A Voz das Estrelas Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 2 – Parte 2

Capítulo 46: Desenrolar Caótico

Quando o grito de Helen ressoou pelo espaço, o som do disparo com os olhos fechados o sobrepôs, causando um eco que se espalhou por todo o vazio nevado.

As vistas estremeciam junto ao corpo inteiro, as pernas bambas pareciam prestes a desabarem no solo branco.

Com medo, a garota voltou a abri-los.

A visão ainda turva por conta das lágrimas acumuladas não a permitiu enxergar o resultado do disparo num primeiro momento.

Porém, logo retomou a observação plena do cenário.

Norman ainda estava ali, inerte a poucos metros de sua posição.

Como prometido consigo mesmo, não usou qualquer resquício do próprio Áster, fator responsável pela surpresa do Marcado de Rigil Kentaurus logo atrás.

Esse franziu o cenho no momento que percebeu o erro da garota.

Um fio de sangue escorreu da bochecha esquerda do cacheado, resultado do corte avermelhado causado pela bala que raspou naquela área.

Apesar do semblante firme, a dor da considerável lesão lhe afetava, de modo a fazê-lo tremer os punhos fechados no intuito de aguentar até onde podia.

“Essa dor... é o pouco que preciso pagar pela dor dela”, decidiu manter a compostura daquela maneira, sobrepondo a fragilizada companheira de olhos esgazeados.

— Me desculpa... — murmurou à medida que chegava mais próximo dela. — Por ter te deixado sozinha... Me desculpa.

Sem que ela pudesse reagir, a envolveu num abraço confortável, trazendo de volta o calor perdido pela temperatura congelante do inverno.

Bianca seguia no encalço dele, porém recuou dois passos a fim de dá-lo o espaço necessário.

Embora a raiva momentânea permanecesse, era impossível ignorar a cena que lhe preenchia a mente durante todas as vezes nas quais se lembrava da tragédia.

 Quando se encontrava prestes a ser a terceira assassinada do grupo, o garoto lhe salvava, cercado de um forte brilho, alvo como a neve.

Por conta do trauma insuperável, deixou as emoções conturbadas apagarem aquele instante por meras palavras de um terceiro.

E embora seu amigo tivesse assumido a culpa, ainda que não de maneira direta... simplesmente não era capaz de se livrar daquele afago.

Um afago que ela esperou quase quatro meses para receber.

Um afago que ela precisava, a fim de enfrentar os próprios medos.

Sem ter para onde correr, permaneceu ali, deixando o pranto copioso afundar no peito do jovem.

Esse que, durante um átimo de segundo, remeteu à frase de sua parceira...

— Se não pudermos seguir em frente... então tudo pelo que passamos... vai valer de nada. — As replicou da mesma maneira na qual as escutou.

Ele ainda estava preocupado com o paradeiro da Marcada de Vega, portanto citar aquelas palavras lhe despertou uma dor no peito indescritível.

Ainda assim, as suportou a fim de manter a amiga adiante em seus braços.

Tendo a situação controlada novamente, permitiu-se a exalar um suspiro aliviado.

No entanto, isso provou-se um erro que só foi percebido com segundos de atraso pelo marcado.

— Ai, ai, que lindinho. — A voz do oponente na retaguarda ecoou bem próxima de onde comparecia. — Confesso que fiquei decepcionado, Simmons. Me dispus a te contar tudo pra isso...

Com um dos braços envolto em Helen, Norman girou o mais rápido possível e puxou a Marcada de Deneb com a mão contrária, executando um salto veloz a fim de abrir distância.

—Já essa... foi uma bela tomada de decisão, Miller.

Ele não percebeu no começo, por conta da celeridade na qual se dispôs a realizar a sequência de ações.

Mas logo identificou o livramento crucial daquele pedaço de tempo.

Após se afastar com as duas companheiras, semicerrou as vistas diante do brilho branco-amarelado que irradiava da marca na queimadura facial do adversário.

Por estar ativada, explicava com todas as letras a razão de seu braço esquerdo ter adquirido uma coloração fosca a partir do cotovelo.

E o pior nem era isso, mas sim o formato afiado que dava lugar à mão.  

