Volume 2 – Parte 2
Capítulo 49: Pedido
Ao ser encontrada pelo Marcado de Altair, Judith direcionou o rosto até a presença dele, na entrada da gruta.
Os olhos possuíam olheiras muito fundas por conta do choro que havia cessado por um tempo.
Ainda fungava o nariz entupido, soluços esporádicos faziam seus ombros subirem e descerem.
As sobrancelhas contraídas, a boca levemente aberta, a ausência de luz na íris... Sua feição cansada trazia à tona a própria desolação.
Norman voltou a relembrar sobre si mesmo, logo após perder os pais.
Sabia que seria difícil livrar a menina do estado atual, mas jamais poderia a deixar solitária ali, à mercê do tempo e do destino.
— O que... você quer...? — perguntou com a voz embargada.
— Te levar de volta.
— De volta?... — Tossiu uma risada engasgada. — Não tenho mais... pra onde voltar...
A Marcada de Acrux apertou o abraço na falecida irmã mais nova, acuando o corpo a encostar na parede gelada da cavidade rochosa.
O garoto se aproximou a passos curtos.
Todo cuidado era pouco a fim de convencê-la a retornar até o templo onde a última batalha ocorreu.
“Saia... fique longe”, ela tentava se esgueirar com as pernas de maneira desesperada, porém não tinha mais para onde recuar.
Quando notou a proximidade adquirida pelo jovem, a imagem traumatizante de seu pai o substituiu, lhe proporcionando uma aceleração de adrenalina por todo o corpo.
— Fique longe! — O grito fez ecoar pelo local fechado, mas não o afastou. — Não toque na Sarah! Fique longe mim!!!
Sem largar a Marcada de Mimosa, abriu a mão livre — cheia de sangue — e reuniu sua energia até a palma.
Dali surgiu uma esfera luminosa em conjunto ao brilho do símbolo no pescoço.
Uma barra de aço foi criada, mas diferente das vezes anteriores — nas quais originou objetos estáveis — a produção permaneceu ativa, fazendo a estrutura metálica crescer até atingir o abdômen do rapaz.
Tendo uma velocidade considerável, foi capaz de jogá-lo na outra parede. Uma pequena explosão de impacto levantou fumaça pelo local.
Ofegante por conta da habilidade utilizada de uma forma jamais testada, Judith encarou o ponto específico onde o rapaz se chocou.
Assim que a leve camada acinzentada se desfez, pôde ver que o golpe não tinha o atingido como pensou.
Com a mão canhota, Norman desviou a barra alongada e evitou o contato com sua barriga.
Ofuscado pela faixa escura sob a franja cacheada, o brilho alvo de sua constelação revelava a utilização do Áster.
Sem qualquer dificuldade, se livrou do golpe atormentado da menina, voltando a tocar o solo segundos depois.
Ela já havia percebido ao reencontrá-lo alguns dias antes, quando encontrou com Beatrice no templo antigo.
Dessa vez, ficara ainda mais claro.
Aquele garoto não era o mesmo da primeira confusão, há uma estação, na batalha que tirou a vida de sua irmã mais nova.
Tal como no conflito contra o marcado luminoso, responsável por matar Sarah, não teria chance de vitória.
De qualquer maneira, resistiria até o fim.
Não tinha outra escolha senão lutar contra todos os temores para manter o corpo da mais nova seguro consigo.
Naqueles olhos escuros, não existia mais qualquer motivação em permanecer viva.
— Você não sabe de nada... nunca passou pelo que passei!! — Os gritos da menina o alcançaram, porém ele não reagiu. — Eu só queria ter uma vida normal... com a mamãe... com minhas irmãs. Mas vocês tiraram tudo de mim...! Aquela mulher também...
— A... freira?... — Norman estreitou as sobrancelhas. Lembrou-se das meninas no período da batalha contra Levi, onde elas também utilizavam hábitos religiosos. — Vocês por acaso possuem algo em comum?
À indagação dele, Judith abaixou a cabeça, permitindo às franjas cacheadas cobrirem suas vistas.
