Volume 2 – Parte 2
Capítulo 30: Encontros
O sinal tão aguardado enfim chegou ao cauteloso casal, na espreita em um dos prédios da cidade grande.
Marcel e Catherine sentiram o arrepio caloroso nascer dos símbolos cravados em seus antebraços.
Embora cobertos pelas mangas longas dos agasalhos, podiam ver resquícios dos brilhos irradiarem por através do tecido fino.
— Parece que ela ‘tava certa — murmurou o esguio, ao estreitar as vistas na direção do calçadão principal.
A priori, nada de chamativo parecia vir dali. Trocou um rápido olhar com a esposa, que assentiu no mesmo instante.
Ao devolver o gesto afirmativo em silêncio, virou-se no intuito de conduzi-la junto consigo aos corredores do edifício.
Só que, logo após fazer o movimento com a cadeira de rodas dela, a porta da frente foi arrebentada.
Como se numa explosão, ela voou em direção aos dois, obrigando o homem a agir no reflexo para impedir o pior.
Usou as descargas elétricas a fim de ganhar resistência sobre a palma, assim bloqueando a grande estrutura vertical de madeira.
Quando ela caiu, se deparou com uma rala cortina fumacenta na entrada do local. Manteve a posição em defesa à esposa, na expectativa de um novo ataque.
Nada ocorreu.
Apenas o som de passos pesados se manifestou através da quietude angustiante.
Não demorou muito até o rapaz que os realizava, trajado por um grosso casaco escuro, surgir diante do casal.
Com a parte superior do rosto coberta pelo capuz, ele os encontrou.
— Então ‘cê é o outro, hein!? Não esperava que a gente ia se bater de frente assim... — Marcel abriu um sorriso desconcertado diante da ameaça.
Não sabia dizer se aquele rapaz era muito corajoso ou muito louco. Fato era que o andamento da situação inicial fora o completo oposto do esperado pelo casal.
Já o encapuzado estreitou as vistas acobertadas, ignorante às palavras proferidas pelo marcado que, no momento, não passava de sua caça.
Sem retrucar verbalmente, ele tirou a mão destra do bolso do agasalho. Apontada a palma para o solo, uma quantia de energia luminosa passou a se reunir em volta do membro.
Tanto Marcel quanto Catherine arregalaram os olhos, boquiabertos de perplexidade conforme a luz se moldava em uma forma condensada e tangível.
Passou a tomar o aspecto de uma espada, no estilo de uma katana japonesa levemente sinuosa.
A fina empunhadura logo foi envolvida pelo palmo do garoto, que sequer tinha tirado a outra mão do outro bolso.
“Ele pode criar armas, então?”, Marcel voltou a arriar as sobrancelhas, cerrando os punhos enquanto tomado pela aflição.
Não desejava lutar num lugar como aquele, pois tinha a chance de envolver pessoas inocentes.
O problema era que o encapuzado de Áster luminoso sequer aparentava se importar.
Enquanto os pensamentos agitados se seguiram, o respectivo levantou rapidamente o braço de domínio da espada brilhante.
Marcel novamente esgazeou as vistas e, em outro gesto instintivo, girou em cento e oitenta no intuito de envolver sua esposa contra o que veio a seguir.
Um movimento rápido de cima para baixo, criando um golpe vertical da espada contra o próprio ar foi o bastante em prol de criar uma explosão agressiva naquele andar.
A violenta corrente de ar expulsou não só os vidros estilhaçados das janelas, como diversos objetos do interior para fora, chamando a atenção dos transeuntes abaixo.
Todos se assustaram ao ver diversos móveis, escombros de paredes e estilhaços voando enquanto atraídos pela gravidade, bem acima de suas cabeças.
Rapidamente o pânico se instaurou. Todos começaram a correr para diversas vertentes, criando caos no centro da cidade.
No local da explosão, cercado por uma densa camada de fumaça no cômodo, Gabriel disparou já com o capuz removido da cabeça.