“Que merda de Áster é esse!?”, o garoto rangeu os dentes defronte a lâmina negra que tomava parte do membro superior de Lucas.

— O que foi? ‘Tá assustado com minha Metamorfose Metálica!?

Norman enxergou as possibilidades e, debilitado de fome como sua pequena companheira, não teria chances de derrotar um oponente de poder tão sólido.

Além disso, o estado mental abalado da amiga também configurava uma desvantagem considerável.

Contudo uma hipótese passou correndo por sua cabeça. Talvez fosse a grande oportunidade de saírem vitoriosos naquela nova batalha, embora ainda tivesse seus riscos.

A aposta feita pelo garoto colocaria em risco não só sua vida, como a de Bianca e a de Helen, que mais uma vez se via envolvida naquele evento surreal.

Não poderia perder mais alguém, como foi na tragédia da universidade.

Decidido a se livrar do obstáculo com todos juntos, o garoto respirou fundo e voltou a erguer a postura.

— Bianca, me escuta. A gente vai ter que correr bastante agora. Acha que consegue?

Encarou a menina em paralelo, o suficiente para que pudesse entender o planejamento do protetor.

— Consigo, maninho!

Ao assentir sorridente, a Marcada de Deneb transmitiu a confiança que faltava ao aliado, que devolveu na mesma moeda.

Lucas não pretendia esperá-los, tampouco dar espaço para que corressem, por isso voltou a avançar através de passos curtos.

O outro braço se tornou uma lâmina metálica, levando uma onda de calafrios à dupla de marcados os quais tinha como alvo.

— Não pensem que vou deixar escaparem...

Na igreja, Beatrice mantinha a cautela antes de abrir a porta principal.

O alerta de brilho, abafado pelo véu do hábito religioso, parecia conduzir uma descarga elétrica incômoda por todo o corpo.

A mão sobre a maçaneta não conseguia se fechar, a impedindo de seguir em frente.

Mais do que o aviso místico irradiado pelo símbolo do Cocheiro, o cérebro e o coração pareciam estar unidos na missão de fazê-la permanecer segura ali dentro.

Tinha ciência sobre o perigo que a aguardava do lado de fora e, embora o interior do templo não fosse garantia de refúgio, ainda seria melhor do que se arriscar no exterior.

 — O que foi isso!?

Junto ao grito enervado da garota, o som da porta ao lado do altar assustou a Marcada de Capella.

Ela se virou, livre da paralisação ocasionada pela sucessão de sensações arrepiantes, e enxergou as meninas abrigadas na sala de estar até então.

Judith tampava com a mão o forte brilho branco-azulado que emanava do lado esquerdo do pescoço.

As sobrancelhas estremecidas indicavam o tom da aflição a lhe percorrer por inteiro.

Com Sarah era igual, a diferença estava na localidade do fulgor de coloração semelhante: a coxa destra.

A perplexidade foi tamanha que as duas sequer se preocuparam em recolocar as roupas para esconder as marcas.

De qualquer forma, seria perda de tempo.

Pela experiência dos conflitos anteriores, a mais velha já imaginava o que viria adiante.

Antes de poderem executar qualquer ação, as estruturas de madeira na entrada do local explodiram.

A quantidade de destroços à queima-roupa, somados ao impacto de choque devastador, jogaram Beatrice para trás violentamente, a fazendo colidir com a plataforma iluminada próxima de onde as pequenas freiras estavam.

Chocada perante o repentino ocorrido, a Marcada de Acrux virou o rosto na direção da estrutura arrasada, onde todas as velas acesas se apagaram num sopro.

Incapaz de reagir, manteve-se boquiaberta durante bastante tempo, até a figura do culpado surgir entre os restos da passagem grudadas às paredes.

Na mão destra, portava uma espécie de katana luminosa, o bastante para transmitir sua aura imponente por todo o local.

“Esses olhos... são lindos e ao mesmo tempo... perigosos”, Sarah apertou as mãos suadas contra o peito, vidrada nos globos de íris ametista do agressor.

Ambos semicerrados à medida que as sobrancelhas se contraíam.

— Até crianças foram escolhidas... — A voz dele soou cabisbaixa. — Isso é uma pena...