Após alguns segundos em silêncio, ela murmurou:
— Não... eu não conheço aquela mulher... — Prosseguiu por meio da respiração arfante, segurando variadas emoções que lhe tomavam o peito. — Ela falou, naquele dia... pra eu me esquecer dela. Ela nos largou, sem se importar com nossos desejos... Nossos sentimentos... Ela só se livrou de nós! Fomos um fardo pra ela desde o início!
Mesmo com a resposta indireta, Norman pareceu compreender a ligação entra Beatrice e aquela criança.
— Todas as irmãs morreram naquele incêndio. Karenzinha foi morta... Agora a Sarah... E ela ficou aqui, desde aquele dia, sozinha. A culpa é toda dela! Se ela não ‘tivesse feito o que fez, a Karenzinha e a Sarah...!!
Incapaz de completar a série de lamúrias, despejadas juntas ao pranto que voltou a descer pelo rosto estremecido, Judith abraçou com ainda mais força o corpo frio de Sarah.
Norman voltou a se aproximar.
Apesar do pranto compulsivo que tomava conta dela, pôde varrer as preocupações quanto a um novo ataque.
No instante que ficou a quatro passos dela, resolveu se pronunciar:
— Eu também perdi minha família. — As palavras dele chamaram o olhar atordoado dela em sua direção. — Meu pai, minha mãe, meu irmãozinho... Todos eles foram mortos num acidente que sobrevivi. Foi assim que fui escolhido pra essa seleção. Essa foi minha Provação.
— Provação...?
— Depois, também perdi dois amigos muito importantes. Eles foram mortos e eu não pude fazer nada. — Encarou a própria palma que tremia ao remeter a todos os acontecimentos enunciados. — Infelizmente, todos nós estamos ligados dessa forma. Seja dentro da seleção ou fora dela... sempre vai chegar um momento em que vamos perder pessoas importantes. E na maioria dessas vezes, não conseguimos fazer nada pra evitar isso...
Ele estendeu a mão na direção dela, concluindo:
— Mas não é por isso... que a gente tem que desistir. Tenho certeza que suas irmãs ficariam felizes em te ver bem... inclusive ela.
Embora ainda relutante, Judith pôde experimentar a carga emocional depositada naquelas palavras sinceras.
De repente, arregalou os olhos em perplexidade diante do braço que era erguido até a direção dele.
Talvez fosse um impulso do próprio corpo, porém podia sentir algo o conduzindo a aceitar seu convite.
Como se mãos que não pudessem ser enxergadas a trouxessem para perto do garoto.
As palmas se tocaram.
— Por isso, não desista de sua vida. Siga em frente, por elas. — O aperto dos dois foi seguido por um puxão rápido do marcado, fazendo a menina se levantar. — E vamos, juntos, se esforçar pra proteger o que restou.
Precisou de um pouco de esforço para segurar o corpo de Sarah, o que a fez encarar sua face pálida.
Ao contatar sua expressão, mesmo já sem vida, não pôde evitar que novas lágrimas transbordassem as vistas.
Ela estava sorrindo.
— Já ‘tá na hora de consertar o que temos ao nosso alcance. — Tocou o ombro dela com leveza, o suficiente para transmitir uma onda de calor por todo seu corpo. — Vem. Estão esperando a gente.
A única resposta dela foi assentir com a cabeça, os olhos trêmulos voltaram a serem cobertos pela franja escura.
No controle da situação, o marcado a conduziu até o lado de fora, onde a nevasca começava a tomar proporções mais perigosas.
“Talvez possamos voltar sem muitos problemas se formos rápidos”, calculou a estimativa de chegada no templo, que não se encontrava tão distante da gruta.
Não deveria subestimar o poder da natureza a exemplo da ocasião anterior, mas ainda assim tinha confiança em um retorno seguro.
Bianca, Helen e Beatrice aguardavam ansiosas pelo retorno da dupla que desapareceu há alguns minutos, um pouco afastadas da entrada.
Enquanto a freira esperava sentada de frente para o altar, também devastado, as companheiras do Marcado de Altair encaravam a paisagem tomada pelo branco, de pé.