Encontrou apenas o arrombo causado por seu golpe, do chão ao teto, sem se encontrar com os corpos daqueles que almejava abater.
Nem tomou cuidado ao ficar da janela, pois a correria das pessoas a metros abaixo não as daria tempo para que ele fosse visto.
E, de qualquer forma, pouco importava.
Concentrou todos os sentidos, alheios à conexão entre as marcas dos escolhidos pelas estrelas, em busca de sentir a presença do casal de marcados.
Estalou a língua ao perceber que eles tinham ido além do expectado no ato de se desvencilhar e fugir.
Seria mais cansativo do que desejava que fosse...
Naquele instante, os segundos de indefinição do rapaz foram preciosos para que Marcel, carregando Catherine sobre seus braços, pudesse escapar.
Ele aproveitava a sequência de prédios pequenos, escondidos pelos maiores, para usar sua Eletrocinese e saltar de um a um.
Depois de se afastar algumas quadras da região do encontro explosivo, ele foi para um ponto cego entre os edifícios maiores que os cercava e se escondeu.
Não obstante, observou, do terraço, o acúmulo de fumaça que vinha do local destruído a quase quilômetros.
Catherine mostrava incredulidade em sua testa enrugada e lábios levemente afastados.
Perguntou através de uma voz estremecida:
— O que... foi isso?...
Por meio do semblante contorcido em pesar, o homem a respondeu:
— Nem ideia. Mas essa pessoa é mais perigosa do que aquele necromante.
Arrepiado sem nem ter a ressonância entre suas marcas, Marcel divagava num frenesi sobre como poderia superar aquele poder.
Se um simples movimento de corpo foi capaz de causar tamanha destruição, jamais desejariam imaginar o que poderia fazer caso atacasse a sério.
E mesmo se quisessem, não teriam tempo para pensar nisso.
Sem os dar permissão para notar, Gabriel alcançou o edifício em que os dois se escondiam.
Tão logo foram surpreendidos por disparos de estacas luminosas criadas enquanto o jovem planava no espaço.
Num deslocamento instintivo, Catherine ergueu a mão canhota e forçou o Áster a ser ativado.
A camada invisível de magnetismo foi criada em volta do casal, alastrando-se pelo espaço adiante até repelir os objetos luminosos criados pelo garoto.
Gabriel chegou a reagir com algum espanto ao presenciar o efeito, então girou-se no ar em prol de evitar ser atingido pelas próprias armas.
Quando aterrissou na retaguarda da dupla, viu Marcel se antecipar pela primeira vez num disparo de uma poderosa quantia de energia elétrica.
Estalando a língua, criou uma proteção de luz ao seu redor, semelhante a uma cúpula.
No mero contato, os raios cerúleos foram purificados em fótons flutuantes.
“Só pode ser brincadeira que ela mandou a gente enfrentar isso”, o sorriso de escárnio ganhou força na face suada do casado.
Incapaz de idealizar alguma chance de vitória, mesmo em conjunto com sua esposa, ele tentou ganhar tempo:
— ‘Cê parece ser bem obstinado, apesar da aparência desinteressada... — Aos poucos, a cúpula de luz foi desfeita. — Tem que ter culhão pra matar civis assim, sem se importar nem um pouco, hein?
Diante da crítica que o atingiu bem no âmago, Gabriel, no sustento do semblante apático, encarou-os de soslaio.
— Sim. Eu não me importo. — A voz soturna, ligeiramente afinada, acompanhou o ato de erguer a katana para a apontar aos dois. — Se as mãos já estão sujas de sangue... sujá-las com mais sangue não vai fazer diferença.
— Os fins justificam os meios, então? — Marcel, naquele momento mais preocupado com o discurso em si, franziu sua testa. — Você parece bem jovem. Por que ir tão longe assim?
— Cala a boca. — Agressivo, ele arregalou os olhos de modo que poderia congelar qualquer um que os contatasse. — Nada disso importa. Eu vou matar vocês e todos os outros com esses poderes malucos. Se eu precisar envolver esses lixos que chamam de humanos pra vencer, que seja.