Gabriel exalou um profundo suspiro ao mirar as garotinhas a poucos metros de distância.  

— Sarah, se prepare pra fugir... — Judith murmurou o mais baixo possível, a fim de não o permitir escutar. — Passamos muito tempo sem contato com outras pessoas assim, então posso afirmar... Estamos em apuros aqui.

— Irmã Judith, mas... a moça...

— Ela já deve ter morrido só com esse golpe. Não devemos nos preocupar com ela.

Apesar do foco da mais velha no adversário à frente, o timbre deturpado na resposta foi incapaz de ser mascarado.

Sarah, ao notar o novo conflito emocional vivenciado pela parceira, cerrou os pequenos punhos em busca de coragem para enfrentar a nova adversidade.

O cintilar de ambas as marcas esvaneceu segundos depois, assim como a leve cortina de fumaça criada pela colisão da grande freira com o altar.

Diferente do esperado pelas meninas, uma movimentação peculiar se proliferou pelos destroços locais.

Não demorou muito até a mulher ressurgir da morte, recheada de ferimentos leves e médios por braços, pernas e rosto.

As partes do hábito escuro nessas áreas encontravam-se rasgadas, assim como o véu havia caído, revelando seu cabelo cacheado.

Por meio da respiração arfante, tossiu gotas de sangue sobre o solo e avançou passos pesados até retornar à passagem central do templo.

Segurando o pêndulo braço direito, o mais ferido dentre os demais membros, ficou frente a frente com o rapaz de novo.

“O que ela ‘tá fazendo?...”, Judith não deixou de arregalar as sobrancelhas. “Aliás, como ela sobreviveu?”

Sequer notou uma gota de suor se arrastar pela face.

— Não adianta resistir. O destino de vocês já está definido. — O marcado apontou a arma de luz na direção da grande freira. — Saiam do meu caminho.

Sem pestanejar, o garoto reuniu a energia brilhante em pequenas estacas próximas do rosto, as disparando na direção da adulta em questão de segundos.

“Não dá tempo...!”

Ela pensou em utilizar seu Áster, mas as condições atuais não permitiram sua execução antes de ser atingida.

Contudo...

— Cuidado!

Sarah zuniu até a Marcada de Capella, o brilho em sua panturrilha ativado indicava a utilização do Áster.

Planando em pleno ar com leveza, a puxou pelo braço flexionado, o suficiente para se desvencilharem dos projéteis de luz com seu Voo.

Enquanto o garoto estreitava as vistas espantado com a reação da criança, Judith aproveitou para correr pelas laterais dos assentos de madeira.

A mão destra carregava uma esfera brilhante, conforme o símbolo do Cruzeiro do Sul ganhava vida na altura do pescoço.

“Com certeza estamos em apuros, mas...” ela parou a corrida ao alcançar o flanco do inimigo. “Se não lutarmos...”

— Não conseguiremos fugir!

Completou o pensamento em voz alta, o objeto desejado enfim tomou forma sobre a palma contraída.

Uma pistola escura foi formada, os dedos rapidamente apanharam a arma já apontada na direção do inimigo.

“Mire nas pernas!”, estalou a língua ao modificar o curso da mira, graças a lembranças nada agradáveis que pareciam passar por sua cabeça num flash.

Contorceu uma das sobrancelhas a fim de melhorar a linha de visão, destravou o equipamento e puxo o gatilho, três vezes consecutivas.

As balas zuniram contra os membros inferiores do marcado, porém acabaram bloqueadas por um revestimento luminoso que o envolveu em questão de segundos.

A jovem freira reagiu assustada, por isso demorou a tomar a outra atitude.

Esse pequeno vacilo foi o bastante para Gabriel saltar na direção dela, a katana pronta para um abate veloz.

De vistas esgazeadas, a menina tropeçou nos próprios pés e caiu sentada no solo.

Esticou a palma dominante de maneira atabalhoada à frente do rosto, reuniu a energia possível e deixou a mente em desespero imaginar qualquer instrumento defensivo.

Mais rápido do que a pistola, largada ao lado da perna dobrada sobre o piso de madeira, uma chapa de aço nasceu do poder da Criação.