A criança tremia por todo o corpo.
As mãos entrelaçadas à frente do peito denotavam sua torcida silenciosa pelo retorno do rapaz, em plena segurança.
Bem ao lado, a companheira universitária dele a observava com o canto dos olhos.
“Parecem um pouco, mas...”, lembrou de Layla, a amiga de infância do garoto que participou da tragédia na universidade.
Parecia que, não importava para onde fosse, sempre seria perseguida por essas memórias.
Entretanto sua preocupação maior estava no bem-estar do amigo.
A piora gradativa no quadro climático a fazia engolir em seco diversas vezes. Chegava ao ponto de sentir o coração machucar o peito de tão forte que batia.
Isso durou até uma silhueta borrada surgir em meio à ventania alabastrina.
Ansiosas pelo que poderia ser, estreitaram os olhos no intuito de vencerem as obstruções visuais.
Identificaram a presença de duas pessoas, aparentemente caminhavam bem próximas na direção da igreja.
Tão logo o sorriso na expressão de ambas se formou.
Foi o bastante para chamar a atenção de Beatrice, que virou o corpo ao levantá-lo do assento de madeira.
Por meio de passos esforçados na luta contra a lentidão ocasionada pela queda incessante da neve, Norman e Judith enfim realizaram o aguardado retorno.
— Cacete... aqui faz um frio danado. — O rapaz reclamou ao se aconchegar no interior da igreja. — Tudo certo por aqui?
Bianca assentiu com a cabeça, feliz da vida pelo regresso seguro de seu protetor.
Diferente do sorriso radiante da menina, Helen demonstrava mais alívio do que animação.
Mesmo assim, repetiu o gesto da companhia, o bastante para que o garoto pudesse respirar tranquilo.
E em paralelo a ele, restava a Marcada de Acrux.
Com a cabeça baixa, sem a coragem necessária a fim de encarar a mulher de hábito adiante, mantinha Sarah segura em seus braços.
— Eu vou... enterrar a Sarah onde enterramos a Karenzinha... — murmurou por meio da voz sufocada. — É um pouco longe, mas ainda assim...
— Com certeza fica perto do orfanato de Lídia e Simone, não é? — questionou a grande freira, a fazendo erguer as sobrancelhas em surpresa. — Eu fiquei sabendo há pouco sobre o que aconteceu. Vocês devem ter sofrido tanto...
Cercada pelo silêncio absoluto de todos os presentes, a Marcada de Capella ficou frente a frente com a garota cabisbaixa.
Os lábios se contorciam conforme prendia o choro que se esforçava para sair.
— Me perdoe. — Tais palavras, simples, porém de coração, trouxeram o rosto de Judith adiante. — Naquele dia... foi a melhor forma que encontrei de dar uma vida melhor a vocês. Vocês não precisavam carregar o mesmo fardo que eu. Não tive coragem de trazê-las comigo, sozinha.
A menina estremeceu por inteiro, os ombros subiam e desciam como se a preparassem para rebatê-la.
No entanto, a mão de Norman repousou sobre um deles, um movimento capaz de findar todas as emoções efusivas que transbordavam dentro dela.
Ao encará-lo de canto, notou sua expressão soturna, como se desejasse lembrá-la da conversa que tiveram mais cedo, na caverna.
Todo o ímpeto se foi, a fazendo retomar a respiração branda, assim como cessando a tremulação que a envolvia.
Voltou a abaixar a cabeça por um tempo, buscava palavras para declamar em resposta ao pedido de desculpas da freira.
A partir daquele instante, foi impossível para ela segurar as lágrimas.
Mesmo não sendo tão profusas quanto nas vezes anteriores, lhe arrancou alguns soluços durante o processo.
— Eu não sei se... consigo te perdoar... — Voltou a erguer a face enrubescida. — Mas estou... disposta a tentar...
Agora, foi a vez de Beatrice derramar o choro.
O coração acelerado a empurrava para abraçar a menina, mas prevaleceu a decisão do cérebro em permanecer naquela posição.
