afirmação contundente do misterioso fez o coração da garota gelar, ao mesmo tempo que pegou Norman e Bianca de surpresa.
Fez-se silêncio por singelos segundos...
Travada, ela empenhou-se ao limite a fim de entoar
— Por quê? Eu também quero...
— Você é a única cuja maldição não evoluiu a nenhum dos próximos estágios. Portanto, não carrega o fardo das estrelas consigo. — Depois de a interromper bruscamente, ele a encarou de cima, autoritário. — No caso anterior, você era realmente necessária para revitalizar a alma de Norman Miller. Porém, caso vá conosco nessa jornada, só carrega o potencial de nos atrapalhar em diversas situações das quais apenas os que carregam tal fardo podem lidar.
Cada justificativa do homem a obliterava como uma bomba a chacoalhar todo o corpo por dentro e por fora.
Naquela posição, buscava em Norman alguma maneira de contrariar a decisão negativa do indivíduo...
Contudo, o garoto parecia submisso a tais determinações, na iminência de virar o rosto para o lado e evitar o olhar de exaspero que o delegou.
Aquela cena foi a pior de todas as probabilizadas, capaz de fazê-la morder o beiço inferior, quase que abrindo um corte na carne frágil.
Tomada por uma onda emocional indescritível, cerrou os punhos e tentou suportar ao máximo a vontade de explodir em lamúrias. Já bastava o pedido negado na noite anterior...
— Norman... você...? — Queria indagar se ele iria abandoná-la de novo, mas isso não seria o correto, então engoliu em seco.
Só que, ao ver que ele fazia de tudo para evitar a afirmação ou a negação daquela sentença, não pôde conter o surgimento das lágrimas nos cantos dos olhos.
Em uma atitude impetuosa, girou-se o mais rápido que conseguia e correu em disparada até a saída da casa.
Todos viram sem esboçar alguma resposta, além de levantarem as sobrancelhas e ameaçaram um grito que jamais escapou da boca aberta.
Bianca olhou para ele, ao mesmo tempo que Lúcifer o fez. Diante da prostração visível em sua face, imaginou as chances de tudo dar errado caso partisse daquela forma.
Isso o levou a ponderar, pela primeira vez, o próprio tom de fala, em consideração às nuances do clima atual.
E em virtude disso tudo, ele cedeu:
— Vá atrás dela.
O Marcado de Altair o encarou sem proferir uma sílaba. Somente assentiu com a cabeça, dirigiu o mesmo gesto à Marcada de Deneb e correu até a porta, sozinho.
Havia o consenso de que não poderia terminar daquela maneira. Eles ainda tinham tempo, ponderou o soturno.
Apesar disso, torcia para que o inconveniente fosse resolvido o quanto antes.

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