Por mais força que impusesse, Gabriel não conseguiu destruir o equipamento protetor originado pela menina.

A colisão entra a lâmina de luz e o escudo criou uma leve onda de choque pelo local, capaz de empurrar o marcado de volta à posição anterior ao ataque.

— O que foi isso?... — De sobrancelhas erguidas, Beatrice mussitou em direção a garotinha caída.

— A irmã Judith passou esses últimos meses aperfeiçoando seu poder... — Sarah tentava interromper o estremecimento corporal ao explicar. — Agora ela pode criar mais coisas para nos proteger!

“Ainda assim... não vai ser suficiente para lidar com esse rapaz...”

A mulher voltou a encarar o semblante fechado de Gabriel, pensando em um novo método de ofensiva contra a criança.

“Tenho que deixá-las fugir... antes que seja tarde”, com dificuldades, juntou as mãos numa posição de prece.

— Não vou cometer... o mesmo erro!

Quando os cachos do cabelo ruivo começaram a levitar, como se uma brisa passasse pelo local isolado, a marca do Cocheiro no centro da testa revelou seu brilho dourado.

Na velocidade do pensamento, a espada brilhante do escolhido desapareceu.

Ele, pela primeira vez, arregalou as vistas espantado com a repentina reação.

Encarou a própria palma que carregava a arma especial, então procurou esforçar sua energia a criar outra.

Nada ocorreu.

“É nossa chance!”, Judith virou o rosto contorcido até a irmã, que logo assentiu em sua direção com a cabeça.

— Vão... — Beatrice murmurou entre arfadas. — Não o deixarei... usar o poder... Enquanto isso corram... para o mais longe que puderem!...

— Você vai ficar bem, moça!?

— Não se preocupem comigo... Agora vão!!...

Seguindo o pedido da grande freira, Sarah correu até sua irmã, que se erguia do chão após quase perder a vida por conta da queda.

Gabriel as encarou por um instante, mas girou o rosto à Marcada de Capella, decidida a impedi-lo de todas as maneiras disponíveis ao alcance.

“Entendi... um Áster de anular outros Áster”, não teve dificuldades em decifrar as capacidades da adversária.

Ciente de quão incômodo aquilo poderia se tornar, escolheu focar toda a concentração nela.

Caso as crianças fugissem, não se importaria em persegui-las por algum tempo.

A superioridade quanto a dupla já se mostrava mais do que bem definida.

“Vão logo...! Rápido!”, Beatrice notou a ausência de mobilidade causada pelo impacto sofrido há pouco.

Portanto, não enxergava possibilidade de driblar o ímpeto natural do inimigo.

Com ajuda da mais nova, Judith se levantou. Quando o marcado começou a caminhar na direção da freira, simplesmente congelou naquela posição.

Os chamados da companheira, bem ao seu lado, não mais lhe alcançavam.

Por alguma razão que não podia compreender, sentiu o coração disparar a cada passo executado pelo oponente.

Memórias borradas percorreram sua mente.

Eletrizada da cabeça aos pés por um misto de ódio e amor, deixou prevalecer os sentimentos abrasadores que a fizeram soltar um grito poderoso pelo recinto.

Largou-se das mãos da insistente Sarah e, ao invés de correr para a fuga, virou-se à passagem central do templo.

Em porte de um pedaço de madeira proveniente da entrada destruída, tentou bater na cabeça dele pelas costas.

Mas acabou errando o alvo quando o próprio se moveu um passo à esquerda.

Antes que pudesse retornar com o equilíbrio ao solo, foi assolada por uma poderosa joelhada no estômago, o bastante para fazer-lhe cuspir saliva.

O impulso a lançou metros de distância, até próxima da saída onde a única fonte de luz natural alcançava.

Sem conseguir controlar a respiração, levou as mãos à área atingida e se contorceu no piso.

As vistas esbugalhadas conforme saliva escorria do canto da boca.

— Por que...?

Perplexa defronte à força desumana do garoto, mesmo sem a influência de seu poder místico, a grande freira rangeu os dentes e disparou:

— POR QUE NÃO FEZ O QUE EU MANDEI, JUDITH!!??