“Ah... Tem história aí”, Marcel guardou para si.
Já se preparava para enfrentar a batalha inevitável até a morte.
No entanto, em contrapartida a ele, Catherine, em completo silêncio, absorveu todas as palavras disparadas pelo garoto, na tentativa de enxergar um diferente panorama.
— Então, você também perdeu alguém importante. — A voz dela repentinamente invadiu o clima hostil, pegando os dois de surpresa. — Se puder me escutar, considere a possibilidade de evitarmos mais perdas. Por favor. Não deixe que o sofrimento se torne um fardo ainda maior para você.
“Querida...”, Marcel não ficou impressionado, pelo contrário.
Ao encarar a postura do jovem luminoso enquanto sua esposa falava, viu que ele tinha abaixado um pouco a cabeça, a exemplo da rigidez na musculatura.
— Não precisamos fazer isso dessa maneira. Podemos achar uma forma de...
— Todos são iguais. — Ele a atravessou, grunhido entre os dentes. — Não adianta querer me enganar com palavrinhas bonitas. No fim do dia, seres humanos só pensam em si mesmos!
A voz dele tornou-se mais embargada e altiva.
“Por um momento eu fiquei esperançoso, mas...”, Marcel não pestanejou em reunir mais energia elétrica ao redor do corpo.
Catherine pensou em insistir, mas Gabriel, reerguendo a cabeça, mostrou o olhar definitivo do puro ódio encarnado.
— Eu vou tirar tudo de vocês. Assim como tiraram tudo de mim!!
A camada de luz cresceu, à medida que flashes dolorosos retornaram diante das retinas avermelhadas do garoto.
Uma expansão repentina criou uma corrente de vento agressiva em volta do trio.
Então, o casulo de luz retornou. Dessa vez, cresceu de forma exponencial, espalhando-se na direção do casal e pelos arredores, até engolir o terraço daquele edifício.
Minutos antes de toda a confusão ocorrer, o trio de marcados chegou à cidade grande para o tão esperado encontro.
Enquanto protetor da ansiosa Bianca, Norman não deixava de fitar Layla diversas vezes durante as caminhadas pelo mar de transeuntes.
Ela parecia feliz. Pela primeira vez, sentia que o sorriso dela era de genuína felicidade.
De alguma forma, aquilo também o deixava contente.
Não somente isso, como sentia bem mais calor do que o natural para aquela época do ano.
Só que preferia continuar sem entender ao certo o que aquilo significava, ao menos por enquanto.
Isso o fazia desviar forçadamente o olhar, focando em manter Bianca confortável enquanto se escondia quase dentro de seu braço.
— Olha só, um shopping!
Layla voltou a chamar atenção ao apontar em direção ao maior estabelecimento do local.
— Nunca foi em um? — O cacheado inclinou a cabeça.
— Sei que possui diversas lojas e atrações dentro. Mas não, nunca entrei em um.
Apesar do semblante menos efusivo, o olhar brilhante da alva quase obrigava o parceiro a levá-la para dentro.
— ‘Tá. Vamo’ lá.
Aceitando o pedido dela, recebeu seu maior e radiante sorriso, como se fosse uma criança.
O que, curiosamente, foi acompanhado pela criança na mesma intensidade.
Só de passarem pelas portas que se abriam automaticamente graças ao sensor de proximidade foi uma conquista fascinante para a garota.
Conforme se deslumbrava nas descobertas, seguiu seu planejamento com os dois.
Passou por todas as lojas de roupa e provou vestidos e camisas diferenciadas, sempre pedindo a opinião de Norman.
Com o tempo, começou a fazer o mesmo com Bianca, a obrigando a provar trajes fofos que começaram a puxar atenção até das funcionárias.
No salão de jogos, a diversão foi a outro patamar. O garoto chegava a ficar assustado com o nível de competitividade dela.
Mas era divertido. Fazia tanto tempo que ele não se divertia daquela forma, que sequer se lembrava.