Ela não se sentia no direito de oferecer tamanho afago a quem, uma vez, mandou a esquecer para sempre.
O máximo que pôde fazer foi acenar com a cabeça, para cima e para baixo, lentas e repetidas vezes.
Num agradecimento silencioso, entrelaçou as mãos em prol de executar uma prece; por ela, por si mesma e pelas vidas tomadas naquela Seleção Estelar até então.
Bianca virou o rosto até o Marcado de Altair, fitando a expressão fechada dele conforme as observava.
Seu olhar, apesar de fixado nas duas marcadas, parecia distante daquela cena tão próxima.
Pais não odeiam filhos.
A voz da Marcada de Gacrux, responsável por libertá-lo das amarras do arrependimento antes de morrer, retornou a ecoar em sua cabeça.
Foi nessa quietude profunda, entrecortada pelo pranto de mãe e filha, que o terceiro grande conflito entre marcados teve seu desfecho.
Perante a face paralisada de Helen, os olhos esgazeados e a boca aberta em perplexidade, Norman teve vontade de soltar uma fraca risada.
Manteve a seriedade ao, no lugar da reação desejada, exalar um rápido suspiro.
Os dois estavam sentados um à frente do outro.
Ao lado do rapaz, Bianca cochilava encostada em seu braço.
As luzes de velas iluminavam a sala de estar, criando sombras destacadas do trio solitário, conforme repousavam das intensas ocorrências de mais cedo.
— Eu sei. É realmente difícil de engolir tudo isso, né?
— Aquele garoto já tinha me contado algumas coisas, mas tudo isso agora... — A menina levou uma das mãos em frente aos lábios. — É verdade que o universo vai colapsar caso não se encontre um vencedor?
— É a informação que recebi...
Pelo tom da resposta, Helen pôde perceber o mar de dúvidas que inundava a cabeça do rapaz.
Ela não disse nada, mas manteve a atenção fixada no olhar cabisbaixo dele.
Embora boa parte dos novos — e inesperados — problemas tivessem passado, a preocupação quanto ao paradeiro da Marcada de Vega mantinha-se elevada.
Era o único empecilho a resolver.
E sequer fazia ideia se conseguiria, visto a distância entre os dias desde quando a própria sumiu.
Já não bastasse isso, sua amiga de classe lançou a pergunta:
— E aquela sua amiga de infância? Pelo que me lembro, ela se chamava Layla, não é?
O garoto ergueu a cabeça impressionado.
Não sabia se ela tinha lido sua mente ou se era algum tipo de coincidência, tanto que fitou de canto a Marcada de Deneb ainda adormecida em seu braço.
Diante do baque visível na face do companheiro, a garota inclinou a cabeça à esquerda para baixo, como se buscasse adentrar as vistas decrescentes dele.
— Ela está bem?... — Após o mussito não ter retorno, prosseguiu: — Lembro que me encontrei com ela na universidade, sabe... quando tudo estava acontecendo.
Tais palavras chamaram de volta a atenção total do garoto. Dessa vez, era a menina que encarava as próprias pernas ao enunciar.
— Ela tinha uma faca cheia de sangue. E quando falei com ela...
Se quiserem fugir, precisarão voltar às proximidades do prédio principal.
Quando proferiu a exata frase dita pela alva na ocasião, Helen reagiu assustada.
O marcado tinha as sobrancelhas esgazeadas e a boca aberta como ela jamais tinha visto.
De repente, foi como se o tempo retrocedesse até o trágico ataque.
Por ter perdido muito tempo desmaiado no elevador, após cair numa armadilha orquestrada pela então Marcada de Betelgeuse, não tinha ciência de uma série de ocorrências que se sucederam naquele dia.
— Isso... aconteceu mesmo? — indagou com a voz sussurrada.
— Minhas memórias são um pouco confusas sobre isso tudo, pelo trauma... — Ela levou uma das mãos à cabeça. —Mas tenho quase certeza de que nos encontramos. E isso foi...
Não completou a frase, mas estava clara a indicação de como iria encerrá-la.