A adrenalina espalhada por todo o corpo dolorido não a permitiu absorver a bronca da mulher.

Sarah queria correr até ela, mas o medo a impedia de mover um músculo, meramente a tornando uma observadora do caos estabelecido na grande igreja.

Indiferente quanto o estado das inimigas, Gabriel chutou o pedaço de madeira utilizado pela menina contra a testa de Beatrice, que não pôde reagir e acabou atingida em cheio.

Um rasgo foi aberto ao lado da marca que teve o cintilar dourado findado, devolvendo ao rapaz o poder luminoso.

Enquanto ela caía em direção ao solo, repôs a formação da espada luminosa e girou o corpo na vertente da Marcada de Acrux.

Com o alvo estabelecido de forma clara, flexionou as pernas a fim de disparar numa investida derradeira, iniciando a matança prevista no local.

Contudo, a Marcada de Mimosa, até então inerte no canto do salão, também usou o poder de seu Áster.

Com o auxílio do Voo, saltou inconscientemente na direção da mais velha.

Obteve sucesso ao alcançá-la antes do poderoso adversário que, sem pestanejar, desferiu o empalamento contra o peito da menina.

Nesse instante onde o tempo pareceu congelar, Judith ergueu o rosto até sentir sangue quente espirrar sobre sua face pálida.

As sobrancelhas estremecidas ergueram no limite da testa, a boca cheia de secreção do golpe anterior se abriu.

Como um escudo humano, Sarah protegeu a irmã mais velha.

A espada de luz, impiedosa, atravessava a criança sem lhe oferecer oportunidade de retruca.

A ponta por pouco não tocava o nariz da derrubada, mas logo retornou quando o braço do jovem a conduziu a deixar o corpo da menina.

Imediatamente ela caiu, sobre os braços da Marcada de Acrux, que se pôs de joelhos em velocidade recorde.

Ao sentir o sangramento imparável tomar conta das mãos e pernas dobradas sobre o solo, a pequena freira sofreu um choque vigoroso em seu interior.

“Impossível...”, Beatrice, caída conforme também sangrava pelo ferimento na testa, contemplava a situação incrédula.

A mais velha, perante a ausência de reações daquela que deveria proteger, perdeu o controle da respiração e passou a ofegar pela boca, de maneira desesperada.

No momento que o marcado preparou o golpe fatal contra ela, que por outro lado desejou gritar o nome de Sarah, um estrondo atravessou o teto do recinto.

Todas as atenções foram voltadas à queda de escombros do local atingido, onde um feixe de luz solitário apontou ao centro do templo.

Conforme a leve camada de fumaça foi se desfazendo, puderam enxergar a presença de um rapaz revestido por camadas metálicas nos braços.

— Porra... não imaginei que ele podia controlar outras pessoas... — Se ergueu dos destroços enquanto balançava a cabeça dolorida, demorando a perceber as condições do cenário em que se encontrava. — Ué, já tem gente aqui?

De repente, a marca na queimadura de sua face brilhou, assim como as de Beatrice, Judith e até mesmo a de Sarah, à beira da morte.

 Pela sensação arrepiante, Gabriel também o identificou como outro marcado inédito a surgir na área, mas o fator surpresa acabou por chegar no final.

— O que diabos... aconteceu aqui?

A voz deturpada de um perplexo Norman, na entrada da arruinada igreja, prendeu o foco dos demais.

Abraçado com a traumatizada Helen, conduzindo a pequena e, também, assustada Bianca... ele sentiu uma sucessão de alertar ameaçadores por todo o corpo:

A alguns metros adiante, viu a Marcada de Mimosa perecer aos poucos sobre uma Judith em prantos.

Acima delas, o garoto que tinha sido seu algoz na batalha da floresta, há semanas.

Próxima do altar, Beatrice, responsável por salvar a todos da violenta nevasca de dias atrás, ferida da cabeça aos pés enquanto segurava as lágrimas que infestavam os olhos.

O cenário do terceiro grande encontro entre Marcados estava montado.

E não muito distante daquele local, olhos azul-escuros observavam a grandiosa comoção com um semblante de puro pesar no rosto pálido.

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