Quando o estômago dos três roncou, os levando a se esbaldar em sorvetes e milkshakes, sentiram que o momento da atração principal tinha chegado.
— Cinema, é? Faz anos que não vou a um... — Norman encarou os filmes em cartaz daquele dia. — O que vocês querem ver?
Com a pergunta, Layla apontou a um dos pôsteres em destaque, próximo à grande fila formada para a compra de ingressos.
Ele ficou um pouco impressionado com a escolha rápida dela, então virou seu rosto a fim de comentar:
— Brinquedo Assassino? Não é bem sua cara...
Apesar do sorriso triunfante da Marcada de Vega, Bianca se afagou no braço do cacheado, em total discordância quanto a escolha do filme.
— Por favor... E-esse não... — ela murmurou.
— Pois é, acho que não deixariam uma criança assistir um filme desses. — A alva concordou, o indicador sobre o lábio inferior. Então passou os olhos nas demais propostas. — Hm, que tal esse então?
A nova indicação da garota fez a dupla ao lado acompanhá-la da mesma forma que antes.
Dessa vez, a Marcada de Deneb abriu um sorriso de aprovação.
— O Tempo com Você... Gosta de animações orientais? — Encarou-a de lado.
— Já assisti algumas e confesso que adorei. E essa parece ser boa, então...
— Vamos nesse!!
As palavras sorridentes de Bianca anteciparam qualquer decisão da dupla, que se entreolhou e não viu escolha a não ser aceitar.
Após definirem o filme, seguiram até a fila, compraram os ingressos e pegaram pipoca e refrigerante antes de ingressarem na sessão do entardecer.
A sala estava cheia. Pegaram os assentos do canto, próximos ao topo.
Enquanto Bianca sorria maravilhada durante o início da animação, sentada na cadeira do canto, Layla declarou por meio de um suspiro:
— Obrigada por hoje. Acho que em toda minha vida eu nunca me diverti tanto.
— É, eu também gostei... — O jovem a olhou de canto ao responder.
— Fico feliz que tenha se divertido um pouco, junto comigo.
— É... Acho que vai ser difícil eu me esquecer disso.
Quando encerrou os agradecimentos, não escutou nenhuma palavra a mais da alva por algum tempo.
Virou o rosto com cuidado até encontrar a expressão plácida dela, que encarava a grande tela do cinema sem preocupações ou arrependimentos.
Por alguma razão, uma pitada de ansiedade voltou a tomar conta de suas emoções.
Normalmente seguiria o exemplo da garota e prestaria atenção no filme, mas se via incapaz de manter-se calmo ao lado dela.
“Se acalma droga, virou criança por acaso?”, martelou na mente enquanto buscava o controle da respiração descomedida.
No entanto uma súbita vontade correu pela cabeça.
“Isso ainda é... um encontro, não é? Então...”
De repente, moveu a mão com toda cautela na direção da dela, repousada sobre o braço da cadeira.
Aproximou-se lentamente. Embora relutante durante um primeiro momento, resolveu ir em frente em prol de constatar o que aconteceria.
Antes de poder segurá-la, um tremor poderoso chacoalhou todo o local e fez o filme ser interrompido bem no princípio.
Gritos assustados ecoaram pela sala escura. As luzes de emergência se acenderam rapidamente.
— Mas que merda...!? — Sentiu o que menos esperava, antes de completar o questionamento preocupante.
Arregalou os olhos paralisados, mas não tanto quanto a Marcada de Vega.
O arrepio, característico da ressonância de alerta, sobre o símbolo marcado no corpo reagiu para os três.
E ainda que o garoto estivesse pronto para questioná-la, sua aparência encontrava-se dominada por um estado de choque jamais visto.
Varrendo todos os pensamentos, Norman passou a verificar os arredores da sala de cinema.
Todos os presentes corriam para a porta de emergência, até que um novo tremor ocorreu.
Mais intenso comparado ao inicial, foi capaz de rachar as paredes e derrubar fragmentos do teto sobre os locais.
O marcado agiu rápido e ativou seu Áster, a fim de evitar uma tragédia ainda maior.