Fora o retorno das circunstâncias vivenciadas no combate mortal, ainda tinha a mente invadida por momentos específicos, como se fossem cortados de um quebra-cabeça aos poucos.
Em destaque, a revelação da garota sobre seu Áster...
— Maninho... — Para espanto dele, quem indagou foi a garotinha ao lado. — Aconteceu... alguma coisa?...
Enquanto esfregava os olhos que lutavam para abrir, desencostou de seu braço e soltou um bocejo.
Embora em silêncio durante um tempo, o jovem exalou uma profunda lamentação, como para se livrar daquele turbilhão emocional responsável por tirá-lo das estribeiras.
Acariciou a cabeça dela e, antes de responder, se levantou do sofá grande.
— Nada demais. Vou ver como aquelas duas estão.
Sem proferir mais uma palavra, dirigiu-se até a saída da pequena sala e prosseguiu pelo caminho central.
Desprovidas de outras opções, Helen e Bianca o acompanharam.
A nevasca foi repousar junto ao Sol escondido nas nuvens carregadas.
As velas acesas no altar destruído ofereciam a única iluminação para todo o devastado templo.
Os três seguiram pela faixa do tapete vermelho até alcançarem os degraus da entrada.
Logo ao lado, ainda frontalmente à passagem principal, encontraram mãe e filha unidas em uma única prece.
Ao perceberem a presença do trio, viraram as atenções da pequena cruz de madeira fincada no solo; um túmulo improvisado cercado pela neve.
— Então enterraram ela aqui... — Norman murmurou.
— Não daria pra chegar no lugar que enterramos Karenzinha... Quando voltar, vou fazer um segundo túmulo ao lado do dela.
Judith se levantou e passou as mãos nos joelhos úmidos.
— Entendo...
Com o silêncio estabelecido após a resposta do rapaz, um som característico ecoou da barriga da Marcada de Acrux.
Enrubescida pelo ronco proveniente da fome, ela desviou o olhar na tentativa de esconder a vergonha.
— Vocês devem estar famintos. Vou preparar algo.
Beatrice caminhou, ainda mancando, até o interior da igreja.
— Eu posso ajudar, se quiser!
Helen se ofereceu à grande freira, que aceitou de bom grado através de um aceno de cabeça sorridente.
Norman e Bianca encararam a cena com expressões leves, ao contrário de Judith, ainda relutante sobre todo o acolhimento recebido pela mulher.
Assim que decidiram seguir os passos da dupla adiantada, uma sensação familiar envolveu o Marcado de Altair, o fazendo brecar o avanço para virar metade do torso.
A garotinha alva chamou por ele, mas sua voz pareceu não o alcançar.
Diante da expressão congelada do rapaz, fixada num ponto adiante daquele cenário nevado, seguiu seu foco na mesma direção.
A pequena freira também se deparou com a atitude da dupla, então a repetiu.
Mesmo sem enxergar qualquer figura no meio da escuridão preenchida pelo desbotado, o jovem manteve as expectativas.
Segundos após ser dominado por aquela influência fria, dissemelhante ao frio do inverno em diversos aspectos, os olhos verdes enxergaram uma silhueta se aproximar.
Ela caminhava a passos demorados, o corpo inteiro cambaleava conforme se voltava para baixo em aparente cansaço.
Isso durou até a pessoa em questão sucumbir sobre a superfície nívea.
Sem pensar duas vezes, Norman disparou até ela, mais uma vez ignorando os chamados de Bianca.
Se o pressentimento estivesse correto, então...
“Por favor...”, cerrou os punhos conforme diminuía a distância.
Chegou a poucos metros dela e, pela respiração ofegante, observou seu cabelo que parecia se camuflar com a neve.
Agachou os joelhos e, num movimento delicado, virou o corpo dela a fim de observar seu rosto.
— Layla...?
Arregalou as vistas ao se deparar com as próprias expectativas.
A Marcada de Vega agora residia em seus braços, sem qualquer resquício de consciência no rosto plácido.
Opa, tudo bem? Muito obrigado por dar uma chance À Voz das Estrelas, espero que curta a leitura e a história!
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