Teve sucesso em controlar os escombros ao alcance, num movimento de palma aberta vertido a eles.
— Saiam daí, rápido!!
Seu grito pareceu despertar o casal chocado que acabava de encarar a morte de perto.
Eles correram como nunca pelas escadarias, então o jovem pôde desfazer o poder mental.
Os escombros caíram no ponto específico.
— Maninho! Maninha! O que ‘tá acontecendo!?
Bianca agarrou-se no braço da incrédula garota, que já estava de pé.
— Layla! Como têm marcados aqui!? — Voltou a virar-se na direção dela, que tinha vistas estremecidas. — Layla?...
Apesar de certa demora para responder, a alva engoliu em seco e esforçou-se no intuito de superar o baque repentino:
— Eu... não sei...
— Hã?
— Eu não menti quando falei sobre não enxergar nada relacionado a presença de marcados com a Clarividência.
Perante as palavras assustadas da garota sempre controlada, Norman sentiu que ela não dissimulava.
De todo modo, não era hora para discutir os pormenores daquela situação.
— Vamo’ fugir. É um péssimo lugar pra uma batalha.
— Sim, concordo... — Layla semicerrou os olhos escuros, tentando se controlar. — Porém, nossos símbolos ressoaram, então o indivíduo pode estar próximo. Se irmos juntos, poderemos chamar mais atenção e tornará o cenário irreversível.
— Então fica com a Bianca. — Apontou à saída. — Vou por outro caminho. A gente se encontra perto do metrô...
— Maninho!
A criança segurou o braço dele, impedindo a conclusão de seu plano.
Ciente sobre a preocupação dela quanto a resolução adotada, abriu um leve sorriso e fez carinho em seu cabelo.
— Fica com a maninha, ‘tá bem? Ela vai te proteger. A gente se encontra.
Ao receber o aceno positivo da parceira, dirigiu-se até a saída primeiro.
Com o recinto vazio, pôde observar o lado de fora. Era uma correria quase desenfreada, pois ainda havia alguns resquícios de tremores.
Constatando a ausência de qualquer presença hostil por perto, virou-se uma última vez na direção das garotas, indicou seu sinal silencioso com a cabeça e partiu em disparada.
Ainda na sala escura, Layla remoeu, solitária:
“Novamente isso...”, quase chegou a mordiscar o lábio inferior.
Mais uma vez, o evento com as escolhidas do Cruzeiro do Sul reviveu em sua cabeça.
Sua Clarividência tinha sido ludibriada, a exemplo daquele caso.
Mesmo assim, não era momento para se perder naqueles pensamentos. Pegou a mão de Bianca, ao seu lado, e resolveu seguir o combinado com Norman.
O Marcado de Altair correu o mais rápido que pôde pelas escadarias do shopping, então alcançou a primeira praça de alimentação em instantes.
O desespero era geral.
Entre aquelas pessoas, o inimigo poderia surgir a qualquer momento.
“Se der pra seguir rápido, posso atrair a atenção dessa pessoa e deixar as garotas irem em segurança”, olhou sobre o ombro, com certo pesar na feição. “Depois eu me viro.”
Retomou o prosseguimento pelo estabelecimento caótico.
Ele não fazia ideia, mas...
— Ora! Você veio sozinho, então! — A voz feminina, de timbre levemente altivo, murmurou para si própria. — Ainda que seja muuuito a sua cara, confesso que estou surpresa, sabia!?
Escondida atrás de uma pilastra do andar superior, a jovem de cabelo loiro encarava o marcado, resoluto em abrir distância daquela região em tempo recorde.
Através de um sorriso deleitoso, passeou a língua rosada sob os lábios rosados.
— Estou realmente interessada em você, Norman Miller... — Juntou o polegar e o indicador, fazendo uma rosca que posicionou em volta do olho azul-escuro direito. — Ou eu deveria dizer... Pastor?
A garota chamada Stella ergueu as sobrancelhas, adicionando realces de excitação na observação da fuga do jovem da Águia.
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